Christina – No episódio anterior de Drama Total, conhecemos nossos treze novos campistas, uns cheios de sonhos, outros cheios de estratégias e alguns não muito interessados. Eles competiram na primeira prova da temporada que serviu para dividir equipes e também eliminar um dos fracassados ainda no primeiro dia de show. Luke foi o mais votado, mas Odry teve que deixar o jogo devido ao acidente no percurso salvando assim o seu pescoço. O que será dele e sua equipe agora? Descubra isso e muito mais aqui em Drama... Total... Sela Gineta!

ABERTURA

Sully acordou sai do banheiro e vai em direção ao confessionário para falar sobre o dia anterior, mas antes de chegar lá avista um bilhete.

Sully – Ora, ora. Mas o que é isso?

Confessionário On

Sully – “Parabéns Sully, por completar a prova anterior em primeiro lugar, você acaba de ganhar uma pista para... UM ÍDOLO DE IMUNIDADE?!” – Ela dá um grito, mas rapidamente tampa a boca. – Isso é muito poderoso... – Volta ao ler o papel. – “Você poderá anular todos os votos na cerimônia da fogueira quando você usar isso, mas deve ser usado antes da leitura dos votos. Válido até a final de cinco. ” Eu simplesmente ganhei na loteria, estou sem palavras.

Longe dali a equipe perdedora, as tartarugas insistentes, estão acordando de uma noite ruim que tiveram.

Confessionário On

Nicolas – Além de mim, ninguém aqui tem muito conhecimento sobre construir coisas, então acabou que tive que fazer um trabalho inteiro e como não tínhamos tantas ferramentas, foi medíocre. Não tive tanta ajuda e isso me deixou bolado, mas tentei ignorar também.

Nicolas – Darlene, você poderia ajudar mais no abrigo, não é por você ser mulher que tem que ficar só de vigia.

Darlene – Bem, achei que fosse um cavalheiro.

Nicolas – Eu sou, mas fazer nada a noite toda, trabalho com mulheres no centro de bombeiro que ajudam muito.

Darlene – Acho que você está esquecendo que eu não sou bombeira.

Nicolas – Só queria mais ajuda, e você não é a única que está assim, não vi eles mexerem um dedo. – Aponta para Clyde e Luke.

Clyde – Ei, não me olha assim, eu estava cansado de ontem, não sou acostumado a correr.

Darlene – Não se apresse homem, podemos acabar isso hoje ainda, e nem vamos precisar, pois amanhã iremos vencer e ir para a cabana.

Luke – Nunca senti tanto frio como nessa noite, achei que ia morrer eu juro. – Ele ignora o papo com Nicolas, triste o suficiente para não ligar para essas acusações.

Sam – Talvez não fosse ruim você ser o primeiro eliminado então.

Luke – Eu... eu ainda estou decepcionado com vocês.

Valdemiro – Ué, com a gente?

Sam – Ih, coitado.

Clyde – Mas porquê?

Luke – Vocês não me alertaram de nada, fui pego de surpresa!

Sam – Porque a gente falaria para você que iriamos em você?

Luke – Porque me surpreender? Isso é maldade.

Sam – Esse é o jogo, você se inscreveu para cá sabendo disso.

Luke – EU NÃO ME INSCREVI PRA CÁ! – Respira e então se acalma e abaixa a cabeça. – Foi um engano.

Sam – Então mais uma razão pra te eliminar.

Luke – Mas eu quero tentar ficar aqui, me deixem tentar.

Nicolas – A gente tem um desafio pela frente, você pode se mostrar útil lá.

Sam – Ou inútil, novamente.

Luke se levanta e acaba saindo dali indo em direção da praia para andar.

Confessionário On

Sam – Me desculpem, mas eu não consigo engolir nenhum tipo de coitadismo, não é perseguição, mas ele já é maior de idade, já sabe muito bem o que quer da vida não precisa se martirizar, isso tem que ser cena e isso me irrita. Se não aguenta, desiste.

Atrás da cabana da equipe lebre, Sully e Shermy conversam sobre o achado da primeira.

Shermy – Então tá escondido em algum lugar dessa ilha inteira? É muito lugar pra procurar.

Sully – Aqui dá a entender que é na areia perto do cais, provavelmente enterrado ou debaixo de lá mesmo, temos que ir lá ver agora. – Elas então começaram a ouvir um tinido de acessórios se aproximando e ficaram caladas.

Gorete – Meninas! Vamos almoçar. – Fala acabando de chegar no local, Sully rapidamente esconde o papel em sua mão.

Sully – Já deu o horário de almoço? Dormimos bastante, né? Não sei se eu quero ir.

Gorete – Você falou que acordou com tanta fome, bora, eu ouvi falar que vai ser baião de dois!

Sully – Ok, eu vou. Mas a Shermy está com azia, ela vai ter que ficar na cabana.

Gorete – Azia?

Shermy – Eu... – E então é interrompida pela amiga.

Sully – Comeu algumas frutinhas e agora está em mal-estar, de noite deve estar de boa.

Gorete – Ai, que pena amiga, descanse bem, ok? Vou indo, te espero lá. – Ela dá meia volta e sai de cena.

Sully – Shermy, eu preciso ir socializar no refeitório, enquanto isso você procura o ídolo, posso contar com você?

Shermy – Claro, mas... Porque não procura você mesma?

Sully – Acho que seria óbvio demais se eu simplesmente sumir do almoço assim, podiam associar meu sucesso de ontem com o ídolo de alguma maneira. Mas você, acho que não vão, qualquer coisa dizemos que você só queria manter sua cintura de pilão e estava pulando refeições.

Shermy – Tudo bem.

Confessionário On

Shermy – Apesar de que talvez esteja sendo usada para algo maior, gosto de sentir que tenho a confiança dela, tipo, ela quer que eu pegue o ídolo, com as minhas mãos, claro que vou então!

No refeitório, as tartarugas estão já em sua mesa enquanto as lebres começam a chegar.

Sam – Feliz que a comida não é uma gororoba, o arroz tá até que soltinho. A mudança de canal fez muito bem a esse programa!

Clyde – Nem gosto de baião, mas a gente não comeu nada ontem, então tá ótimo.

Valdemiro – Darlene, sempre me choco que você aparece com uma coisa nova na mão – Ela estava com lã e agulhas, tricotando. – Como conseguiu passar da segurança com tanta coisa assim?

Darlene – Anos de experiência.

Clyde – Uma pena que a Odry foi eliminada, gostei tanto dela. Foi a primeira pessoa a me receber na ilha.

Nicolas – Ela foi bem receptiva com todo mundo mesmo, seria uma ótima pessoa pra se ter aqui, é uma pena.

Valdemiro – Sim. Ela era tão feliz, parecia personagem de uns livros jovens, sabe? Muito feliz e pra cima.

Clyde – Você gosta de livros?

Valdemiro – Bastante!

Clyde – Uau, pois temos uma coisa muito em comum, eu sou muito book stan.

Valdemiro – Sério?

Clyde – SIM! Fã de suspense declarado.

Valdemiro – UAU, que legal ter mais alguém aqui assim – Sam olha aqui com uma cara bem séria.

Confessionário On

Sam – Imagina ler livros por que quer em 2022, isso é tão... nerd.

Valdemiro – Desde ontem a noite venho me conectando bem com minha equipe, sem dúvidas os dois que mais gosto são Sam e Clyde. Clyde parecia fraco e chato, mas ele até que tem uma conversa legal, a gente realmente tem que viver um dia por vez, né?

Do lado de fora, Luke estava em direção ao refeitório, mas decide que não quer ver sua equipe novamente tão cedo e dá meia volta e se depara com Patamon.

Patamon – Oi – O jovem loiro não fala, mas acena com a cabeça. – Você está espalhando tanto incômodo por aí.

Luke – O quê? Olha, não vou aguentar isso, até pessoas da outra equipe querendo me provocar.

Patamon – Não me leve a mal, estou lhe elogiando. Com sua disposição negativa e sua energia ruim você deixa todo mundo ao seu redor meio desconfortável, isso é incrível! – Luke não parece entender o sentido daquilo.

Luke – Mas isso é horrível, fui salvo de ser eliminado noite passada, mas se perdermos eu vou sair de novo, do que adianta?

Patamon – Sua baixa autoestima é chocante, uma caixinha de surpresas. Se eu fosse você não me preocuparia, sinto que pode ficar seguro.

Luke – Se me permite, ficarei seguro longe daqui e agradeço sua atenção. – Luke então anda e Patamon demonstra pequenos sinais de felicidade.

Confessionário On

Patamon – Eu sou um pouco diferente das outras pessoas, gosto de sentimentos mistos, porque mostra a mais real face da pessoa e quero ver como todo mundo aqui é realmente antes de se conectar melhor com cada um, porque sendo feliz todo mundo pode vestir uma máscara! E esse Luke espalha infelicidade com uma maestria, não precisa nem se esforçar, vou ficar de olho nele.

Shermy então anda pela praia relendo a pista e procurando o ídolo pelo chão, chutando a areia para o alto.

Shermy – Já olhei debaixo do cais e não achei nada. Isso é mais difícil do que pensava.

Patamon – OI! – Shermy se assusta e então dobra a folha de papel e coloca entre os seios. – O que era esse papel?

Shermy – Uma... receita... secreta! Isso. De família.

Patamon – De quê? Bem que poderia ser de bolo de cenoura. Me deixaria ver?

Shermy – Ah, é secreta, flor, não posso falar.

Patamon – Hm, e o que você estava procurando dizendo que era difícil? Algum ingrediente?

Shermy – O que isso virou? Interrogação? Uma mulher livre e bonita não pode mais andar na praia?!

Patamon – Só estou perguntando caso queira alguma ajuda. – Ele parecia meio inexpressivo quando falava, mesmo também sendo fofo, isso espantava Shermy.

Shermy – Ai, estou com tanta fome. Parece que estou há horas caminhando – ela estava há apenas quinze minutos.

Patamon – Quer procurar algo para comer?

Shermy – Acho que umas frutas cairiam bem.

Confessionário On

Shermy – Posso dizer pra Sully que eu tentei, se ela quiser, venha procurar depois, não posso simplesmente ficar sem comer por algo que nem sei o que é direito.

Patamon – Gosto dessa Shermy, ela parece muito doce na medida certa e não parece ser uma pessoa falsa... por dentro. Tenho muito medo de escolher um aliado errado e ser enganado no jogo e ela soa como uma pessoa extremamente leal e uma boa companheira, posso ver isso.

Eles saem e Luke chega naquela região também chutando areia assim como Shermy estava fazendo, mas o motivo dele era raiva.

Luke – Nessa hora a Carla me daria um grande suporte! Argh! – Dá mais um chute. – Que saudades tenho dela. Eu não consegui conversar com ninguém direito, mal lembro o nome desse povo. Poderia estar viajando o mundo agora. Argh! – Dá um segundo chute e faz um barulho, ele sente uma dor, mas tenta não gritar tão alto. – QUE INFERNO! O que é isso agora? – Tira aquilo do chão e acha um totem de madeira com uma careta, ele não vê o bilhete que estava junto e só ignora.

Confessionário On

Luke – Não faço ideia do que é isso, mas irei guardá-lo, parece ser uma coisa de adoração a deuses antigos, coisa desse tipo. – Ele analisa bem. – Talvez seja um sinal para eu não desistir, obrigado deuses antigos, eu não irei.

O restante daquele dia foi comum, Shermy voltou a falar com Sully assim que se reencontraram.

Shermy – Procurei bastante na praia, mas não achei nada.

Sully – Posso saber porque o canto da sua boca está sujo?

Shermy – Comi algumas frutinhas, eu não podia passar tanto tempo sem comer nada, entende? – Sully revira os olhos sem Shermy perceber.

Sully – Tudo bem, nada a se fazer, amanhã a gente procura novamente.

Confessionário On

Sully – É, parece que se eu vou querer algo bem feito terei que fazer eu mesma. Mas reconheço os esforços da Shermy.

Chegou então a hora de dormir, mas Patamon se dirige para a floresta.

Patamon – Isso vai ser bem rápido. – Ele põe algo no chão e logo após galhos secos por cima, cruza as pernas e começa a meditar. A câmera está o pegando de longe e do nada surge um claro na frente dele, mas ele está na frente da luz. A luz rapidamente se apaga e ele então se levanta e percebe que está sendo gravado. Vira o rosto para a câmera e sorri, e então volta para a cabine como se nada tivesse acontecido.

Chegamos então no terceiro dia, acordaram e foram para o refeitório e dessa vez, todos estavam lá, comeram e depois de algumas horas saíram para fazer o desafio do dia.

Christina – Bem-vindos de volta! Animados para nossa segunda prova? Espero que sim. Na prova de hoje vocês deverão capturar um animal que pedimos, que nesse caso é esta linda harpia – Christina tira o manto da gaiola que mantém uma espécie de gavião-coruja preso. – A primeira equipe que conseguir trazê-la para a gaiola, vence.

Sam – Mas como vamos pegar se ela estará voando no céu?

Christina – Essa é cansada, não se preocupe. Bem, vocês têm até amanhã de noite pelo menos para aparecer com ela aqui, caso nenhuma equipe consiga, ambas terão que eliminar alguém – Todos reagem de formas diferentes. – Atenção, valendo! – A ave abre suas enormes asas e então voa em direção a floresta e muitos se encantam. – Para ser mais justo, daremos esse GPS para vocês, um para cada da equipe. – Ela joga ambos para as equipes e Valdemiro pega pelas tartarugas e Gorete pelas lebres.

Nicolas – Vamos ver – Ele toma o GPS da mão de Valdemiro sem pudor nenhum, Valdemiro franze sua testa. – Antes de começar, quero falar para vocês se esforçarem mais dessa vez, Darlene, Clyde, Luke, o desempenho na prova anterior foi muito ruim.

Clyde – De novo com isso? Novo dia, nova prova.

Nicolas – É, mas como você pode assegurar que será um novo ‘você’?

Darlene – Vamos apressar o pé e não perder tempo, que tal?

Isis – A harpia é a mais pesada e uma das maiores aves de rapina do mundo, com envergadura de dois metros e meio e pode pesar até nove quilos.

Christina – O que é isso, envergadura?

Sully – Não temos tempo para isso, vamos, corram! As tartarugas já estão correndo.

As tartarugas estavam na frente e então começam a discutir sobre seus planos de como pegar a ave.

Darlene – Eu tenho uma ideia muito boa, eu posso tocar essa flauta e atrair cobras, então a gente usa como isca para a ave!

Sam – De onde veio isso?

Nicolas – Isso não vai funcionar, provavelmente ela nem vai ver cobra nenhuma.

Darlene – Temos que tentar, vai. Tenho uma filha que faz dança do ventre, de tanto praticar eu aprendi a melodia certa, tenho certeza que sei fazer uma cobra subir com meus lábios.

Nicolas – Bem, eu acho que a gente deve fazer o óbvio.

Luke – Traumas disso.

Nicolas – É só pegar o GPS, seguir o bicho, agarrar ele e então voltar para lá, sem rodeios.

Valdemiro – Acho que Darlene pode tentar pegar alguma cobra, caso a gente não consiga capturar o bicho na marra.

Clyde – Odeio cobras.

Darlene – YES! – Começa a tocar no mesmo instante.

As lebres ferozes também estão em direção da ave, que no momento está parada. Não que a líder saiba já que ela não está olhando diretamente para o GPS.

Gorete – Adorei seu cabelo hoje, amiga, está rebelde, mas bonito.

Isis – Ele sempre está rebelde! Acho que só um feitiço para diminuir ele.

Gorete – E essa pulseira Sofia, uma... cruz.

Sofia – É um presente do meu amor, ele me deu quando completamos dois anos de namoro. Eu sou meio devota à igreja e consegui arrastar ele para isso, assim como ele me arrastou para o centro de bombeiros.

Gorete – Lindo, amiga! Tanto ele como a atitude dos dois, queria ter um homem de verdade pra poder arrastá-lo pras compras comigo e que ele me arraste pra cama dele, mas ultimamente só ganho cafajeste.

Confessionário On

Gorete – Estou tentando ser sutil em minha estratégia, quero parecer sempre amigável, doce e boa de estar junta, coisa que, cá pra nós, já sou naturalmente! Assim tenho mais chance ainda de conseguir me aproximar das pessoas e ganhar confiança e aconchego delas.

Sully – “Amiga”, que tal olharmos para onde estamos indo?

Gorete – Sim, sim, nossa, a gente tá tão perto dela, espero não ter que subir em árvores pra pegá-la.

Shermy – Meu Deus! Não é ela ali? – Apontando para a ave que estava no chão.

Sofia – Isso vai ser muito fácil. – Sofia então dá um passo e a ave se assusta e sai voando baixo para longe.

Isis – Acho que tem que ser um passo mais leve, ela tem uma boa audição.

Shermy – Nada melhor do que nosso companheiro, Patamon.

Patamon – Eu?

Gorete – Até esqueci de você. Mas você é muito miudinho praquele pássaro.

Isis – Você pode tentar segurá-la o suficiente até Sofia agarrar ela com sua força.

Patamon então concorda e após chegarem na área da ave novamente ele consegue se aproximar e agarrar a ave.

Patamon – CONSEGUI! – E assim um trovão soa no céu, a ave se assusta e se debate antes que Sofia consiga chegar no local e voa para o alto dessa vez. – Aah.

Isis – Tá, vamos continuar andando. Pelo menos ela não voa tão rápido, é o suficiente para a gente alcançar ela de novo.

Enquanto isso as tartarugas continuam com a busca, mesmo sem sinal algum.

Nicolas – Toda hora ela tá indo pra um lado diferente, mas que saco! Será que essa praga não poderia ficar parada?

Valdemiro – Posso ver o GPS um instante?

Nicolas – Toma, mas me devolve assim que der.

Confessionário On

Nicolas – Costumo ser uma pessoa paciente, mas hoje acordei com o pé esquerdo aleatoriamente, mas tenho que colocar isso de lado porque minha equipe claramente precisa de mim.

Estava escurecendo e as equipes já estavam cansadas de andar, Darlene não havia parado de tocar sua flauta desde o começo e mesmo assim não tinha achado nenhuma cobra.

Sam – A senhora não está cansada desse som? Porque eu estou.

Darlene – Bem, não temos nenhum recurso melhor que esse, temos? Estou me esforçando, era isso que vocês queriam, não?

Nicolas – Calem a boca, estamos chegando perto da ave.

Valdemiro – Ela deve estar no alto.

Nicolas – Estamos em cima dela – fala olhando para o GPS.

Clyde – Ou melhor, embaixo – ele aponta para cima e ave está descansando num galho não muito alto.

Nicolas – Ótimo! Vou escalar essa árvore e pegá-la.

Sofia – Não se eu fizer primeiro.

Gorete – A gente viu ela primeiro! A gente que deveria pegar.

Sam – Não é sobre quem vê e sim quem captura, gênia.

Sofia pula para cima da árvore e a ave continua em seu repouso, Nicolas então decide pular também.

Gorete – Vamos tentar atrapalhar ele jogando pedras.

Sully – O quê?

Patamon – Eu apoio. – Ambos começam a jogar, mas a maioria acerta Sofia que estava virada para eles.

Sofia – Querem parar?

Gorete lança uma última pedra antes de cessar fogo, a pequena pedra erra a árvore e vai em direção a equipe rival, eles estavam torcendo para Nicolas, Luke abre sua boca para gritar algo positivo e a pedra entra diretamente em sua garganta. Ele se choca com o impacto e começa a engasgar caindo para trás.

Clyde – Meu, ele vai morrer!

Sofia olha para a cena e decide descer para ajudar o rapaz.

Sully – Sofia, não!

Confessionário On

Sofia – Tenho certeza absoluta que minha equipe vai entender que vidas sempre serão mais importantes. Principalmente do que uma prova boba.

Sofia – Se afastem! – Sofia então faz seus procedimentos.

Darlene – Posso tocar uma melodia para te deixar inspirada.

Sam – Não, pelo amor de Deus, não. – Darlene fecha a cara.

Sofia então consegue retirar a pedra que não estava tão fundo assim na garganta do rapaz.

Sofia – Sorte que era uma pedra lisa, sua garganta poderia estar toda arranhada por isso.

Luke – Sorte é uma coisa que não costumo ter – disse o garoto com os olhos cheio de lágrimas. – Pelo menos não me acertou nos dentes.

Clyde – Ele conseguiu! – Clyde aponta então para Nicolas que estava com a ave em seus braços. Sofia então fica surpresa.

Confessionário On

Sofia – Quem me ensinou certo todas as coisas de sobrevivência foi Nicolas e eu achei muito suspeito ele querer colocar a prova na frente de uma vida. Meu amor não faria isso, faria?

Sully – Perdemos, eu não acredito.

Gorete – Vamos tentar pegar o pássaro da mão desse infeliz, na marra!

Nicolas – Andem logo, estão fazendo o que aí parados? – Sai correndo em direção a sua equipe, que retornam para a praia.

Luke – Me esperem! – Ele ainda estava deitado no chão.

Sofia – Amor? – Ela percebe mais uma coisa que a deixa ainda mais preocupada do que perder a prova. – Cadê a sua pulseira?!

Nicolas – Não me interessa! – Nicolas respondeu curto e grosso e com o olhar fixado na direção da praia.

Sofia – O quê?!

Confessionário On

Sofia – Aquela pulseira eu mandei fazer com todo amor e carinha para gente, eu sei que ele não gosta desse tipo de coisa, muito feminina e significativa, mas é um símbolo de nossa união e eu gosto muito delas. – Ela começa a ficar abalada.

Sofia – Pois volte já aqui! – Então todos se encontram correndo atrás de Nicolas, que estava bem na frente.

Confessionário On

Nicolas – Não sei o que deu em mim, mas eu estava tão confiante, com tanta garra para vencer do nada que ignorei qualquer coisa ao meu redor e da minha vida, só segui na frente.

Nicolas – Eu posso ver a praia – Algumas tochas estavam colocadas ali para iluminar o caminho, que já estava escuro. – Eu vou vencer, eu vou VENCER. – E então um trovão poderia ser ouvido, logo mais começou a chover, mas de um jeito fraco.

Sofia – Não! – Sofia, o alcançando, deu um salto e caiu em cima dele, os dois começam a rolar com a ave na mão. – Nicolas solta isso já, não vai te fazer bem.

Nicolas – Perder que não vai me fazer bem.

Sofia – O seu olhar está tão diferente.

Nicolas – Solte esse bicho agora, senão vai acabar que nem a sua mãe! – A ave começava a riscar a cara de Nicolas com suas patas, fazendo ele soltá-la. – Sofia agora segurava a ave sozinha e o restante dos competidores corriam próximo a ela. Ela conseguiu cruzar a areia e colocar a ave dentro da gaiola.

Christina – E as lebres vencem sua primeira prova!

Gorete – Fomos completamente carregadas, eu adoro.

Todos estavam felizes, mas Sofia estava cabisbaixa.

Confessionário On

Sofia – Minha mãe foi abandonada pelo meu pai quando eu era muito nova, Nicolas sabe a história inteira e usar ela assim para me magoar foi muito rude! Mas isso me deu forças, na verdade. Mas muito triste, quando achamos que conhecemos as pessoas, elas fazem isso com a gente? Não é a primeira pessoa e nem será a última a me magoar.

Gorete – Ei, não fica triste, você salvou uma pessoa e deu imunidade pra toda nossa equipe praticamente sozinha.

Sofia – Obrigada, amiga, tudo vai ficar bem.

Gorete – Nunca se esqueça, você é uma heroína! – Elas saem dali abraçadas.

Patamon – Heroína... – Sussurra para si mesmo olhando aquela situação sem expressões.

Nicolas – Sofia, me perdoe. Eu... eu não... eu não sei o que deu em mim de verdade. Eu... – Ele põe as mãos na cabeça, parecia confuso, mas Sofia e toda sua equipe o ignoraram e saíram o mais rápido que puderam.

Christina – Vocês, tartarugas, vamos para a cerimônia da fogueira onde um será eliminado.

Luke – Vamos fazer isso rápido.

Nicolas puxa o braço de Valdemiro.

Nicolas – Em quem nós vamos?

Valdemiro – Quero ir no mais óbvio.

Nicolas – Ok.

Sam – Cara, eu queria eliminar muito a Darlene, ela não fez nada hoje além de atazanar. Para mim, ela é o mais óbvio. – Valdemiro ficava pensativo sobre o voto e Nicolas andando cabisbaixo mais na frente.

Nicolas – Pra mim tanto faz, só quero descansar.

Sam – Vamos no voto na Darlene, então.

Nicolas – Ok – Estava andando cada vez mais afastado dos dois com a cabeça em outro lugar.

Valdemiro – Ainda acho melhor irmos em Luke.

Sam – Sério?

Valdemiro – Ele parece menos útil que ela.

Sam – Então temos que falar com Clyde, porque já disse pra ele ir nela.

Confessionário On                                                           

Valdemiro – Tem mais de um nome rondando por aí, pra mim o mais óbvio continua sendo Luke, mas entendo Sam querer tirar Darlene também, o negócio é que tem mais coisas que me incomodam.

Darlene – Jovem rapaz, você votaria em quem eu pedir?

Luke – Claro. Não tenho nem escolha.

Darlene – Magnífico! – Ela dá um sorriso olhando para Sam que estava conversando com Clyde naquele momento.

Cerimônia da Fogueira

Christina – Os nomes que eu chamar aqui são os que estarão a salvo e receberão um marshmallow. Quem não for chamado estará e-li-mi-na-do. Os marshmallow vão para... Clyde.

Clyde – Isso!

Christina – Valdemiro, Sam, Darlene. – Nicolas então levanta a cabeça ao perceber que está na berlinda. – Luke, você continua com desempenho ruim nos desafios.

Luke – O erro foi com vocês, o que iria fazer hoje?

Nicolas – Pera aí, porque eu tô aqui?

Christina – Nicolas, você foi visto como rude por alguns de seus colegas que ficaram incomodados com suas ações.

Nicolas – E porque ninguém fala na cara? Ah.

Christina – O último marshmallow vai para...

.

.

.

.

.

.

.

.

Christina – Luke! Nicolas, você está eliminado.

Luke – O quê?!

Valdemiro – Cara, eu sinto muito. Não sei o que aconteceu.

Nicolas aperta suas mãos com força, mas depois consegue se controlar.

Nicolas – Rapazes, falem com Sofia depois, digam que estou muito arrependido e que não conseguiria viver sem ela. – Ele se dirige ao cais da vergonha e entra no barco.

Darlene – Dando uma lição para aprender como tratar bem uma mulher de verdade. Tchê tchê tchê! – Sam ouve aquilo e respira fundo.

Christina – Será que a decisão das tartarugas em eliminar seu membro mais forte nas provas foi boa?

Sam – Não!

Christina – Como ficará a dinâmica da tribo depois dessa? E ainda melhor, como ficará Sofia? Ai, papi. Descubra tudo isso e muito mais no próximo episódio de Drama... Total... Sela Gineta!

Ali de longe, Patamon observava as, agora, cinco tartarugas e demonstrava os mesmos sinais de felicidade que fazia ao conversar com Luke anteriormente, ele então percebe a câmera o gravando e sai para a escuridão da floresta.