Bater de Asas escrita por Yasmin


Capítulo 18
18. Salvação


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei oque pensar de Zack, é culpa dele? Mesmo nessa duvida dolorosa eu estou indo te ajudar.



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Passei a noite na pequena cidade em meio a nevasca, quando o sol batia em meu rosto, os abri vendo que avia parado de nevar.

 

— É hoje...

 

Levante, estiquei meus braços, os olhei, ainda estranhamente escuros, ainda com as unhas longas e dentes pontudos.

 

— Devo me apressar.

 

Um turbilhão de emoções se passava na minha cabeça, me deixaram em um quarto, sozinha, não acredito que seja para eu me sentir confortável. Ainda não sei oque pensar do Zack, ele realmente queria me matar? Foi sem quer? Ele sabe mudar isso? Vou morrer?

 

— Morrer... de novo essa sensação.

 

Escuto abrirem a porta levemente.

 

— Você não vai morrer, não vou deixar.

 

Tomoe estava em pé encostado na porta, me olhando com um olhar alegre, ou talvez com esperança, suponho que é isso que ele quer me passar, um pouco de esperança.

 

— Tem um presente para você lá fora, olha pela janela.

 

Olhando pela janela, encostado em umas pedras, um lindo conjunto de arco e flechas.

— São lindos, espero conseguir atirar com essas unhas.

 

Abro as palmas das minhas mãos em frente ao rosto, encarando meu novo eu, mas vejo outras mãos segurando elas, Tomoe as segura e me lança um grandioso sorriso.

 

— Tudo vai dar certo, temos que ir, os nossos companheiros de luta nos aguardam.

 

Ele me puxou gentilmente ate a porta, quando sai o sol brilhava na pequena vila.

Muitos homens e mulheres me esperavam em pé, com armas de diversas formas, eles também tinham um grande sorriso no rosto, deve ser coisa do Tomoe isso.

 

— Tomoe não precisava forçar eles a sorrir para mim.

 

Sussurro-lhe, ele da uma pequena risada, e me puxa para a linha de frente.

 

— Pe... Pessoal nunca liderei nenhum grupo, mas o mínimo que posso fazer é mostrar o caminho ate o castelo, e por favor não corram perigo por mim.

 

Eles ergueram suas armas e gritaram em conjunto, como um grito de guerra, espero mesmo que nenhuma guerra ocorra, porque mesmo que eles sejam guerreiros, estamos em menor número.

 

Andamos por 2 horas, ate conseguir subir a montanha e conseguir ver o castelo, ao longe dava para ver uma enorme movimentação no que seria a praça central.

— Vamos em silêncio, nenhum morador ou guarda deve nos ver.

 

Todos andavam silenciosamente ate mais 100 metros da praça, era o máximo que conseguiríamos sem sermos vistos. Eles montavam uma espécie de palco, e ainda estavam a construir duas colunas... espera.

 

— Tomoe... aquilo é oque estou pensando?

 

— Sim... estão montando um palco... parece que vai ter um enforcamento publico.

 

Claro... o Rei não faria nada sem fazer um show antes, com total certeza aquilo é par o Zack.

 

Mas pensando nele aonde ele esta? Pelo menos não vamos precisar entrar no castelo, ao ar livre será mais fácil de atacar de vários ângulos, e atirarem de longe. Farejo o ar, agora sei como o Zack faz, sinto cheiro de sangue.

 

— Zack!...

 

Tampei minha boca ao ver uma sena grotesca, Zack estava sendo arrastado, não conseguia nem andar, seus pés e asas arrastavam no chão enquanto dois guardas o puxavam ate o palco.

 

 Sangue pingava dos enormes cortes nas costas, rosto pernas e braços.

 

— Tor... Torturaram ele...

 

Tomoe e duas meninas colocam as mãos em minhas costas, eles também estavam chocados com oque estavam vendo. Devemos agir logo.

 

— Yas... Yasmin seus olhos, estão vermelhos.

 

Olhei para minhas mãos e uma áurea branca misturada com preto saia delas, dos meus braços, de todo meu corpo. Tento me abaixar mais, tentar ficar mais calma, mas não avia como, só fiquei ainda com mais raiva quando o Rei chegou.

 

— Olá moradores do submundo, faz tempo que não temos show na praça central, infelizmente hoje terei de executar meu próprio filho, um traidor.

 

Ele além de tudo é mentiroso, bom, talvez o filho dele também seja...

 

— Meu próprio filho me abandonou, a anos atrás depois de uma grande perda que foi minha esposa, assim traindo o próprio pai e ao reino, e hoje teremos que resolver isso.

 

Eles soltaram Zack em frente a forca, vejo ele se encolher levemente, graças aos céus ele estava vivo, mas não sei ate quando.

 

— Vamos levante e venha cumprir sua sentença.

 

Zack franco tenta se levantar, mas não consegue sair do chão, o rei o olha com desprezo e o levanta no ar.

 

— Agora!

 

Atiro uma flecha no braço do Rei, o fazendo soltar Zack no chão, ele segura seu próprio braço enquanto nos olha. Todos os guerreiros que ate então me seguiam em silêncio, agora saiam das sombras e atacaram os guardas que estavam em volta do palco.

 

— Droga você vai se arrepender!

 

Enquanto todos brigavam entre si, as pessoas que foram assistir o espetáculo do horror, fugiram para as casas próximas. E eu voei ate o Rei e o furei no rosto com uma flecha, tentei bater as asas para me manter em cima do enorme demônio, ele segurou meu pulso que segurava a flecha, apertando-o.

 

— ME SOLTA!

 

Com a outra mão enfinco minhas novas unhas em seu peito, sinto algo pulsar em meus dedos, ele urra de dor, aperto a coisa pulsante e ele para. Lentamente ele cai ao chão, puxo minha mão de dentro dele jogando seu sangue no chão, e minha outra mão puxo com força, fazendo a mão que ainda segurava meu pulso me soltar.

 

— Eu...

 

Sinto minha cabeça tontear, depois de toda essa agitação, coloco a mão na testa olhando ao redor. Tomoe terminava de eliminar o último guarda e me olha com os olhos arregalados.

 

— Você... esta bem?

 

— Sim eu, eu não sabia da minha força.

 

Como um choque eu me lembro oque avia de fazer, Zack caído no chão imóvel, corro ate ele, ajoelhando no chão e levantando sua cabeça, ele estava de olhos fechados.

 

— Zack... espero não ter demorado.

 

Seguro seu pulso, ainda tem batimento, mas esta lento, o deito calmamente no chão, e coloco minhas duas mãos em seu peito.

 

— Tomoe fique atrás de mim para caso eu desmaie.

 

Eu teria de usar a cura como nunca avia usado antes, não sei oque pode acontecer, espero que o meu novo eu ajude em algo.

 

Uma luz cinza sai de minhas mãos, me concentro para conseguir o máximo que posso, a luz logo aumenta e tudo fica branco. Logo que a luz abaixa, apenas sinto uma leve tontura, e Zack abre os olhos.

 

— Zack, você esta bem...Ele me olha espantado, e segura meu rosto.

 

— Oque... oque aconteceu com você...

 

Ele fecha os olhos novamente.

 

— Você fez isso comigo.

 


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Notas finais do capítulo

Ao olhar para Zack sinto um ódio tão profundo... não parece que sou eu, essa coisa esta me consumindo.



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