A Teoria Dos Corpos escrita por LittleR


Capítulo 5
Presente do Indicativo


Notas iniciais do capítulo

Memórias de um garoto que tomou o caminho menos usado
Boa leitura!



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V. Presente do Indicativo

 

Eu passo uma década inteira deitada na cama.

Eu apodreço e viro adubo nessa mesma posição. Eu morro com os olhos grudados no teto, me afundando numa depressão silenciosa e constante como as águas de um rio. Nela eu me afogo e esqueço como respirar.

Ouço batidas na porta do meu quarto. Uma, duas. Seu som se junta ao som do relógio e do vento arranhando as portas fechadas da varanda.

 — Kaoroku, está acordada?

É a voz de Itadori.

A voz dele me incendeia da cabeça aos pés, conjuga no presente do indicativo cada verbo estático em meu corpo.

Eu, porém, não me movo. Deixo meus olhos no teto. Sei cada uma das ranhuras que ele tem de cor.

— Kaoroku, por favor, abra — ele pede, e soa como se estivesse desesperado.

Meus dedos se movem, eu pisco. Não tinha percebido que meus olhos já estavam ardendo até agora.

Ah. Itadori me ressuscitou.

— Midori, fale comigo, por favor.

No tempo que se passa entre uma batida e outra, eu teorizo sobre como as atitudes de Yuuji Itadori têm influência sobre meu comportamento, como ele influencia as minhas reações corporais. Adrenalina, oxitocina e dopamina.

As batidas param. Ele não me chama mais. Desistiu. Ouço quando seus passos se afastam, tímidos, e volto a morrer por mais um dia inteiro.

Dois dias devem ter se passado desde a última vez que eu falei com alguém.

Eu evito todos que posso. A única pessoa capaz de me conter, a única pessoa que receberei será aquele a quem não cabem verbos.

Adjetivos no superlativo.

Eu me esquivo pelos corredores da escola antes que o sol nasça. Me dirijo até o banheiro feminino, como faço todos os dias, para tomar banho. A água é fria, mas assim evito esbarrar com alguém. Demoro sob o chuveiro o tempo necessário para esfriar minha cabeça, para me transformar em estátua de gelo.

Quando termino, deixo o box e paro no meio do banheiro, encarando meu reflexo no longo espelho acima das pias.

Eu sempre fui magra. Meus olhos são escuros, redondos, mas incisivos demais. Meu cabelo é muito negro e muito longo, chega à altura dos meus quadris. Está gotejando agora, pesado pela água, que o faz parecer ainda maior.

Eu nunca me considerei particularmente bonita. Meus seios não são grandes, eu não tenho nenhuma curva suficientemente atrativa, meus braços são finos demais e não sou sequer alta.

Porque qualquer garoto se apaixonaria por mim?

Por que Itadori se apaixonaria por mim?

— Kaoroku, finalmente você-

Eu arregalo os olhos e perco o ar para a brecha que se abre na porta do banheiro. Os olhos dele são os primeiros que vejo, brilhantes e vívidos. Mal respiro e uma onda de choque vaza de meu corpo com um estalido. Estoura os canos das pias, fazendo jorrar água por toda parte como num dilúvio.

Itadori fecha a porta com um baque antes que um segundo se passe.

— Desculpe, me desculpe — pede, sua voz soando apreensiva do outro lado. Eu agarro a toalha pendurada na parede de um dos boxes.

— Itadori! — repreendo numa única interjeição enquanto tento encontrar o registro de água.

— E-Eu vim deixar umas roupas que a Kugisaki emprestou pra você vestir. Eu não vi nada!

Eu não encontro o registro do banheiro e os jatos de água da pia estão deixando a minha toalha ainda mais ensopada.

— Onde está? — pergunto para mim mesma.

— Estão aqui comigo ainda…

Eu estalo a língua.

— Não as roupas, Itadori, o registro de água. Vai alagar tudo se eu não desligar.

— Ah, ele está… É difícil explicar. Eu posso entrar? Assim, eu posso desligar pra você.

Eu suspiro profundamente. Me afasto das pias e fico na beirada de uma das cabines de banho.

— Entre.

Itadori entra bem devagarinho, tomando todo o cuidado do mundo, certificando-se de não demorar o olhar em mim. Ele guarda as roupas de Kugisaki em algum lugar seguro da água e se agacha sob as pias. Não vejo bem o que faz ali, ou onde encontra o registro, mas apenas alguns instantes depois, a água para de jorrar.

Itadori se levanta e se vira para mim, meio escondida atrás da porta do box.

— Prontinho.

O moletom dele está ensopado, o tecido grudando nas dobras de seus músculos rígidos. Eu pisco com força e evito olhá-lo, meu rosto em chamas incandescentes de vergonha.

— Eu acabei dando mais trabalho para você — comento.

— O quê? Isso não é nada, não se preocupe. Aqui, pegue as roupas que a Kugisaki mandou.

Ele estende as roupas para mim. Eu dou um passo para fora do compartimento para recuperá-las.

Olhe que pernas bonitas você tem aí — diz uma voz risonha que vem do rosto de Itadori. — As mulheres dessa Era realmente são ótimas.

Eu estremeço e salto de volta para a cabine enquanto Itadori tenta tapar uma boca de Sukuna que surgiu em sua bochecha.

— Desculpe, Kaoroku, ele fica falando assim às vezes — atalha, nervoso e parecendo envergonhado. — Não ligue pra ele.

Eu quase rio da forma agoniada como ele tenta se livrar de Sukuna, seu rosto corando adoravelmente.

Garota, garotinha — cantarola a boca de Sukuna, agora soando bem mais ameaçadora do que risonha. — Pirralhinha. Eu não me esqueci da sua insolência. Assim que eu tiver a menor das chances, mesmo que por um segundo, de tomar o corpo do garoto, você vai morrer.

Eu congelo e viro pedra no mesmo lugar. Meus órgãos internos falecem multiplamente. Terror corre com as hemácias em minha corrente sanguínea, e Itadori deve estar no mesmo tipo de transe, porque suas expressões parecem petrificadas.

Eu imagino como ele se sente tendo esse tipo de besta dentro de si. Sendo ele próprio seu instrumento de tortura, seu carrasco e seu ditador.

Sufocado, é como ele se sente. Aterrorizado o tempo todo, dormindo com um olho aberto para garantir que seus próprios pés não saiam por aí sozinhos e suas próprias mãos não matem aqueles que ele jurou proteger.

É exatamente como eu. Acuados em nossos espaços pessoais superlotados, é assim que vivemos.

Mas nada do terror que eu venha a sentir vai nunca se comparar ao terror que Yuuji tem que suportar com um sorriso no rosto.

É só essa hipótese que me faz dar um passo adiante da cabine e me aproximar da boca tagarelante de Sukuna. Me aproximar de um Yuuji encharcado, como eu, gotejando e com apenas um pedaço de pano para me cobrir. Eu me aproximo bem para encarar aquele olho abominável na bochecha do único rapaz que amei na vida.

Itadori não parece entender, mas também não recua quando eu zombo:

— Chance? Que chance? Você quer dizer quando Itadori deixar você sair pra passear, cãozinho? — sorrio. — Não esqueça que Itadori é o carcereiro, e você é uma porra de um prisioneiro em regime fechado. E sabe do que mais? Não vai ter saidinha de natal pra você se você não for um bom garoto e abanar o rabinho quando for mandado, ok? Agora pare de rosnar. — Estreito os olhos para ele. — Porque ninguém aqui tem medo de um cão acorrentado atrás de uma cerca.

Itadori me olha como se eu fosse louca, mas Sukuna estala a língua.

Pirralha, pirralhinha. A primeira coisa da qual vou me livrar será essa sua língua.

Eu gesticulo em descaso.

— Faça bom proveito dela. Nos seus sonhos.

Sukuna solta uma risada que é como uma lâmina afiada.

É o que vamos ver.

E então desaparece. Eu suspiro, acalmando meu coração, e digo para Itadori:

— Você não devia ter tanto medo dele, ele que está alugando seu corp... — Eu paro quando noto o rosto corado de Itadori e como ele evita me olhar. Tombo a cabeça para baixo e só nesse momento percebo o que estou vestindo, uma toalha parcialmente ensopada grudando em minha barriga e em minhas pernas. Eu explodo em vermelho e vapor quente. — M-Me desculpe, e-e-eu vou me vestir agora.

Eu me enfio dentro da cabine e fecho a porta com um estalo. Em seguida, ouço Itadori dizer nervosamente:

— E-Eu não vi nada!

Eu não respondo. Me enxugo como posso com a parte seca da toalha e então coloco as roupas de Kugisaki.

Elas são bem mais estilosas que as de Itadori, que eu estive vestindo até agora. Uma jardineira jeans com os shorts curtos e uma camiseta amarela. Também tento me livrar de parte da água do meu cabelo, mas não tenho muito sucesso.

— Será que nós… — Itadori tenta. — Será que nós podemos conversar um pouco?

Eu relutantemente abro a porta do compartimento e saio. Olho para ele com condescendência.

— Você está uma tragédia.

Itadori cora, adoravelmente como só ele sabe fazer, suas mãos gesticulando amplamente.

— E-Eu quero dizer, depois que eu trocar de roupa, se você não se importar em esperar er… — Ele coça a nuca, suas orelhas em chamas, o que me deixa em combustão espontânea. — Eu meio que sinto falta das nossas conversas.

E, com isso, Yuuji Itadori me nocauteou. Eu perdi. Lindamente. Por vontade própria. Eu suspiro e me rendo:

— Que tipo de pessoa eu seria se não retribuísse o favor, não é?

— Diretor Yaga vai ficar uma fera quando souber do desastre que você causou no banheiro — Itadori ri, relaxando as mãos atrás da cabeça enquanto caminha ao meu lado pelo campo de treinamento da escola.

Os músculos da minha boca se esticam para exprimir ofensa.

— Foi culpa sua! Você me assustou, não devia sair entrando assim no banheiro feminino.

Ele se defende:

— Eu achei que não teria outra chance de falar com você, você passou todos esses dias me evitando. Além disso, você estava sem roupas. — Eu arregalo os olhos, rubor me cobrindo da cabeça aos pés. Quando percebe o que disse, Itadori tenta consertar fervorosamente. — Eu quis dizer pra vestir, você estava sem roupas pra vestir, por isso eu quis entregar logo as da Kugisaki.

— E-Eu entendi, ok? 

Eu acelero meus passos e começo a andar na frente dele. Itadori corre para me alcançar.

— Tudo bem, foi culpa minha também. Qualquer castigo que o diretor Yaga queira dar pra você, eu vou pedir que ele divida entre nós dois.

 Eu respiro fundo. Lanço um relance culpado para o braço que ele esconde no bolso do moletom.

— Como está seu pulso?

Itadori levanta o pulso engessado e diz:

— Ah, isso? Não é nada. Já está ótimo, eu me curo bem rápido, sabia? 

Eu cruzo os braços em descrença.

— É, aposto que se cura sim.

A mão de Itadori em meu ombro me faz parar. Ele me gira para que eu possa olhá-lo.

— Estou falando sério, Kaoroku. Você não pode me machucar. Eu já até tive meu coração arrancado, esse braço aqui? Ele já saiu voando. E olhe só, eu continuo aqui, inteiro. Você não vai me matar nem que queira.

— Eu meio que machuquei você.

— Não machucou não.

Eu solto uma risada seca em desafio:

— Eu me lembro bem de ter ouvido seus ossos quebrando.

Ele parece instigado em me confrontar.

— Não quebraram não, foi só uma fratura simples. Nada que eu não possa lidar.

— Eu nem estava tentando de verdade. 

— Então por que você não tenta agora?

— Talvez eu tente.

— Então tenta.

Me sentindo incitada, eu ergo um punho fechado e tento socar Itadori. Ele facilmente se esquiva e agarra meu pulso estendido.

— Viu só? Você é lenta e fra… — Eu acerto um chute entre as pernas dele. Itadori morde a língua em um gemido de dor e se inclina, tremendo. Eu recuo um passo, vitoriosa.

— O que você estava dizendo mesmo sobre eu não poder machucar você?

Ele resmunga:

— Essa não valeu. Foi golpe baixo. Vamos tentar de novo.

Nós recomeçamos nossa batalha. Eu tento acertar um chute na lateral de sua costela, mas Itadori rapidamente agarra meu pé e me joga no chão. Eu tusso a poeira, a derrota e a humilhação. Ele gargalha.

— E então, como é a sensação?

Rancorosa, eu me levanto de um salto e tento acertá-lo de novo. Itadori se esquiva com maestria, como esperado de um feiticeiro jujutsu treinado. Meus golpes não lhe acertam e, quando acertam, não têm força o suficiente para fazer cócegas nele. Isso me deixa meio irritada.

A irritação vai se acumulando e quando ele me derruba de novo e me imobiliza no chão, ambas as suas mãos em meus punhos, uma das canelas sobre minhas coxas para impedir que eu me mova, ela atinge o ápice.

Então, ele zomba:

— Sabe, Kaoroku-chaaan, você é meio fraquinha, né? Nunca vai me derrotar desse jeito.

Meu rosto se contorce, todo meu corpo pulsando de excitação. Eu tensiono os músculos da minha boca e dos olhos para forjar lágrimas e dor.

— D-Desculpe, Itadori, eu… eu acho que quebrei a perna nesse último golpe.

Os olhos de Itadori se arregalam. Ele pula de cima de mim e se inclina com preocupação na direção das minhas pernas para avaliá-las. 

Eu acerto sua boca violentamente com meu joelho. Itadori cambaleia para o lado enquanto eu giro o corpo sobre minha cabeça e me ponho de pé em um salto. Eu rio ao vê-lo desnorteado.

— É ridiculamente fácil enganar você — debocho, acumulando toda a força que tenho no meu braço.

Preparo o soco, mas Itadori me nota antes. Ainda atônito, ele levanta a guarda e põe dois braços cruzados diante do corpo. Meu golpe estraçalha sua guarda alta. Ele cambaleia um pouco antes de cair sentado.

— Eh? — pronuncia, piscando com confusão, o que eu acho adorável.

Ah, eu quero abraçá-lo até que seus ossos quebrem.

Eu o agarro pelo colarinho antes que ele perceba o que está acontecendo. Ergo seu corpo e o giro no ar sobre mim.

— Ehhhhhh?

Eu arremesso meu grande amor no chão logo ao lado, o impacto formando uma cratera no campo de treinamento.

Eufórica, eu salto sentada sobre seus quadris. Prendo um de seus braços com uma de minhas pernas, e o outro, o enfaixado, com uma mão.

Yuuji — ronrono, me inclinando até que nossos rostos estejam a milímetros de distância. Até que possa sentir sua respiração quente e descompassada em meus lábios. Minha mão livre passeia pelo rosto de Itadori e desce em direção a seu pescoço. Eu me inclino mais, até o ouvido dele, onde sussurro: — Como é a sensação?

Deslizo minha mão pálida por seu peito, apreciando cada subir e descer de sua respiração, até que meus dedos roçam a barra de seu moletom.

As pontas de minhas unhas encontram a pele nua e febril da cintura de Itadori. É uma sensação que acende fogueiras dentro de mim, eu escorrego a mão em direção à estrutura rígida de seu abdômen sob o moletom. O corpo dele estremece

Eu estou estremecendo, sou um terremoto de escala Ritcher, sou tsunamis e furacões, sou todos os tipos de desastres naturais possíveis. Arranho minhas garras em sua pele quente, que sensação deliciosa, e quero descer meus dedos para além de seu quadril.

Quero tocá-lo lá embaixo. Quero ver que tipo de rosto ele fará, que barulhos deixará escapar enquanto eu movo a mão para extrair dele até o último suspiro de prazer.

Eu respiro irregularmente, um sorriso esticando os músculos da minha face, e esse garoto não faz ideia das coisas que quero fazer com ele.

— Kaoroku — ele me chama, sua voz não mais que um murmúrio frágil. Quando o olho de volta, entendo o porquê.

No reflexo de seus olhos, os meus olhos têm globos oculares negros e íris prateadas, meus cabelos são parcialmente brancos. Eu engulo a respiração quando ergo meu braço e vejo como a mancha nele avança, leite escorrendo em minha pele.

Eu me arranco de cima de Itadori com pavor, mãos tremendo, meus ossos se liquefazendo.

— Não, não, Kaoroku! — Itadori atalha rapidamente, se arrastando para perto de mim e me agarrando pelos ombros. — Está tudo bem, está tudo bem. Você… você acha que consegue fazer regredir?

Eu estudo minha mão manchada em choque. Não me sinto tomada dessa vez. Não fui afastada de minha própria consciência, então acho que se eu tentar…

Eu respiro fundo e fecho os olhos. Com muita calma e racionalidade, desejo que a mancha vá embora.

E ela vai.

Sem mais alardes, sem fazer bagunça, meu eu amaldiçoado simplesmente volta para dentro dos meus ossos e deixa aqui fora apenas eu.

Eu e nada mais.

A percepção deste fato me dá uma coisa que eu sentia falta de ter.

Esperança.

— Viu? — diz Itadori, animado. Ele sorri para mim, tão alegre, que eu sorrio de volta por aproximação. — Você consegue controlar. Consegue controlar quando vem e quando vai. Se treinar seu controle pra usar quando quiser… poderá se tornar uma aluna aqui na escola Jujutsu com a gente, ir em missões, exorcizar outras maldições.

— Você acha que isso é possível?

— É claro que sim! Vai ser incrível, eu, você, Fushiguro e Kugisaki, vamos todos estudar juntos. E você vai aprender novas técnicas que o Nanamin e o Gojou-sensei vão ajudar você a desenvolver, e você nunca mais vai machucar ninguém e vai salvar muitas pessoas.

Eu sorrio condescendente, apesar de achar que ele está criando fanfics demais na cabeça dele.

Eu quero acreditar nas fanfics dele. Eu quero muito que tudo seja como ele acabou de descrever.

— Olha, vocês se tornaram bem próximos mesmo — diz uma sombra muito alta, que surgiu de repente no campo.

Ele tem cheiro de advérbios no superlativo. E doces.

Eu ergo o olhar e Satoru Gojou está sorrindo para nós. Eu nem sequer o ouvi se aproximar. É como se ele naturalmente fizesse parte de todas as coisas infinitas ao nosso redor.

— Sensei! — Itadori acena. — Você voltou. Seja bem-vindo, você precisa ver o que a Kaoroku pode fazer.

— Ah, é mesmo? — ele sorri. Os óculos pendem um pouco de seu nariz, e eu consigo vislumbrar apenas por um instante o azul cintilante em seus olhos. Os olhos que olham diretamente para mim, como se fossem uma besta superior e antiga prestes a me devorar. — Midori, eu trouxe notícias.

 

"você já

esteve

dentro de mim

antes"

(outra vida — o que o sol faz com as flores, pág. 188, Rupi Kaur)


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até mais!



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