Legado de Sangue escrita por Nathy Negrelli


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente!
Demorei um pouco para postar, mas estou aqui com um capítulo curto, porém importante.
Desculpe os erros de português, não consegui revisar.



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“Um sentimento que era um misto de horror e remorso; 

mas não passou de um sentimento superficial e equívoco, 

pois minha alma permaneceu impassível.”

— Edgar Allan Poe

 

A mulher andava de um lado para o outro totalmente histérica, seus passos pesados e ritimeiros deixavam marcas no chão. Pisquei algumas vezes tentando identificar que  lugar era aquele e de quem era aquele vulto loiro.

— Vai acabar fazendo um buraco no tapete. -  Grunhi de descontentamento. 

O olhar dela que rodava, da mesa para porta, da porta para o tapete e do tapete para a janela, pararam por um  momento todo esse trajeto e voltaram-se para mim. Um misto de sensações me atingiu em cheio ao ver a preocupação estampada em sua face. Era a loira da colheita. 

— Você acordou! - Exclamou, se aproximando.

— O que aconteceu? - Arfei ao tentar levantar o corpo e notar que o mesmo estava pesado igual pedra. 

Ela levantou meu tronco e me ajudou a encostar as costas na cabeceira da cama, ajeitando o travesseiro em uma posição mais confortável.

— Encontrei você no corredor. - Ela pausou por um momento, parecia relembrar a cena. - estava bem péssima. 

— Acho que ainda estou bem péssima. - Falei pondo uma mão na nuca e a outra no pescoço. 

Um pequeno corte, bem fino, roçava entre meus dedos, meu pescoço fora marcado por aquela pequena linha. Procurei a marca de mordida, marca das presas daquele  monstro e não as encontrei. Foi como se aquilo existisse somente nos meus sonhos.

— Hinata disse que elas somem. - Falou olhando para minhas mãos trêmulas.- Não se sabe ao certo o motivo de sumir.  

Olhei para sua pequena mão com unhas grandes, ela passava os dedos pelo próprio pescoço, como se lembrasse de algo. Seu rosto tomou uma coloração avermelhada, e  seu nariz, com pequenos pontinhos vermelhos, soltou um suspiro anasalado.

Ela também foi mordida!

— Você também? -  Perguntei.

— É… – O  leve rubor deu lugar a uma loira totalmente vermelha, quase como o sangue que mais cedo escorria do meu pescoço. Sangue… Maldito Sangue. - Nós também…

Um silêncio tomou conta da sala, ela iria falar algo, mas parou no meio do caminho a confusão no meu rosto era quase palpável, assim como minha mente tentava entender as pequenas palavras que ela falou. “Nós também”

— Nós também, o que? - Perguntei confusa e curiosa.

— Tivemos relações íntimas. - Falou virando o rosto e ficando mais vermelha.

— VOCÊ TEVE RELAÇÃO COM UM MONSTRO? - Gritei em choque.

O rubor da sua face foi sumindo gradativamente, a vergonha que antes era visível foi dando lugar a expressão de nojo, depois de repulsa e agora, finalizou com raiva e amargura. 

— Não fale dessa forma, ele não é ruim a esse ponto. - Esbravejou.

“Ruim a esse ponto?” Engraçado!

A “pessoa” não era ruim a esse ponto.

Não era ruim a esse ponto, mas poderia matar, era um animal, um monstro. Olhei incrédula para sua face, distorcida. Uma pessoa ruim é ruim e ponto. Nada  poderia mudar isso.  

— Não concordo com o que você diz. – Falei - Como que uma pessoa não é ruim, mas mata outras pessoas? 

— Matamos animais todos os dias para sobrevivermos, para nos alimentarmos de sua carne, e eu nunca vi alguém nos chamando de ruim por isso. - Exclamou irritada. - Só acho que eu julguei eles sem olhar esse ponto.  

Ela tinha um ponto. Um ponto muito válido por sinal.

— Não quero ser conivente com o que eles fazem. - Falei

— Então não seja. - Falou se aproximando e sentando na cama ao meu lado. - Faça o lorde entender isso. 

Sua mão acariciava meu braço com carinho. A loira era realmente uma pessoa de temperamento forte, assim como Hinata. 

— Me chamo Sakura Haruno. - Falei voltando um sorriso simpático.

— Ino Yamanaka, ao seu dispor! - Ri baixinho com sua apresentação e reverência no final.

Ela usava um lindo vestido azul, que realçava sua beleza estonteante. Seus cabelos loiros e longos, delineava perfeitamente seu rosto fino, e seus olhos, de um azul oceânico, destacavam ainda mais sua surreal beleza.

Sua amizade estava se tornando algo importante para mim, uma forma mais fácil de sobreviver aquele inverno frio e aquelas paredes aterrorizantes da mansão. 


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