O Conto do Cão Negro escrita por BlackLupin


Capítulo 21
Capítulo 21: Uma Luz na Escuridão




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Vários meses haviam se passado e com eles um novo ano chegou. Flori havia terminado o seu turno – como não conseguira recrutar muitos bruxos estrangeiros em sua primeira missão, Dumbledore lhe designara para vigiar alguns conhecidos Comensais da Morte e ficar de olho caso algo suspeito surgisse – com o raiar do dia, e seu maior desejo, naquele instante, era voltar ao quarto que dividia com Sirius no Largo Grimmauld e apagar pelas próximas doze horas, entretanto, vinha sentindo um incômodo mal-estar nos últimos tempos e precisava descobrir de onde ele vinha.

Passava perto de uma farmácia agora e ficou realmente tentada a entrar e resolver aquilo como uma trouxa, pedindo um remédio contra resfriado. Sabia que os demais poderiam achar estranho, porém o Hospital St. Mungus era do outro lado da cidade e ela se sentia exausta até mesmo para aparatar até lá; temia que acabasse perdendo uma parte de seu corpo no processo e aquela foi à ponderação final para que tomasse sua decisão.

 

***

Ao voltar para a Sede, Flori se dirigiu imediatamente até cozinha, onde eles costumavam fazer suas reuniões. Rezava para que não houvesse muita gente lá e foi com grande alívio que encontrou Sirius e Lupin debruçados diante de plantas do Ministério da Magia. Os dois homens ergueram os olhos para ela e a cumprimentaram.

— Está tudo bem? – Indagou Sirius, notando sua expressão.

— Tudo... tudo certo. – Afirmou, sentindo sua apreensão aumentar. – Hum... será que... será que eu poderia dar uma palavrinha em particular com você, Sirius? – Pediu.

— É claro.

— Vocês querem que eu saia? – Ofereceu Lupin, começando a se erguer.

— Não, não é necessário. Podemos ir até a sala. – Disse Sirius, ficando de pé.

Eles subiram em silêncio até a sala e uma vez ali, Flori olhou todos os cantos a procura de Monstro; não confiava no elfo e tinha medo de que ele pudesse ouvir algo. Terminada a sua revista, ela se virou para Sirius com uma expressão nervosa. Ele se aproximou e tocou em seus ombros.

— Qual o problema, meu amor? – Indagou num tom preocupado. – Aconteceu algo em sua patrulha?

— Eu... eu descobri algo, mas não tem haver com minha missão. Nem nada com Voldemort e a Arma. – Acrescentou.

— Então o que é?

Flori baixou os olhos e começou a brincar com a barra de sua jaqueta, torcendo-a nervosamente.

— Eu... eu venho me sentindo doente nas últimas semanas. Um mal-estar que às vezes não me permite nem comer.

— Por que não me disse nada? – Espantou-se Sirius, parecendo quase ofendido por ela ter escondido isso dele.

— Porque não queria preocupá-lo. – Explicou. – Com tudo o que está acontecendo à nossa volta, não queria que desperdiçassem sua atenção com uma coisa boba dessas.

— Bem, tarde demais, porque eu já estou preocupado! – Rebateu o homem. – Precisa ir ao St. Mungus. – Recomendou, recolhendo os braços de seu ombro. – Certamente um curandeiro pode dar uma olhada em você e...

— Não é preciso, porque eu já sei qual é o problema. – Disparou. – Eu tive a confirmação hoje. – Flori ergueu os olhos. – Eu estou grávida, Sirius. – Anunciou.

O homem pareceu ter levado um soco no estômago. Seu queixo caiu e seu rosto congelou numa expressão de perplexidade.

— Isso... isso é sério?

Ela assentiu.

— Eu sinto muito. – Murmurou.

— Sente muito? – Repetiu. – Pelo quê?

— Porque essa é a pior hora para uma coisa dessas acontecer! Eu não queria... não agora... Não quando nem sabemos se estaremos vivos amanhã!

Flori desatou a chorar, enquanto Sirius a abraçava e tentava consolá-la.

— Não diga isso, Flori. Uma notícia dessas... é como um farol numa tempestade, um raio de luz na escuridão.

— O quê?

— Tudo o que já me aconteceu... a morte de meu melhor amigo, a traição de outro... a prisão e então ter de ficar escondido, pois caso contrário voltarei a Azkaban sem alma... Essa é a melhor notícia que tenho desde que aceitou se casar comigo.

Flori ergueu o rosto de seu peito e o encarou.

— Mas...

— Sei que deve estar assustada. Se pudesse escolher, também preferiria que fosse em tempos mais felizes. – Admitiu Sirius. – Contudo, se está acontecendo agora, creio que deve ter uma razão, você não concorda?

— Eu... talvez você tenha razão.

— Eu costumo estar certo na maioria das vezes. – Provocou ele, fazendo-a sorrir em meio às lágrimas.

— Aí está ele. Já estava sentindo falta do seu ego.

— Ele é mais agradável do que meu mau-humor, não?

— Infinitamente.

 

***

Mais tarde naquele dia, enquanto descansavam a cabeça em seus travesseiros e recobravam-se da última hora, ambos quedaram-se pensativos em como seriam suas vidas a partir de agora. Não poderiam agir de forma descuidada e impulsiva agora que mais alguém dependia deles. Apesar do pânico que sentira ao fazer o teste e descobrir que estava grávida, Flori não parava de descer inconscientemente sua mão até a barriga e acariciá-la, como se pudesse sentir o pequeno ser que se desenvolvia ali dentro. Naquele momento, sentia-se animada com a ideia e até esperançosa.

— Eu gostaria que ela tivesse o seu nome. – Declarou Sirius.

Flori, que estivera deitada sobre o peito dele, ergueu a cabeça e franziu a testa.

— Ela? Nós ainda nem sabemos o que é.

Ele sorriu de maneira estranha.

— Eu sei que é uma menina. – Disse. – Não sei explicar como sei disso. É uma sensação, eu diria.

— Uma sensação que lhe diz que é uma menina. E você quer dar o meu nome a ela?

— Bem... eu adoro o seu nome.

— Snuffles, eu não vou fazer uma coisa dessas com o nosso bebê! Florência é horroroso!

— Mas...

— Nem pensar! – Sentenciou Flori, irredutível. – Meus pais eram dois hippies malucos quando escolheram meu nome, não cometeremos esse erro uma segunda vez!

Sirius suspirou.

— Tudo bem, já que você é quem vai ter de carregá-la, nada mais justo do que estar de acordo com o nome. – Reconheceu.

— Obrigada.

— Porém, eu tenho uma outra sugestão.

Flori aguardou apreensiva; seu noivo não parecia muito bom com nomes, já que gostava do dela. Sirius colocou a mão sob seu queixo, erguendo o seu rosto, e olhou em seus olhos longamente antes de prosseguir:

— O que acha de Ruby? – Perguntou.

— Ruby? – Repetiu, experimentando o nome. – Por que esse?

Ele continuou com o olhar fixo no seu.

— É só uma cor que gosto muito. – Respondeu.

— Ruby... Ruby Black. É... já é melhor do que Florência. Tudo bem, você venceu; se for mesmo uma menina, será Ruby. Mesmo que ainda seja cedo para pensar nisso.

— Considerando a vida incerta que temos, não acho que seja tão cedo. Por falar nisso, tem algo que queria lhe pedir. – Seu rosto ficou sério. – Eu sei que você não vai gostar, mas, honestamente, dadas as circunstâncias, eu não me importo.

Flori sentou sobre o colchão e o encarou, confusa.

— Do que você está falando agora?

— Eu quero que saia da Ordem. – Revelou.

— O quê? Por causa do bebê?!

— Exatamente. – Ele também se sentou.

— Eu estou grávida, não inválida, Black! – Bradou.

— Sei disso, mas se um de nossos inimigos descobrir, se um deles souber que está esperando um filho meu, vão tentar algo contra você. – Disse. – Eles podem capturá-la durante seu turno e... matar você.

— Sirius, não acha que está exagerando?

— Estou? Talvez esteja. Pode ficar furiosa comigo o quanto quiser, mas, por favor, faça o que estou pedindo, amor. Eu lhe imploro que saia da Ordem. Não posso perdê-las.

Ela o viu baixar a cabeça e seus lábios começarem a tremer.

— Eu... eu já passo parte de meus dias preocupado com Harry a mercê do Ministério em Hogwarts e não posso fazer nada. Deixe-me fazer isso por vocês duas pelo menos. – Pediu numa voz rouca.

Desta vez foi Flori quem o abraçou. Ela assentiu e encostou seu rosto contra o dele, tentando acalmá-lo.

— Tudo bem, amor. Farei o que está me pedindo. – Concordou.

O homem soltou um suspiro aliviado e deitou a cabeça em seu ombro.

— Obrigado. – Agradeceu.

— Não há nada que eu não faça por você, lembra?

— O sentimento é recíproco.

Flori o beijou com ternura, enquanto Sirius voltava a se deitar, levando-a consigo. Ambos permaneceram entrelaçados por muito mais tempo, até que pegaram no sono e adormeceram abraçados.

 

***

Depois de pedir à mulher que deixasse a Ordem sem qualquer explicação aos demais – o único que sabia era Lupin -, Sirius passou a achar que um lugar mórbido e, em vários dias, atopetado de gente não fosse o lugar ideal e mais confortável para ela e o bebê, por isso, ao explicar a situação a Dumbledore, conseguiu, com a ajuda dele, que encontrassem um esconderijo para Flori.

Resolveram usar a antiga casa de Sirius, a mesma que eles haviam morado juntos por um tempo depois de se formarem. Lançaram muitos feitiços em torno do lugar, permitindo a entrada somente de pessoas Fiéis do Segredo, tal qual a Sede da Ordem. Mesmo não sendo uma obrigação, foi recomendado a Flori que não saísse de casa e que se precisasse de algo, que pedisse a Sirius ou Lupin que eles providenciariam. Não que o homem pudesse sair do Largo Grimmauld ainda, porém, de acordo com Dumbledore, se recebesse qualquer mensagem, Sirius poderia passá-la ao amigo.

Contudo, a recente descoberta de que seria pai, pareceu ter provocado uma certa irresponsabilidade em Sirius e, quando estava sozinho, o que era muito frequente, já que cada membro tinha sua própria missão, ele se transformava em cachorro e procurava por um lugar escondido onde pudesse aparatar perto de sua casa, a fim de visitar a mulher. Lupin também descobrira sobre suas escapadas, mas vendo que o amigo ficava realmente aflito quando não tinha notícias de Flori por mais de dois ou três dias, acabou por concordar em acobertá-lo, pensando que, mais uma vez, traía a confiança de Dumbledore.

Naquele dia, Flori andava de um lado para o outro na sala, olhando para o relógio na parede de cinco em cinco minutos. Sirius lhe dissera que viria naquela manhã, mas tivera de adiar por conta de Bicuço que estava machucado. Ele havia lhe mandado uma mensagem através de seu Patrono, um Sinistro prateado, e avisara que se atrasaria mais do que o previsto, mas que estaria ali antes do pôr-do-sol. Ela olhou para a noite escura na janela da sala, sentindo um horrível pressentimento, maior a cada segundo.

Para o seu alívio, ouviu a batida secreta na porta e tratou de abri-la o mais rápido possível, ansiosa para dar um beijo e um abraço no homem, porém, seu sorriso morreu ao ver Lupin do outro lado. Sua postura estava curvada, como se houvesse um peso invisível em seus ombros e havia uma expressão de dor em sua face.

Flori se afastou cambaleante e Lupin entrou.

— Não! – Sussurrou ela, colocando as mãos diante do rosto.

O homem ergueu os olhos; não precisava que ele dissesse. Não queria que ele dissesse.

— Eu sinto muito. – Disse numa voz fraca. – Sirius está...

— Não! – Flori gritou. – Ele não pode estar morto! Sirius conhecia os feitiços! Ele sabia se proteger! Isso não é verdade! Me diga que está mentindo, Remo!

— Eu daria qualquer coisa para que fosse mentira, Flori. – Murmurou ele.

 Flori soltou um soluço e se deixou cair no chão, apoiando-se contra o sofá. Ela dobrou os joelhos e enterrou o rosto entre eles, sentindo uma dor terrível por todo o seu corpo e um aperto sufocante na garganta que mal a permitia respirar. Não, não poderia ser. Ela se recusava a acreditar que alguém habilidoso e forte como ele poderia estar morto. “Ele não... Não agora que finalmente íamos ficar juntos...”.

Flori chorava dolorosamente no chão, até que sentiu que Lupin passava o braço ao seu redor, oferecendo seu ombro a ela. Nunca sentira uma angústia tão grande e horrível quanto aquela. Era como se alguém tivesse enfiado uma faca em seu peito e arrancado seu coração fora.

Ela achou que não havia lágrimas o suficiente que pudessem acalmar seu sofrimento por ter perdido Sirius, no entanto, quase duas horas depois, sentada no chão e usando Remo como apoio, ela se viu exausta e incapaz de continuar chorando. Flori o via diante de si, parado de pé acima deles, com os braços cruzados e seu sorriso rebelde, dizendo que ela precisava parar de chorar e ser forte por si mesma e seu filho.

— Como foi que aconteceu? -  Ela finalmente reuniu coragem para perguntar.

— Honestamente... eu não consegui compreender direito até agora. – Confessou Lupin. – Harry foi enganado por Voldemort, que o fez acreditar que havia capturado Sirius e estava torturando ele na Sala da Profecia, no Ministério, mas era uma armadilha para que o garoto pegasse a Profecia. – Contou. – Fomos informados por Snape e, quando ouviu que Harry estava em perigo, bem, você o conhecia melhor que qualquer um... Sirius não iria ficar nos esperando na Ordem de braços cruzados e foi junto.

“Duelamos contra os Comensais da morte e houve um momento em que ele estava combatendo Bellatix. Eu não estava prestando atenção e não vi diretamente, mas estávamos na Sala da Morte, no departamento de Mistérios, e essa sala tem uma espécie de arco... eu não sei qual sua finalidade e menos ainda como funciona, porém, Bellatrix disparou um feitiço contra Sirius e quando foi atingido, ele... ele atravessou esse véu e... se foi”.

Flori não achou que seria possível, mas se sentiu ainda pior ao saber como Sirius havia morrido, especialmente ao saber que Bellatrix havia sido a culpada.

— Aquela bruxa horrenda e desprezível! Aposto como ela está radiante por ter cortado o galho que manchava a árvore genealógica preciosa dos Black!

Inesperadamente, um sorriso surgiu na face abatida de Remo.

— Momentos como esses me fazem perceber o quanto você e ele eram parecidos.

Ela sentiu novas lágrimas aflorando em seus olhos e escondeu o rosto para secá-las, surpresa por ainda restarem tantas.

— Ouça, Flori. Eu não vim aqui somente como portador das más notícias.

— O quê? – Flori o encarou.

— Pouco antes de vir para cá, Dumbledore pediu para falar comigo. Não foi uma conversa muito longa já que... já que ele precisava falar com Harry.

Flori se sentiu culpada e egoísta por nem ao menos ter lembrado do afilhado de Sirius, tão imersa estava em sua dor. Não chegara a conhecê-lo, porém, era evidente, pela maneira como Sirius falava orgulhosamente dele, que amava o garoto como a um filho e que deveria estar sendo igualmente horrível para ele perder o padrinho, tendo convivido tão pouco com ele.

— Como... como ele está? – Perguntou.

O semblante triste de Lupin foi resposta o bastante.

— Destruído. – Disse.

— Acha que eu devo falar com ele? – Ela não sabia se sentia-se pronta para falar com alguém com a perda tão recente, mas sentia que era quase uma obrigação, dado o fato de ter conhecido os pais dele, ser melhor amiga de sua mãe e noiva de seu padrinho.

— Não.

A resposta dele a pegou de surpresa.

— Por quê? – Espantou-se.

— Como eu dizia, em minha conversa com Dumbledore, ele me disse que temia a sua segurança. Diz que você não poderá manter sua gravidez em segredo para sempre e que talvez esteja em perigo. É muito provável que os seguidores de Voldemort queiram se vingar de Sirius de alguma forma, através de você e da criança. Especialmente a prima dele.

Flori sentiu o estômago afundando.

— Acha que Bellatrix seria capaz de vir atrás de mim se soubesse?

— Como você mesma disse, ela não se importaria em cortar os ramos da árvore perfeita.

— O que devo fazer então?

— Deve partir. – Respondeu Lupin. – Vá para bem longe daqui, Flori. Mantenha-se segura e afastada de tudo isso. Tenho certeza de que era isso que Sirius iria querer.

Flori virou a cabeça para frente e viu novamente a imagem dele, olhando em sua direção e sorrindo. Ela não queria ir embora, queria manter-se ali, onde poderia evocar a lembrança dele sempre que quisesse, mas sabia que Remo e Dumbledore estavam certos; aquela era a única forma de proteger seu filho.

A mulher ficou de pé e Lupin a imitou.

— É melhor eu começar a fazer as malas.

— Não precisa ser agora. Talvez seja melhor você descansar um pouco. – Sugeriu Lupin.

Flori sacudiu a cabeça.

— Não, eu preciso manter a minha mente ocupada ou então... – Ela não completou.

— Certo. Já sabe para onde vai? – Indagou Lupin, enquanto ela o acompanhava até a porta.

— Acho que vou voltar para a minha casa e minha loja. – Respondeu.

Tinha certeza de que mesmo lá ainda se lembraria de Sirius por onde quer que fosse, porém, era o único lugar que lhe restava e, com exceção do próprio Sirius e de Lupin, ninguém mais sabia onde ficava, por isso sabia que estariam seguros.

— Quando tudo isso acabar...

— Isso nunca vai acabar, Remo. – Retrucou Flori com amargura, abrindo a porta para ele.

— O mal não dura para sempre, Flori. Alguém sempre vai combatê-lo. – Garantiu. – Quando tudo isso acabar, farei uma visita a você e Ruby. – Prometeu.

Um pequeno sorriso surgiu em sua face.

— Ele também o convenceu de que será uma menina?

Lupin retribuiu o sorriso.

— Não parava de falar nisso. Ele... amava muito vocês duas. – Completou num tom triste.

Flori assentiu; não confiava em sua própria voz naquele momento. Ela também o amava tanto, e mesmo dizendo isso todas às vezes desde que descobrira sobre a gravidez, ela ainda gostaria de ter dito mais uma vez para ele. Gostaria que ele estivesse se lembrando daquelas palavras quando atravessou o véu. Remo pareceu perceber a sua melancolia, pois perguntou num tom preocupado:

— Tem certeza de que ficará bem sozinha?

A mão que segurava a maçaneta desceu para a sua barriga e um inesperado sorriso surgiu em seus lábios.

— Tenho, afinal de contas, eu não estou mais sozinha.

 

 

FIM


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