1 semana depois...

P.O.V Do Freddie

Sam, eu e o Alex levamos Carly e a Bel até o aeroporto de Seattle. Spencer e a esposa não quiseram nos acompanhar, o Shay já havia chorado bastante na hora da despedida. A irmã e sua sobrinha iriam morar longe dele, longe de todos nós. Carly já havia se decidido, ela escolheu se mudar para Denver e recomeçar uma nova vida. De qualquer forma, ela tinha o nosso apoio.

— Promete que ligará assim que chegar? - Sam segurou as mãos da Shay.

— Sim, eu prometo. - Respondeu e as duas sorriram emocionadas.

Ninguém gosta de despedidas, olhei para a Belinda e tentei segurar as lágrimas. Ela estava em meu colo, abracei seu pequeno corpo e inalei o cheirinho suave e doce de seus cabelos, ela passou as mãozinhas pelas laterais do meu rosto.

Minha pequenina me faria muita falta.

Carly me olhou chorosa e estendeu os braços, antes de entregar a bebê, eu beijei suas bochechas fofas e entreguei ela para a mãe, sentindo meu coração se afundar em meu peito.

Minha mãe ficou em casa aos prantos, ela ainda acreditava que Belinda era sua neta biológica. Seu coração se partiu quando ela se despediu da Bel, ela não perdoaria a Carly tão cedo por levar sua netinha amada para longe.

— Tia Carly, nós podemos ir visitá-las nas minhas férias? - Alex perguntou.

— Claro, querido, ficarei muito feliz. - Respondeu Carly com a voz embargada.

— Mamãe vai fazer o meu aniversário de 7 anos. - Mostrou os dedos indicando o número 7. - Mandaremos o convite. - Ele disse alegre.

Carly chorou ainda mais tocada pela doçura e toda a fofura que meu filho exalava.

Ele era uma criança muito especial.

— Não chora, tia. - Correu para abraçá-la, agarrou as pernas compridas dela.

— Estou bem, querido, não se preocupe. - Ela fez carinho na cabeça dele com a mão livre.

Puxei a Sam para os meus braços, ela se encolheu contra o meu peito.

Tivemos uma semana incrível ao lado de Carly. Onde as duas mataram as saudades e a Shay criou um vínculo com o nosso filho, ele se apegou a ela com muita facilidade e também se aproximou da Bel.

Já estava na hora, Carly tinha que embarcar, ela pediu para que Sam segurasse a bebê por um minuto e segurou minha mão, a segui sabendo que ela queria ter um último momento à sós comigo.

— Obrigada por tudo, você sempre foi maravilhoso e eu não soube te dar valor. Agora você têm a Sam e o Alex, sua verdadeira família como sempre deveria ser... Espero que sejam muito felizes. Apesar de tudo, você nunca deixou de ser meu amigo e eu te amo por isso. - Beijou meu rosto e me abraçou.

— Também te amo, Carls. Sempre seremos amigos. - Apertei ela, sentindo seu cheiro pela última vez.

Por mais que Carly tenha sido minha companheira amorosa de longa data, nunca senti nada além de atração por ela e quando a atração chegou ao fim, apenas meu carinho e respeito permaneceram.

Eu não sentia mais nada carnal por ela.

Nos afastamos, sorrindo um para o outro.

Ela foi pegar a filha que estava no colo da minha loira.

As duas deram o último abraço, fui para perto da Sam, Alex pediu colo para mim e nós três vimos Carly Shay ir embora. Por mais triste que aquilo fosse, sabíamos que era necessário.

Sam desabou aos prantos quando a morena embarcou naquele avião com destino à Denver.

E parte do meu coração se foi junto com aquela criança que sempre amei. Belinda nunca deixaria de ser minha filha.

[...]

Dias depois...

P.O.V Da Sam

— Já pegou o protetor solar e o hidradante dele? - Perguntei para o Freddie.

Foi ideia dele irmos passar o final de semana em Venice.

— Já tem tudo que ele precisa aqui dentro, amor. Você tá parecendo a minha mãe. - Mostrou a mochila do nosso filho.

— Ahá, muito engraçado. - Revirei os olhos.

Terminei de aprontar nossas malas.

— Ele não sabe nadar, então é melhor a gente parar no caminho para comprar algumas boias e colete salva-vidas. - Tirei meu sutiã normal e coloquei a parte de cima do biquíni.

— Tá bom, Sra. Benson. - Prendeu o riso.

— Sério que você está mesmo zombando da minha cara? - Tirei a calcinha.

— Amor, não se preocupa. Que tal uma rapidinha agora antes de cairmos na estrada? - Sorriu malicioso.

— Até que não seria uma má ideia... - Cogitei parando de subir a parte de baixo do biquíni.

— MAMÃE, PAPAI, TÔ PRONTO! VAMOS PARA A PRAIA! - Alex me fez dar um pulo, Freddie riu pegando as duas malas enquanto eu terminava de me trocar.

Passaríamos na casa de sua mãe para deixar o Caramelo, que por algum milagre, a Marissa concordou em cuidar do nosso bichinho de estimação.

Coloquei o vestido azul com listras brancas e fui na frente.

— Gostosa. - Disse me seguindo.

— Hoje você tá impossível. - Mordi o lábio.

Alex já estava na sala nos aguardando, super ansioso e animado com o Caramelo rodando em volta dele, abanando o rabinho.

O cãozinho era muito serelepe.

Saímos de casa, e arrumamos nossas coisas na sua BMW.

— Quero sorvete de uva, mamãe. - Pediu enquanto eu o prendia na cadeirinha.

Por ele ser baixinho, ainda cabia na cadeira para crianças de 2 à 5 anos.

— Agora não, filho, você vai se lambuzar todo, quando chegarmos na praia, eu dou para você. - Beijei sua testa.

Também foi ideia do Benson fazermos sorvetes caseiros para economizarmos.

Uva era o sabor preferido dos dois.

Fechei a porta traseira do carro e me aproximei do meu moreno que conferia algo no porta-malas.

— Tudo certo? - Perguntei.

— Acho que sim. - Fechou o porta-malas.

Caramelo iria dentro da caixa em cima das minhas coxas.

Adentramos a BMW, colocamos os cintos de segurança e ele logo deu partida.

[...]

Alex acabou dormindo durante a viagem.

— O que foi? - Notei que Freddie estava quieto demais, apenas concentrado, dirigindo.

— Ainda parece surreal, sabe? Você, o Alex... Nós três. - Olhou para mim.

— Não caiu a ficha agora que tem uma nova família? - Entendi o que ele queria dizer.

— Estou muito feliz. Vocês são tudo para mim. - Assentiu e sorriu. - Achei que você nunca mais voltaria para Seattle. - Comentou.

— Mas eu voltei... Voltei por você. — Admiti.

Falar aquilo em voz alta, me deixou até mesmo emocionada.

— Por mim? - Foi desacelerando até conduzir o carro para o acostamento.

Freddie, por fim, estacionou.

— Sim. Eu te amo, Freddie... Você é o único homem que amei em toda a minha vida... E com todas as minhas forças. - Confessei.

— Eu também te amo, Sam... Com todas as minhas forças. Absolutamente, o amor da minha vida sempre foi e sempre será você. - Se soltou do cinto.

Nos encaramos intensamente, antes dele me beijar cheio de carinho.

Alex era a prova viva do nosso amor.

Estávamos juntos como devia ser.

Ninguém mais iria nos afastar, lutaríamos para ficarmos juntos, como uma família unida... Eu queria casar e ter mais filhos com ele.

Não me arrependo de nada, eu teria feito tudo de novo.

Tudo para estarmos juntos novamente. Nas duas vezes que voltei para Seattle, foi por ele.

Por nós.