—BEATRIZ AURORA! O que está fazendo neste carro com este cavaleiro?

—Papai, eu posso te explicar!

—Não há nada para explicar!  Você é uma qualquer! Desde que você começou a trabalhar nesta empresa, não tem maisdecência!

—Não é assim, Sr. Hermes, a Ecomoda é uma empresa confiável! E Beatriz é uma moça

Decente e honesta! -E agora isso é decência?E você, senhor, cale a boca!

—Hermes!

—Entre, Júlia! Entra! E pegue sua filha sem vergonha!  Eu vou...  (arregaça as mangas) negociando de homem para homem com este senhor!

Júlia convence Betty a entrar e deixar os homens se acerrtarem e que ermes não está de posse da arma. Não adianta Armando defender a honra de Betty, Seu Hermes está nervoso e mostra os punhos,

—Vamos lá! Apenas de eu ter sido um lutador profissional lhe darei a chance de agir como

um homem!   -Hermes disse, desafiando Armando.

—Seu Hermes, tenho um grande respeito por você!

—É muito respeitoso abusar das filhas de dos outros? Vamos, garotinho, vou te dar uma lição! -faz o gesto de quem ia dar um soco nele,

—Não, Sr. Hermes! –diz Armando, segurando-o.

—Pare, pai! -Betty intervém, defendendo Armando  -Basta, pai! Sou uma empresária,

Sou adulta e responsável, sei  o que quero!

— Vamos homem! Chega! Não é bom mexer com as filhas dos outros-  Hermes provoca

Armando.

—Não, Hermes! –diz Júlia

Armando defende-se como pode, não provoca e nem enfrenta o Sr. Hermes, sabe que tem muito mais força e é campeão de luta no clube, não quer ser covarde com o pai de sua amada.

—Eu amo sua filha, seu Hermes! Eu quero consertar as coisas e vim pedir-lhe em namoro.

—A resposta é não! Se já estão se beijando no carro, imagine depois.

—Não. Eu vou respeitá-la.

—Já somos namorados, pai!

—Namorando? Com que consentimento? A senhorita não se manda sozinha!

—Com o meu, pai! Com o meu de uma senhorita  que trabalha e mantém a casa. Seu

Armando é meu namorado!

—É uma sem-vergonha!

—Beatriz não é sem-vergonha, Betty é a moça mais doce e decente do mundo.  Sua filha é uma

anjo, uma alma pura, e se há algum canalha na história, sou eu.

—É verdade tudo que aquela executiva disse, que namorava com as duas ao mesmo tempo¿

—Nem tudo que Marcela disse é verdade, a verdade é que eu amo sua filha, ela é a mulher de minha vida! Eu a amo, Sr. Hermes, e quero ter algo sério com ela. comprometer-me

com ela!

Julia leva a mão ao coração, encantada.

Ah, Hermes! Convide-o para entrar!

—Não! Eu sei o que estou fazendo Julia.

—Se comprometer? - Beatriz disse com os olhos molhados.

—Sim, Beatriz, não posso mais viver sem você ao meu lado.

Armando disse abraçando Betty.

—Pare,  Doutor Mendoza!  -Hermes disse separando-os, nem disse que lhes deu permissão.

—Hermes!

Os vizinhos começam a se aproximar  e Julia os convence de que, para evitar escândalos, é

melhor entrar.

Mas o velho continua inflexível.

—Nada disso me agrada. Para começar, eu não gostei de saber que vocês estavam namorando em segredo quando ainda estava noivo daquela executiva que veio aqui.

—Nunca houve um compromisso real, era algo acordado pela empresa, primeiro

por nossos país.

—Seus pais são pessoas muito ilustres, doutor Mendoza, não fariam  nada sem sua permissão e se o fizeram foi sabedoria. Você é jovem e não entende as coisas da vida!

—Eu entendo que eu amo sua filha e que eu quero que você seja minha namorada e depois minha noiva.

—Muito apressado para isso!

—Não é apressado, nós nos amamos!

—Eu amo seu Armando e sei que ele é o homem da minha vida.

—Não, isso não está certo!  Vocês são muito jovens e não conhecem da vida!

—Entenda, seu Hermes!

—Eu não tenho que entender nada. A resposta é não!

— Senhor Hermes! Eu amo a sua filha!

—Você não ouviu o que eu disse,  rapaz? É surdo ou o quê? Ou você prefere que eu tome decisões mais drásticas?

—Não se atreva, pai!

— Não me atreva a quê?

—Não com meu Dom Armando. - disse Beatriz, parando na frente dele.

—Saia daí Beatriz, não vou fazer nada com esse homem. Eu tenho respeito,   era seu chefe, eu tenho respeito por seus pais Mendoza, contanto que ele não entre mais na minha casa nem ouse se aproximar de minha filha!

—Isto é impossível, seu Hermes!  Jamais irei me afastar de sua filha.

—Vai ser por bem ou por mal!

—Ah, meu filho, é melhor você ir!

—Não posso, Dona Julia, amo sua filha mais que tudo!

—Eu sei, meu filho!  Mas agora não é o momento!

Irritado, Armando dirige-se à porta. Ele queria levar Betty com ele, tinha medo de

perdê-la, que ela fosse convencida.

—Por que você está fazendo isso comigo, pai?   Seu Armando é um homem bom, um homem inteligente, culto e com diploma  como sempre quis!

—Desde que conheceu esse homem, você não é mais a mesma. Ele nunca a deixaria sair com ele.  Suba e só desça de lá quando estiver vestida novamente como uma jovem decente de sua casa! Veja como você está!  E que tipos atrai?  Se tivesse mantido sua promessa, teria atraído um homem bom e decente. Porque não cumpriu sua promessa, certo, Beatriz Aurora? Diga-me! Você se revelou a este homem?

—E eu?

—Fale a verdade! -aperta seu braço.

—Seu Armando é o homem da minha vida, pai, e eu não podia continuar mentindo para ele.

—Ordinária!  -disse Hermes, pretendendo bater em Betty. Mas ela se protege e Julia intervém.

—Afaste-se, Júlia! Eu quero falar com essa sua filha! Você se entregou a ele? Diz! Você jogou o nome dos Pinzón no lixo?

Armando estava parado à porta, calado. Não podia deixar tudo assim. Quando viu  Hermes Pegando Betty pelos braços, Armando vai até lá.

—Isso não pode ficar assim!

— Eu tenho muito respeito por você, mas você não toca na Beatriz! –disse, tirando-a das mãos dele e a tomando em seus braços para protegê-la.

—Você vai ver do que sou capaz seu intrometido! - disse o Sr. Hermes, aproximando-se do móvel  onde Julia e Betty suspeitam que ele tenha uma arma.

—Não, Hermes, o que você vai fazer?

—Este doutorzinho vai ver o que é desonrar uma senhorita honesta!

—Oh meu Deus, doutor, saia daqui! –pediu Júlia

—Sem Beatriz eu não saio daqui!

—Ai, doutor!

—Não, Beatriz, não vou te deixar sozinha! Eu não vou deixar você, Betty!

Betty se deixa levar pelos braços de Armando para fora da casa,

—Onde está ele?

—Hermes, não! Não o mate!

—O que você acha que eu sou, Julia? Eu só quero lhe dar um susto.

Betty e Armando já estavam chegando ao carro.

Aonde você vai, Beatriz Aurora?

—Vou com seu Armando, pai.

—Se você for com ele, esqueça que você mora nesta casa! Esqueça que tem um pai!

—Não, Hermes!

—Você sabe que me dói, pai, que o amo muito, mas seu Armando é o homem da minha vida. Este é o homem é de sua promessa e não quer enxergar isso!

Vendo algo que parecia uma arma na mão de Hermes,  Armando pôs o carro em marcha, com Betty já a seu lado.

—Foi por pouco ! Aquilo era uma arma, Beatriz?

—Não sei. Mas estou com tanto medo!

—Não tenha. Estou aqui.

Embora parecesse durona e não derramasse uma lágrima na frente de seus pais, Betty  desmanchou em seus braços.

— Chora, chora pequena!

—O que vou fazer da minha vida? Onde vou morar?

—No meu apartamento!

—Por hoje, sim. Mas amanhã eu juro que vou encontrar um lugar para ficar.

—Como assim? Você fica comigo no meu apartamento, nosso ninho de amor. E não hoje, mas

manhã e todos os dias.

—Não quero tirar sua liberdade.

—Eu não posso ser livre sem estar com você, principalmente depois do que você fez por mim.

 Enquanto isso:

—Como você pôde deixar nossa filha ir?  

—Ela queria ir com este homem. Me enfrentou!

—Você ia matar o doutor, Hermes?

—Não vou discutir isso com você!

—Sim ou não?

—Você sabe que não! Eu só ia ameaçá-lo. Estava sem balas.

—Minha menina se foi.  –disse com lágrimas.

— Este não é o homem que eu quero para ela!!

— Este é o homem que ELA escolheu!

—Amanhã ele estará de volta de joelhos pedindo perdão!

—Você não conhece sua filha!

Hermes começa a ler o jornal, Julia balança a cabeça, pois conhece sua filha e seu marido e sabe que são  teimosos.

No apartamento de Armando, depois de preparar o jantar, Armando preparou um banho para ela e uma massagem relaxante, e adormeceram nos braços um do outro. Ele cuidou dela e a mimou. Como sempre, queria amá-la com doçura e ternura, mas teve medo. Agpra, o que ela mais precisava era de um ombro para chorar. E ele daria.