O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 53
Capítulo 50 -O dia do desfile




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Todos voltaram os olhos para ver aquela bela morena que chegou com a boca carnuda e vermelha, os dentes brancos como marfim, os cabelos lisos e o desfile de lançamento: seu rosto era angelical, as maçãs rosadas, seu cabelo liso, com leves eriçados nas pontas, conferindo movimento chegavam até a cintura fina do vestido que lhe servia como uma luva. Não estava apertado ou ajustado, estava elegante naquele vestido prateado sem mangas, usava sapato com salto 4 (que lhe permitiria parecer elegante e ao mesmo tempo confortável). Não havia necessidade de decote, assim Betty conservvava seu estilo de executiva e intelectual, mas ao mesmo tempo revellava uma sensualidade natural, que não passou despercebida pelos convidados, inclusive pelo quartel.

—Betty, está linda!

—Obrigada, meninas Vocês também!

—Mas que triplemamita! -disse Aura Maria

—Ai, fico sem jeito, Aura Maria! Parece que todos me olham.

—E é para issso, querida!  Mas pode ter certeza que está discreta e elegante! E que corpo, minha amiga, deveria andar assim sempre e revelar o que tem ao mundo.

—Quem disria que parecia feia!

—Sofia!

—Desculpe, Beatriz!

—Não tem problema! Ojojo sempre fui feia!

—ERA FEIA! Pois agora! É só fazer assim! (Fez o gesto com os dedos que pode ter o homem que quiser)

Betty estava vermelha e só pensava “O único que quero é Don Armando! O que estará fazendo agora?”

Após umas entrevistas e uns galanteios e empresários, inclusive,  Daniel, que esqueceu sua tão aclamada classe e educação (nunca pensei que tivesse alguma) para cortejar com grosseria Betty, assim que a moça estava ainda mais nervosa.

 Mas ela, como sempre não deixa transparecer, colocando Daniel Valência em seu lugar insignificante. 

Observando o que estava acontecendo, Seu Hermes repreende sua filha:

—Viu como te tratam, Beatriz Aurora?  Como um pedaço de carne!  Havia necessidade de vir assim tão chamativa?

—Papaí, este é um vestido de grife, elaborado por uma das melhores estilistas da Colômbia.

—Algum problema, Betty?

—Nâo, dona Catalina….

—Sim, tem, este vestido que escolheu para minha filha é uma indecência!

—Hermes, por favor!

—Júlia! Em boca fechada…

Não, Hermes, nossa filha é uma moça muito bonita, residente de uma empresa importante e precisa vestir-se de acordo!

—Júlia, shiu!

—Tem outros querendo te entrevistar! -Catalina disse, puxando Betty pelo braço.

—Mas… mas…

—Deixe, Hermes! Hoje é o dia de nossa meninabrilhar.

—Mas ela não podia mostrar-se assim até a noite de núpcias com o homem designado para ela, conforme a promessa!

—Eu sei, Hermes, mas ela está tão linda! E quem sabe este homem jáa conhece?

—Impossível, Júlia! Ele teria vindo até mim para pedir permissão.

Enquanto isso, Betty e Catalina conversavam.

—Ai, dona Catalina, obrigada! Não sabia mais o que dizer, já não basta a tensão desta noite.

—Nossa, Betty, mas nem meu pai que é uns 20 anos mais velho é assim.

—Ele é chapado à antiga. Isto porque não começou a falar do Tio ázaro.

—E Armando?

—Ah, deve ter ido pegar sua amiguinha no hotel.

—Ciúmes, Betty? O que te falei? -disse Catalina

—Eu sei, vou conversar com ele, mas…

Nesta hora apareceu Armando, acompanhado por Alejandra, que usava seu vestido de costas nuas e decote revelador preto bem ajustado a seu corpo perfeito.  Estava na cara que esperava seduzir Armando, mas quem o  seduziu mesmo foi Betty. Desde o momento em que Armando avistou Betty com uma taça na mão, ao lado de Catalina, não tirou os olhos dela. Seus olhos atravessaram o salão e percorreram-na inteira, desnudando-a só com o olhar. Betty parrecia sentir aquela mirada quente e penetrante, pois sentiu-se arrepiar.  Armando sorriu-lhe, enquanto Alejandra segurava seu braço. Mass não a via, só  via Betty, enquanto a baba caía por sua boca. Betty abaixou a cabça, para disfarçar os ciúmes de Alejandra que estava ao lado dele e para refrear seus próprios desejos, já que seu homem estava como para comer-lo naquele terno escuro e gravata vinho.

—Olá!

—Betty!  Sorriu-lhe Armando.

—Sim.

—Betty, que bom vêla! Está muito bonita!  -disse Alejandra sorridente

—Ah obrigada! Vcê também!

Alejandra não tirava seu braço de Armando e Betty já fervia de ciúmes.-Com licença!   -disse separando-a dele.

Betty puxou Arando para perto dela e prostou-lhe um beijo na boca, o que foi correspondido.

—Beatriz Aurora! Que escândalo é esse?

—Betty! Betty!

De volta à realidade, Catalina a chamava.

—Vamos cumrimentar Armando.

—E sua visitante especial!

—É a tal moça?

—Sim. A bela visitante.

—Não deixe que isto arruíne sua grande noite.

Não foi necessário que as mulheres se aproximassem, pois Armando e Alexandre já haviam chegado perto e cumprimentado-as.

Betty e Armando se perderam no olhar um dooutro e em meio a sorrisos. Enquanto falavam da coleção, Armando aproveitou para acariciar sua mão, Betty sorriu-lhe timidamente e só não desfrutava mais da cena porque Alejandra mantinha-se de braço dado com Armando.

—Ah! Chegaram! Venha Armando quero te apesentar os colegas que convidei ao lançamento.

—Ah tá… 

Armando não queria sair dali, mas precisava concentrar-se no projeto das franquias. Assim, Betty fez o costumeiro gesto com a boca que não fazia desde que aadotou o novo visual.

—Venha Betty!  Uns jornalistas do Brasil querem falar contigo!

Mesmo afastados, ele não deixou de segui-la com  o olhar, assim como ela a ele. Mas mal puderam se cumprimentar, vez que a empresária não largava do pé dele, seguindo-o para todos os lugares e como era convidada ela ficou sem jeito. Ao mesmo tempo que explodia de ciúmes ao ver empresários e jornalistas babando por sua Betty, que disfarçava  o nervosismo tomando uns tragos.

 -la parece muito à vontade com estes mosquetones ao seu redor. Como mudou Betty! Jamais se sentiria à vontade rodeada assim de homens. Saiam,  babosos idiotas! Esta mulher é minha!”

Enquanto conversava com os amigos que Alejandra le apresentou e os acompanhava a seus locais no desfile, Betty se dirigiu ao ateliê de Hugo.

Ao ver Betty sair sozinha do ateliê de Hugo,  Armando não perde tempo e vai ao encontro dela.

—Betty?

Ela se assusta ao vê-lo, pois não esperava.

—Algum problema?

Após explicar tudo, Armando a convence que deve fazer a famosa apresentação   (tal como na novela).

—Betty!

—Sim? Sei que pode fazer isso e está cuidando da empresa melhor que ninguém.

—Grata, don Armando!

Coloca as mãos em seus ombros

—E está muito bonita.

Ele quer se aproximar ainda mais dela, mas ela tenta se afastar dele.

—Doutor, estamos em publico.

—Morro por beijar seus lábios. -Amando aperta seus ombros, aproximando-a dele.

—Sabe que…

Ele lhe dá um leve roce, ao que ela responde, mas ela se lembra de Alejandra.

—Doutor! Creio que sua acompanhante ficará chateada de ficar sozinha tanto tempo.

—Betty, Alejandra está bem acompanhada por Mário.

—Creio que ela prefere o senhor!  -cheia de ciúmes

Assim, Betty sai e vai apresentar o desfile.

—Realmente, foi bom. Mudou tanto que não posso acreditar que é você, moscorrofio!

—Grata, don Hugo! Sabe que está sendo um sucesso!

—Muito cedo para dizer isso!

Assim, tal como na novela, Hugo apronta, chamando as meninas do quartel para desfilarem. E para não deixar-se humilhar por ele, Betty as apoia para que todas subam à passarela e desfilem para raiva e admiração do desenhista, ao ouvir os aplausos.

—Parabéns! Provou que estava certa! Ecomoda pode vestir toda e qualquer mulher, até mesmo as aberrações do quartel e fazê-las pareceram…arrumadas!

—Grata, Don Hugo!

—No entanto não é suficiente!

—Como assim, don Hugo?

—Você me desafiou e aceitei o desafio de vestir tuas amigas e elas saíram-se muito bem, graças à sua intromissão,  pois por elas mesmas, não fariam isso.

—Entenda, don Hugo que não ia deixar que as humilhassem frente a tanta gente. Elas não mereciam isso, inclusive Dona Inesita que tem sido sua assistente fiel há tanto tempo! Por que lhe fez isso?

—Olha, meninninha, isto é entre ela e eu!

—Não, pois a quis expor, para me humilhar, mas o plano naufragou, não é isso?

—Nem tanto. No fundo fico feliz de deixar Ecomoda no auge. Mas ainda não me vinguei.

—Diz de mim?

—Sim. Em duas ocasiões me fez passar ridículo: a primeira foi quando entrou nesta empresa e quase arruinou meu desfile, caindo da passarela!

—Foi sem querer! Não conhecia a empresa.

—Ah sim, acredito! Mas não me interessa!  E a segunda foi ao voltar assim: transformada.   Estava irreconhecível e se fez passar por modelo!

—Não fui eu, o senhor achou que eu era modelo!

—Não quero saber, menina. E devo admitir que sim, está bem…  De modo que, quero que vista isso!

Hugo pega um de seus vestidos e entrega a ela.

—Não costumo me enganar. Vai ficar perfeito no seu corpo!

—Como assim?

—Mostre que é corajosa também!  Represente Ecomoda, seja sua modelo principal!

—Não sou modelo, don Hugo!

—Hoje será!

As do quartel batem à porta.

—Don Hugo, deixe-nos entrar!

—Queremos falar com Betty!

—Betty está ocupada comigo.   E aí, menininha? Não foi corajosa para dar forças às suas amigas?  Mostre que também tem coragem!

Betty se encheu de raiva, tomou o vestido e foi se trocar no camarim. Odiava ser desafiada.

—Mas o que acontece aqui?

—Don Hugo está trancado com Betty no camarim!

—Mas o que quer este tipo com mi… Betty? ABRA, HUGO!

—E se eu não quiser?

—ABRA!   OU COLOCO ESTA PORTA ABAIXO!

—Ai, seu ogro troglodita!  Pronto, está aí!

—Onde está Betty?

—Sua ex-assistente monstro está aí no provador!

Neste momento, Betty sai trajando um belo vestido azul royal.

—Este é o carro-chefe de minha coleção! E ninguém melhor para vesti-lo que nossa presidente para provar sua teoria.

—Betty!

—Ela vai desfilar para mim, você não me disse que era uma modelo? -perguntou Hugo a Armando

—Para quê fazer isto com Betty? -perguntou Inesita

—Betty não precisa fazer isto! -disse Armando

—Fará sim! Ou não mudou nada?   Que adianta  esta aparência se é um mosquito assustado?

—CALA A BOCA, SUA LOUCA! BETTY, não tem que fazer nada disso!

—Pois farei por Ecomoda, assim como as meninas do quartel fizeram por mim!

Hugo deu seu sorriso. Para ele, Betty, apesar de bonita, continuava a mesma atrapalhada de sempre.

—E como não poderia deixar de ser, nossa presidente, vai mostrar a vocês o meu modelo favorito. Deveria ser uma de minhas modelos como a maravilhosa Adriana Arboleda, mas Adri, a presidente precisa provar sua teoria!

—Você é muito melhor que qualquer Adriana! -disse Armando, ao ouvido de Betty.  (Agora diz isso, não é, Armandito?)

—Ela é a mulher de seus sonhos, doutor! -cochichou de volta

—A mulher de meus sonhos é você!  -agora disse com a voz normal.

Assim, Betty adentra a passarela, sob aplausos de todos, com exceção de Hugo, Margarita, Marcela e Patrícia.

—Não, Marceeee!  Nao posso acreditar. Depois das horrorosas do quartel, a presidente do clube dos horrores está desfilando!

—O quê?

—Sim. Marce, é ela!

—Não pode ser! Que mulher ridícula! Pensa que é uma modelo ou o quê?

—Ai, mas como Hugo permite isso?

—Ele vai me escutar!

Betty se sai bem, mas quando ia dar a volta quase cai. Armando conhecendo-a bem,  vai até ela e lhe dá a mão,evitando que caia.   O que deixa Marcela mais cheia de raiva. Todos aplaudem entusiasmados. O quartel se une a eles, assim como as modelos, amigas de Betty como a própria Adriana.  Mas há algum tempo, Armando já não se entusiasma pela modelo, assim vai atrás de Betty, para elogiá-la.

—Esteve maravilhosa!

—Quase caí!  Se não fosse o senhor estaria aqora com a cara amassada ojojo

—Sempre estarei quando precisar. -Ele a puxa pelo braço, colando-a ele.

—Não, doutor.

E lhe dá um doce beijo nos lábios.

—Melhor irmos, doutor, alguém pode… -ele passa os dedos sobre os lábios dela, com muita ternura.

—Saudades desses lábios.

Pega o rosto dela com as mãos para beijá-la, enquanto junta seu corpo ao dele.

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