O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 52
Capítulo 49 -Ai, as franquias!




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Algumas semanas depois...

O plano de negócios estava dando muito certo, as dívidas estavam sendo pagas e os informes e balancetes, minuciosamente checados por Daniel e Roberto comprovavam  isso. Betty havia conseguido impor sua competência e forma de trabalho.  Assim, a presidente trabalhava febrilmente para lograr as metas de livrar a empresa do embargo em menos de seis meses e para isso contava com toda a equipe de Ecomoda e principalmente, com o parceiro Armando que havia resgatado sua desprezada ideia de oferecer franquias da empresa como forma de intercionalizar a empresa. E não é que estava dando certo?  Certo até demais! Como se não bastasse o lançamento da nova  coleção, a ausência de Armando fazia com que Betty se afundasse ainda mais no trabalho.

Sim, Armando havia ido de viagem, assim como Mário, para colocar em prática o propósito das franquias, enquanto Betty ficou cuidando da empresa.  Ele havia prometido ligar todos os dias e nas primeiras semanas foi assim, mas depois começou a ligar três, quatro vezes na semana e o que a deixava profundamente preocupada.

—Algum problema, Betty?

—Não.

—É Armando, não é?  

—Não.

—Betty…

—Ai, dona Catalina, sei que ele está viajando por conta das franquias e está se dedicando para mostrar seu valor, mas sinto falta dele. E ele prometeu ligar para mim todos os dias e não o fez.

—Ai, Betty. Não confia nele?

—Sim, mas…

—Lembra das reinas e como teve oportunidade de sair com elas e preferiu você?

—Sim, eu sei, mas e se ele se cansou de mim? E se…

—Ai, Betty.

—Dona Marcela disse…

—Tanta gente para ouvir e vai ouvir justo o que a ex dele diz?

—Tem razão!

—Quando ele voltar sente com ele e converse com ele, mas não fique sofrendo assim. Se eu fosse você, aceitava meu convite, ia ao salão, me arrumava, colocava uma roupa bem bonita.  E quando ele chegasse ia se dar conta assim que olhasse da mulher que ficou aqui.

—E isto dá certo?

—Dá.  Uma pena que nunca usei isto quando estive casada com meus ex-maridos.  Nunca me vesti especialmente para eles.  Quem sabe pode dar certo.

—Ok, vou tentar.

—E sobre aquele outro assunto?

—Assumir meu novo look para todos, inclusive meu pai?

—Sim.

—Ah não sei, dona Catalina.

—Betty, não posso esconder-se o tempo todo.

—Ai, dona Catalina, não sei…

Me disse que é uma promessa.

—Sim.

—E sabe por quê?

—Nunca soube de verdade.

—Não acha ue tem direito de saber?

—Lá em casa, meu pai não deixxa que perguntemos muito. Ele é chapado à moda antiga.

—Mas você não é mais uma  menina, Betty!

—Eu sei, mas tenho medo, sabe?

—Medo? Dele, do seu pai?

—Não. Mas é que ele tem uma arma, sabe?

—Uma arma? que perigo.

—Não é que ele saia por aí ameaçando ninguem, mas é que meu bairro é perigoso e tem uma ganguee para defender-se. Tem licença e tudo. Mas há alguns anos, um rapaz quis me fazer mal e ele o ameaçou. Nunca mais o vimos e segundo boatos meu pai o matou. Não sei se é verdade, mas temo que faça o mesmo com Don Armando e...

—Ai, Beatriz!

—Anão quero nem pensar, dona Catalina.

—Não creio que fará lgo com Armando.

—Não sei, só de penar me dá um aperto.

—E sobre aquela visita que Marcelafez?

Por issso, com muito esforço conseguir convencê-lo que a ex dele estava transtornada por nãos e casarem. Foi  difícil mentir a meu pai, mas necesário!

Aquele mês e meio da viagem de Armando havia passado depressa, (não tanto para Betty)  logo, era o dia do lançamento. Betty havia, apesar dos protestos, se arrumado bem, mas dentro do seu pressuposto de executiva intelectual, sabia que Armando estava para chegar.  E assim foi, chegou vestindo um terno preto e uma camisa azul, estava mais lindo que nunca e usava sua loção.  A vontade de Betty era voar em seu pescoço, mas teve que se segurar, pois teriam reunião importante.

Depois de acabada.

—Betty, preciso te passar mais umas coisas. Uns relatórios, posso falar com você?

—Sim, claro, me acompanhe a minha sala.

Marcela franze a testa.

Betty apontou a cadeira para que Armando senta-se e ele sorriu, colocou seguro na porta e se dirigiu a ela. Puxou a mão em sua cintura e puxou-a para si.

—Que saudades estava de você! Sabe está tão bonita.     Sem deixá-la responde, deu-lhe um beijo,  o qual ela respondeu e se tornou um beijo apaixonado. Logo, ele a  encostou na mesa e subiu as mãos sobre suas pernas, Betty queria pará-lo, mas só abriu a boca para gemer. Iriam começar a se despir quando o telefone tocou.

—Não atenda!

—É dia de lançamento, pode ser importante. Fale, Aura Maria!

—Betty, desculpe atrapalhar, mas uma senhorita aqui da Venezuela quer falar com o doutor e ele deixou recado com a Sandra que se ela aparecesse.

—Ah, sim. E qual o nome?

—Alejandra Zsing!

—Doutor, uma senhorita de nome Alejandra…

—Alejandra? Então, ela veio mesmo?  -disse tirando a mão das coxas de Betty e deixando-a sentada sobre a mesa do escritório.   -Isto é muito bom. É uma empresária de modas muito importante da Venezuela. 

—Quer que a mande entrar?

—Não. Vou recebê-la, mostrar a fábrica, depois conversamos. 

—Nos vemos na hora do almoço?

—Sim, claro. Mas te aviso. -beijo

Armando saiu da presidência com um sorriso por estar de volta, o qual estendeu até Alejandra, que interpretou-o a sua maneira deixando o quartel e Patrícia intrigadas.  Aquela moça era muito bonita e charmosa e estava na cara que flertava com Armando.

O vice-presidente lhe mostrou o setor de produção, o ateliê de Hugo.

—Mas o que queria ver mesmo eram as lojas.

—Ah podemos ir até o Centro.  Sandra, tem algo mais hoje?

—Não, doutor, com clientes não, mas tem o almoço com Betty.

—Ah, mas para o almoço estou de volta. Vamos? Vou te mostrar as lojas do Centro. -disse dando o braço à Alejandra.  Está com frio?

—Sim,  Caracas é mais quente.

—Te avisei que Bogotá era fria.

—Mas não dei atenção.

—Te empresto meu paletó.

—Não, deixa.

O quartel arregalou o olho, enquanto, Alejandra ficou encantada de sentir o cheiro daquela loção no paletó dele.

—Hum, cheira bem.

—É que estou usando minha loção.

—Hum… --cheira o pescoço dele  -Muito bom!   Nunca havia usado.  -Armando sorri amarelo, surpreendido.  Todo o quartel fica observando. 

Já davam 1 hora e quinze, quando Nicolás passou pela sala de Betty.

—Betty, que acha de irmos almoçar e colocar os assuntos em dia?

—Ai, Nicolás! Adoraria, mas não hoje. Hoje já combinei de ir almoçar com don Atmando.

—Ah, agora que tem o novo noivo, despreza o antigo aqui?

—Ojojo

—Pois avisa ao cabeção que cheguei primeiro.

—Ai, Nicolás.  Vamos almoçar sim, mas não hoje. Amanhã para comemorar o lançamento que espero que tenha êxito!

—E terá muito! Mas que horas irão, pois já são quase 2 horas da tarde!

—Nossa, por isso tenho fome.   Alô, Aura Maria?

—Sim, Betty?

—Por favor, ligue-me com Sandra? Alô, Sandra? Pode ver se a que horas don Armando reservou o Lenoir para irmos almoçar?

—Ai, Betty. Ele reservou às 12:30 horas, mas saiu com a tal venezuelana e não voltou não.

—Não? (decepcionada) Está bem. Grata!

—O que foi, Betty?

—Nada, Nicolás!

—Betty.

—Vamos sair para almoçar, Nicolás. Eu aceito.

—Ai, Betty, estou ligando para Seu Armando e não consigo localizá-lo!

—Tudo bem! Vou almoçar com Nicolás!

—Betty, você conhece a nova amiga de Don Armando?

—Não tive o prazer de conhecer   ojojoj 

—Ai, Betty. Ela e assim: morena alta, parece uma modelo como ele gosta.

—Disse que empresária, mas não usa roupas de executiva e sim umas agarradas, decotes e eles sairam agarradinhos que só, pois ela disse que estava com frio.

Embora, por fora, Betty aparentava normalidade, por dentro estava fervendo. Já não bastasse a preocupação pelo desfile, agora tinha que ficar aguentando-o  desfilando com sua nova conquista. -Para isso havia voltado? Que ficasse por lá.

—Betty, sei que ficou chateada pelo que o quartel te disse.

—Deixe, Nicolás. Um mês separados, sabíamos que isto aconteceria.

—Se este cabeção tiver te traíndo e te ferir de novo,  acabo coma raça dele hoje. 

—Não. Deixe isto comigo. Se ele pensa que sou dona Marcela para engolir a seco suas namoradinhas por aí.

—O que vai fazer?

—Terminar tudo. Que siga cada um para seu lado, ele que fique com suas namoradas modelos e eu vou me dedicar a minha carreira.

—Faz muito bem, Betty, ainda mais você também pode arrumar o homem que quer assim como está.

—Não, Nicolás! Estou cansada, vai ser sempre assim. Já havia fechado meu coração para o amor e deveria ter continuado assim.  Só termino de colocar Ecomoda bem e chega! Sumo do mapa!

—E eu, Betty? Como fico?

—Aqui ou venha comigo para montarmos uma empresa.

—_______

Enquanto Betty e Nicolás estão no restaurante, Armando e Alejandra terminam de visitar as lojas do Centro.

—Eu adorei, Armando. Estou cada vez mais convencida que fazer negócios com vocês será a melhor coisa que farei!

—Que bom, Ale.

—Mas estou com fome. Não vai me levar para conhecer um bom restaurante de Bogotá como te levei à Caracas?

—Ai, Alejandra! O almoço!  Me esqueci! Nossa, duas horas!    (O celular de Betty toca, ela pensa em não atender, mas por fim, atende.)

—Alô?

—Betty!

—Ah é o senhor, don Armando?

—Desculpe, Betty, levei Alejandra para conhecer as lojas do Centro e nem me dei conta da hora.

—Não tem importância.

—Me espera para almoçar, já vou pegar o carro.

—Não tem problema, me disseram que tinha saído com … a empresária (ciúmes), então, vim almoçar com Nicolás.

—Com Nicolás Mora?

—Sim, com meu amigo, assim como está com sua “amiga” não?  Já almoçou?

—Não.

—Então, aproveite e convide-a para almoçar. Deve estar com fome, não? Agora,t enho que voltar para a empresa.

Armando havia estranhado o tom seco da presidente, mas resolveu seguir o conselho dela e levou Alejandra para almoçar. 

Quando chega na empresa, Betty não tem tempo nem de pensar de tantos afazeres, entre eles, seu pai que pega no seu pé por conta da roupa que usava até Mário Caldeirón que também voltava de viagem este dia. Neste clima, chegou don Armando com Alejandra do lado. De don Hermes a Nicolás, passando por Freddy, todos ficam admirados pela beleza estonteante da empresária. Betty repara.

—Engraçado, não é, papai?  Os homens são todos iguais?

—Do que fala, minha filha?

—Controla e recrimina mamãe e eu por nos arrumarmos um pouquinho, no entanto, viram a cabeça por qualquer mulher bonita, com corpo de modelo que aparecesse.

—Mais respeito! Que sou seu pai e nós, os Pinzón somos honrados e respeitamos nossas mulheres.

—Sei!   E hoje, nem pense em não levar mamãe ao evento.

—Como não ia levá-la? É sua estreia, seu trabalho.

—Acho bom. 

De volta à empresa, Alejandra é levada por Armando à sala de Betty que percebe que de fato e uma grande empresária, interessada nas franquias (embora, perceba que seus interesses estão também no vice-presidente, mas mantém-se profissional).  Mas o que mais chama a atenção é que Alejandra é educada, inteligente e simpática, com uma beleza estonteante.

—Vou deixá-las sozinhas para que conversem. Já volto.

—Grata, Armando!  Betty! Então, você é a famosa Betty?

—Famosa, eu?

—Sim. Armando não para de falar de você.

—Ele fala, é?  -faz seu famoso gesto -Mas tipo o quê?

—Como é inteligente, brillhante, que economista maravilhosa. Que tem ideias fantásticas para  que  a empresa torne-se a melhor da Colômbia! E conhecendo-a, vejo que ele não exagerou nem um pouco.

—Ojojo

—De onde vem esta ideia de “vestir a todo tipo de mulher”?

Enquanto as empresárias conversam, Hugo chama as meninas para vesti-las e são muito elogiadas, inclusive por Armando, Betty e Alejandra.

—Estou muito convencida a não só fechar negócios, como indicá-los a outros!

—Não vai se arrepender!

—Mas agora creio que devo voltar ao hotel, estou cansada. Que horas é o evento?

—Às oito.

—Então, vou para  hotel.

—Oh, te levo.

—Não é necessário.

—É sim, pois  me tratou muito bem em Caracas.

—Grata!

—Betty, vou levar Alejandra ao hotel, depois passo para buscá-la ou quer que te busque antes?

—Não, não se preocupe, meu pai me leva.

—Por que está assim?

—Assim como?

—Assim fria.

—Creio que temos muito trabalho hoje e não tenho tempo para conversas como você tem. Logo, deixemos as conversas para amanhã quando é mais oportuno.

Assim, Armando vai embora chateado  (mas também faz por onde). O belo bobo não percebe que a amada está explodindo de ciúmes.

—Ela é muito bonita, não é?   -disse Aura Maria.

—Quem?

—A empresária venezuelana.

—Sim, muito bonita. Do tipo que gosta don Armando.

—Mas você também voltou ainda, triplemamita.

—Mas não para competir com uma mulher como ela!

—Ah você tem seu jeito único, que nenhuma outra tem e isto encanta don Armando

—Quê?  -Betty se assustou que Aura Maria soubesse o que se passava entre ela e  Armando.

—O que eu disse.   Ai, Betty. Posso ser do quartel, mas não sou como Berta. Não vou sair fofocando tudo que vi. Os vi assim, bem juntinhos chegando. Ouvi gritos de tardezinha na presidência antes dele viajar. Desculpe, Betty, mas -Betty fica envergonhada.

—E para don Armando ter ficado com você é porque sente atração e lho agrada.

—Acha mesmo?

—Sim e a venezuelana é muito bonita e não deve baixar a guarda! Não perda seu homem, querida!  Vá ao salão de beleza, se arrume, se ponha bem bonita, como quando voltou e parta para a luta.

—Ai, Aura maria. Não é meu estilo.

—Mas é o estilo dela, querida. Vá para cima.  Quer que te leve ao salão?

—Não. Vocês tem que ir já ao lançamento recepcionar os convidados e estão muito divinas.

—E você também vai ficar! Tira este tailler e coloca um vestido colado!

—Oj oj oj Eventos assim não pedem isso. Ligue-me com dona Catalina, por favor!

Assim, Betty diz a seu pai que vá para casa, buscar sua mãe, pois ela irá direto com a relacionista da empresa. Catalina leva Betty a um salão e ao ateliê de Bettina Spit, onde adquirem um modelo.


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