O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 46
Capítulo 43 De volta à Ecomoda arrasando.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805377/chapter/46

—Boa tarde, Wilson!

—Boa tarde, don Armando!

Armando estava passando à frente, pois Betty estava oolhando a fachada da empresa e lembrando-se de tudo que passou.

—E a senhorita?

—Ah,Wilson! Claro que não me reconhece. Oj  oj oj

—Perdão, senhorita! Veio para o teste de modelo? Mas me conhece? De onde?  -disse Wilson, sorrindo, enquanto se ajeitava.

—Ela está comigo, idiota! -disse Armando, possessivo, passando a mão sobre seus ombros.

—Desculpe, don Armando!   Como sempre tem bom gosto!

Armando olha feio, de cima a baixo para ele, Betty está vermelha como um pimentão.

Na recepção, os dois cumprimentam Aura Maria e Freddy abraçadinhos.


—E quem é esta?

—Não sei! Mas é alguém que vai deixar dona Marcela louca de ciúmes!

—E é muito mais bonita que ela! 

—Isto é! Quê?  Já cresceu o olho para ela?

—Não, apesar de ser uma triplemamita, você é minha rainhazinha!

—Acho bom!  Ainda mais é a nova conquista de don Armando!

—Este não perde tempo!

Os dois chegam ao andar da Administração.

—Meu amor! Vou esperá-la lá, assim pode conversar com suas amigas!

—Armani! Quando me contaram que estava de volta à empresa, não acreditei! -disse Hugo cruzando o corredor com duas modelos agarradas a seu braço.

—Bom dia, Hugo! Que desprazer em encontrá-lo!

Hugo quando viu aquela moça pouco atrás de Armando não pôde acreditar.

—Mas esta...

—Hugo, esta é…

—Uma aparição! Uma beldade! Uma deusa! -cabelos enormes e brilhosos, rosto perfeito e redondo com maçãs do rosto acentuadas, boca carnuda avermelhada, pele branca aveludada.

—Seu Hugo…

—Shiu! Menina, não fale, estou sonhando! É um anjo ou  quê? 

—Nisto posso concordar!

—Armani! Aposto que é sua nova conquista!

—Don Hugo, eu…

—Shiu, menina…   Não é muito alta, mas pode usar salto e se não souber desfilar, pode ser modelo de modelagem!

—E eu seu Hugo? Vim pegar meu emprego de volta!

—Saia daqui sua criaturinha vulgar!  -disse Hugo à Jenny  -Esta maravilha! Qual seu nome, menina?

—Seu Hugo, sou Betty!

—Betty -dá a volta nela.Logicamente, não associou o nome da moscorrofio com a da beleza que estava vendo.

Armando estava se divertindo com isso. Se Hugo soubesse quem era a tal modelo não ficaria tão entusiasmado ou quem sabe, ficaria. Segurou a risada e seguiu o jogo.

Agora no meu ateliê para fazer um teste! Inesita dispense as outras, já achei a que queria!

—Desculpe, Hugo, não será possível.  Temos uma reunião com ela.  -disse Armando, segurando seu braço, livrando-a.

—Sei muito bem estas reuniões com modelos que faz!  Menina, abra o olho! Este ai é conhecido no meio da moda.

—Ela já sabe todos meus defeitos! -disse Armando com cara de picarón.

—E tem outros piores! Ui!

Beatriz não sabia onde enfiar a cara, frente os elogios de Hugo, a cara-de-pau de Armando que continuava o jogo e os olhares surpresos do quartel.

—Jajaja!  Modelo!

—Você é um bobo, don Armando!

—Eu? Quem fez tudo foi Huguinho! E ele está impressionado com a nova modelo da Ecomoda!

—Mas quando souber a verdade.

—Vai saber que não entedia de nada.  E que sempre depreciou a mulher mais linda de todas!

—Exagerado!

—Minha vontade era pegá-la aqui!

—Não cometa loucuras! Me prometeu!

—Está bem! Vou tentar! -respirou fundo

—Assim, Armando cruza o corredor, surpreendendo a todas.

—Boa tarde, meninas!

—Don Armando! Quanto tempo!

—Está queimado de sol.

—Estive no litoral, meninas!

—E enquanto isso, dona Marcela estava que chorava.

—Sofia!

—Meninas, muitas coisas mudaram. Marcela e eu não temos mais nada.

Neste momento, viram que a seu lado havia uma bela jovem de cabelo cumprido.

—Ah sim, percebe-se!   -comentou Sofia, olhando-a de cima abaixo.

—Olá, meninas!

—Boa tarde! -disse Mariana  torcendo o nariz.

—Ah sim! Uma 90-60-90!

—Vou para minha sala esperá-la, como combinamos. -disse Armando, rindo.

—Sim, don Armando.

Logo, as do quartel a rodearam com curiosidade.

—A senhorita é a nova conquista de don Armando? -perguntou Sofia;

—Nova conquista? Não estão me reconhecendo? Oj oj

—Esta risada…  Não pode ser!

—Olha, esta bagunça! -disse Patrícia, repreendendo-os  -Pensam que são donas da empresa, recebendo suas amiguinhas aqui?

—Mas não é nossa amiguinha.

—Olá, Patrícia! Don Roberto está?

—Esta voz!  Mas não pode ser!

—Boa tarde, Patrícia! Seu Roberto está aí?

—Não pode ser!  Não pode ser!

—Sim. Sou eu, Betty!

—Betty!

—Beatriz Pinzón Solano.

—Betty? -perguntou uma do quartel.

—Pode-se saber que gritarias são estas?  Armando chegou Patrícia? Hoje virá aquela estúpida daquele garfio! Ai, não suporto esta mulher. Não a deixe entrar antes de me falar!

—Boa tarde, dona Marcela!

—Marcee, é ela! A Betty!

—Quê?

—Boa tarde, dona Marcela! Como vai?

—Você não! Você não pode ser a imbecil da garfio. -disse olhando-a de cima para baixo.

—Sou eu, dona Marcela! Patrícia, pode dizer a seu Roberto que já cheguei?

—Não vou fazer nada que me diz! Nem era para estar aqui! Vou chamar o segurança!  -disse Patrícia.

Marcela estava em choque, aquela moça não podia ser Betty, a mulher mais feia do país. Estaria Armando este tempo todo com ela?

—Melhor não fazer isso!  Don Roberto está me esperando!

—Patrícia! Meu filho disse que Doutora Pinzón já se encontra na empresa, por que não está na minha sala?

—É é… -gaguejou Patrícia.

—Estou aqui. Don Roberto!

—Doutora Pinzón?

—Sim, seu Roberto! Beatriz Pinzón Solano, ex-assistente de seu Armando.

Roberto como todos estava impressionado e não conseguia disfarçar. As do quartel também.

—Betty! Se é você mesmo, nos deve uma explicação.

—Sim, o que fez e que operação foi esta.

—Oj oj depois, meninas, depois!

—Não podemos receber esta mulher assim como se nada tivesse acontecido! Ela tem entrada proibida na empresa!  Como entrou, estúpida?  -disse Marcela, puxando seu braço

—Marcela, que modos são estes?  -perguntou o patrono Mendoza;

—Vim, porque me chamaram e entrei não só com permissão, mas em companhia de um dos acionistas da empresa!

—Quem?

—De mim, Marcela! Eu permiti e acompanhei a doutora Pinzón! Era importante sua presença, não?

—Sim, fIlho, imprescindível!

  Sob os olhares de uma raivosa Marcela, Betty adentra a sala de Presidência com Don Roberto, enquanto Armando sai com um sorriso que não deixa de ser percebido por Marcela.

—Você estava com esta estúpida?

—Não sei de que estúpida fala, Marcela. A única que conheço é sua amiguinha. Agora, com licença.

—Me deve explicações! 

Mas Armando entra na sala de Mário e fecha a porta.

—Olha só! Quem se dignou a aparecer.

Armando vira os olhos.

—E que beleza! Esta cor, pelo que vejo passou muito bem e acompanhado enquanto aguentávamos aqui a insuportável de sua ex!

—Boa tarde, Caldeirón!

—Conte-me tudo e não esconda nada. Loira,  morena, oriental, qual foi a beleza que te fez voltar assim?

—Assim como?

—Com esta cara assim.

—A partir de agora esta (aponta para seu sorriso)  será minha cara normal.

—Ah, já vejo. Saiu de Ecomoda, encontrou um daqueles bombons que te fizeram esquecer até seus problemas.

—Quem sabe,quem sabe… -disse Armando com os olhos brilhantes e um sorriso que marca aqueles buraquinhos que encanta a todas.  (Certo, meninas?)

—Diga-me, é uma modelo?

Armando lembra-se do que Hugo disse diz a Mário, rindo.

—Sim. Pode-se dizer que é uma modelo e do tipo que Hugo gosta.

—Ah, o exigente Hugo. Imagino que delícia deve ser!

—Respeito, homem! Esta é minha! Só minha!

—Mas tigre, se nunca tivemos isso.

—Agora  temos, nesta não toca com suas mãozinhas sujas, nem nesta mente suja e poluída, ouviu?

—_______

Enquanto isso, Roberto fala com Betty e lhe explica a situação.

—Eu sabia que estava ruim, mas não assim!  -disse Betty ao ver o relatório que Roberto lhe apresentou.

—Praticamente, estamos com mãos atadas, sem você e Armando aqui não podemos fazer nada.

—Por isso, estamos aqui. Mas sinceramente, não creio que os Valência aceitem que eu faça parte da Diretoria, já não me toleravam como assistente de don Armando.

—Quanto a isso, fique tranquila. Eu resolvo isso.  Topa?

—Sim.

Ao sair da sala de presidência, cruza com Armando e Mário que entravam. Os dois trocam olhares que dizem mais que as palavras.

—Tudo certo, Armando, acho que podemos ir para a sala. -disse Don Roberto, empurrando Armando  para a sala de reuniões.

Betty vai falar com as do quartel que estão surpreendidas com sua mudança.

—Ai, Betty que fez?

—Parece uma modelo. Doeu muito?

—Tirar os aparelhos e a depilação sim, o restante não.

—Mas operou não? Tem que me dar o nome do cirurgião.

—Não, foi só o que lhes disse.

—_____

Enquanto isso, Marcela falava com Patrícia

—Não posso acreditar, Patrícia que esta idiota voltou e olha que bonita está.

—Ai, não a achei bonita. Aquele cabelo alisado, os dentes esbranquiçados.

—Ela está muito bonita, Patrícia. Nem parece ela.

—Deve ser plástica!  Deve ter gastado todo o dinheiro que pegou de Ecomoda com este negócio de embargo .

—Cala a boca, Patrícia! Isto não me interessa. Interessa que contava que voltaria feia e já estava insegura, agora que está assim, estou agoniada. Não sei o que fazer!

—Como não sabe o que fazer? Olhe-a assim, enxote-a com seu olhar. Ela sempre teve medo de você e vai sair correndo e veremos se quando correr, não tropeça como sempre e cai toda este efeites.

—______

Roberto chama todos para a reunião, tendo Armando de um lado e Margarita e Marcela de outro. Também estavam Daniel, Gutiérrez e os advogados.  Betty, entra séria, mas uito segura de si.

—Boa tarde!

Logo, é fulminada pelo olhar de Marcela. Mas logo vê o sorriso abobalhado de Armando. Mário, Daniel, Gutiérrez e os advogados não sabe de quem se trata, mas sem dúvida, é uma beleza, logo, merece olhares e sorriso.

Por favor, sente-se nesta cadeira, doutora.

Sei que tem outros negócios para tratar e sem dúvida uma aparição dessa faz bem para os olhos, mas podem me dizer que horas chegará a Dra. Beatriz, pois tenho compromissos. Outro dia, com mais tempo conheço esta beleza, antes que Armandito ou Mário partam para a conquista.

—Mais respeito, Daniel.

—Sim, Daniel, esta é a doutora Pinzón! -pediu Roberto

—Quê?

—Sim, boa tarde!

  Agora, Mário olha como idiota para Betty e entende porque seu amigo ficou tão abobalhado por aquela moça. Será que ele sabia que escondia tudo aquilo em seu antigo visual?  Daniel logo perde a pressa e lança um olhar de conquistador.

Os advogados tomam a palavra e dão a entender que o melhor é que Betty não só assuma como membro da diretoria, mas como presidente, já que Roberto não poderá permanecer.

—Mas isto é um absurdo!   -disse Margarita

—Está tudo como quer, não é Beatriz? -disse Marcela, acusando-a.

—Desculpa, don Roberto, Dr. Sanchéz e Dr. Santa Maria, mas não posso aceitar tal coisa. Ecomoda, apesar de seu tamanho é uma empresa famiiar e deve ser dirigida por um membro das famílias. Eu sou uma estranha.

—No momento, é a dona da empresa, a única  que pode comandar Ecomoda e parar a fúria dos bancos, o que preferem?  -disse Santa Maria

—Que faça bom proveito! -disse Marcela, levantando da mesa, mas não sem antes olhar com ódio Betty e Armando.

Os advogados ficam explicando algumas coisas, enquanto don Roberto vai atrás de Marcela e tem aquela conversa que conhecemos, para convencê-la a ficar.  Assim, querendo ou não, são obrigados a aceitar Betty, que deverá sempre prestar contas aos Valências, assim como a Roberto e Margarita. E para ajudar a tirar Ecomoda da lama  contará com a ajuda de Nicolás Mora como vice-presidente financeiro. Tal escolha deixou surpreso Armando e Mário, mas não iam perguntar nada a ela.

Betty, logicamente,  permite que Armando fique na empresa, mas Mário deve entregar seu posto.

Marcela bate a porta quando a reunião termina e é seguida por Patrícia que a expulsa da sua sala.

Patrícia tenta humilhar Betty, Armando pede respeito e é apoiado por Gutiérrez.

—Mas quê?

—Cala a boca, Patrícia.

—Olha, Armando, você pode ser acionista, mas não é mais o presidente, nem meu chefe e tenho ordens de Marcela Valência de… Marcela! Marcela!

—Deixe-me, Patrícia.

—Mas a garfio.

—Não me interessa. Marcela entra em sua sala e bate a porta.

—A quem chamou de garfio, oxigenada? -perguntou Armando.

—A esta.  -disse Patrícia segurando o braço da presidente

—Mais respeito com a presidente, Patrícia.

—Quem é presidente?   -perguntou Patrícia.

—Patrícia Fernandéz, solte o braço de sua chefe! -disse Gutiérrez.

—Quê?

—Solte-me, Patrícia.

Patrícia assustada, soltou.

—Que isso, nunca mais se repita. -disse Armando tomando o braço e acariciando seu punho.

—-Patrícia, a partir deste dia, deve respeito à Dra. Beatriz Pinzón, ela é sua chefe agora, a presidente desta empresa.

—O QUÊ?

—CALE A BOCA! NÂO GRITE PELOS CORREDORES DESTA EMPRESA QUE NÃO É NADA AQUI!

—Calma, don Armando! Eu resolvo! Sente-se, Patrícia, vão todos para seus postos! Precisamos trabalhar.

Mário estava assustado ,não queria deixar a empresa na qual trabalhava desde jovem, Armando deu razão à Beatriz, mas prometeu tentar falar com ela. Mas não era bem isso que foi fazer em sua sala.

—Posso falar com minha presidente?

—Ai, don Armando, sabe que não me sinto confortável com isso.

—Shiu. -a beijou

—Está louco?  Sabe que não gosto de fazer isto no escritório.

—Fazer o quê, ah? -beio -Assim? Ah? -lambe os seus lábios e os dela.

—Ai, doutor, aqui não. Sabe onde isto pode parar e…

—Só quero dar uns beijinhos. Mas outras coisas eu recomendaria o banheiro da presidência. Lá poderíamos fazer como no aviao, ah? Que acha, picarona?

—O senhor, o senhor é…

—Gostoso?  Divino? Irresistível?

—Não. Um depravado, um tarado insaciável! E acho melhor voltar a trabalhar que não estou a fim de ficar como presidente por muito tempo, portanto, vamos trabalhar.

A-Ai, Beatriz! Mas que insensível é você. Eu aqui prontinho, só queria uns beijinhos para comemorarmos.

—É que não há nada para comemorarmos, don Armando. Temos que trabalhar e tirar a empresa desta crise!

—Nisto tem razão. Vou para minha sala, mas nos vemos -diz ele alisando o umbral da porta.

—Sim,vou adiantar umas coisas e te aviso.

—Está bem, então. 

Armando virou-se, estava meio triste (Oh, homem insaciável e carente.)

—Don Armando!

—Sim, Beatriz?    -ficou meio de lado para não encará-la.

—Você sabe oque penso do senhor e que é tudo isso e tan divino.

Ela lhe pisca e ele pisca de volta fazendo gesto como dedo de arminha (como se dissesse: “Acertei em cheio.”

E sai. Beatriz nem teve tempo de suspirar, pois logo apareceu Marcela (com a qual Armando trombou ao se virar).

—_______


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora, Marcela apareceu, o que vai querer de Betty?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.