O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 4
Capítulo 3 -Beijo ou não beijo?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805377/chapter/4

—NÃO VOU FAZER ISSO COM BETTY, CALDEIRÓN! E NÃO VOU TOMAR EMBELEZADORES PARA BEIJÁ-LA!  

—Vai beijar Betty seco?

—ESTOU FALANDO SÈRIO! NÃO VOU BEIJAR BETTY, NEM BÊBADO NEM SÓBRIO!  DE JEITO NENHUM!    

(A cena muda dos dois conversando na oficina para o bar)

—NÂO VOU FAZER ISSO! VAI E JÀ ESTAMOS AQUI! JÁ BEBEU E TEM QUE FAZER SEU TRABALHO OU NICOLÁS MORA TIRA TUDO DA GENTE! Se você não fizer, ele faz! E não vai ter tanto pudor assim! Agora toma mais, que ela já está voltando.

Betty voltava do banheiro e sentou-se ao lado de Armando.

—Por favor, doutor, não beba mais!

—Ele está estressado com problemas, precisa de nós.

 

Mário, em seguida, inventou que precisava sair, mas que Betty ficasse ali protegendo e cuidando do chefe, que precisava dela, pois era muita pressão. Mário sabia que Beatriz não iria deixar Armando sozinho bebendo ali.

—Está bem, eu fico com ele.

A partir do momento em que ficou sozinho com ele, Beatriz tentou que não bebesse mais, que fossem embora, mas tudo que logrou, foi que parasse de beber para dançar com ela.

—Não acredito! –cara de sofrimento dele, enquanto dançava e recebia pisadas nos pés

—Não acredito!  -cara de apaixonada.

 

Uma verdadeira loucura, Loucura mia como dizia a canção do Trio Los Romanticos,    que os dois dançaram.

Estava acostumada, desde que havia começado a trabalhar em Ecomoda, sempre saía com o quartel e graças aos conselhos de Aura Maria estava mais solta e até tinha logrado sair com alguns tipos, junto com Aura Maria, mas sabia que não sentia nada por eles. E não sentiria, pois seu coração já estava ocupado, mas iria manter a distância, afinal, seu chefe era o sonho de quase toda mulher de Bogotá. Mas só as mais belas passavam por sua cama. 

Betty, estava vivendo um sonho, embora tivesse sonhado dançar com ele, nunca imaginou fazê-lo de verdade. Era ele, seu chefe com seu cheiro inconfundível. Não era sua imaginação.

Pior o que viria: depois de fazer um brinde a eles e pedir que não falassem de Ecomoda e sim deles, Armando segurou seu queixo e lhe deu um beijo na boca.   Estava nervoso, não queria, mas a contragosto a beijou.

“Quê? Ele me beijou? Não pode ser. Isso nem em meus sonhos! Deve ser um sonho! Devolve o beijo! Estou sonhando.”    Que lábios, Don Armando!

“Que ela pensa está fazendo?   Está me beijando?”

Sentiram como um choque ao se beijarem.

Betty, pensando ser imaginação e que deve estar beijando algum amigo bêbado de Aura Maria,  fingindo ser Don Armando,  lhe devolveu o beijo. Mas ao sentir o cheiro, despertou do transe, olhou-o com um dos olhos e desmaiou.

—Quê? Acorde, Betty!

—Don Armando!

—Sim, Betty,

—Desculpa, doutor. Desculpe,

—Betty há uma explicação.

—Para nada, doutor. Nos vemos amanhã!

—Mas Beatriz! Beatriz!

 

Beatriz sai correndo da boate ou faria uma besteira, pois sentir seus lábios foi o maior prazer que sentiu.

—Ele me beijou!

—Eu a beijei.  –disse Armando imóvel em sua mesa, surpreso. Nunca sentiu choque ao beijar alguém. Com certeza, foi o aparelho dentário, pensou, por ser de metal.

Tocou seus lábios, fechou os olhos, sentiu algo que nunca sentiu. Acariciou-os.

—Que isso! Beijei Beatriz, a feia da minha assistente. Mário, maldito ea!

Ao chegar a seu apartamento, ainda sentia algo em sua boca. Então, esfregou seus dentes como para lavar aquela sensação (ruim, terá sido ruim?)

Betty, ao contrário, sonhava acordada e escrevia em seu diário.

—E se amanhã ele se arrepender e lembrar que beijou a assistente feia?  Vai me colocar para fora? Ai, don Armando.

—__

O pior era ter que encarar um ao outro. A vergonha que sentiam era muito grande. Evitavam falar no assunto. Mas para Armando não era nada fácil, visto que Caldeirón não ia perdoar.

—Ok! Beijei! Beijei!

—Aha! E como foi? Subiu em cima de você e pediu sexo?

—Que isso, homem! Betty é uma moça decente!

—Já viu que ela sai com Aura Maria?

—E Aura Maria não andou com você?

—Mais um motivo.  Será que ela é virgem?

—Que isso, homem! Isto é coisa de pensar.

—Hoje quase nenhuma é! Mas estamos falando de Betty e não de outra mulher, precisaria ser herói!

—__________

 

Aura Maria quis saber a quantas andava o romance de Betty com seu secretinho.

—Ah ojojo demos uns beijinhos.

—Jura? Me conta!

Com isto acaba tendo que contar para o quartel, o que desemboca em outras conversas.

 

—Ah! Que desse uns amassos, uns apertões.

—Ai, meninas. Não tenho jeito para isso.

—Betty, você é virgem?

Aquela pergunta de uma do quartel soou com lâmina. Ficou muda com bochechas rosadas, não sabia o que dizer.

—Lógico que não! Ela já tem 25 anos.  –disse Sofia

—E já foi com o Nicolás?

—Com o Nicolás? ojojo não estamos só começando.

—Eu pensei que depois do beijo tinha ido para a casa dele.

—Aura Maria, por Deus! Onde já se viu? Fazer estas coisas no primeiro encontro?

—Hoje é assim! Ainda um triplepapito desses! Tem que trabalhá-lo.

—Mas sabe que é tripapito se nem o viu?

—Betty disse, ora! Não é tripapito seu secretinho?

—Sim    -soando apaixonada

—Mas     -diz Aura Maria -Betty, você não respondeu se ainda é virgem?

—Não!  

Disse com as bochechas rosadas, logo, correu a seu escritório.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.