O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 39
Capítulo 36 - A final do Reinado


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mais um capítulo da história.
Espero que estejam gostando.



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Para tanto, Catalina levou Betty  ao salão, onde a depilaram (Betty gritou como nunca) e hidrataram seu cabelo.

—Não quer fazer um corte?

—De forma alguma! Meu papai fez uma promessa quando nasci e tenho que levar o cabelo cumprido até minha morte.

—Seguro que não é só por isso!  -disse o cabeleireiro   -Aposto que tem bofe nesta história e ele gosta de seus cabelos cumpridos!  -Betty ficou vermelha e ajeitou os óculos.

—Ferdinand, menos, sim? Esta moça é assim de tímida!

—Ai, desculpe, querida,  é que sou muito atirada!  O que vamos fazer?

—Tudo, depilação, peeling, extração de cravos, manicure e pedicure.

—Ah, vai ver, menina, vai ficar ainda mais linda!

—Cata! Você por aqui?

—Voltei para trazer esta moça!

—Oi, Betty! E aí fez sucesso?

—Nem imagina! Hoje, voltamos para o tratamento completo!

—Então, se prepare. Lembra que te disse que não iria doer?

—Sim oj oj oj

—Pois agora vai!

Assim, “tiram o coro de Betty” .

—Olha, Cata! Deu trabalho!

—Esta menina tinha até bigode!

—Mas logramos.

—E aqui está!

Até mesmo Catalina fica impressionada com aquela Betty com sobrancelha feita, sem nenhum pêlo a mais, cabelos brilhosos e hidratados com cachoeiras de cachos e leve maquiagem no rosto. 

E ainda mais, Armando e Michel quando a foram buscar no hotel.  Os dois homens mal podiam acreditar. Se antes, Betty já estava bonita, assim e com vestido rosa com echarpe e sapato de salto alto, parecia uma princesa de contos de fada.

Rapidamente, Michel esticou-lhe o braço.  Revoltado, Armando, passou-lhe a frente e deu-lhe o seu. Educadamente e provocativa, Betty tomou ambos, um de cada lado, sorrindo.

Em Bogotá, o quartel das feias se reúne para assistir à final do Reinado na sala de reuniões. Assim como, Freddy, Gutiérrez e outros.

Na casa dos Pinzón, Hermes está que solta farpas, pois sua filha não diz quando irá voltar.

—Mas como, Júlia? Este concurso vai terminar hoje, logo, a menina deveria jávoltar amanhã para casa, como assim que aquela senhora já tem outro trabalho para ela?  Ela é uma senhorita de família, tem que voltar para casa!

—Ai, não seja assim de canson, Hermes! A menina é uma grande executiva e se é requisitada, o que podemos fazer?   Ainda mais, está mandando um bom dinheiro, não?

—Isto sim, mas não é tudo. Eu posso arrumar um emprego.

—A coisa está difícil, Hermes! Também tenho muitas saudades dela, mas temos que entender, depois de Ecomoda, a menina não pensava que ia arrumar um trabalho assim.

Toca a campainha.

—Ah, é você seu tubo digestivo?

—Respeite, seu Hermes, respeite! Eu trouxe uma torta da padaria para dividir com vocês e assistirmos o Reinado!

—O quê? Ouviu esta, Júlia? Pela primeira vez ele trouxe comida!

—Ai, Hermes! Sente aí, meu filho que vou passar um cafezinhos e umas arepas de queijos para vermos o reinado!

—Será que Betty vai aparecer?

Assim, eles assistem o reinado.

No apartamento de Marcela, Patrícia lhe fazia companhia e fazia piadas com as reinas.

—Olha esta!  Desfilo melhor que ela!

—Se quer, assistir, fique quieta!

—Ai, Marcee! Mas que mal humor! Lembro que no ano passado, assistimos e nos divertindo muito debochando das reinas!

—Mas este ano não estou de humor, Patrícia!

—E tudo por causa de Armando!

—Ele desligou o telefone, Patrícia! Desligou! Não me atende!

—E acha que está com aquela garfio?

—Com certeza está com ela!

—E acha que se apaixonou?

Marcela lança seu olhar mortal.

—Não sei! Só sei de uma coisa, Armando é meu!

Nesta hora, a câmera focalizou Betty, tendo ao lado Armando e Michel.

—Armando? -disse Marcela.

—Mas como, Armando, Marcee? Ele está em Cartagena?

—Não, acho que não!

—_______

 

Em Ecomoda, as meninas do quartel conversavam:

—Acho que vi seu Armando!

—Está doida. Seu Armando em Cartagena?

—Apesar que ele está sumido. Dizem que resolvendo uns problemas.

 Mas fácil estar metido em algum problema. E é bem capaz de que seja ele em Cartagena com alguma mamacita!

Em Cartagena, além de trabalhar, Betty está passando bem rico, pois além de ser cortejada e paquerada por dois bombons como aqueles, ajuda Catalina na organização para o Reinado de sucesso, além de fazer muitas amizades. Depois alguns saem para curtir a noite e se divertirem.

—Betty!

—O quê?

—Vamos dar uma desculpa e ir para o hotel.

—Ai, doutor! Esta é o último dia do Reinado, vamos sair, nos divertir, dançar. Não gosta de sair comigo?

—Amo! Mas admite que não estamos assim juntos, aquele insosso daquele francês e um monte de gente não é bem o tipo de passeio que queria fazer contigo!

—Tem alguns amigos seus também.

—Eu sei, mas… Queria ficar assim, juntinho contigo. Bem agarradinho.

—No quarto, nus sobre a cama?

—Vai dizer que não foi uma boa ideia?

—Don Armando!

—Ah, Betty! Imagina, nós dois tomando champanhe, comemorando nosso amor, bebendo, beijando, nos amando no seu quarto, ah? Que ainda não conheço. E agora, não tem problema, pois Cata já sabe.

—Mas eu queria passear.

—Betty, o pessoal vai dar um passeio de chiva, que acha?  -convidou Michel

—Pela noite?

—Sim, a noite toda que acha?

—Ah -Betty olha para Armando -Ah não sei, Michel. Já lhe digo.

Beatriz se separa e Armando vai atrás dela.

—Queria dar um passeio noturno.

—Então, vamos!

—Vamos com eles de chiva?

—Tenho uma ideia melhor!

Assim, Armando aluga um carro e convida Betty para ir com ele.

—Vai me levar para todos os lugares?

—Todos que conheço. Não sou assim especialista em Cartagena e nem conheço todos os lugares como o francesinho.

—Lá vem você com seus ciúmes!

Assim, Armando leva sua amada para ver alguns pontos turísticos à noite.

—É tudo tão lindo! Vou sentir falta disso tudo!

—E vai mesmo voltar para Bogotá?

—Não sei, por um lado sinto muita falta de meus pais e Nicolás. Não olha assim, é como se fosse meu irmão.

—Eu sei, mas…

—Bobo ciumento!  -beijo

—Que te ama!

—Agora, vamos continuar passeando! Ainda quero ver muita coisa!

—Como disse, tenho falta de muita coisa em Bogotá, mas gostei muito daqui, da vida aqui.

—E a proposta de Catalina?

—De que cuide de algumas coisas aqui?

—Sim.

—Não sei, estou pensando.

Estavam em frente a praia, um pouco longe do hotel, onde estavam haviam apenas eles, um homem de smoking com cabelo em topete e ela uma mulher de vestido rosa, iluminados apenas pela luz do luar.

—Um licor, Betty?

—Sim.  Hum, delícia!

—Delícia, é você! -beijo. -Também não queria que estes dias terminassem.

—Vai ter que voltar, não é? Por isto quer que eu volte.

—Se você -beijo -não voltar, eu não volto!

—Está louco?

—Sim, já sabe. Não vou largar você NUNCA MAIS!

—Não mesmo? Nem por Ecomoda?

Chega da empresa, só me importa você! Está linda assm!

—Imagina.  -ajusta os óculos 

—Está assim.  segura o braço dela, querendo dar-lhe um beijo, mas ela percebe suas intenções e desvia.

—Está louco?

—Sim, por você.  Vamos sair daqui, então e ir para um lugar mais íntimo. Sabe que por mim, pegava você aqui mesmo sob esta lua!

—Oj oj oj apressadinho!

—Sabe como me deixa!  Que acha de ficarmos aqui em Cartagena e alugarmos uma casinha para nós dois?

—Você morando em casinha?

—Pois é! Por você, moro em uma casinha com varanda.

—Seu lugar é em Bogotá.

—Errado, senhorita! Meu lugar é do seu lado! -tomou o queixo dela para o beijar – E ainda por cima, não pense que vou voltar para Bogotá e te deixar aqui, sozinha.

—Ah, seu problema é esse! Sabia!

—Não, Betty, não quis dizer isso!

—Seu problema é Michel, é isso?

—Desculpe-me, Betty!  Mas não consigo. E esta noite, então, que você estava ainda mais, mais bonita e parecia que estava jogando charme para os dois. Me perdoe, Betty! -Betty se afasta dele  -Mas você estava jogando charme para ele! E ele estava adorando!

—Acha que seria capaz de te trair?

—Não, imagina! Sei que não faria, mas, se fica jogando charme, os caras podem interpretar errado e ficarem com vontade, ainda mais este Michel.

—Tem muito ciúmes de Michel, é isso?

—Tenho ciúmes de qualquer homem que te acerque. Que respire seu cheiro, que te roce a pele.

—Por quê é assim, don Armando?

—Porque, porque tenho loucura por você. E não consigo me controlar!

—Nunca soube o que é ser provocativa, desejada pelos homens como Aura Maria ou as modelos. 

—Mas  agora sabe! E sabe que fiquei como louco!

—Eu sei!

—Sabe?

—Sei que estava se segurando.

 Estava louco para pegar aquele francesinho e arrebentá-lo sem me importar se é mais alto que eu!

—Tem força para isso?

—Sabe que sim. Não sabe que esforço estou fazendo estes dias, especialmente hoje com aquele beijinho que ele te deu no canto da boca quando se despediu. O que pensa que é para te tocar? -segura o braço dela.

Olhando  o desespero dele, Betty sorri, acaricia sua bochecha. Ele pega seu braço e a toma. Ela o afasta, vira parte do licor na boca e o restante derrama em seu corpo.

—Que bom que guardou sua energia, doutor!


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Notas finais do capítulo

Esta espertona levada de Betty ainda vai deixar Armando doido: provoca seus ciúmes, se põe bonita e agora o que fará na praia?



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