O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 20
Capítulo  17 A oficina de Olarte




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   Nesse dia, Beatriz passou a noite  pensando em Don Armando. Não sabia mais o que fazer para resistir e trabalhar praticamente dentro de sua oficina, ouvir sua voz e seus passos pela sala e sentir o cheiro de sua loção. Pior ainda porque era muito fácil para ele entrar na sala dela com qualquer pretexto para se aproximar dela com seus flertes e beijos roubados. Ela estava com medo de não ser capaz de resistir a ele por muito tempo. Apesar de ter lido a carta e querer odiá-lo, seu coração ainda batia por ele, assim como seu corpo vibrava com seu toque. Precisava se livrar disso. Mas mesmo assim não podia sair da Ecomoda, não conseguia encontrar outro lugar para trabalhar e sustentar a família.

—Eu sei o que fazer!- disse Betty.

—Don Armando, quero falar com você.

—Diga-me, Beatriz, sou todo ouvidos.

— Você lembra que me ofereceram a oficina que era o Dr. Olarte?

—Sim claro.

—Então, eu me pergunto se ainda está vazio.

—Bem, sim, está vazio. Mas porque?

—Excelente! Então, acho que não haverá problema em se mudar para trabalhar lá!

— Você vai mudar lá? Mas por que você quer isso agora?

—Bem, o senhor me ofereceu, não foi?

—Sim, mas era uma situação diferente!

—Que situação diferente? Que eu saiba, quando você me ofereceu, eu era sua assistente e trabalhava como secretária e também como vice-presidente de finanças, como é agora.

—Sim, mas...

—Qual é a diferença?

—Por que você me pergunta sobre isto agora, Betty?

—Se ainda está vazia, acho que não há problema em ocupá-la, certo?

—Mas por que, Betty? Porque agora? Até onde você sabe, eu nunca quis ir lá, porque eu disse que sentiria sua falta e você disse que sentiria a minha também!

—Sim, mas...

—Por que? Por que você quer se livrar de mim? - perguntei, acariciando seu rosto.

—Porque é melhor para nós! É melhor não ficarmos juntos.

— Do que você está falando, Beatriiz? Você não quer ficar mais perto de mim?

—Olá! Estou interrompendo algo? disse Mário, abrindo a porta, fazendo Armando olhar para mim.

—Esta é uma das razões…. -Betty disse entre dentes e foi para sua sala. Ela continuou recolhendo as notas e detalhes das gavetas e colocando-os no saco de lixo. Antes da mudança de escritório, iria jogar tudo fora. Ele estava determinado a sair de lá o mais rápido possível.

—Desculpe, me enganei, não sabia que já estava fazendo coisas com seu monstrete colocando tudo em risco!

—Shiu! -sussurrou -Betty quer se afastar de mim.

—O que você quer dizer?

—Que ele quer se mudar para o escritório que era do Olarte.

—Como assim?

—Uma vez eu ofereci o escritório que era do Olarte para a Betty...

—Sim eu lembro.

—E ela se recusou a ir, porque ela queria ficar perto de mim, nós nem tínhamos nada e agora ela não quer mais ficar perto de mim. Não sei o que fazer!

—Você está louco por ela, não é?

—Que louco por ela, o quê! Eu só me importo onde isso vai dar! Se ela quer se afastar de mim, é porque é sério. Eu devo ter feito alguma coisa. Ofendido-a de alguma forma, sei lá. Ainda estou desconfiado do pacote que você deixou no escritório...não sei, posso ter encontrado!

—Não, isso não! Eu não disse que estava fechado e bem fechado?

—Sim.

— E então onde você deixou?

—No cofre.

—Não sei, por acaso, já que você confia tanto na Beatriz. você não passou essa senha?

—Não. Nós somos apenas meu pai e eu tenho isso. Nada mais!

—Mas a questão é outra: a carta. Você me disse que o destruiu.

—Sim! Rasguei em pedaços assim que terminei de ler.

—E então, não tem jeito!

—Não sei. Rasguei a carta e deixei no lixo!

—Você acha que Betty poderia tê-lo encontrado e montado o quebra-cabeça?

—Não creio! Betty não é do tipo que xereta meu lixo.

—Você só se envolve com mulheres tóxicas! Mas a culpa foi sua! Foi imprudente ter rasgado e deixado a carta lá!  Deveria ter guardado no cofre. Mas seria muito estranho que Betty tivesse revirado justo o lixo deste dia! Ela cotumava fazer isso¿ Não, amigo, esqueça! Seu problema é Nicolás Mora! Será que ele pode estar fazendo um favor à feia? -Armando faz cara de assassino -Você acha que ele poderia ser mais bem dotado que você? _ -Armando quer voar por cima do pescoço de Mario, mas ele se afasta e sai do escritório, rindo.

—Idiota!

  Beatriz ouviu tudo.

"Então você suspeita que eu li a carta. E ele ainda tem ciúmes de Nicolás... Ainda mais agora."

  Armando despeja o conteúdo do copo de uísque goela abaixo, lembrando-se dos dois abraçando Lenoir e entrando no motel.

"O cara é uma daquelas rapidinhas? Por isso foram ao motel e... agora! E assim foi? Ele é tipo Speedy Gonzalez? Não Armando, como você pode pensar isso? Sua Betty não é assim! Lembre-se, você achava que quando namorava Aura Maria, ela já tinha muita experiência... Mas ela era pura e inocente. Ela se entregou a você. Deve haver alguma explicação para isso e vou dar a mim mesmo agora. " –pensava Armando.

(O Speedy Gonzales oj oj oj muito rapidamente.)

Ele a grita entrando na salinha.

— Betty!

—Don Armando, já estou arrumando minhas coisas.

—Tudo bem, se é isso que você quer, eu deixo você ir para aquele escritório, mas primeiro você tem que me dizer o porquê. Por que você insiste em ficar longe de mim?

—Por que você acha que tudo gira em torno de você, doutor? Você não acha que poderia ser porque em um escritório mais arejado e espaçoso eu poderia estar melhor? -Armando está envergonhado porque Betty está certa, porque como funcionária ela tem seus direitos.

—Desculpe. É correto! Você realmente está certa! Este escritório é sem graça e fedido. Só te coloquei aqui, porque não tínhamos outro, mas é claro... – disse com dor no coração, você pode ficar mais confortável em um maior e mais arejado.

  Beatriz agora está confusa e não sabe o que dizer. Não sabe se foi uma boa ideia. No fundo, ela queria que ele implorasse para tê-la com ele. Que a chantageasse, como o Armando que conhecia, que se importaria mais com ele do que com os outros e lhe pediria para ficar, como fazia antes. Este Armando que se importa e concorda com ela a intriga.

—Só quero que você se sinta bem, espertona!    -Ele beija a ponta de seu nariz e sua testa. - Direi ao Gutiérrez para preparar a sala.   No início da semana você pode se mudar. Peço-lhe estes dias para que eu me acostume a não tê-la tão... perto de mim.

—Está bem!

Ele começou a se afastar, mas voltou para segurar seu rosto e beijá-lo.

—Não!

—Você sabe que eu preciso. Não pense que você poderia se livrar de mim tão facilmente. Eu a amo e a quero.

—Já te disse que não gosto de fazer essas coisas no escritório!

— Bem, você me deixa louco, Betty! Eu adoraria fazer coisas aqui!

—Eu não sou como suas modelos!

—É muito melhor que elas, Betty! - Beijo – A parte de ser bonita, com um corpo que me enlouquece, é inteligente, inteligente como só você pode ser!

  Ele já tinha conseguido abrir sua blusa e beijar seu pescoço. Armando sabia que Marcela não estava na empresa, pois tinha ido buscar os pais no aeroporto. Ele deu um suspiro de alívio. Tão aliviado que ele achava que ninguém poderia entrar naquele momento, mas entrou.

  Catalina havia passado a presidência para revisar a lista de convidados para o desfile com Armando e Betty, quando encontrou Armando Mendoza cuidando da boca de Betty (ele ainda não havia aberto a blusa). Sem pensar duas vezes, Catalina saiu correndo, mas como estava de salto alto, o barulho deles podia ser ouvido.

—Alguém veio aqui. Você ouviu o barulho?

—O único barulho que ouço são nossas bocas se beijando, Betty! -beijando -Esfregar nossos corpos-       magistralmente esfregando e abrindo sua camisa, acessando seu pescoço.    -Como assim desejamos!

—Shiu! Ainda ouço passos. Alguém estava aqui! -Fechando a blusa –Eu disse que não gosto de fazer essas coisas aqui.

—De verdade tinha alguém aqui¿  Não está inventando¿

—Não. Alguém estava aqui!

—Tudo bem Beatriz, vou confiar no que você diz! Poderia ter sido uma das secretárias. Cabe a você investigar e vamos ver que desculpa damos, garanto que Marcela não foi, pois foi buscar meus pais no aeroporto. -beijo - eu não queria deixá-la assim. Olha como eu estou. -animado -Vou ao banheiro.

Mas antes que ele pudesse sair, Margarita e Marcela entraram pela porta da Presidência.

Armando sai correndo do escritório de Betty, cumprimenta-os e corre para o banheiro, deixando Beatriz pensativa.

"Quem abriu a porta? Quem quer que fosse me salvou dele. Como você pode quase se render a ele e aqui? Onde você estava com sua cabeça, Beatriz Aurora, que deixa seu corpo te guiar?" - ele pensou

   Beatriz não sai do escritório, mas Margarita vai cumprimentá-la, ao que Marcela a repreende. Beatriz, já acostumada com Marcela, está mais preocupada com quem abriu a porta e provavelmente viu Amando beijando-a.

"Eu tenho que descobrir quem nos viu!"

  Apesar de trabalhar na empresa há muito tempo, Catalina continua discreta. E não só não comenta, como trata Betty e Armando da mesma forma. Só não consegue entender o que quer com Beatriz, pois conhece suas preferências e Betty é uma pessoa muito especial, mas ela está longe de ser como as que gosta, por isso, está curiosa e louca para saber o que rola entre les, mas janais vai perguntar, apenas observar. Ele começa a entender por que a menina quer desesperadamente sair de lá.


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