O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 12
Capítulo 11 Seu Armando, eu sou assim!




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—Está me deixando preocupado. Don Hermes não vai aparecer por aqui, não, não é?

—Não! Oj oj oj Nem mais faltava!

Betty o beijou, voltou a amarrar o roupão e foi ao banheiro, penteou o cabelo. Colocando a franja para trás. Colocou de novo a lingerie.

—Sei que meus pais me disseram para nunca me revelar tal como sou até meu casamento.  Mas não sou mais aquela mocinha. Sou uma mulher, me entreguei a don Armando e descobri que trás daquele homem neurótico, grosso e indiferente, existe um homem doce, terno e apaixonado. Não posso continuar mentindo a ele, não a ele!

Da mesma forma que Betty, Armando estava divagando sobre Betty, deitado na cama com tudo à mostra na penumbra daquele quarto.

—A mulher mais doce e terna que já tive. Nunca estive com uma mulher que me amasse de verdade. E que pele macia que convida ao toque. Queria deslizar-me por ela a noite inteira. Queria vê-la e não só senti-la. Não me parece ser tão feia ao toque. E que interessa se feia ou não, Beatriz é muito sensual. Se encontro estes caras, os mato!

Betty entrou no quarto e encontrou-o espalhado na cama com o roupão aberto.

—Lindo, tan divino.

—Oi, Betty! Demorou. Tenho que te levar aos seus pais.  –levantando-se fechando seu roupão.

—Avisei a eles que demoraria um pouco.

—E eles não estão preocupados?

—Disse que estava com o senhor e que me levaria para casa.

—Sim, então vamos.

—Tem tanta pressa assim?

—Não, é que não quero problemas com don Hermes!

“Um pouco tarde para isso” –Betty pensou.

—Sente-se um pouco, tenho algo para lhe mostrar.

    Munindo-se de coragem, Betty acendeu a luz.

Ele a observou sem a franja com a testa livre e também sem os óculos. Logo, ela tirou o laço do roupão que a cobria, revelando seu corpo apenas de lingerie.

—Be-e-tty!    -Ele tragou saliva e teve que colocar os óculos para acreditar no que via. Já estava olhando para Betty de um jeito diferente desde que fizeram amor da primeira vez e não a achava tão feia. Mas aquela moça que estava a sua frente era muito linda.

Aproximou-se, sem acreditar no que via. Apesar de baixa, era toda proporcionada. Seus seios eram arredondados, a lingerie, embora fora de moda, não era larga e cobria perfeitamente suas partes íntimas, seu abdômen era plano, mas tinha cintura, suas côxas eram bem torneadas e ligeiramente mais grossas, as pernas eram perfeitas, eram brilhosas, seu bumbum era redondo e empinado. Ainda que baixa, poderia ser uma modelo de modelagem. Seu corpo era perfeito.

—Be-e-tty!!! É você?

—Sim, don Armando!

—Vo-cê- vo-cê, é muito  bonita!

—Gosta. don Armando?  -sorriu-lhe, ele se inclinou para tocá-la

—Siiimm...  –puxou-a para si. -E beijou-a de forma apaixonada. Tirou-lhe o roupão, que caiu no chão e Betty sorrindo viu-se sendo alçada em seus braços, enquanto a beijava desesperado.

Quando se afastaram para respirar estavam sentados na cama se beijando.

—Não tinha pressa de me levar?

—Creio que podemos ir um pouco mais tarde?

—Não tem medo de meu pai?

—Tenho! Mas vale a pena.  Até morro se preciso for!

Ele a continuou beijando, logo, ela tirou o roupão dele e ficaram só de roupa de baixo para começar seu ritual de paixão. Sua excitação era evidente, tinha que tê-la mais uma vez.

—Podemos apagar a luz?

—Não mais, Betty! Por favor, quero vê-la, além de senti-la.

Armando a deitou debaixo dele e começou a beijá-la selvagemente. Betty o acomodou entre suas pernas.

Lentamente, ele foi descendo com seus beijos e caricias por seu pescoço, seu ombro, até chegar aos seus seios, que liberados do sutiã foram lambidos, mordiscados, apertados com gemidos de Betty que estava ficando outra vez molhada de desejo. Armando ouviu e sentiu e ficou ainda mais alucinado. Segurando aqueles peitos tão naturais e só seus, continuou acariciando-os com a ponta dos dedos os mamilos, enquanto baixava sua boca até sua barriga plana. A respiração de Beatriz era ofegante, assim como a dele.

Suspirando, ela abriu as pernas para acomodá-lo e ele pôde sentir como estava encharcada e desejosa dele. Ela acariciava seus cabelos, suas costas do pescoço até onde estava sua boxer. Como gostava dessas carícias dela, eram relaxantes e excitantes ao mesmo tempo. Então, ele seguiu seu caminho, beijando e lambendo suas côxas, seus joelhos, seus tornozelos de um lado e subindo pelo outro, roçando às vezes seu topete no sexo de Betty que enlouquecia de prazer gemia, fazendo com que ele ficasse mais louco. Sua boxer já o incomodava por conta do volume.

—Don Armando, ah... –Betty gemia e o puxava. Ele, então, beijou seu sexo sobre a calcinha, deitou-se sobre ela para a beijá-la apaixonadamente, enquanto, com suas mãos, tirava a calcinha dela. Betty suspirou quando ele roçou seu excitado e enorme membro ainda vestido sobre sua flor desnuda.

Em um ato de valentia e desejo, ela desceu suas mãos das costas até às nádegas dele, por baixo da boxer, enlouquecendo-o. Ele ajoelhou, sem deixar de beijá-la, arqueando-a para facilitar que tirasse a única peça que os separava. Os dois sentiram uma corrente elétrica atravessar seus corpos, fazendo com que se unissem em um só. E amaram-se com entrega, amor e ternura. As investidas de Armando eram lentas, mas saborosas, queria que durasse muito tempo, que aproveitassem bem. Que marcasse-os para sempre. Em sua larga experiência sexual, nunca uma mulher o fez sentir o que ela fazia. 

“Se pudesse ficava com ela até amanhã, tão doce, terna, apaixonada, sensual, apertadinha e quem diria, a minha Betty é bonita. Que corpo”  pensou,  abriu os olhos para ver o corpo que estava debaixo dele, contornando-o, enquanto o possuía e acariciava, sorriu.

—Betty!

—Sim, don Armando?

—Diga que é minha!

—Sim, sou sua!

—E de mais ninguém?

—Sua, só sua!  Te amo, don Armando!

—Também a amo, Betty!

Depois de chegarem ao ápice, don Armando beijando-a no rosto, a acomodou em seu peito, onde continuou a beijar seu cabelo, ela se enrolou no lençol e ele continuou a acariciar e saborear cada parte de seu corpo com os dedos. Ela acomodou-se em seu peito e sentiu seus fortes braços, apertando-a.

—Betty, mas como assim? Você tem um corpo lindo, as formas perfeitas, como se esconde naquelas roupas tão largas e desfavorecedoras?

—É uma longa história, don Armando.

—Sou todo-ouvidos!

—Ai, tem certeza?

—Sim.

—Eu sempre fui feia a minha infância e sofria todo tipo de bullying e xingamentos. Minha mãe fez uma promessa para que eu ficasse bonita ou que pelo menos parassem de perturbar por minha feiúra, que fizesse amigos e quem sabe, tivesse um namorado. Meu pai achava uma grande bobagem. Que eu era bela como todas as Pinzón! Ojojojo   Mas um dia aconteceu. Fui me tornando uma adolescente e com isto minhas formas foram se desenvolvendo. Comecei a usar sutiã, sentia muito frio alguns dias e muito calor nos outros, os hormônios tomando conta, apareceram os pêlos, minhas coxas engrossaram.

Armando agradeceu por estar em lugar público, pois (enquanto, Beatriz começou a contar, se arrumaram e Armando dirigia para casa de don Hermes) só de lembrar como era seu corpo, ficou excitado. Não sabia o que acontecia, mas esta mulher o deixava assim.

—Comecei a achar os rapazes bonitos. (Isto ele não gostou nada) Pedia roupas novas a mamãe, mas como só meu pai trabalhava e ele estava juntando para pagar a faculdade, pois não sabia se eu teria uma bolsa, não tinha como adquirir roupas novas. Só as que conseguiam no brechó da Igreja e as doadas. Lógico que a maioria ou eram grandes ou pequenas demais.   Sabia que uso os mesmos óculos de quando tinha 15 anos?

—Realmente antes estavam na moda, eu mesmo tive um assim. Mas poderia ter trocado depois.

—Não troquei por falta de dinheiro, assim como não tirei os brackets. Quando meu pai recebeu um dinheirinho por conta de um serviço, mamãe insistiu que me deixasse comprar um vestido bonito e assim compramos um tubinho simples. Um dia Nicolás me convidou ao cinema e resolvi colocá-lo. Precisa ver como meu pai ficou! Que era uma indecência, que deixava os braços à mostra, que era ajustado ao corpo, que todos do bairro me olhavam. Por sorte, não encontrei a turma de Roman este dia, senão ia me perturbar. Logo, me disse que deveria usar minha roupa de sempre, que assim se vestia uma moça de família. Me fez prometer que não usaria mais aquela roupa, sabe?

Flahback

—Beatriz Aurora!  Entenda! Sua mãe nunca precisou mostrar mais que deve para que me casasse com ela. Sei que cresceu e tem as formas de menina crescida, mas fiz uma promessa que seria uma moça de bem e não como essas. 

Então, a partir deste dia, nunca mais ousei vestir estas roupas, nem mesmo quando saí com Miguel, o amigo de Roman, na faculdade ou quando saía com Aura Maria. Ela já tentou arrumar meu cabelo, emprestar-me roupas.

—Ai, ainda bem que não.

—O quê?

—Não a queria vestida por aí como Aura Maria. Não você.

—Ciúmes?

—N-não. É que não fica bem para você e...

—No fundo pensa como meu pai.

—Não! Acho que ficaria bem com roupas de executiva ou de passeio assim como...

—Não vou sair por aí vestida como dona Marcela.

—Não ia falar de Marcela! Ia falar de Claudia Elena!

—Piorou! Ela é bonita e..

—Você, você. –beijo – é bonita.  Eu não concordo com seu pai, ok?    Sou a favor de que se arrume como uma bela moça jovem como é. Se quiser, falo com ele que vai ter que se vestir como uma executiva, pois a empresa assim precisa.

—Não. De maneira alguma. Meu pai não pode nem imaginar que me revelei a você, que me mostrei a você nem a ninguém! Ou me mata.

—E por que fez isso? Porque se revelou para mim?

—Porque te amo.

—Também te amo, Betty!

Aproveitou que o sinal estava fechado, segurou seu queixo e beijou-a com ternura – A amo.

—E não posso te esconder a minha forma, tal como sou. Me contratou, aceitou e amou sendo feia, por isto, merecia que me visse bonita. Não pode ter segredos entre nós! –beijou-o.

O coração de Armando doeu. Não estava sendo verdadeiro com ela. Afinal,  tudo o que fez fazia parte do plano.  Fazia ou estava desenvolvendo sentimentos verdadeiros por Betty? Este tempo fora de Bogotá, afastado o faria pensar.

—Betty, não podemos voltar ao apartamento do Mário?

—Ai, don Armando. vontade de ficar com o senhor não me falta, mas preciso chegar em casa ou meu pai me mata.

—Ok! Betty!   Então, amanhã falo contigo, durante o expediente. É muito importante!

Armando deixou Betty na porta de casa, receoso, as palavras estavam na ponta da língua, queria contar-lhe. Ao mesmo tempo, lembrava-se do que tinha visto: o corpo de Betty, era mais lindo do que podia imaginar. E só seu. Ninguém o conhecia. Só ele. Se já havia gostado de passar aqueles momentos com ela, sendo feia, com este corpo queria tê-la sempre e sua excitação comprovava isso.

Foi quando o telefone tocou. Era Marcela, logo, teria que ir ao apartamento dela. Mas como se desde o dia que teve Betty pela primeira vez em seu aniversário, nunca mais conseguiu fazer com Marcela e muito menos foi de caçada com Mário?

Betty chega extasiada em casa, após ser deixada na porta por Armando.

Escreve em seu diário a respeito da noite mágica que viveram.

“Ele me tomou com ternura e paixão. Foi doce, mas também agressivo. Partiu mais dele que de mim, pude sentir seu desejo. Não sei como don Armando pôde prestar atenção em mim tendo ao seu lado as mulheres mais belas. Parece um sonho. Talvez seja o reconhecimento por tudo que fiz por el”

—Mas não importa. Quero senti-lo meu e aproveita cada momento antes que se case com Dona Marcela. Embora, saiba que não está certo por ser comprometido, sei que não passa de um casamento arranjado e que não ama dona Marcela. Se Dona Marcela tivesse me tratado com o respeito que deve a uma funcionária, ao invés de tentar me sabotar ou chamar-me de feia e estúpida. Bem, não importa. O que me importa é don Armando! E por ele enlouqueço. Quero amá-lo e senti-lo meu como quando está comigo.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando da releiturs e em dado a história vai mudar radicalmente e ter um final surpreendente;


Grata pelo apoio.



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