O lado “B“ de Betty Pinzón (Betty a Feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 11
Capítulo 10 -Cuidado com meu papai!




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Ele foi o primeiro a acordar e ao recordar como haviam se amado tão ardentemente, o fez ficar excitado novamente.  Se dormir ao lado de alguém era difícil (geralmente, após ter relações sexuais, mandava a amante da vez embora, ou no máximo a levava até o hotel) só havia dormido junto antes com Marcela, por ser sua namorada há tanto tempo. Acordar e colocar-se excitado várias vezes com a mesma mulher há muito não acontecia.

Tão logo a sentiu, começou a acariciá-la. Havia dormido nua, embrulhada nos lençóis, cansada da jornada de trabalho de mais de 12 horas, da saída com as amigas e de fazer amor apaixonadamente. Mas ele queria senti-la de novo. Sabia que não era mais uma obrigação para assegurar a empresa, ela tinha algo que lhe inspirava ternura, desde que entrou na empresa, admirava sua inteligência e agora que descobria sua sensualidade e maciez com só tato a desejava muito.

Então, sorriu com desejo e começou a acariciá-la com a ponta dos dedos.  Logo, Beatriz acordou:

—O que faz?

—Ah, hã, Betty, Nada.Só estou...

—Me assediando enquanto durmo?

—Não, Betty, é que...

—Acaso não pensa que mereço dormir um pouco antes de ir à minha casa? Tenho que acordar cedo para estar em sua empresa, doutor.

—Eu sei, Betty, desculpe. É que pensei que queria.

—Queria, o quê?

—É... é...    fazer de novo.

—Se eu quisesse fazer de novo estaria te acariciando e não dormindo.

Armando fica desconsertado, aquela mulher que aparentemente não tinha nada de atraente e belo, tinha um corpo macio quente, uma pele suave que conduzia ao toque. Apesar do aparelho, beijava quente e doce.

“Para, Armando, para! Ela não quer mais! Sossega, irmão. “ –pensando. Estava gelado com o desprezo dela, nenhuma lhe havia falado isso. Geralmente, lhe imploravam para que fizesse de novo  -   “Vou tomar um banho, me acariciar, fazer algo com isso”.tocava seu sexo que se apresentava volumoso e enorme, pronto para ter Beatriz em seus braços novamente

De costas para ele, Beatriz está tentando segurar a risadinha. Ao mesmo tempo, começa a sentir o seu desejo aumentar. Um fogo líquido desce pelas suas pernas ao recordar suas mãos percorrendo seu corpo.  Olha-o de soslaio.   Ele faz menção de levantar, ao perceber, ela se estica até ele, de costas, como que por acaso. Como se espreguiçasse, roçando suas costas nele. Sente o desespero dele.

—Ai desculpa, don Armando.

—Ok    -Era só o que faltava! –disse entre dentes.

Ele fez menção de se levantar.

—Onde vai, don Armando? Vai buscar algo para comer?

—Comer, comer. Tenho fome sim de outra coisa!    -disse entre dentes

—O que dizia, don Armando?

—VOU! VOU AO BANHEIRO, POR QUÊ?

—Tudo bem. Só perguntei.

—Desculpa, Beatriz, é que...  (senta na cama virando para ela, penalizado, pois foi grosseiro com ela)

—Sim?

—Eu vou no banheiro, ok?

—Ah! Don Armando!  (abre  a coberta, mostrando-se para ele) –É urgente?

—É é  é!  -reparando aquele corpo desejado abrindo-se para ele

—Muito, muito urgente?  -enlaça as pernas em volta dele, puxando-o para si.

—É... na verdade, não tão urgente quanto isso. –beijo –agora você quer?

—Na verdade –beijo-   já queria antes.  –beijo  

 

Vira e se coloca por cima dele, beijando seu peitoral forte.

—Ah, picarona.

Começam uma dança sensual, frenética.

—Beatriz, vamos devagarinho, quero senti-la, ah?

—É que tenho vontade de você, don Armando!

—Também tenho de ti, Beatriz!

—Está com desejo?

—Sim. Ai, Betty!   ASSIM!

—Gosta, é?

—Muito! Ai!

(Ele a coloca em seu ritmo para aumentar o prazer)

—Ai, don Armando!

—Vem, vem para mim!

—Ahhh!!!  -os dois estalam em um orgasmo incrível.

Após, ficam se beijando, enquanto ele a acomoda entre seus braços, deitando-a em seu peito.

—Foi bem bom. Então, estava com vontade?

—Como não ter desejo de um bombom como você? -beijo

—Então, hã deixa eu me recuperar um pouco e ... –beijo   -podemos    -apertando

—Gostou tanto assim de –beijo no peito, fazendo desenhos com o dedo-    fazer amor com a feia?

—Não diga assim, Beatriz!

—Por que hã?     -beijo no ombro    -sei que sou feia.

—Não.

—Sei do seu paladar fino! –beijo no pescoço     -Sei que gosta das modelos!    –outro beijo na nuca- E não tente mentir, te conheço e convivo com você todos os dias.   -beijo na boca.

—Mas... você, você. Você é muito sensual, Beatriz!  Tem um corpo encantador, sabe enlouquecer um homem como eu –beijo –e a desejo. –diz com a voz  rouca, apertando-a.

—Em outras palavras: deseja a feia aqui! E vou    -beijinho    – acreditar, pois sinto.

Ficaram se beijando por muito tempo.

—Betty, posso te pedir uma coisa?

—Sim.

—É que...  que... a nossa primeira vez, naquele hotel.

—Sim. –beijo- a melhor noite de minha vida! Como esquecer?

—Para mim também foi muito especial. Por isso, quero te perguntar uma coisa.

—Sim. –Betty temia.

—Ouvi dizer que... sabe sempre sai com Aura Maria e não é segredo para ninguém que, Aura Maria é muito namoradeira. E ouvi quando te dava uns conselhos sobre como devia fazer para atrair os homens onde iam. Sabe, não pense que ouço as conversas das mulheres, mas é que ela disse na sua salinha e da minha não pude deixar de ouvir. Desculpe.

—Tudo bem. Ojojojo sabe como é Aura Maria.

—Sim e depois você saiu com ela e no outro dia estava de óculos escuros e tinha olheiras. Ah não sei.   E ouvi as meninas do quartel falando e rindo alto da noite que tiveram e que a senhorita tinha se divertido.  E depois ouvi de Bertha que Nicolás Mora era seu amor proibido.

—Nicolás?

—Sim. –com ciúmes

—Ojojo Nicolás é como se fosse meu irmão. Seria um incesto.

—Mas não são de verdade e se ele.

—De modo algum.  Não o atraio para nada. Tampouco, ele me atrai.

—Então?

—Meu amor proibido é o senhor, don Armando, só que não podia dizer a elas. Não tem porque se preocupar com ele! –beijou seu peito- Sou sua, já lhe disse.

—Ai, Betty! Da nossa primeira vez no hotel, eu achei que estava sendo doce contigo.

—Sim, muito doce.

—Mas uma hora me descontrolei, pelo desejo e acho que entrei brusco demais, vi que se tencionou. Te machuquei?

—Na hora tive o susto, mas depois senti um prazer enorme, pelos seus beijos, suas carícias.

—Desculpa. É que não sabia que ainda era.. Virgem!  Pela forma que estava se entregando e como estava encharcada, achei já havia feito antes.

—Não, nunca havia feito. O senhor -fica vermeha- me fez ficar assim

—Molhada e excitada? – Betty fica ainda mais tímida e vermelha

 -Ai, don Armando, que pena contigo.

—Não fique, picarona! O seu jeito de se entregar a mim me cativou. –beijo

—E se me entreguei é porque era minha chance de amá-lo e tê-lo entre meus braços. Era um sonho, sabe? 

Beijo

—E foi bom? Como sonhou? Tirando a dor da primeira vez?

—Foi muito lindo, don Armando. Muito melhor que no sonho. E a dor logo passou e foi muito bom, tanto que o repetimos. Ojojo  E agradeço que tenha sido o primeiro, pois não teria sido bom (sente que sua voz fica triste, de repente).

—O que foi, Betty?

—Não é nada.

—Tem segredos para mim?

—Ok. Vou contá-lo.

Um dia apareceu no bairro um rapaz que tornou-se amigo de Roman, sabe aqueles vizinhos com quem brigou.

—Sim, te fizeram mal? Os mato.

—Não exatamente. Este moço, disse que gostava de mim, me levava bombom, cartões, me cortejava. No começo não gostava dele, mas aos poucos fui gostando, pois ninguém nunca havia prestado atenção em mim e ele sim ou parecia. Começamos a namorar escondido, pois meu pai não gostava dele de jeito nenhum. Depois de alguns meses, disse que o atraía, mas que sentia que não o amava. Quis uma prova eu cedi, era muito inocente, achava que me queria e fez questão que fosse na casa de meus pais quando eles saíram. (Armando aperta os punhos de ciúmes sem perceber) Dizia que me amava. Mas não foi assim.

—Então, não fizeram? Você desistiu?

—Não, estava iludida. Achava que me amava e fiquei com vontade de fazer, de experimentar o que achava ser fazer amor, me entregar a um homem!

Nos deitamos, ou melhor, ele me deitou e não quis sequer que tirássemos as roupas: abaixou as calças e fez com que abaixasse as meias e calcinhas. Hoje, sei que queria o mínimo de contato comigo. Nem me tocar!

—Mas que absurdo, Betty! Como ia ter relações assim?

—Acho que tinha nojo de mim!

—Mas como? Se iam ter intimidades, como não iriam se tocar?

—Isto não é tudo.  Estávamos no meu quarto, de luz apagada, ele havia tirado as calças e vinha para cima de mim quando abriram a porta de meu quarto com tudo.

—Quem?

—Meus pais e Nicolás!

Armando se surpreendeu.

—Se-se- seu pa-pai? E o que fez?

—Quis matá-lo!   Meu pai tem uma arma, que usa para proteção e estava com ela.

—O quê?  Como assim uma arma?  Ele matou o sujeito?

—Não, por muita sorte de Miguel, ele escondeu-se atrás de Nicolás conseguiu subir as calças e saiu correndo.

—E Nicolás nesta história?

—Ele sempre vai a minha casa, desde sempre, meus pais o tratam como filho. Ele tinha visto Miguel entrar em minha casa e desconfiou, pois meus pais não estavam em casa e chamou meu pai.

—Por ciúmes?

—Nada. Nem mais faltava. Preocupação. Meu pai me trancou em casa, dizia que estava decepcionado comigo, durante dias chorava, não queria sair de casa.

Um mês depois, saí, retomei os estudos da faculdade e vi Miguel ao longe e quando o chamei, ele fugiu.  Achei que era por conta de meu pai. Perguntei às moças do bairro e me disseram para esquecê-lo.  Pouco depois, fiquei sabendo que ele nunca havia me amado e que tudo se tratava de uma aposta com Román se conseguiriam levar a feia para cama.

—Que horror. Como assim?

—Isto mesmo que ouvi: tudo foi uma aposta. Nunca me amou!  –Ele a apertou contra si – Pior que fiquei um tempo brigada com Nicolás, pois havia estragado minha estreia na vida sexual. Mas quando ele soube brigou por mim com toda a pandilla ou tentou, pois apanhou muito. Quando meu pai soube da aposta, expulsou Miguel do Bairro. Ou ia ou o matava. Por tentar abusar de sua filhinha.

Armando gelou.

—Que bom que foi com você, don Armando. Pois não tinha tanta vontade de fazer com ele, ia fazer para não ficar sozinha, sem namorado.

Armando a abraça, mas não tem mais vontade, pois está com medo do que don Hermes pode lhe fazer se souber que foi ele o primeiro homem de sua filha.

—Quer um suco, Beatriz? Mas sabe que só tem de tangerina.

—Está bem.

Armando toma um whisky

—Está com fome?

—Não.    Don Armando, tem medo de meu pai?

—Não, nem mais faltava!

—É que o senhor ficou nervoso ojojo ele não vai saber, tampouco vou contar para minha mãe ou Nicolás! É um segredo só nosso.

Pisca para ele que pisca de volta.

Se beijam, mas Betty percebe que Armando ficou um pouco chocado com a história.

—Acho melhor irmos, don Armando. dona Marcela o espera, assim como meu papai.

Armando não estava afim de ir. Apesar do medo que sentiu do pai de Beatriz e de uma opressão no peito por saber que quase pertenceu a outro. E que tudo não passou de uma aposta idiota.  Que os tipos começam com cartões, chocolates. Será que estava fazendo o mesmo com ela? Sentiu-se triste.

—Beatriz!

Betty havia se servido de 2 copos de whiskys e estava um pouco excitada, de modo que começou a beijá-lo. Mas Armando se sentia um pouco culpado.

—Beatriz eu...

—Don Armando, o amo. –beijo- ele resolve corresponder. –Te amo, don Armando. 

Ela quer se deitar e ser amada de novo. Ele fica com receio que Hermes apareça do nada.

Beatriz o abraça pelo cuello e ele sabe que é seu sinal de entrega, não quer decepcioná-la. Começam a beijar-se e trocar carícias.

—Don Armando, o amo.

—E aquele papo de eu me ajeitar com Marcela na viagem? Ainda pensa que devemos? -beijo –E que não é mulher para mim, ah? E esta noite que estamos passando rico? Acha que faço com ela assim, demorado, doce, sentindo carinho?

—Não. –beijinhos na boca –Não acho -no cantinho da boca –acho que o amo com mais que nenhuma outra -na bochecha –mas sei que para os outros –beija a testa –posso não ser a mulher ideal –mais beijo na testa –para estar contigo. 

Ele está deleitoso e a aperta contra si.

—Mas sei que entre nós não tem isso –beija sua boca que corresponde  -e que nos damos bem.

Se abraçam. 

—Quero te mostrar algo que ninguém nunca viu, a não ser minha mãe!

—O quê?

—Espere, don Armando! Não perde por esperar!

 

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