Fugindo do Amor escrita por Nanda Saint Annie


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

os personagens é de minha autoria...



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Fugindo do Amor

 

Estava eu, com meu lindo vestido vermelho de seda, sentada em uma mesa no centro do salão com minhas amigas. Balançava freneticamente minhas pernas de tanta ansiedade, Eduardo ainda não chegara e esse seria o nosso encontro definitivo.

Corri pela milésima vez os olhos pelo salão, nem sinal dele. Casais dançavam no centro da pista, juntinhos, uma música lenta.

            Neste momento minha imaginação foi além...

            “Me imaginei no meio do grande jardim que eu havia visto na casa de uma amiga minha. Eduardo apareceu entre o arco das roseiras e sorriu, satisfeito, para mim; seus grandes olhos negros eram como a ônix e me puxavam para seu encontro.

            Caminhei lentamente e ele veio junto, a cada passada a distância entre nós era menor e meu coração começava a acelerar.

            Quando estávamos a um palmo de distância, ele levantou a mão e afagou meu rosto, repousei a cabeça nela e fitei novamente seus olhos que agora eram de um negror fluído.

            Com um passo ele completou a distância que restava fazendo nossos corpos estarem tão juntos que todo o meu corpo parecia um fio desencapado. Sua mão deslizou delicadamente do meu queixo ao meu pescoço e depois para a nuca, fazendo-me estremecer um pouco. Sua outra mão enlaçou minha cintura e me puxou para mais perto, pressionando nossos corpos um no outro. Com o coração batendo acelerado, levei minhas mãos à sua nuca e enrosquei meus dedos em seus cabelos. Muito devagar, ele levou os lábios a minha clavícula e beijou-a, depois roçou o nariz da ponta do meu queixo ao fim do meu pescoço, repetindo várias vezes. Já enlouquecendo, puxei seus lábios aos meus.

            Foi apenas um roçar de lábios, até que ele começou a beijar-me sério, lento e por fim feroz, pedindo passagem entre meus lábios para sua língua aprofundar-se. Entreabri os lábios docemente sentindo o delicioso gosto de sua boca. Sua mão direita prendia-me à sua boca e a esquerda movia-se de cima para baixo cobiçosas em minha coluna e cintura.

            Quando deixei seus lábios para tomar fôlego ele continuou em minha pele, beijando meus pulsos e depois subindo, subindo e subindo, até que chegou ao meu pescoço.

            De repente senti uma dor alucinante e percebi que seus lábios estavam abertos e seus dentes rasgavam minha pele...”

            Sai de meus devaneios com um tremor. Tinha que me lembrar de parar de ler livros sobre vampiros, isso ainda iria acabar mal.

            Já desistindo, corri os olhos pela última vez pelo salão e então o vi, ele estava todo de preto caminhando em minha direção.

            Tremendo da cabeça aos pés e com o coração acelerado, também me dirigi a ele com passos ansiosos. Quando já estávamos de frente um para o outro ele pegou minha mão entrelaçando nossos dedos e levou-a ao meu rosto.

            - Você demorou – eu o acusei.

            - Eu sei – ele sorriu se desculpando – Mas agora cheguei, que tal irmos para o jardim para ficarmos sozinhos?

            Confirmei com a cabeça e de mãos dadas fomos para o jardim. Andamos em silêncio por um bom tempo e quando achamos um banco nos sentamos.

            Ele passou o braço direito pelo meu ombro e o esquerdo prendeu minha cintura, seu rosto se perdeu em meus cabelos e fiquei aninhada em seus braços; e com o queixo em seu ombro fechei os olhos.

            - Sabe Meggie, eu nunca havia imaginado que chegaríamos a isso – ele murmurou.

            - Nem eu – sussurrei.

            O silêncio dominou novamente por alguns segundos, mas logo ele voltou a falar.

            - Eu sei que você me pediu uma resposta à sua pergunta – disse numa voz suave, de veludo – E depois de pensar muito, vou dá-la.

            Abri os olhos atenta, fazia duas semanas que esperava por isso, o destino de tudo.

            - Diga – sussurrei quando ele não continuou.

            Ele me soltou e se levantou do banco, caminhando de um lado para o outro enquanto eu o fitava, esperando.

            - Meggie, você sabe que eu te amo, não sabe? – ele me olhou, os grandes olhos negros, assenti timidamente – Nossa situação é difícil, temos que pensar em nossos pais, o que eles diriam sobre isso.

            - Minha mãe não se importa com isso, Du. Para ela o que prevalece é o amor – falei inutilmente.

            - Mas ela e meu pai irão se casar, nós vamos nos tornar irmãos. Alfred não gosta disso, ele acha errado e eu...bem...eu não sei.

            Ele se virou, ficando de costas para mim. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas e eu sabia que bastava uma frase para eles transbordarem e esta, foi dita em seguida:

            - Meggie, não podemos ficar juntos.

            Lágrimas começaram a brotar dos meus olhos como uma enchente. Não disse nada e percebendo meu silêncio ele se virou. Acho que minha expressão devia estar horrível, pois a dor passou pelo seu rosto e ele, que já caminhava em minha direção, ajoelhou-se na minha frente.

            - Por favor, Meggie, não chore.

            Tentei me acalmar para falar, mas apenas consegui sussurrar baixinho:

            - O que esperava de mim? Que eu começasse a dar saltos e gritinhos de alegria? Você me conhece Eduardo. – voltei a chorar com soluços escapando por minha garganta.

            Ajoelhei-me no chão e ele me abraçou. Ficamos assim, ajoelhados e abraçados no chão por o que pareceu pra mim um longo tempo enquanto eu parava de chorar.

            Assim que parei ele me levantou e sentou-me no bando, olhei-o demoradamente, tentando de algum jeito gravar aquele rosto tão familiar na minha memória. Ele notou meu olhar e franziu a testa.

            - Meggie, o que você pretende fazer?

            - Nada – menti.

            Ele sabia que eu estava tentando esconder algo dele, mas não voltou a perguntar. Eu já havia me decidido mesmo sem ele saber e não voltaria atrás.

            - Eduardo... – comecei.

            Ele levantou a cabeça e pousou seus grandes olhos negros em mim.

            - Sim?

            - Como este é o fim do nosso relacionamento – me surpreendi com a calma em minha voz – será que poderia me dar um beijo, será o...

            Mas ele não me deixou terminar. Seus lábios tomaram os meus em uma urgência que se assemelhava a minha. As mãos que prendiam-me em um abraço voluptuoso desceu para minha cintura e a outra subiu para minha nuca.

            Agarrei-me a ele sabendo que seria a última vez que o veria e levei minhas mãos a sua nuca, prendendo meus dedos em seu cabelo. Seus lábios deslizaram para meu o meu pescoço, roçando o nariz em minha pele e me arrepiando.

            Sua mão soltou-se de minha nuca e deslizou para os meus seios, acariciando um e depois o outro por cima do vestido me fazendo arquear de desejo. Senti seus lábios descerem também e começarem a distribuir pequenos beijos na região desnuda do decote. Arfando, puxei seus lábios novamente aos meus, mas como estávamos na ponta do banco, caímos na grama.

            - Epa. – murmurou em minha pele.

            Eu ri, nervosa, enquanto rolávamos na grama e a excitação entre nós crescia. Ele me beijava com ardor enquanto afagava todo o meu corpo com mãos ansiosas. Depois de um longo tempo nos separamos, ambos respirando com dificuldade.

            Me levantei limpando a grama do meu vestido e ele fez o mesmo. Olhou-me demoradamente e depois sorriu, mas seus olhos mostravam a intensidade da dor que sofria.

            - O que vamos fazer agora, Meggie? Não sei se sou forte o suficiente para ficar longe de você.

            Não respondi, esperei em silêncio.

            - Meggie, não me olhe assim sussurrou ele – por favor.

            Meus olhos cintilavam com as lágrimas novamente queriam transbordar. Era agora, eu tinha que ir, tinha que livrá-lo desta prisão que eu era para ele e a nossa família.

            - Meggie... – murmurou, vindo em minha direção.

            - Eduardo, eu tenho que ir, não se importe comigo, eu estarei bem. – assegurei.

            Virei-me de costas e caminhei para a saída sem olhar para trás, não podia correr o risco de desistir.

            Eu não sabia para onde ir, mas sabia que deveria deixar minha antiga vida para trás e foi isso que fiz. Caminhei no meio da noite estrelada até chegar a estação de ônibus. Olhei os horários e cidades destinadas atentamente, me dirigi para a bilheteria e comprei um bilhete para Connecticut.

            Este era o lugar onde eu começaria minha nova vida, sem passado, apenas vivendo o presente e o futuro.

 

 

***FIM***


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Notas finais do capítulo

PESSOAL...espero que tenham gostado...é minha primeirafic e não sei se ficou bom...
logo começarei a postar uma fic com vários capitulos...

por favor...
deixem reviews e se gostarem do one-shot...
eu poderei continuar a história de Meggie...
+ só se estiverem curiosas por saberem o fim dela q irei escrever...

Obrigadim por lerem...

bjussss


Ass: Nandáh



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