Remember Me? escrita por writetolive


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sagrada.


Notas iniciais do capítulo

e lá vamos nós... #fail



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Você para mim
Sempre será sagrado
Eu morro
Pela nossa imortalidade
A minha mão
Desde o princípio
Sobre ti
Eu acredito em você
Você para mim
sempre será sagrado

 

Á noite da cidade de Hamburg estava linda, era tão bom poder caminhar e se sentir livre sem medo, sem receios. 

Era primavera, e as flores das árvores formavam um tapete colorido em nossos pés. Os garotos caminhavam na frente, eu e Johanne caminhávamos em passos mais lentos. Ela tinha sua cabeça apoiada em mim e nossos dedos estavam unidos em um nó. Nunca imaginei que algo tão simples me pudesse trazer tanta felicidade, aquilo era tão normal e até banal, mas, tinha um valor incrível pra mim. Nós estávamos tão unidos e completos que ás pessoas admiravam nossa cumplicidade.
Por vezes ela me sorria e tocava meus lábios, era tão bom ter ela por perto. Ela tinha tudo aquilo que eu sempre quis em uma garota, Johanne é perfeita para mim.

O estúdio era péssimo mais segundo Tom era o que podíamos pagar Tom e Georg arrumavam seus instrumentos, junto com Gustav. 

Johanne estava sentada em um sofá da parte de fora do estúdio, onde não se pode ouvir nada sem os fones de ouvido. 

Ela se levantou soltou ar quente no vidro que separava o estúdio minúsculo ao meio, e fez um coração com dedo indicador e sussurrou um: Boa sorte.

- Bill se concentra! – pediu Tom, aquilo estava me fazendo lembrar os velhos tempos com a banda.
- Qual música a gente vai tocar? – Perguntou Gustav atrás de sua bateria.
- Schrei, nós decidimos isso semana passada.
- Não eu tenho uma idéia melhor – eu disse.
- Lá vem você querendo bancar o inovador! – reclamou Tom, típico dele sempre me contrariando, mas quando concordamos em algo é impossível vir contra nós dois.
- Você quer tocar o que? Nós só temos uma hora pra ficar no estúdio. – Falou Georg.
- Vamos tocar Heilig.
- Helig? – reclamou todos.
- Sim eu me sinto mais seguro em tocar essa música.
- Ah Bill pelo amor de Deus nos ensaiamos Schrei a semana toda – Chiou Tom já arrumando a guitarra nas mãos. 
- Mas eu quero cantar Heilig! – Insisti como uma criança mimada.
- Deixa vai, Bill é um cabeça dura mesmo. – Sorri vitorioso, fiz um sinal para que Johanne colocasse os fones de ouvido queria que ela me ouvisse cantar, porque aquela música era pra ela.


Os instrumentos começaram a formar a melodia, e a minha voz se desprendeu de minhas cordas vocais de forma limpa.


Nunca tinha cantado de maneira tão profunda e doce, ao abrir os olhos Johanne me sorria emocionada do outro lado do vidro, eu queria sair dali correndo e abraçá-la.

- Cassete hein Bill você mandou bem mesmo! – Elogiou Georg.
- Obrigado G, eu dei o meu melhor.

Ao sairmos do estúdio eu Johanne ficamos para trás como da última vez, minhas mãos envolvia sua cintura e sua cabeça se apoiava em meu ombro.

- Você cantou lindamente hoje – me sorriu com aquele sorriso meigo.
- Obrigada, eu cantei pra você.
- Eu me lembro quando escreveu essa música pra mim nós tínhamos acabo de alugar o nosso apartamento. – Então eu tinha feito essa música pra ela?!
- Obrigada por ser minha musa inspiradora – sorri, ela levantou um pouco os pés e tocou meus lábios.
- Eu devia ter arrumado um namorado mais baixo é horrível ter que ficar levantando pra te beijar sabia? – Eu parei de andar e segurei suas mãos.
- Então deixa que eu me abaixo. – Abaixei um pouco minha cabeça e toquei seus lábios, sempre quando há beijava eu sentia mil borboletas no meu estomago, meu coração batia tão rápido e eu sentia uma felicidade tão grande que eu gritar pra todo mundo. Quando nossos lábios se afastaram sorrimos beijei o topo de sua cabeça e voltamos a caminhar.

- Onde estamos indo?
- No Bar do Vermelho – que Bar é esse? – pensei. 

O bar ficava num... como eu posso dizer? Em um buraco? Não, subterrâneo é melhor a gente só sabia que tinha um bar lá pela placa com o nome do mesmo com letras de neon quebradas. Nós descemos uma escada que dava para o bar. As paredes eram todas vermelhas e em uma delas tinha um bode com um chifre, medonho eu sei. Caminhamos para uma mesa de estofados vermelhos e surrados. Em um palco improvisado tinha uma banda de Metal tocando uma música bem barulhenta. As garçonetes eram todas tatuadas com piercings e peitudas. Uma delas bem loira com braços fechado de tatuagem e o colo também, veio nos entender.

- Olá rapazes o que vão querer pra hoje? – Ela perguntou com a caneta e um papel, pronta para anotar os pedidos.
- O numero do seu telefone, que tal? – Tinha que ser o Tom mesmo! A loira bufou e fez cara de poucos amigos.
- Tom deixa de ser imbecil você não faz meu estilo!
- Mas você não gosta de coisas novas? Posso te ensinar um monte delas... Na cama – Quando ele mexia aquele maldito piercing como estava fazendo agora costumava dar certo. Menos com a loirinha que continuava com cara de desdém.
- Você disse certo, coisas novas, agora caras cafajestes como você Tom, tem um monte aqui. – Os G’s se manifestaram na hora.
- Podia ter dormido sem essa! – Disse Georg.
- Cala boca Georg você ainda é virgem não entende nada de mulher!
- Tom ela te deu um fora aceite isso cara – Falou Gustav ajeitando os óculos.
- Então o que vocês vão querer? – Ela estava impaciente com a nossa demora pra fazer um simples pedido.
- Desculpe Doroti – Pediu Johanne – Eu vou querer um Bloody Mary e para o Bill vê qualquer coisa que não contenha álcool, ontem ele bebeu demais e até agora está abobado. – Eu ia reclamar mas Johanne me deu um olhar de reprovação.
- Pra mim vê uma Fogosa, capricha em Doroti! – Georg disse esfregando as mãos uma na outra.
- Pode deixar, e você Gustav?
- Eu vou querer duas porções de fritas com queijo e uns Nachos com queijo também.
- E pra beber? 
- Uma coca-cola diet, estou de regime – O riso foi geral até Doroti se segurou pra não rir.
- Posso saber o motivo da piada? Estou levando meu regime muito à serio!
- Ah sim claro comendo feito um mamute! – insultou o Georg.
- Quando minhas fritas e meus Nachos chegaram não vou deixar você comer também! – então se iniciou uma pequena discussão entre os dois. 
Doroti olhou para Tom com o mesmo desdém.
- E você?
- Bom deixa-me pensar... Eu quero você deitada nua na minha cama coberta de morango e chantilly, pode ser?
- Deixa de palhaçada e pede logo!
- Eu sou cliente eu sempre tenho razão lembra? – Ela bufou por um momento achei que ela ia decapitar Tom ali mesmo.
- Faça a merda do seu pedido logo ou eu vou mandar outra menina vim aqui fazer isso por mim! 
- Bom sendo assim quero apenas um cerveja, e ah capricha em Doroti – Aquela frase teve alguma insinuação ou é impressão minha? Tom deu uma piscadela pra ela, Doroti saiu pisando duro e bufando que nem um touro bravo.

- Ela me ama – Ele disse apoiando as mãos na cabeça.
- Claro – Ironizei.
- É só uma questão de tempo e talento e vocês verão, alias acho melhor começar a mostrar meu talento a partir de agora – Ele levantou e foi até o balcão onde Doroti preparava nossas comidas. Tom nunca muda nem na minha segunda vida.

Um homem já meio de idade veio em nossa direção ele tinha uma barba comprida e grisalha, tinha umas tatuagens de presidiário nos braços. Usava uma camiseta preta e com alguns furos do Metallica.

- E ai garotos como estão? – Ele cumprimentou os G’s fazendo um toque de mão.
- E ai Vermelho! – ele se sentou na nossa frente.
- E você Johanne esse magrelo tem te tratado bem? 
- Sim, se não eu coloco ele pra fora de casa – ela brincou, e esse tal Vermelho me deu um tapa no braço que me fez quase cair no chão.
- E isso ai garoto, e vocês quando pretendem tocar no meu bar?
- Assim que você nos convidar. – Gustav falou.
- Então sintam-se convidados a partir de agora, marcamos um dia e fazemos um barulho demoníaco aqui! E você meu rapaz porque está tão calado? – Perguntou me olhando.
- É só canseira mesmo – Menti.
- E cadê seu irmão?
- Está enchendo o saco da Doroti.
- Toda vez que ele vem aqui ela fica toda atrapalhada deixa eu ir lá.
- Esse Vermelho é uma figura – Johanne disse assim que o tal Vermelho saiu.

Voltamos para nossa casa os meninos ainda tinham ficado lá no bar. Sentei na cama tirando minhas botas, e uns braços me envolveram os lábios de Johanne tocaram meu pescoço e os gemidos foram inevitáveis ela se sentou no meu quadril e beijou meus lábios fugazmente eu rapidamente me livrei do vestido dela, mas algo me fez parar. 

- O que foi? – Perguntou confusa.
A verdade era que: eu não queria dar esse passo sem me lembrar dela, não me parecia certo sei que tenho uma vida com Johanne mas quando fizer isso quero me lembrar dela.
- Eu estou um pouco confuso... Só isso – menti.
- Confuso com o que? Bill nós somos um casal não temos segredo um para o outro, me conte o que está acontecendo. O problema sou eu é isso?
- Claro que não minha linda – Segurei seu rosto em minhas mãos – Não tem nada haver com você e sim comigo, o problema sou eu. – Os olhos decepcionados de Johanne por um segundo quase me fizeram contar a verdade ela sabia que eu estava escondendo algo. Ela não disse nada apenas se levantou e foi para o banheiro fechando a porta, eu me senti péssimo! Tirei minha roupa e coloquei apenas uma calça de moletom. Deitei-me na cama e puxei o edredom sob mim, ouvi a luz ser a apagada e o quarto ser iluminado apenas pelo abajur. Johanne se deitou do lado vago da cama, ficamos assim por um tempo e eu decidi quebrar a distancia entre nós. Encostei-me nela, afundei meu nariz naquele mar de fios pretos.

- Desculpe – murmurei em seus ouvidos.
- Me conte o que está acontecendo – ela sussurrou.
- Prometo um dia contar – ela suspirou decepcionada mas mesmo assim não se afastou de mim. Aos poucos a respiração dela foi se acalmando e quando há olhei seus olhos estavam fechados e seu semblante mas tranqüilo.

Fiquei com medo de dormir, e se acordasse amanhã e Johanne não estivesse mas ao meu lado? E se tudo fosse um sonho uma mentira uma fantasia de minha cabeça? 
Tentei me manter acordado até o máximo que pude mas teve um momento que em minhas pálpebras não agüentaram mas ficar abertas.

Eu estava naquela mesma floresta de céu nublado de árvores cobertas de musgos, só que dessa vez não estava sozinho, eu vi uma mão tocando meu ombro e uma voz masculina chamando meu nome.

- Bill Kaulitz?




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Notas finais do capítulo

Bloody Mary (em inglês "Maria, a sanguinária", em referência à rainha Maria I de Inglaterra) é um coquetel feito com vodca, suco de tomate, suco de limão, sal, molho inglês, tabasco e pimenta. Parece ruim mais acredite NÃO é ._.
Esse bar existe mesmo aqui na minha cidade ele se chama Tribus tem a cabeça de um boizão na parede, só que o bar não vermelho e sim todo preto.

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