A Incógnita Malfoy escrita por Quarto em Arles


Capítulo 2
A última profecia de Sybill Trelawney, parte 1




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Os Malfoys haviam fugido pela floresta proibida após Harry Potter revelar que ainda estava vivo e começar o duelo com o Lorde das Trevas, até que Draco de repente parou de andar. Como o filho, Narcisa, logo em seguida também parou de caminhar. Ao notar que não ouvia mais passos o seguindo, Lucius Malfoy, que estava andando muito mais depressa que o filho e a esposa, parou, se virando para trás com uma expressão furiosa, mas que Draco identificava como sendo de terror também, o homem disse:

— Vocês estão esperando o quê? O Lorde das Trevas vir atrás de nós? Precisamos fugir para um lugar seguro...

— Nenhum lugar será mais seguro se o Lorde das Trevas vencer, pai! — interrompeu-o. A voz de Draco era fraca, como se estivesse arrumando todas as suas forças para fazê-la audível — Eu não consigo mais fazer isso — disse, colocando as duas mãos na cabeça, chorando — Eu tenho que voltar!

— Não! Draco, filho, não! — Narcisa tentou dissuadir o filho, imaginando que Draco havia perdido o controle devido ao choque — O Lorde das Trevas não dará uma segunda chance.

— Não será a eles que vou me juntar, mãe — Draco falou, decidido.

— Hahahahahaha! — Lucius riu, desacreditado do que havia acabado de ouvir. Conhecia o seu filho, o heroísmo não era do feitio dos Malfoys. Draco olhou para o pai de modo severo até que o homem parasse de rir — Você enlouqueceu? — perguntou ao perceber que aquela ideia idiota estava sendo cogitada pelo seu filho — Os comensais que ficaram vão acabar com você! — Caminhou rapidamente até o filho e começou a puxá-lo pelo braço com força — Seu desmiolado! — Lucius tentou empurrar o garoto — Você não vai nos matar! Tivemos sorte até agora! — dizia, tentando se convencer —Vamos, ande, eu estou mandando! — Mas Draco não saiu do lugar, fazendo com que seu pai desistisse.

— Filho, por favor, não queira ser um herói como os outros, já perdemos muito — A senhora Malfoy implorou, desesperada.

— Mãe... — Draco respirou fundo, secando as lágrimas do rosto com a manga do blazer — Eu não consigo... — segurou as mãos de sua mãe — Não posso mais fugir como vocês...

— Você está fora de si! — o pai gritou. Draco abaixou a cabeça, fechando os olhos, conseguia sentir o ódio em sua voz — Aquela gentinha de sangue ruim fez a sua cabeça e te contaminaram com essas ideias! E você vai perder a vida por... — Draco abriu os olhos e fitou o pai, reconhecendo a velha fisionomia de nojo que Lucius fazia — eles? — Um longo silêncio se instaurou, Draco abaixou a cabeça, olhando para as folhas no chão, não conseguindo mais encarar o pai, até que Lucius retomou, se afastando do filho — Ainda que você viva a essa batalha para contar aos seus filhos um dia, você não será mais o meu filho. Você não é mais uma criança, deveria saber diferenciar família de gentinha de sangue ruim... Nós somos puros, Draco! Não devemos fazer absolutamente nada por aqueles que não são como nós — e então Lucius desapareceu por entre as densas folhagens da floresta proibida.

Draco sabia que o pai talvez jamais entenderia aquilo, mas o que o jovem conseguia entender era que ele não gostaria de ter filhos em um mundo onde Voldmort existisse e governasse. Foi então que o jovem olhou para suas mãos e percebeu que elas não seguravam mais as mãos de sua mãe. Narcisa estava parada e de costas para o filho, próxima da onde Lucius havia acabado de sumir, ao dar um primeiro passo em direção ao marido, ouviu:

— Mãe? — o filho a chamou. A mulher respondeu “sim?” — Você mentiu para o Lorde das Trevas — a mãe do garoto não respondeu — Você disse que Harry Potter estava morto, mãe, por quê?

— Você não é mais uma criança, Draco — o jovem Malfoy estava prestes a interromper a mãe, mas ela continuou — Um dia — a mulher inspirou fundo, segurando as lágrimas, mas aquela era uma tarefa impossível para Narcisa — talvez — A mulher sentiu as lágrimas descendo sua face — Você saiba o que um pai e uma mãe são capazes de fazer por um filho — Draco deu alguns passos em direção à mãe, tentando alcançá-la, o garoto queria olhá-la aquela que ele acreditava ser a última vez, porém a mulher  retornou a andar e a falar — Pense bem em suas escolhas, meu filho. Porque é delas que virá o seu destino — e desapareceu por entre as mesmas folhagens que o marido havia sumido.


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