Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 7
7| Fogueira Parte II




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"Pra começar, o homem e o lobo voltaram à vila no porto. As pessoas correram com medo, gritando pra que os guerreiros viessem. Os guerreiros correram pra encontrar o lobo com suas lanças. Utlapa, é claro, ficou seguramente escondido. Taha Aki não atacou seus guerreiros. Ele se afastou lentamente deles, falando com seus olhos e tentando uivar as canções do seu povo. Os guerreiros começaram a notar que o lobo não era um animal qualquer, que havia uma influência espiritual nele. Um guerreiro ancião, um homem chamado Yut, decidiu desobedecer a ordem do falso chefe e tentar se comunicar com o lobo.

"Assim que Yut cruzou para o mundo espiritual, Taha Aki saiu do lobo – o animal esperou pacientemente pelo seu retorno – pra falar com ele. Yut compreendeu a verdade em um instante, e deu as boas-vindas ao lar a seu chefe. A essa hora, Utlapa veio ver se o lobo havia sido derrotado. Quando ele viu Yut caído sem vida no chão, cercado por guerreiros protetores, ele se deu conta do que estava acontecendo. Ele pegou sua faca e correu pra matar Yut antes que ele pudesse retornar ao seu corpo. "Traidor', ele gritou, e os guerreiros não sabiam o que fazer. O Chefe havia proibido viagens espirituais, e era a decisão do chefe como punir aqueles que desobedecessem. Yut pulou de volta para o seu corpo, mas Utlapa estava com a faca em seu pescoço em com uma mão em sua boca. O corpo de Taha Aki era forte, e Yut era fraco com a idade. Yut nem sequer pôde dizer uma palavra pra alertar os outros antes que Utlapa o silenciasse pra sempre."

"Taha Aki observou enquanto o espírito de Yut ia embora para as terras finais das quais Taha Aki havia sido barrado pra sempre. Ele sentiu uma grande raiva, mais poderosa do que qualquer coisa que ele já havia sentido. Ele entrou no lobo novamente, com a intenção de rasgar a garganta de Utlapa. Mas, enquanto ele se juntava ao lobo, uma grande mágica aconteceu. A raiva de Taha Aki era a raiva de um homem. O amor que ele tinha pelo seu povo e o ódio que ele sentia pelo seu opressor era vasto demais para o corpo do lobo, humano demais. O lobo estremeceu, e ante os olhos dos guerreiros chocados e de Utlapa – ele se transformou em homem."

"O novo homem não se parecia com o corpo de Taha Aki. Ele era muito mais glorioso. Ele era uma interpretação fresca do espírito de Taha Aki. Os guerreiros o reconheceram imediatamente, pois eles conheciam o espírito de Taha Aki. Utlapa tentou correr, mas Taha Aki tinha a força de um lobo em seu novo corpo. Ele agarrou o ladrão e arrancou o espírito dele antes que ele pudesse pular do corpo roubado. As pessoas ficaram muito felizes quando se deram conta do que estava acontecendo. Taha Aki rapidamente arrumou as coisas, trabalhando novamente com o seu povo e devolvendo as jovens esposas às suas famílias. A única mudança que ele não desfez foi a proibição das viagens espirituais. Ele sabia que isso era muito perigoso, agora que a ideia de roubar uma vida estava por ali. Os espíritos guerreiros já não existiam."

"Desse ponto em diante, Taha Aki eram mais do que apenas um lobo ou um homem. Eles o chamavam, Taha Aki, de o Grande Lobo. Ele liderou a tribo por muitos, muitos anos, pois ele não envelhecia. Quando o perigo ameaçava, ele reassumia seu eu lobo pra lutar ou assustar o inimigo. As pessoas viviam em paz. Taha Aki foi pai de muitos filhos, e alguns deles descobriram que, depois que eles atingiam a maturidade, eles também podiam se transformar em lobos. Os lobos eram todos diferentes, porque eles eram espíritos lobos e refletiam o que o homem era por dentro. Alguns dos filhos se tornaram guerreiros com Taha Aki, e não mais envelheceram. Os outros, que não gostaram da transformação, se recusaram a se juntar ao bando de homens lobos. Esses começaram a envelhecer novamente, e a tribo descobriu que os homens lobo podiam envelhecer como qualquer outra pessoa, se desistissem de seus espíritos guerreiros. Taha Aki viveu o tempo de vida de três homens. Ele havia se casado com uma terceira esposa depois da morte das duas primeiras, e encontrou nela a sua verdadeira esposa espiritual. Apesar de ele ter amado as outras, essa era algo mais. Ele decidiu desistir de seu espírito lobo pra morrer quando ela morresse. Foi assim que a mágica veio até nós, mas esse não é o fim da história..."

Drica escutou todas as palavras maravilhada com tudo. Ela estava feliz como em muito tempo não havia ficado. Drica nem percebeu quando Embry a em direção a mesa de comida, passando por Jacob que estava sentado ao lado de uma garota.

— Quem é a garota com o Jacob? Me parece familiar.

Ela perguntou

— Ah aquela é a Bella, você a conheceu uns dias atrás na casa da Emily. Na verdade, Bella e você são as primeiras forasteiras a participarem da fogueira.

— Porque somos as primeiras? — Drica pergunta. Ela vagamente se lembra da garota, não trocara nem duas palavras com ela.

—As lendas são contadas apenas para o pessoal da tribo. Os caras pálidas... geralmente não se preocupam o suficiente para conhecer a história do nosso povo.

Embry diz e Drica apenas concorda. Embry pega um pouco de comida e entrega a Drica e pega um pouco pra ele e a chama pra andar.

— Então o que achou das lendas?

Embry pergunta ansioso pela resposta. Drica sorri e Embry só pensou em como o sorriso dela era lindo.

— Eu adorei. Billy conta com uma convicção como se ele mesmo tivesse vivido tudo isso. Sem falar nos lobos enormes!

— Gostou então?

Embry pergunta ainda um pouco receoso. E ninguém poderia culpá-lo, a garota ao seu lado não era nada fácil.

— Com certeza. Se fosse real eu ia adorar virar um lobo enorme. Isso seria incrível. E você?

— O que tem eu?

— Você cresceu escutando essas lendas, certo? — Drica espera apenas ele confirma pra continuar — Nunca pensou ou se imaginou virando um lobo não?

Embry começa a engasgar com o refrigerante que estava tomando assim que ele escuta a pergunta dela. Drica o ajuda dando uns tapas nas costas dele. De onde eles estavam dava pra escutar várias risadas, que Drica supôs de alguma piada.

— Nunca tinha pensado até alguns meses atrás.

— E o que mudou?

Drica pergunta e eles sentam na areia observando o mar calmo e o quebrar das ondas.

— Talvez... eu que tenha mudado. — Embry diz e Drica apenas afirma. - Então... hm... você veio de onde? Sei que não é dos Estados Unidos, por causa... sabe... da ligação.

Drica o encara analisando e pensando se ia ou não responder aquela pergunta.

— De um lugar distante daqui... Gold Coast, Austrália.

Drica disse meio desconfortável, não queria se lembrar de casa. Embry fica surpreso por ser tão longe e tão diferente. Lá era quente e aqui... bom... era sempre frio e chuvoso.

— Seus pais ficaram lá?

— Meu pai sim.

Drica respondeu e de certa forma não estava mentindo, seu pai nunca mais sairia de lá. Lembrar disso fez Drica sentir um aperto no peito.

— E sua mãe?

Aí já era o limite que podia aguentar. Esse garoto estava se intrometendo e querendo saber demais da vida dela. Ela nunca foi um livro aberto para suas amigas, que dirá pra um desconhecido.

— É melhor eu ir. Você realmente sabe como estragar um fim de noite.

Drica diz se levantando e virando pra ir embora.

— Desculpa eu não quis me intrometer...

— Tarde demais pra isso, tchau Embry.

Drica foi embora sem nem ao menos olhar pra Embry. Foi direto pra casa de Emily dormir.

A semana passou rápido, os três seguiram estudando com Embry. Ele sempre tentava se desculpar e ela simplesmente o cortava, dizendo pra limitar a falar com ela somente sobre as anotações. Jake e Quil ficavam na maioria do tempo em silêncio, de vez em quando eles riam das patadas e cortadas que Drica dava em Embry que recebiam um olhar furioso da loira.

Finalmente a prova chegou e os três passaram graças as explicações de Embry. Drica relutante disse um obrigada ao rapaz. Esses dias estudando Drica ia todos os dias nadar, mas de dois em dois dias ver o lobo que ela tanto adorava. Ela passou boa parte do tempo reclamando de Embry para o lobo. Disse que "ele foi legal em convidá-la pra a fogueira, mas acabou sendo um intrometido, insistente e idiota. Será que ele não via que ela tá ali pra recomeçar e não queria nenhuma lembrança da sua antiga vida.?"

Nesse exato momento pelo fato de estar perdida em pensamentos, Emily a barra saindo com uma cesta de bolinhos.

— Aonde vai? Pra que tantos bolinhos?

Assim que escuta Emily, Drica fica sem graça em responder. Será que ela iria proibir de ver o lobo se soubesse?

— Hm... eu ia dar uma volta.

— Sabe você pode me contar, não vou te julgar.

Emily diz a olhando. Drica solta um suspiro e resolver contar.

— Promete que não vai pirar?

Drica pergunta receosa.

— Tudo bem. Prometo, pode falar.

— Alguns dias depois que cheguei eu encontrei um lobo enorme na floresta. Na verdade... ele me encontrou. E desde esse dia eu levo comida pra ele esse horário. Ele virou... um amigo.

Drica explica tudo com medo de Emily surtar, mas ela estava tranquila e até... feliz?!

— A tribo acredita que os lobos são nossos protetores, é contra nossa lei matá-los. Acho que não faz mal fazer amizades com eles.

Emily diz fazendo Drica ficar surpresa.

— Sério, não tem problema? - Drica pergunta e Emily sorri fazendo que não.

— Pelo que disse, ele te encontrou. Talvez ele queira te proteger. Mas tome cuidado.

Emily fala fazendo Drica parar próximo a porta e se virar.

— Mas você disse que os lobos não são perigosos.

Drica fala confusa.

— E não são. Mas é bom ter cuidado... é uma floresta não tem só lobos aí.

Emily fala e Drica apenas confirma saindo.


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