Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 21
21| Conselho


Notas iniciais do capítulo

POV da Drica



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805171/chapter/21

Após todos saírem e restar apenas Will e eu, o encaro confusa e curiosa. Will apenas faz um gesto para eu esperar e levanta com cuidado andando bem devagar sem fazer barulho em direção a porta, a abrindo, fazendo com que cinco pessoas curiosas caírem no chão. Will apenas dá um olhar como se dissesse “é sério isso?” e um por um saíram constrangido, por serem pego no flagra. E eu? Eu apenas rio bastante deles.

Will me olha rindo comigo, fazendo sinal de negação. Droga, eu sentirei tanta falta deles! Logo Will se senta ao meu lado me virando para ficar de frente a ele. Acabei ficando tensa e com receio do que ele tinha a me falar, Will estava mais sério do que de costume.

— Drica, sei que ficou sem chão quando disse que já estávamos indo embora. Deu para notar, pela expressão que fez. — fala e eu abro e fecho a boca várias vezes, pensando em uma desculpa qualquer.

Droga, por que ele tem que me conhecer tão bem?

— Will, eu…

— Drica, tudo bem se sentir assim. Sei que você pensa que somos tudo que você tem agora, mas… isso é mentira. Você fez bons amigos aqui! — diz me dando um pequeno sorriso.

O que me faz lembrar de Emily, Leah, Kim, Bella, Jacob e Embry. Quando penso em seu nome involuntariamente a imagem de Embry me vem à mente... Seu rosto, olhos. Seus lábios e sua voz rouca sussurrando em meu ouvido me fazendo lembrar do nosso beijo. Um sorriso genuíno surgiu em meus lábios e provavelmente corei pela lembrança do beijo. Imaginar isso me fez desviar o olhar de Will para o chão ao tentar disfarçar a minha provável cara de boba alegre. Droga, estou tão ferrada!

Will parece me analisar alguns segundos, antes de desviar o olhar de mim e fixar em algum lugar do quarto provavelmente se lembrando de algo.

— Você se lembra quando me perguntou, se eu estava feliz por estar em Gold Coast ao invés de estar viajando como antes? — Will questiona me olhando.

— Claro. Você me disse: estou exatamente onde quero estar. Achei meu lugar, e ele é junto à Bella. — afirmo me lembrando da conversa que tivemos.

— Você se lembra do que me disse? — questiona e eu o olho confusa.

— Onde você está querendo chegar com isso? — pergunto desconfiada.

— Calma, chegarei lá. Você me disse que não sentia isso em relação ao Igor. E nem em relação à cidade. Disse ter vontade de pular no mar e sair nadando e ver onde as águas poderiam levá-la. — Will diz me fazendo lembrar das minhas palavras. E bem, no final estava certa em relação ao Igor. Aquilo nunca foi amor, talvez foi apenas um capricho de menina rebelde que queria contrariar o pai.

— Parece que acertei em relação ao Igor. — solto um riso irônico.

— Drica, você não vê não? — ele me questiona ainda, como se eu soubesse o que ele queria me dizer.

— O quê?

— Acredito que o frio daqui está começando a congelar seu cérebro. — o olho confusa. — Ah, é! Você não sente que está frio como nós. Não entendi isso muito bem mais deixa para lá. Você foi embora nadando como queria, e quando cheguei você me disse sentir estar onde deveria, que se sentia em casa. Lembra?

Minha nossa! Will tem uma memória e tanto. Tenho que me lembrar de nunca, fazer algo maldoso com ele, senão ele lembrará para o resto da vida!

— Sabe o que eu acho? — E… lá vem bomba! — Que você encontrou seu lugar… ao lado de Embry. — ele completa a última frase, cauteloso e com medo da minha reação.

Eu não disse?! Bomba!

Fecho os olhos com força e trinco o maxilar. É sério, eu vou matar, esquartejar e enterrar três garotas fofoqueiras! Ah, elas me pagam! Controlo minha respiração para me acalmar e abro os olhos devagar.

— Antes de se irritar, gritar, ou seja, lá o que for fazer… — tarde demais para isso! — As garotas não me disseram nada. — o olho questionadora e ele solta um suspiro. — Eu te conheço Drica, sou seu melhor amigo. Lembra?

Solto um suspiro longo e pesado. Will é meu melhor amigo, é claro que ele ia notar! Até eu, mesmo não querendo admitir, havia notado que tem algo rolando entre mim e Embry. E isso me deixava bastante assustada.

— Reparei o jeito que você o olha. Mesmo você não querendo, você está apaixonada minha amiga! — arregalo os olhos surpresa.

— Tá que percebi que rola algo entre nós, mas daí estar apaixonada já é demais, não?! — solto um riso incrédula com o que acabei de ouvir.

— Não é porque um idiota partiu seu coração que você tem que afastar todos. Você tem que se permitir ser feliz! — ele diz me analisando — Embry parece ser um cara legal, e está apaixonado por você.

— Não é tão fácil. — digo soltando um suspiro cansado.

— Vocês dois se gostam, qual o problema? — questiona me olhando firme.

— Não precisa me olhar assim, porque eu já sei o que dirá. — falo revirando os olhos.

— Eu não disse nada, eu quero entender qual o problema. — diz me fazendo soltar um suspiro e logo concordo em dizer.

— Sou uma sereia, Will. — digo e ele me olha com uma sobrancelha levantada, como se me incentivasse a continuar. — Embry é apenas um garoto normal, não quero o arrastar para isso. Will, tem tentáculos de água atrás de mim e não sei porquê.

— Pare de mentir para si, não é esse o motivo e você sabe disso. — Will fala com a voz firme apertando olhos para mim. — Você tem medo. Medo dele não te aceitar, medo dele tenta te expor e o pior. Medo dele ser igual o Igor, um completo babaca. Mas vou te dizer uma coisa.

— O quê? — questiono.

— O Igor gostava de você, não digo que não. Mas ele provavelmente a enxergava como uma conquista. Você era algo inalcançável para ele e isso o fez mudar para atingir seu objetivo, que era conquistá-la. Após conseguir seu objetivo, ele voltou a ser o que era porque nada importava mais. Ele ganhara o prêmio. — Will diz e desvio o olhar encarando o ‘nada’.

Começo a repassar tudo o que vivi com Igor e me sinto um lixo ao perceber que eu era um tipo de troféu para ele. Argh! Como odeio aquele ‘playboy’ desgraçado.

— Embry não é como Igor. Ele está realmente apaixonado por você e faria o que for para fazê-la feliz.

— E como sabe disso? — questiono.

— Bem… eu vi sua amiga Leah o ameaçar enquanto praticamente o estrangulava. Acredito que ele não mentiria para ela. E isso tudo depois de eu o ameaçar socá-lo se a fizesse sofrer. Ela parece ser bem forte essa sua amiga, me lembre de nunca a irritá-la. — acabo soltando uma risada imaginando a cena.

— Leah foi primeira amiga que fiz aqui. Eu faria de tudo por ela, assim como sei que ela faria por mim.

— Fico muito feliz que a tenha, mas agora voltando ao Embry. Dá uma oportunidade ao rapaz, eu entendo o seu medo. Juro que entendo, mas ele pode não se importar por ser uma sereia, como nós não importamos. Pelo menos pense na possibilidade de permitir que ele a faça feliz e a ame como você merece. — fala me olhando esperançoso.

— Tudo bem, pensarei. — solto depois de um tempo. — Mas não prometo nada.

O aproveitamos o resto do dia, juntos. Assistimos filmes, comemos, brincamos e por fim nos despedimos em meio a choros e abraços. Até chorei, sentirei bastante falta deles.  Eles pegariam o avião às seis horas em Port Angeles. E de Forks a Port Angeles é uma hora de carro, então eles levantariam bem cedo, o que fez com que fosse embora deixar eles descansarem.

[…]

Trabalhei hoje para compensar o dia perdido de ontem. Embry não veio, Jacob disse que ele teve que ajudar a mãe com alguma coisa. Jacob também não havia mudado comigo, continuava a me tratar igual.

— Hm… Jake? — chamo fazendo parar o que estava fazendo para me olhar. — Você perguntou seu pai sobre a casa? — finalizo um pouco sem graça.

— Ah! Verdade. Perguntei sim, esqueci de falar. Tinha uma casa a venda, ela é bem antiga e pequena só o terreno que é grande. Mas acabou de ser vendida para um cara cheio da grana. Não sei o que um cara desses quer com aquela casa. — Jake diz e eu solto um suspiro, derrotada.

— Tudo bem, se souber de outra me avisa. — peço e ele afirma.

— Meu pai disse que o homem está vindo para morar. Ele demolirá a casa e irá construir outra, as obras vão começar na segunda.

— Nossa! Ele é bem rápido. — digo.

— E não é só isso, ele contratou duas empresas para trabalhar na casa. Ele quer a casa pronta no máximo, em duas semanas.

Fico bastante surpresa, esse homem realmente que vir morar aqui logo. Apenas fico triste, perdi uma oportunidade ótima de ter minha casa, ela provavelmente seria barata por ser antiga e pequena.

Jake e eu trabalhamos e conversamos sobre várias coisas relacionas ao trabalho e escola, ele não mencionou nem uma vez Embry e eu agradeci mentalmente por isso. Já estava confusa o suficiente para ter outras pessoas se metendo e dando palpite.

Chegue em casa e ajudei Emily com o jantar. A casa estava estranhamente silenciosa, notei, mas não disse nada. Afinal era só colocar a comida a mesa que eles brotavam do além. Quando faltava só a carne acabar de cozinhar, como eu já havia arrumado a mesa subo para tomar um banho quente.

Após tomar um banho e relaxar um pouco a tensão na água quente, procuro uma roupa confortável e visto descendo para jantar. A casa ainda continua estranhamente silenciosa, pelo que notei seria só nós duas para jantar, já que Emily guardou os pratos que coloquei na mesa deixando apenas dois.

— Ninguém mais vem jantar? — questiono confusa.

— Não, hoje será só nós duas. — Emily diz carinhosa, mas pude notar preocupação em seu olhar.

— Aconteceu algo? — pergunto desconfiada, eles não eram de negar comida, ainda mais a comida de Emily.

— Não nada. — Emily sorri nervosa, e aí tem coisa! — Sam só teve um imprevisto no serviço e chamou os garotos para ajudá-lo.

Sam e Jacob trabalhavam em parceria. Jacob com a parte de manutenção e conserto, e Sam trabalhava com reforma e restauração de carros e motos, além de fazer serviço de borracharia também. Eles também ajudavam a polícia quando precisavam, por conhecer bem a floresta e a reserva.

— Na loja ou a polícia os chamou? — pergunto e a preocupação era evidente em minha voz.

— Charlie ligou, eles precisam de ajuda para procurar algumas pessoas desaparecidas. — Emily fala, mas parece que ela ainda está escondendo algo. Não importa isso é coisa dela.

Apenas afirmo, concordando com ela. E só de imaginar Embry na floresta — com qualquer que seja que está causando esses desaparecimentos — sinto um aperto no peito e um arrepio subir por todo meu corpo, mas não digo nada.

Comemos em um silêncio angustiante, estávamos preocupadas embora não admitisse uma para outra.

Subo indo até o banheiro escovo os dentes e logo deito. Não consigo dormir e fico revirando na cama. Pego meu celular e vejo que marca duas da manhã.

Tem algumas mensagens e resolvo ler. Eram todos dos meus amigos dizendo que chegaram bem, respondo eles e começo a olhar o teto com pensamentos longe. O celular apita me chamando a atenção. Pego vendo uma mensagem de um número desconhecido.

“Oi! Drica, desculpe pelo horário. Você provavelmente só verá a mensagem amanhã, mas queria saber se você gostaria de passar o dia comigo amanhã. Poderia te ensinar a andar de moto, já que marcávamos sempre acontecia algo. Então aguardarei sua resposta. A propósito sou eu, o Embry.”

Acabo sorrindo com a mensagem. Meu corpo relaxa imediatamente ao saber que ele está bem, e penso de devo ou responder, afinal amanhã era lua cheia.

“Claro, eu vou adorar! E antes que pense que me acordou, eu já estava acordada conversando com meus amigos para saber se chegaram bem.” — digito enviando e logo salvo o número de Embry.

Não sei como ele conseguiu meu número e não importo. Fico realmente aliviada por saber que ele já está em casa, e não em uma floresta hora dessas procurando por um possível assassino.

“Que bom! Pensei que tinha te acordado, mais que bom que concordou. Passo aí às nove. Boa noite Drica!” — a resposta veio rápido.

“Ok, boa Noite Embry!” — respondo com um sorriso.

E depois de muito tempo durmo tranquila e desejando que a noite passasse rápido para poder ver Embry logo de manhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Sereia em Forks - Embry Call" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.