Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 17
17| Sentimentos Confusos


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Tudo bem?
Fiz um clipe deles se quiserem dar uma olhada vou deixa o link no início.
Boa Leitura.



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Clipe Embry e Drica

Drica estava no canto da sala observando todos, que ainda se encontravam surpresos pela mentira contada.

Elliot alternava o olhar de Drica para Embry e em seguida para os garotos quileutes que seguravam para não rir, ele estava confuso não sabia o havia acontecido de tão engraçado.

Embry ainda estava em choque e surpreso pelo o que havia acabado de acontecer.

— E então... Já que estão namorando, não se importariam de se beijarem "aqui na frente de todos" — Paul fala em tom de desafio encarando Drica que engole seco.

— Pois é, nosso Elliot aqui adoraria ver esse "casal apaixonado" provando seu amor. — Jared fala se aproximando do garoto e colocando a mão sobre seus ombros. — Não é, Elliot?

O garoto olhou para Jared e depois encarou Nanda confuso. Ele já havia comprado a mentira contada, afinal ele tinha uma ideia muito inocente de namoro. Isso graças a sua irmã, Nanda, pois a mesma tinha cuidado de não deixar o garoto a encontrar agarrada a Ash. Então para Elliot, namoro é quando duas pessoas se gostam e resolvem sair juntas, andar de mãos dadas e dar presentes. O típico, amor jovem.

— Claro.

Então ele simplesmente encara Drica e Embry, esperando o que iria acontecer.

Drica começa a se desesperar, e mentalmente começa a xingar a si própria por ter tido uma péssima ideia para se livrar do pestinha. Ela começa a olhar as amigas que a olham se segurando para não rir.

— Vai Drica, queremos ver quão apaixonada você está! — Bella fala fazendo sinal com a mão pra que a mesma seguir em frente.

— É Drica, vai lá! — Incentiva Cléo prendendo a risada. E Drica as olhas indignada, elas eram suas amigas não deviam estar ajudando?

Nanda, no entanto, ficou quieta e preocupada com o que o irmão poderia presenciar ali. Afinal, era da Drica que estamos falando. Da garota imprevisível, estourada, que diz o que pensa, sem se preocupar se vai magoar ou não outra pessoa.

Will, Ash e Léo ficaram quietos esperando. Nenhum deles sabia o nível de amizade que havia entre Drica e Embry, pois ela não havia comentado sobre ele com nenhum deles. Mas sabiam que existiam algo. Porque eles conheciam Drica, ela não falaria algo assim, sem que no mínimo fossem amigos.

Drica então olha em Embry, ele estava apreensivo. Os dois constrangidos e sem graça, sem saber o que fazer. Drica não sabia se o beijava ou não. Eles agora que haviam se tornado amigos e isso era bastante constrangedor, beijá-lo com uma enorme plateia. Ela estava em pânico.

Vamos lá Drica, é só um beijo não vai arrancar pedaço! — ela pensou.

Embry a encarava imaginando se ela iria ou não o beijar, até porque ele ansiava por isso. É claro que, sempre que imaginou - acontecia naturalmente. Não igual agora, com todas essas pessoas olhando. E algo que ele sempre desejou, era que quando acontecesse fosse quando ela sentisse algo por ele e não pra fugir de um garoto de onze anos que ele não tinha ideia do porquê.

Drica então foi se aproximando lentamente de Embry e questionou com o olhar, se ela poderia ir em frente com a mentira ou não. Após ele dar um breve aceno com a cabeça afirmando, ela para em sua frente encarando aqueles olhos castanhos.

Com a ansiedade e o nervosismo a flor da pele, eles se encaram com a respiração desregular esperando quem daria o primeiro passo. Foi então que Drica desvia o olhar para os quileutes, parando sobre Paul e Jared a olhando divertido e com o olhar desafiador.

— Eu não preciso provar nada a vocês! — ela fala se virando pra sair, quando sente a mão de Embry que a segura e logo sente a respiração dele sobre si, mostrando o quão próximos estavam arrepiando todos os pêlos em seu corpo.

— Eu preciso... de você. — Embry sussurra com a voz rouca em seu ouvido, fazendo-a estremecer.

Embry vira-a lentamente até ficar de frente para ele, e encara aqueles olhos azuis como o oceano. Quando Drica ia questionar sobre o que ele pensava que estava fazendo, Embry leva a mão em sua nuca e em seguida cola seus lábios aos dela.

Drica arregala os olhos surpresa, mas logo fecha e começa a retribuir o beijo sentindo os lábios macios e quentes sobre os seus. Era um beijo calmo e cheio de doçura. Ele pede passagem com a língua e ela logo cede. As línguas se encontram e começam uma dança em perfeita sintonia. O cheiro amadeirado envolvente dele chega em seu nariz a fazendo desligar e esquecer toda aquela gente.

Drica sente o beijo se tornar mais intenso e urgente, levando as mãos na nuca dele o puxando-o mais pra si e começando a fazer um carinho ali. Sentindo os braços fortes e quente de Embry sob sua cintura a puxando e colando seus corpos, um arrepio percorre todo seu corpo e um frio se instala em sua barriga. Causando as famosas sensações de borboletas no estômago.

Ela não sabia o que estava acontecendo, nunca havia sentido algo assim com Igor. Seu corpo estava em chamas, ardendo e pedindo mais dele a cada segundo.

Era como uma droga, não se pode experimentar sem viciar.

Ela sentia conectada a ele, como se ali em seus braços, fosse o seu lugar. Era como se o que tanto a chamava ali, naquele lugar, fosse ele. Embry Call.

Foi com esse pensamento que ela relutante se afastou, interrompendo o beijo e o olhando confusa. Ela notou a expressão de Embry, ele parecia eufórico como quando uma criança ganha aquilo que tanto queria.

Ele notou que ela o analisava e a encarou passando a língua para umedecer os lábios. Drica desce o olhar para os lábios dele engolindo em seco.

— Uau — a voz de Cleo a desperta desse tipo de transe que ela estava.

Drica olha em volta e todos os encaravam surpresos. Quando disse todos eram todos mesmos, até Lisa e Emily, Neil e Sam que estavam alheios a conversa de antes, os encaravam de olhos arregalados e seus lábios formavam um perfeito "o".

— Reparam a tensão sexual que ficou entre eles. — Paul diz fazendo Drica arregalar os olhos surpresa e virar para o encarar.

— Ei, tem crianças aqui. — Nanda o repreende e ele apenas levanta as mãos em rendição.

Elliot se encontrava parado de expressão chocado e surpreso. Com a família que tinha era obvio que nunca havia presenciado uma cena dessas.

— Eu jurava que ela ia socar a cara dele depois. — Jared diz meio triste.

— Me deve dez dólares — Paul cobra com um sorriso vitorioso fazendo Drica os olharem incrédula e furiosa, eles dão um passo pra trás após ver sua expressão.

Drica volta o olhar em todos ali, antes de olhar Embry novamente que continuava quieto apenas a observando. Ela apenas analisa seu rosto olhando cada detalhe afim de memorizá-lo — o cabelo preto, curto e lisos. As sobrancelhas grossas e arqueadas com uma cicatriz um pouca acima da sobrancelha direita. Os olhos castanhos levemente puxados e intensos a olhando. Os lábios levemente carnudos e agora ela sabia, extremamente macios e quentes. — Ela levanta o olhar o olhando uma última vez antes de virar sair sem dizer uma única palavra.

— Drica — Embry a chama que apenas o ignora. Quando ele tenta ir atrás dela o grupo de amigos dela de Gold Coast, entram na sua frente o impedindo.

— Melhor não, deixa ela esfriar a cabeça. — Leo o avisa.

— A gente vai atrás dela, você fica aqui. — Nanda fala se referindo a Embry e sai atrás da Drica com Bella e Cléo ao seu lado.

Neil notando a confusão pega o filho e segue Lisa e Emily para a cozinha com Sam, os dando mais privacidade para resolver isso — o que quer se seja.

— Droga! Eu não devia a ter beijado. — Embry diz apreensivo e confuso pela ação de Drica. — Eu devia ir atrás dela e pedir desculpas.

— Relaxa cara, a Drica é assim mesmo. As garotas sabem o que fazer. — Ash fala tentando o tranquilizar.

— Eu não devia ter a beijado. — Ele repete indo em direção ao sofá sentando ali, apoiando o rosto com as mãos.

— Ela não reclamou e nem te socou. — Jared comenta desgostoso.

— Pelo contrário, ela bem que gostou. — Paul fala convencido após vencer a aposta feita com Jared durante o beijo.

— Acha mesmo que ela gostou? — Embry pergunta esperançoso.

— É da Drica que estamos falando e ela não te bateu nem te socou. Sinta-se feliz cara, ela gosta de você. — Leo fala batendo no ombro de Embry, que logo dá um sorriso bobo. Leo acaba estranhando o quão quente ele estava.

— Você parecer gostar dela. — Will comenta

Embry levanta a cabeça para olhá-lo se questionando se deveria falar ou não, até porque ele ainda tinha um pouco de ciúmes da relação dos dois. Embora tinha escutado que os dois eram só amigos. Por fim, ele apenas balança a cabeça afirmando.

— O quanto gosta dela? — Will pergunta o analisando.

— O suficiente para ser o que ela precisar que eu seja. Um amigo, um irmão, um protetor ou um amor. Eu vou fazer o possível e o impossível para vê-la bem e feliz. Me mata saber o que aquele imbecil fez com ela. — Embry diz e fecha punho forte ao lembrar de Igor.

— Ela merece ser feliz. E se você for o cara que a fará feliz... terá meu respeito. Mas se a fizer sofrer meu punho ficará feliz em te mostrar o quão idiota é. — Will fala o ameaçando.

— Eu nunca a faria sofrer. Não intencionalmente... — Embry diz

— Eu espero. — Will fala estendendo a mão para Embry e pega como se tivesse fechando um acordo.

— O que eu perdi? — Leah chega na sala vendo todos ali reunidos, não deixando de notar os três visitantes ali presentes.

— Um beijaço daqueles. — Seth diz animado e Leah fecha a cara na hora.

— Me poupe dos detalhes. — Leah diz revirando os olhos.

— Não gostaria de saber quem sua amiga beijou não? — Jacob a questiona.

— Drica? — Leah pergunta surpresa.

Jacob acena com a cabeça afirmando e Leah já parte pra cima de Embry e o agarra pelo pescoço apertando começando a sufoca-lo, fazendo todos olha-la surpresa.

— Se você a fazer sofrer, juro que te mato. — Leah diz entredentes.

— Leah, você mais do que ninguém sabe que não temos controle disso. Sabe que eu preferiria morrer a faze-la sofrer. — Embry diz com dificuldade e o ar começa a lhe faltar quando Leah finalmente o solta, fazendo o tossir e engasgar quando o ar invade seus pulmões.

— Está avisado.

— Ra-ran — Jacob fingi uma tosse para chamar a atenção deles — Então Leah... Estamos com visitas, deixa-me apresenta-los. Esses são...

— Will, Ash e Leo. — Leah o interrompe, cumprimentando sorrindo cada um respectivamente. O que deixou os quileutes bastante surpresos. Primeiro por Leah saber quem são. Segundo por ela estar sorrindo. — Drica me falou de vocês. O melhor amigo, – aponta Will – o amigo – aponta Ash – e o amigo irritante – aponta Leo, que faz uma careta.

— Isso mesmo. E você pelo que ouvi é a Leah. — Will fala e ela afirma — Fico feliz que Drica fez uma amiga de verdade. Pelo que vi, você seria capaz de tudo pra protege-la e eu agradeço por isso. Ela agora só tem a gente de família, mas estamos longe. Fico feliz que ela tenha você de amiga aqui, que faria de tudo por ela.

— Claro que faria e sei que ela faria o mesmo por mim. — Leah diz firme.

[...]

Drica saiu da casa de Emily bastante confusa sobre tudo em relação à Embry. Ela correu... pro único lugar que a deixa de cabeça fria pra pensar. Chegando perto dos penhascos, Drica observa o oceano procurando indícios da Dra. Denman. Vendo que não tem nenhum barco, ela pula no mar e vai nadando em direção a caverna que tinha encontrado há um tempo atrás.

Já na caverna sozinha com seus pensamentos ela se questionava sobre o que havia acontecido ali, naquela sala, com ela.

Ela pensou em empurra-lo, socá-lo, mas... a única coisa que conseguiu fazer foi retribuir o beijo.

E que beijo!

Drica achou que nem conseguiria sair de lá, de tão bambas que suas pernas ficaram.

— Finalmente te encontramos! — a voz de Cléo a assusta.

— Pois é, sabe quantas cavernas submersa tem a cinco km da costa? — Bella pergunta e Drica apenas faz sinal com ombros.

— Seis. Já estamos há umas duas horas te procurando. — Nanda diz autoritária.

— Eu quero ficar sozinha. — Drica diz olhando as amigas.

— Viemos ver como você está. — Nanda fala.

— Eu estou bem, só preciso pensar.

— Conta pra gente, que beijo foi aquele? — Bella fala toda animada.

— Eu nunca vi você e o Igor se beijarem daquele jeito. — Nanda fala

— Pois é. Tinha uma química bem nítida rolando ali. Fora que parecia que a qualquer hora você iria pular no colo dele. — Cléo fala fazendo Drica arregalar os olhos e corar.

— Foi só um beijo, não teve nada demais.

— Você está tentando convencer a gente ou você mesma? — Bella diz.

— A gente te avisou sobre ele. Você sabia que ele gostava de você e mesmo assim você recorreu a ele, pra se livrar do irmão da Nanda. — Cléo fala

— Quando se brinca com fogo, uma hora você se queima! — Nanda fala.

— Eu não estou brincando com fogo. Foi só um beijo. Que droga! Podem me deixar sozinha?

— Ai meu Deus, você está gostando dele! — Bella grita assustando-as.

— Não sei do que você está falando. Por favor, me deixem sozinha.

— Aí, minha nossa. Ela está se esquivando. Você realmente está gostando dele. — Nanda fala.

— Eu não sei, tá legal.

— O que você sentiu quando o beijou? — Cléo pergunta

— Senti que finalmente estava onde era pra eu estar. Era como se o beijar fosse tão certo. E quando sai, me pareceu tão errado deixa-lo. Eu não sei o que está acontecendo... parece que eu não tenho controle sobre mim quando ele está perto. Sinto como se as barreiras que construí ao meu redor estivessem sendo destruídas, e eu não gosto disso.

— O que quer dizer? O que você vai fazer? — Nanda a questiona

— O que poderia ser mais? Vou manter distância e deixar de pé as barreiras que tanto demorei construir pra me proteger. Na primeira oportunidade sairei da casa de Emily, assim não terei que esbarrar com ele fora do colégio.

— Drica, porque vai fazer isso? Ele gosta de você e você gosta dele. Por que complica as coisas? Você pode ser feliz, sabe disso né? — Cléo fala.

— E ele também pode me destruir, talvez até pior que o Igor. Eu prefiro ficar quieta, na minha.

— Desde quando ficou covarde? — Nanda a questiona.

— Desde que meu pai morreu e eu pensei que a única pessoa que me entenderia estava aos beijos com a irmã do meu melhor amigo. Sinto muito não ser a resposta que vocês queriam, mas eu ainda estou destruída. Meus pais morreram, eu não tenho mais família e nem em quem me apoiar. Vocês vão embora daqui a alguns dias, se eu deixá-lo entrar mais e depois me quebrar eu não vou ter ninguém aqui pra me ajudar a colar os pedaços. Então sim, eu vou ser covarde.

— Vou chamar o chamar o Will, talvez você o escute! — Bella fala.

— Não. Me prometam que não vão comentar nada com os garotos sobre isso. Eu já tomei minha decisão. Por favor, respeitem.

— Tudo bem, não vamos falar nada. — Nanda fala concordando.

— Mas que você está fazendo uma burrada e jogando sua felicidade no lixo, você está. — Bella fala e as garotas acenam concordando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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