Uma Sereia em Forks - Embry Call escrita por belovedfreedom


Capítulo 1
1| Um Novo Lugar


Notas iniciais do capítulo

Bem-Vindos a história de Drica Chadwick e Embry Call.



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Book Trailer

 

Adriana Chadwick ou "Drica" como gosta de ser chamada não teve um dia fácil, por assim dizer. Seu pai havia falecido há pouco quando um homem de terno chega à sua porta alegando ser o advogado de Terry. Ali sentada no sofá com aquele homem a sua frente falando do testamento e do papel de emancipação que ela ficou chocada ao descobrir que seu pai sabia que iria morrer e nem ao menos havia lhe contado.

Ela estava magoada com ele, e com razão. Quem esconde da filha que está doente? Mas agora nem ao menos podia lhe dar uma bronca, pois o mesmo não estava mais ali... e nunca mais estaria.

Depois do enterro de seu pai, ela ainda estava muito abalada. Não havia contado sobre a morte dele com as garotas, mas havia uma pessoa que ela queria do seu lado agora, seu namorado Igor.

Então ela foi ao café se encontrar com ele, mas ao chegar lá ela acaba flagrando Igor e Sophie se beijando e termina com ele.

Arrasada com tudo que havia acontecido, ela foi para o único lugar onde se sentia bem "o mar". Se deixou levar nadando... ela não sabia onde estava nem pra onde ia. Só sabia que estava seguindo aonde ao que tudo parece, as correntes marinhas estava à levando. 

Ela não saia do mar, apenas nas luas cheias. Sempre encontrava uma caverna escura onde nenhuma luz da lua a pudesse atingir. Ela não sabia ao certo quanto tempo estava fora, mas julgava ser tempo demais. Suas amigas provavelmente deveriam estar pirando, mas ainda não sentia que tinha chegado em seu lugar.

Um dia Drica estava distraída e não percebe que tinha lua cheia e pior, era uma "super lua". Ela tinha encontrado uma caverna muito parecida com a piscina da lua em Mako, e estava lá imersa em pensamentos que só despertou quando sentiu a água borbulhar e quando ela olha pra cima vê a super lua no auge lá no céu. 

Drica sentiu um calor sobre ela e um leve formigamento sobre seu corpo. Ela estava assustada com isso não sabia o que ia acontecer com ela, mas sabia que tinha alguma coisa nova acontecendo. Ela estava sentindo a mudança. 

Depois do ocorrido, ela continuou seu caminho. Ela se pergunta para onde estava indo? Por que ela estava se afastando tanto de casa? De suas amigas? Ela não tinha respostas para essas perguntas. Mas ela sentia que estava quase chegando onde deveria estar, aonde quer que seja.

Ela chegou a uma praia, deu uma olhada. Estava deserta, então ela se arrastou para a areia atrás de uma pedra. Foi quando um bando de garotos só de bermuda apareceu, ela não estranhou afinal estavam na praia. Só o que ela não percebeu é que o lugar onde estava era frio.

— Ei, tudo bem aí?

Um dos garotos sem camisa disse se aproximando.

— Pare não se aproxime.

— Por quê? Você está bem?

Ele insistiu na pergunta e voltou a se aproximar. Ela começou a desesperar, levantou o olhar no rosto do rapaz e falou a primeira coisa que veio à mente.

— Eu estou pelada!

Foi quando ele simplesmente parou e ficou a encarando sem se mexer, sem piscar. No mesmo instante aquele olhar de constrangimento deu lugar a um novo sentimento. Ele começou a olhá-la com um olhar intenso e cheio de carinho, proteção e adoração? Ela franziu o cenho o olhando sem entender nada e começou a ficar irritada.

— Já disse que estou pelada! Cai fora, vai.

Foi quando ele voltou a si, se desculpou e foi de volta aos amigos. Drica aproveitou e começou a se secar com o seu poder. Já seca e de volta sendo garota, levantou do chão e começou a andar pela praia quando o mesmo grupo de garotos veio até ela novamente.

— Eu só vim porque eu esqueci de perguntar o seu nome. 

Aquele mesmo garoto teve a audácia de voltar a importuná-la, será que ele não vê que ela queria ficar sozinha.

— Não te interessa.

Ela apenas respondeu isso e saiu cortando volta deles. Mais por seu azar o garoto começou a correr para alcança-la.

— Eu me chamo Embry. Você é nova aqui né, veio a passeio ou está de mudança pra cá?

Ela parou e o encarou, aquele rapaz "Embry" era muito lesado ou o que? Ela pensou em lhe dar uma mal resposta, mas ela precisava de informação. Ela olhou os amigos dele que acompanhavam atentamente a conversa de longe.

— Aonde tem um telefone que eu possa usar?

— Na minha casa tem um se quiser.

Embry fala com um sorriso no rosto por ela ao menos lhe dirigir a palavra. 

— Faz ligação para outro país? — ele apenas afirma com a cabeça — Ótimo então me mostre o caminho.

Eles chegam na casa dele que lhe mostra o telefone. Drica liga pra Cléo que na mesma hora atente.

"Alô?"

— Cléo

"Drica? Graças aos céus! Estamos todos doidos te procurando. Fomos na sua casa e nada de você nem do seu pai. Onde você está?"

— Eu estou... bem. Precisava de um tempo longe.

"O Igor está doido te procurando, acha que estamos te escondendo."

— Não estou afim de falar do Igor. Só liguei pra avisar que eu estou bem.

" Avisou pelo menos o seu pai aonde está?"

— Não precisei dizer.

"Drica o que você tá me escondendo?"

— Eu preciso desligar Cléo. Depois eu te ligo.

Drica desligou o telefone com o coração batendo mais rápido, e tentando se controlar pra não chorar. Lembrar do seu pai doía, ainda estava muito recente. E Igor também não ficava atrás, ela achava que ele a amava só que tudo não passou de uma grande mentira. E quando ela precisou dele, ele estava lá beijando outra, beijando a Sophie. 

Drica não sabia a hora que ela começou a desmoronar, mas na mesma hora Embry estava ali a abraçando. E foi ali naquele abraço quente que ela desabou em lágrimas, chorou tudo que ela havia guardado pra si. A dor da perda de seu pai, a dor da traição, a dor por saber que seu pai o havia escondido a doença, a dor de que não podia ter feito nada por seu pai. Depois de algum tempo chorando ela se acalmou, limpou o rosto e o olhou.

— Desculpe, eu não sei o que me deu. E à propósito obrigado pelo telefone.

Assim que acabou de falar ela levanta e sai correndo em direção à praia. Chegando ela vê uma trilha que leva a um penhasco, que ela resolve a ir. Chegando no topo do penhasco ela senta no chão e fica observando a paisagem, imersa nos próprios pensamentos.

— Drica!

Ela se assustou, pois ninguém ali sabia seu nome. E quando ela olha em direção a voz ela vê aquele mesmo rapaz que desde que chegou está correndo atrás dela feito um cachorrinho.

— Desculpe, eu acabei escutando sem querer a sua amiga te chamando assim.

— Vem cá é Embry né?! — ele afirma com a cabeça — Você não percebe que quero ficar sozinha?!

— Eu só queria saber se estava bem. Você estava muito abalada.

Embry diz se sentando ao lado dela e olhando pra frente encarando a vista. Enquanto Drica dá uma breve analisada no rapaz ao seu lado. 

Ele parecia preocupado com ela. Mas por que estaria preocupado se ela era apenas uma desconhecida pra ele. Ela voltou a analisá-lo e percebeu que ele era muito bonito. Tinha um rosto que apesar da preocupação era bastante alegre. Um corpo, uau que corpo! Ele era forte, musculoso. Tinha a pele morena acobreada e uma tatuagem no ombro.

"Uau ele é gostoso!" pensou e na mesma hora ela se repreendeu por pensar isso.

— Eu estou bem.

Ela disse por fim e parou de encara-lo e voltou a fitar a paisagem. Agora foi a vez de Embry analisa-la.

— Hm, por que será que não acredito?!

Ela o olhou surpresa, ninguém notava quando ela não estava bem. Ninguém mesmo, nem suas amigas, seu ex-namorado e muito menos seu pai. Como aquele garoto estranho sabia que ela estava mentindo?

— Não me importa se você acredita ou não.

Ela se levanta e sai em direção à praia, e Embry vai atrás.

— Vai me seguir pra todo lado agora é?!

— Não só quero acompanhá-la até sua casa.

Drica se assustou quando ele disse casa. Onde ela ia ficar, não conhecia ninguém ali. Não tinha um lugar pra ficar, não tinha dinheiro nem documentos. O que ela iria fazer agora?! Sair daquela maneira pareceu certo, àquela hora. Mas agora ela simplesmente não sabia o que ia fazer. Embry a olhou e logo entendeu.

— Você não tem casa aqui nem um lugar pra ficar, não é?

Drica o olhou e fez que não com a cabeça.

— Você sabe de um lugar, ou uma pousada em que eu possa ficar aqui perto da praia?

Embry olha por trás do ombro de Drica encontrando seus amigos. E o mais velho o encara e dá um breve aceno com cabeça em sinal de afirmação. Então ele volta a olhá-la.

— Tem a casa da Emily, se quiser pode ficar lá.

— Tudo bem, mas estou sem dinheiro aqui. Preciso ligar para Cléo pra ela me mandar algumas coisas minhas que ficou. Será que tem problema?

— Problema nenhum. Emily ficará feliz em te hospedar. Onde está suas malas?

— Eu... eu não tenho.

— Você foi assaltada?

Embry pergunta já começa a se irritar com a possibilidade de que alguém a machucou. Drica fica sem reação, ela não poderia dizer que ela simplesmente veio nadando da Austrália. 

— Mais ou menos.

— Tudo bem, vamos pra casa da Emily e depois se quiser podemos ir a uma loja comprar umas roupas pra você. — Ele diz já se acalmando

— Não tudo bem. Eu me viro. Que lugar é esse?

Drica pergunta olhando em volta, ela estava adorando aquele lugar. Era muito bonito e transpassava uma calma. Era tudo que ela precisava de calma, para colocar todos seus pensamentos em ordem.

— Aqui é nosso lugar, é a reserva quileute. — Ao ver a confusão no rosto da garota ele continua — Estamos na praia La Push em Forks, Washington.

No mesmo instante Drica para de acompanhá-lo e o olha assustada tentando raciocinar o quão longe ela estava. Foi quando ela sentiu um pingo de água que caiu sobre seu braço. E logo ela o olhou aterrorizada, e olho a sua volta a procura de um lugar onde pudesse se esconder e correu.

Entrou numa varanda de uma casa que estava próxima, esperando se transformar já que não havia tempo pra se secar dos vários pingos que caiu sobre ela. Embry a seguiu e ficou confuso do porque ela parecer aterrorizada pelo simples fato de ter se molhado. Definidamente ele não entendia as "garotas". Ela o encarou e voltou a olhar pra si e percebeu que era ela ainda, não havia se transformado. E ela estava molhada.

Então ela abriu um sorriso e correu... correu pra chuva. Ficou girando e olhando para o céu como uma garotinha de cinco anos quando brinca pela primeira vez na chuva. Drica não sabia como era possível, mas estava verdadeiramente feliz. Ela poderia ser normal na medida do possível é claro. Porque ela nunca foi uma garota normal. Embry não havia entendido nada, mas estava adorando vê-la com aquele sorriso lindo no rosto.


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