Unexpected escrita por Starogue


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Patroa de Wally West


Notas iniciais do capítulo

''Parte da Jornada é o fim'' - Tony Stark.
— Capítulo final!
— Obrigada Lilindy, por sempre ter estado aqui! Receba um abraço virtual bem apertado!



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 Três Anos Depois

 

Wally achou difícil dormir naquela noite. Então, ele ficou ali, olhando para Rogue, que dormia pacificamente ao seu lado. E tudo o que ele conseguiu fazer foi sorrir enormemente. Ele ainda estava tonto. Tonto, de felicidade. Seu coração doía, mas no bom sentido dentro do seu peito.

Seus olhos a observavam, e ele ainda tinha dificuldades às vezes… para acreditar. Para acreditar, que ela era oficialmente dele agora. Que ela tinha o sobrenome West. Que ela tinha se casado com ele há um ano atrás.

Casado com ele, naquela cerimônia, que foi realizada no jardim do Instituto. A cerimônia, que teve como convidados seus amigos da Liga (sem os trajes de super-heróis - Shayera tinha escondido as asas com a ajuda de Zatanna, e J’onn tinha assumido a forma de um idoso), sua família, seus amigos de trabalho, e a família dela (os X-Men - Kurt e McCoy usaram relógios holográficos que lhes conferiu uma aparência normal, e Warren tinha escondido as asas com um sobretudo).

Ele gentilmente se aconchegou nela. Se aconchegou na sua esposa. Ele adorava esse termo, e passou o braço sobre ela, sentindo o cheiro de seu cabelo. Ele soube, soube quando a conheceu no museu, que seria ela. E ele estava certo. 

Ele riu baixinho, para não acordá-la. Ela estava tendo tantas mudanças radicais de humor ultimamente, que era possível que ela o castrasse, caso ele a acordasse. E ele precisava do seu amiguinho bem intacto para se divertir com ela, e também, para questões de masculinidade; algo que só um homem entenderia.

Ela se agarrou ao peito dele em seu sono, a barriga protuberante de 9 meses de gestação dela, o cutucando. O primeiro mini velocista estava a caminho. Hayley, Hayley estava a caminho. O primeiro mini velocista, era uma garotinha.

Ele sorriu amorosamente ao pensar na filha. Ele não deixaria nenhum menino espinhento chegar perto da sua garotinha! Ele teria que providenciar uma espingarda. Seria fácil, afinal, ele trabalhava na polícia. 

 Wally se sacudiu mentalmente, quando deu uma espiada no relógio digital em cima do criado-mudo. Eram 2 da manhã. Ele deitou a cabeça de novo no travesseiro, e inalou o cheiro de Anna. Em seguida, ele fechou os olhos. Era melhor tentar dormir. 

Ele tinha que estar na divisão forense da CCPD (Departamento da Polícia de Central City), às 8 da manhã. O bom, é que não ficava muito longe do apartamento deles. E com ele sendo o cara mais rápido do mundo, ele poderia acordar em cima da hora, que ainda chegaria lá numa boa.

Eventualmente, o sono o alcançou.

 

xxxxxxx

 

O toque suave da luz quente da manhã, persuadiu Rogue a acordar. A luz suave do sol fluía pela cortina da janela, e iluminava as paredes do quarto com a sua glória brilhante. Ela lentamente abriu os olhos, e viu Wally dormindo ao seu lado. O braço dele a envolvia protetoramente, segurando seu corpo grávido contra o dele. Ela estudou o rosto do marido, e deixou sua mente vagar.

Ela tinha o conhecido, da forma mais louca e inesperada. Naquela viagem escolar do museu, onde o maluco, flertou com a própria estátua. E depois, ela pensou que jamais voltaria a vê-lo. 

Então num dia, ele apareceu em sua frente no jardim da mansão. Eles começaram a namorar. O relacionamento deles progrediu assustadoramente rápido. Eles se tornaram inseparáveis. 

E aqui estavam eles, casados e com uma filha a caminho. Ela olhou pra ele com adoração. Wally é o amor da sua vida. Mas mesmo ele sendo o amor da sua vida, havia momentos em que ela tinha vontade de dar uns sopapos nele.

 Depois que ela engravidou, Wally passou a ter a tendência de se preocupar com ela, como uma mãe galinha se preocupava com o seu pintinho.

 Ele pairava no seu cangote, quase o tempo todo. Se certificando de que ela estava bem, de que estava segura. Se certificando quando ele não estava por perto, de que ela não estava saindo furtivamente e indo em missões com os X-Men. 

  Ele conhecia muito bem a sua natureza teimosa e independente. Ela bufou. Nem se ela quisesse, ela poderia ser útil em campo com a barriga do tamanho de uma melancia. E ela tinha Kurt, Logan, o Professor, e Hank (que sabiam, que seu marido era o Flash) que ficavam de olho nela, sempre que ela aparecia na mansão. Toda essa neurose era besteira!

 Ela não entraria em nenhuma situação que colocasse ela, ou a sua filha em perigo. Hayley, era sua prioridade agora.

 Rogue se inclinou, e pressionou suavemente os lábios na bochecha de Wally.

O movimento e a sensação dos lábios quentes em sua pele, fizeram o ruivo se mexer um pouco. Ele gemeu lentamente, e apertou o braço ao redor dela.

— Oi linda! - ele sussurrou, sonolento.

Um sorriso se espalhou pelo rosto de Rogue. 

— Bom dia, amor - ela respondeu, beijando demoradamente a bochecha dele dessa vez. 

Wally riu contente e moveu sua mão pelas costas dela.   

— Que horas são? - ele murmurou, abrindo os olhos. E se deparou com ela sorrindo pra ele. Ele sorriu de volta. Ela parecia tão linda deitada lá com aquela camisola de renda e com o cabelo bagunçado. 

Rogue se inclinou sobre ele, e olhou o relógio digital.

— São 7:10, você tem que levantar.

O speedster gemeu e fechou os olhos.

— Tá cedo.

Rogue balançou a cabeça. Pra cima dela não!

— Ah não, Wally! Você entra no trabalho às 8. E toda a vez que você diz "tá cedo" pra mim e dorme mais, você dorme como um urso polar por horas a fio! E nem eu te jogando no chão, você acorda! Então, levanta! AGORA!- ela bradou.

O ruivo estremeceu, e abriu os olhos num rompante. Depois que ele se casou, ele entendia muito bem o ditado, "manda quem pode, obedece quem tem juízo." 

— Tô levantando, querida - ele respondeu, humilde.  

Rogue deu um tapinha na cabeça dele em aprovação.

— Bom menino.

— Eu te amo - Wally declarou com um sorriso bobo.

Rogue sorriu afetuosamente. Ela olhou nos olhos dele. Ela sabia que isso era maior do que os dois. Que era aquela coisa única na vida que as pessoas encontram. E ela estava feliz que também havia o encontrado.

— Eu também te amo.

O ruivo sorriu feliz e segurou o rosto dela, puxando-a para um beijo. Quando o beijo se tornou mais profundo, ela se afastou. 

— Mas por mais que eu te ame, eu preciso usar o banheiro.

Ela se virou e afastou a coberta, e viu que seu marido já estava ao seu lado, pronto para guinchá-la. Ela odiava ter que ser içada. Ela tentaria fazer isso sozinha. Ela começou a rolar para fora da cama, mas a barriga grande atrapalhou, e ela acabou meio deitada, meio sentada. Encalhada na cama, como uma orca ficava na areia da praia. 

Rogue soltou uma lufada de ar em frustração, e estendeu suas mãos para ele em derrota. Em um instante, Wally a puxou e a colocou em pé. 

Ela trotou com seu andar bamboleante de pato, e entrou no banheiro. Seu marido marchou atrás, e entrou também. Ela revirou os olhos.

— Sério? Eu não preciso de ajuda pra fazer xixi, Wally - ela disse, levantando a tampa do vaso.

O velocista resolveu não comentar, que temia que ela não conseguisse levantar do vaso sanitário sozinha.

— Eu tenho que tomar banho - ele exprimiu, e deu de ombros. Ele tirou a camisa, e a jogou no cesto. Ele deu a ela um sorriso sugestivo. — Anna?

Lá vem - Rogue pensou.

— Hum?

— Eu sou a favor da sustentabilidade - o ruivo jorrou. Sua expressão se tornou paqueradora, e ele abriu um sorriso de flerte. — Vamos tomar banho juntos, e economizar água?

 

xxxxxxx

 

Minutos depois do banho do casal, Wally entrou arrumado na cozinha, e colocou sua maleta de perícia criminal sobre o balcão. Sua esposa, que usava um vestido verde, estava concentrada fazendo um sanduíche. Ou o que ele pensou, que era um sanduíche. Ele franziu o cenho intrigado, e se inclinou sobre o balcão, observando melhor.

Sua mulher terminou de montar o ''sanduíche'', que ele apelidou de troço - em sua mente. O troço, parecia ter sido recheado com geléia de framboesa, fatias de morango, e marshmallows. Ele balançou a cabeça estupefato.  

Isso mais se parecia, com algo que a Moranguinho, ou o My Little Pony poderiam ter vomitado. Wally torceu o nariz. Desde que ela estava grávida, ela comia as coisas mais malucas!

— Você quer um? - Rogue perguntou.

— Um sanduíche colorido?- o speedster zombou. —  Não, obrigado.

A X-Men estreitou os olhos pra ele, e então ficou em silêncio, dando uma mordida em seu sanduíche. 

Wally levantou as mãos, e se sentou em frente a ela na mesa.

— Eu … - ele disse, e lambeu os lábios em um gesto nervoso. — Eu vou ficar com as panquecas que você, tão atenciosamente fez pra mim - ele pegou um prato, e empilhou uma porção generosa de panquecas. Em seguida, ele depositou xarope de bordo na ‘’torre’’ - ele ergueu os olhos, ressabiado, constatando que ela ainda o encarava. Merda! - ele praguejou em pensamento. Ele se remexeu na cadeira. 

— Hum… eu não tenho absolutamente nada contra o seu sanduba, amor. Ele parece ser muito… - ele procurou por uma palavra. — Ele parece ser muito… alegre e… nutritivo?

Rogue tentou ser dura, mas o pequeno sorriso lutando nos cantos de seus lábios, revelou sua diversão.

— Coma, seu poço sem fundo. 

Wally suspirou aliviado. Quase que a merda atinge o ventilador! Ele abaixou sua cabeça, e começou a devorar a ''torre'' com entusiasmo. Então ele parou, olhou para ela com as bochechas estufadas, e apontou o garfo para ela.

— Eu sei! Eu sei! - Rogue falou exasperada. Ela revirou os olhos. Ela já sabia a ladainha de cor e salteado. — Deixe o seu celular por perto! Mas sinceramente, eu não sei porque eu tenho que deixar o celular por perto - ela desabafou, pondo o sanduíche no prato. — Você aparece furtivamente aqui com a sua velocidade, quase toda hora!

 Ele ia abrir a boca e pestanejar. Abrir a boca cheia de comida.

 — MAS - Rogue pronunciou, evitando que ele cometesse tal coisa asquerosa.

—  Eu vou ficar com o celular no bolso do vestido, satisfeito?

O speedster balançou a cabeça sinalizando que sim.

— Eu não vou ficar sozinha o dia todo, Wally - Rogue informou, colocando um pouco de suco de laranja no copo. — Sua mãe ficou de vir aqui pro almoço. Ela vai trazer umas coisas que ela comprou para a Hayley.

O ruivo assentiu com a cabeça. Feliz que sua mãe, se dava tão bem com a sua mulher. Ele encheu mais a boca. Anna poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento. E isso estava o deixando cada vez mais preocupado e ansioso. Ainda bem que o quarto da bebê estava todo pronto. Ultimamente, ele só saía em missões com a Liga da Justiça se sua mãe, ou Kurt, estivesse com ela. Ele apontou o garfo para ela de novo.

— Eu não vou sair sozinha! - Rogue respondeu frustrada, cerrando os dentes. A paciência indo direto pro ralo. — Depois que você sair, eu vou pregar a bunda no sofá. Pegar o notebook, e assistir as aulas do meu curso online - ela tomou um gole do suco de laranja, e colocou o copo na mesa. — Agora PARE de me azucrinar! 

De repente, ela sentiu uma pontada, e soltou um sibilo de dor.

Wally, imediatamente, forçou o que mastigava a descer pela garganta.

— Você está bem? - ele perguntou alarmado. Num piscar de olhos, ele a retirou da cadeira, e a colocou sentada no sofá. Ele se ajoelhou em frente a ela. Seu rosto estava cheio de preocupação. — Anna?!

— Eu estou bem - Rogue disse, tentando tranquilizá-lo. Seu rosto estava contorcido de dor, enquanto ela tentava sorrir pra ele. — É apenas… uma contração.

O speedster começou a correr suavemente a mão para cima e para baixo, nas costas da esposa, na tentativa de oferecer algum conforto. Ele observou como ela lentamente estava se acalmando. Mas depois de um intervalo curto de tempo, ela sibilou de novo e até se encolheu.

— É isso! - Wally declarou, ficando em pé. — #Partiu hospital! - ele se abaixou, e gentilmente a beijou na testa. — Fique aí - ele falou. — Eu vou pegar a bolsa da maternidade, e então, então nós estamos indo pro hospital. 

Rogue olhou para ele com um olhar severo, segurando a barriga com dor.

— Eu estou bem, Wally! - ela retrucou. Porém, uma dor considerável a atingiu desta vez, e o suor começou a se formar em sua testa. — Eu… estou… bem - ela ofegou.

O ruivo balançou a cabeça aturdido. Ela estava completamente fora da casinha! E ele estava… tremendo, tremendo, como uma gelatina!

— Você está entrando em trabalho de parto, mulher! - ele exclamou, e passou a mão trêmula pelo o cabelo. — Fique… Fique aí! - ele balançou o dedo rente para ela.

 Ela sequer registrou, quando o speedster saiu da sala. Em um segundo, ele estava de novo na sua frente, com a bolsa pendurada no ombro. Ele a pegou cuidadosamente do sofá, e começou a marchar com ela em direção a porta. Ela enfiou o rosto no pescoço dele, cerrando os dentes quando outra contração a atingiu. 

— Apenas vá…. Vá para o maldito hospital!

— Estaremos lá em um piscar de olhos– Wally disse. Ele precisou fazer  malabarismo, para abrir a porta do apartamento.  

Assim que ele passou e trancou a porta, ele observou o entorno, se certificando se tinha algum vizinho por perto. Ao constatar que não, o velocista correu.

 

 xxxxxxx

 

Horas depois, em um quarto de hospital de Central City, Rogue embalava sua filha adormecida nos braços. Seus olhos, nunca deixando o rosto da menina. Ela não sabia que era possível amar tanto, alguém assim! Ela tinha posto este ser humano minúsculo no mundo, e essa menininha, tinha arrebatado por completo o seu coração.

Ela abaixou o rosto, e suavemente depositou um beijo na pequena cabeça de Hayley, cabeça que era… coberta por uma penugem escassa de cabelo ruivo. Ela quis apertar sua filha contra si. Mas bastou um olhar de relance para a mão direita de Wally,  para ela reprimir o desejo. 

Ela meio que tinha esmagado alguns ossos da mão dele, durante a pior parte do seu trabalho de parto. A mão dele só estava com os ossos no lugar certo agora, graças ao fator de cura acelerado que ele possuía. E ela só estava totalmente recuperada do trabalho de parto, porque ela tinha absorvido uma pequena fração dos poderes dele. 

 Rogue levantou o rosto e observou Wally. Ele estava sentado ao seu lado, na beira da cama. Ele examinava com adoração as feições da filha. E ele tinha um sorriso completamente bobo no rosto. Ele cuidadosamente acariciava a pequena bochecha redonda de Hayley. A bebê arrulhou em seu sono, apreciando o toque do pai.

 Wally olhou para Rogue. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

 — Ela é linda, Anna! - o speedster sussurrou com a voz embargada.

 — Assim com a mãe dela! - ele se inclinou, e carinhosamente beijou o topo da cabeça da esposa. Ele voltou novamente sua atenção para a filha. — Mas não tinha como ser diferente - ele falou, esboçando um sorriso cheio de orgulho. — Afinal, ela herdou os genes da mãe linda, e do pai boa pinta que ela tem! Eu espero… espero que ela conserve esse visual meio careca. Poucos caras gostam do visual da Brit doidona. Vai tornar o meu trabalho muito mais fácil.

Rogue sorriu, e revirou os olhos.

— Posso… Posso pegar nossa mini-velocista? - Wally perguntou. Ele estendeu os braços. Ele estava ansioso para segurar seu pacotinho. 

— É claro que pôde - a X-Men respondeu. Ela colocou cuidadosamente a filha, nos braços do velocista.

— Ei Hayley, é o papai! - o velocista arrulhou. — O papai não vai deixar nenhum garoto mal intencionado chegar perto de você! 

Hayley bocejou. Ela abriu brevemente seus olhos verdes. Ela tornou a fechá-los novamente. E Wally pensou que aqueles olhinhos verdes, que eram tão idênticos aos de Anna, seriam a ruína dele. 

— Pelo amor de Deus! A menina mal nasceu, Wally! E você já está dando um nó na sua calcinha, se preocupando com um futuro genro! - uma voz bradou.

O casal olhou na direção da porta.

Oliver Queen estava encostado no batente da porta, com um sorriso de deboche. Ao lado dele, estavam Clark Kent e Diana Prince (todos com trajes civis). Atrás, estava Mary West, a mãe de Wally. Kurt (com aparência normal devido ao relógio holográfico) e o Professor Xavier, também estavam lá.

 — Ei pessoal, entrem! - Rogue disse. Ela se perguntou, como esse tanto de gente tinha conseguido entrar. Certamente, graças à habilidade telepática do Professor. Ela observou seu marido (seu marido que tinha noticiado o grupo, a respeito do nascimento). 

Wally tinha os lábios torcidos em um beicinho, e uma cara de constipação intestinal. Rogue revirou os olhos. Tudo isso, por causa da palavra "genro".

O grupo entrou. Kurt seguiu atrás, empurrando a cadeira de rodas de Charles. O grupo se aglomerou em silêncio ao redor da cama, observando maravilhados o pequeno pacotinho nos braços de Wally.

A mãe do velocista, depositou um beijo terno na testa da nora e afagou o cabelo ruivo do filho. 

— Eu estou… tão orgulhosa de você, Wallace! - Mary admitiu. Seus olhos verdes estavam cheios de lágrimas. Ela olhava a neta com total devoção. — Eu também… estou muito orgulhosa de você, Anna! 

— Valeu mãe!

— Obrigada, Mary! - Rogue agradeceu. Ela segurou para não chorar. 

— Faço as palavras dela as minhas - Xavier declarou. Ele encarou sua pupila. — Eu estou muito orgulhoso da mulher que você se tornou Rogue.

Rogue fungou. E uma lágrima escapou.

—  Obrigada, Professor.

Kurt apontou o polegar como sinal de ''joinha" para sua irmã, e para seu cunhado.

— Ela é uma belezura! - ele jorrou, não conseguindo tirar os olhos da sobrinha.

— Awww…. Grande Hera!... Ela é tão adorável! - Diana murmurou. Seu olhar suavizado, com a visão deste pequeno ser humano que dormia, seus dedinhos minúsculos enrolados em torno do dedo de seu pai.

— De fato! Ela é linda! - Clark elogiou com profunda sinceridade. — Parabéns, Sra. West! Parabéns, Wally!

—  Obrigada - Rogue agradeceu com gratidão.

—  Tsk - Wally zombou. Ele abriu um sorriso, um sorriso convencido. — É claro que a minha filha é linda Sup… Clark - ele apressadamente corrigiu. — Você já viu a perfeição que o pai dela é?!

Oliver Queen sendo o desbocado que era, riu. 

— Desculpe estourar sua bolha, amigo! Eu não sei que espelho é esse, que você tem ameaçado que te iludiu mas, a sua filha só é bonitinha porque ela puxou a mãe. Vamos torcer para que ela também tenha puxado a sanidade da mãe. 

— Ei! - Wally ralhou indignado. Ele discordou da sua perfeição?! E insinuou, que ele  não batia bem da cachola?! — Vá se fu…

— NÃO termine essa frase! - Rogue bradou, o interrompendo, tampando os ouvidos puros da sua filha.

Mary West olhou feio para o filho, e mesmo ele sendo um marmanjo de 25 anos, ele se encolheu.

— Nós vamos ter uma conversinha mais tarde sobre o seu vocabulário, Wallace Rudolph! - ela avisou, pegando sua neta.

Clark sorriu para Wally, com profunda simpatia. Sua mãe, Martha, também não se importava em puxar sua orelha, mesmo ele já sendo um adulto na casa dos trinta, e mesmo ele sendo o Homem de Aço. 

Diana também sorriu em apoio. Sua mãe, a rainha Hipólita, era extremamente severa.

Já Oliver, Oliver exibia um sorriso de diversão no rosto. 

Kurt, Kurt não pensou em nada. Afinal, ele só tinha 18 anos! Sua mãe adotiva, Margali, ainda mandava nele a torto e a direito.

E Xavier… bem, a mãe dele já estava a sete palmos debaixo da terra a muito tempo. Mas como um educador, ele apreciou a conduta de Mary West.

A senhora West se afastou um pouco, ninando sua neta nos braços. O grupo a rodeou. Charles e Kurt queriam segurar a menina nos braços. Os membros da Liga, queriam admirar a filha de Wally um pouco mais.

  — Eu não discordo da sua perfeição, Wally.

 O ruivo sorriu brilhantemente. Suas covinhas vieram à tona. Ele olhou para sua esposa.

— Mesmo?

Rogue balançou a cabeça. Ela sorriu de volta.

— Mesmo. Eu te amo. E isso faz com que você seja perfeito pra mim. Mesmo que você… Mesmo que você seja um canhão solto.

O velocista sorriu enormemente. Ele levou a mão ao pescoço dela, e o envolveu. Seu rosto estava a centímetros do dela. Ele olhou para ela, tentando passar todo o amor que ele sentia por ela.  

— Eu te amo, patroa.

Rogue sorriu. Ela fechou a distância, e seus lábios colidiram com os dele. 

Ela estava muito feliz, por ser a patroa de Wally West.

 

Fim


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Notas finais do capítulo

Vou sentir falta do canhão solto...Quer dizer, do Wally!
Fiquem todos com Deus!



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