Unexpected escrita por Starogue


Capítulo 4
Caítulo 4 - Wally West


Notas iniciais do capítulo

Eu dividi esse capítulo, porque ficou grande.



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A boca de Rogue se abriu. Seu cérebro, surpreso, disparou com perguntas. Por que ele estava ali? O que ele fazia ali, no Instituto? Sua parte emocional, no entanto, se agitou com o fato de que ele estava ali. 

Porque ela tinha pensado nele, com uma frequência ridícula depois daquele dia no museu. E a forma como Flash a observava, estava perturbadoramente a deixando autoconsciente. Os olhos dele, só faltavam projetar corações.

— Oi - ela por fim, respondeu. Sua voz saiu esganiçada, e um pouco ansiosa demais, para seus próprios ouvidos. E ela se xingou por dentro. Ótimo! Torne dolorosamente óbvio, que tem um crush pelo o cara.

— Você se importa, se eu sentar aí? - Flash disse, e gesticulou para o espaço ao lado dela.

Rogue encolheu os ombros.

— É um país livre - ela permitiu. E frisou mentalmente para si mesma, para agir de forma composta! Porque ela era… Ela. E não, uma protagonista retardada de comédia romântica brega.

Flash se aproximou. Seu sorriso era mais brilhante que o sol. Ele se sentou, bem ao lado da estrela de suas fantasias. E soltou um suspiro longo, de contentamento. Seus neurônios, tornaram mingau. Ele inclinou a cabeça levemente para o lado, e apoiou o cotovelo na coxa. Ele levou a mão à bochecha, e abertamente, passou a admirar as feições delicadas e bonitas do rosto de Rogue.

— Você é tão bonita!

Um rubor profundo, coloriu as bochechas pálidas de Rogue. Sem filtro, sua mente a lembrou. Ele era terrivelmente, sem filtro e direto. 

— Uh, obrigada - ela agradeceu, um pouco sem jeito.

Minutos pareciam passar, enquanto eles se encaravam silenciosamente catalogando o outro em silêncio.

Rogue sentiu a garganta secar. Suas bochechas queimavam. Ela reuniu coragem, para quebrar o silencio ao redor deles. Porque a julgar pelo sorriso tonto no rosto do velocista, ele poderia continuar a admirá-la assim, como se ela fosse uma obra de arte em exposição, pelo o resto do dia. Ou da semana.

— O que você está fazendo aqui, no Instituto? - Rogue perguntou. Ela quebrou o contato visual intenso, e fechou o livro.

— Hum?

— O que você está fazendo aqui, no Instituto? - a mutante repetiu, calmamente, sua pergunta.

Silêncio.

A garota do Mississipi, sentiu fortemente ser… Inalada. Ela se virou lentamente, para encará-lo. Era impressão sua, ou ele estava mais perto? Não. Não era impressão. Ela estreitou ligeiramente os olhos verdes. Espere…. As narinas dele estavam se movendo. 

— Você por acaso, está me cheirando?- Rogue perguntou, elevando a sobrancelha. — Porque seria esquisito, se você estivesse.

Flash parou seu trabalho, como cão farejador. Ele abriu um sorriso, e suas covinhas apareceram em seu rosto. 

Rogue achou as covinhas, adoráveis. E ela nem sabia, que gostava de covinhas até aquele momento.

— Culpado - o speedster admitiu. — Mas é para guardar na memória olfativa, Rogue - ele mexeu no traje, e retirou o lenço precioso de lá. — Você acha que pode borrifar o seu perfume aqui? - ele pediu, na maior cara de pau. — Porque o cheiro já está fraco. Você não faz ideia, de quantas vezes eu já cheirei esse lenço.

A jovem franziu o cenho. Uma sugestão de sorriso contraiu seus lábios, mas ela o sufocou.

— Você ainda tem isso? - ela acenou com a cabeça, na direção do lenço. — Você tem ideia de como você é fofo, cara mais rápido do mundo? - e ela permitiu um sorriso, quando a parte exposta do rosto dele, se aproximou do tom do uniforme escarlate, que ele usava. 

Apesar de ser direto, ele ainda ruborizava. Interessante. — Pensando bem, você também é bem esquisito - ela apontou, depois de contempla-lo em silêncio por um momento. — Você tem um fetiche por lenços femininos? Ou algo do gênero?

O velocista abriu a boca, surpreso. Ele juntou devagar, o que restou do seu juízo. Alguns, diriam que era bem pouco. Mas ele ainda tinha.

— Não. Eu não tenho - ele negou. — Que tipo de livro você tem aí? - ele apontou para o livro fechado, no colo dela. — Cinquenta Tons de Cinzas? - e ele abriu um sorriso torto, ao vê-la corar até o último fio de cabelo. — Você lê essas coisas safadinhas? É daí que tirou a ideia do fetiche? Tire sua mente da sarjeta, gatinha. Mas, se envolver nós dois - ele abriu um de sorrisos gigantescos. — Deixe ela lá - ele piscou. — Porque eu super apoio esse casal: um tal de eu e você.

Rogue engoliu abruptamente em seco. E ela não pôde deixar de desviar o olhar.

— Eu não leio essas coisas pervertidas, seu maluco - e ela tornou a observá-lo com um olhar interrogativo, ao perceber algo. — Como você sabe, como me chamar?

— Eu estava agorinha mesmo, no escritório do seu professor careca - Wally informou. — Te vi pela janela. Fiquei sabendo do seu apelido lá - e ele abertamente, a encarou de novo. A vontade de abraçá-la, e de beijá-la sem sentido, era grande demais.

Rogue balançou a cabeça.

— Entendo - ela mordeu levemente, o lábio inferior cheio. E percebeu, que o olhar dele se concentrou lá. Provavelmente, o Professor tinha obtido algo da mente dele, sobre o que tinha acontecido entre os dois no museu. — O que te trouxe ao Instituto? Você não me respondeu.

— Bats - Flash disse. Ele guardou o lenço de volta no interior do traje, como uma avó, guardava a chave no sutiã. Foi algo instintivo. Afinal ele já tinha andado por aí, com o pano por dias a fio, que se tornou algo completamente natural para ele. — O Morcego rabugento, tem essa tendência compulsiva por controle - ele explicou, e focou nos olhos verdes, encantadores dela. — Ele me mandou junto com o Arqueiro Verde, para saber mais sobre o Anjo.

— Ok - a X-Men assentiu. Seus olhos, acompanharam atentos o velocista.

Wally levou a mão em direção ao rosto dela, e gentilmente afastou uma mecha branca do cabelo de Rogue, o movendo atrás da orelha.

As pontas dos dedos enluvados dele, roçaram a concha da orelha dela, causando  um arrepio do melhor tipo, que subiu pela a espinha da garota.

— Mas eu não acredito que foi apenas o Batman, que me trouxe aqui. Por mais clichê que seja, eu realmente acredito que foi obra do destino - o speedster sussurrou. Ele a agraciou com um sorriso torto. — Rogue - ele praticamente respirou. — Existe um vazio no meu coração, que tem exatamente as suas medidas. Que tal você preencher esse vazio? 

Rogue engoliu em seco. Seu coração disparou. Ela inclinou ligeiramente a cabeça, quando ele lentamente envolveu os dedos, ao redor de seu pescoço. O dedo indicador do speedster, correu suavemente para cima e para baixo em suas vértebras. E ela queria derreter no local. Não era apenas a presença física de Flash. Era tudo sobre ele. Ele a atraía, mesmo sendo um canhão solto. E ela queria desesperadamente, dizer que sim. Que ela iria preencher o vazio cafona, que ele mencionou que tinha exatamente as suas medidas. Mas, não era tão simples assim.

— Eu… Não posso - ela negou baixinho. Instantaneamente ela viu o sorriso esperançoso do velocista escarlate, murchar.

— Oh - Wally murmurou, decepcionado. Ele retirou a mão dela, como se tivesse sido queimado. E parecia que ela tinha o acertado em cheio, na boca do estômago. Ele não tinha parado para considerar, que ela poderia rejeitá-lo.

— Você… - sua voz saiu desprovida de qualquer alegria. Alegria, que era algo tão característico dele. — Você… Está saindo com alguém?

Rogue negou com a cabeça.

— Não tem ninguém.

— Então… Porque não? - Wally perguntou, desolado. Seu coração doía. — Eu pensei, que tinha rolado um lance entre nós dois naquele dia no museu.

— E rolou - Rogue confirmou, não gostando de vê-lo tão para baixo. — Rolou, mas… - ela se frustrou, e soltou um bufo. — Olhe bem pra mim! Quem em sã consciência, estaria usando moletom e luvas, numa tarde fresca como essa?

Wally observou confuso as peças de vestuário, que ela mencionou. O moletom verde com capuz que ela usava, nem parecia ser tão grosso. Na verdade, ele parecia ser de um tecido bem fino. E as luvas pretas, não era para combinar com a calça jeans preta, que ela usava? O que isso tinha haver com o motivo dela o rejeitar? Rogue parecia ser uma garota bastante estilosa. Ele não entendia nada de moda feminina.

— Gata, eu não… - o ruivo balançou a cabeça, completamente perdido aqui. Ele não sabia pela a vida dele, o que estava errado. Ele a olhou diretamente nos olhos, em branco. Ela o olhou de volta, com expectativa.

— Uh - ele coçou a nuca, meio ressabiado. — Não tem a opção, para pedir a ajuda dos universitários?

— Meu Deus! - Rogue exclamou exasperada. Ela revirou os olhos, e resistiu ao forte impulso, de jogar o livro na cabeça dele. — Como alguém que se gaba de ser o homem mais rápido do mundo, pode ser ao mesmo tempo tão lerdo? Mas é de se esperar. Rápido ou não, você é homem.

Flash sabia, quando era melhor para ele ficar calado. Poderia parecer que não. Mas ele sabia. Ele comprimiu bem os lábios, e não emitiu um pio sequer. 

— Eu estou - a menina apontou para si mesma. —  Com a pele quase toda coberta. Você já sabe da existência de mutantes. Afinal você veio aqui, averiguar sobre o Anjo. E como qualquer outro mutante… - ela desviou o olhar, desconfortável. — Como qualquer outro mutante, eu tenho uma habilidade. Nem todas as mutações são fáceis de controlar - sua voz decaiu, para um sussurro. — Eu ainda não… Tenho o controle pleno, sobre a minha mutação.

O herói abriu a boca, surpreso. Ele esfregou em seguida, o queixo em pensamento. Seus neurônios fazendo conexões, enquanto ele a observava em silêncio.

— Rogue - ele a chamou suavemente. Ela o olhou, abatida. Ele pegou a mão pequena dela na sua, e a apertou levemente. Ele se sentia uma merda, vendo seu ideal romântico assim. — Sua pele… Está relacionada, com sua habilidade mutante? É por não ter o controle pleno dessa habilidade, que você se cobre? - ele inclinou a cabeça, muito semelhante a um cachorro, que tentava entender. — Esse também é o motivo, para você me dar o cartão vermelho?

A jovem balançou a cabeça, assentindo. Ela focou na sua mão, que ele segurava. Ele não parecia ter a intenção de soltá-la tão cedo. Verdade seja dita. Ela não queria soltá-lo. Mas para mantê-lo, ela teria que superar sua insegurança.

— Quando eu toco em alguém com a minha pele - ela respondeu, hesitante. — Eu posso absorver sua energia vital, poderes, memórias, e até mesmo a personalidade. Antes eu não ... - ela mordiscou o lábio inferior, em um gesto nervoso. — Antes eu não tinha nenhum controle. Essa droga ficava sempre ativada. O Professor, tem me ajudado. Mas eu tenho… medo… Medo de escorregar no controle, e ferir alguém. É por isso que aquele selinho que eu te dei no museu, foi bem rápido - ela confessou envergonhada. E só Deus sabia, porque ela estava derramando suas tripas pra ele. — Segundo o Professor Xavier, é essa insegurança, que me impede de ter o controle pleno sobre a minha mutação. 

 Flash absorveu o que ouviu, como uma esponja. Afinal era sobre ela. E ele queria saber tudo o que havia para saber sobre ela.

— Você fica com essa bagagem toda, princesa? - ele perguntou, depois de um momento de silêncio. — Isso não sobrecarrega a sua cabeça?

A preocupação e o carinho no tom de voz dele, foram tão genuínos que Rogue forçou o bolo, que se formou em sua garganta a descer. Por que ele tinha que ser tão maditalmente, adorável? 

Ela elevou o olhar, e encontrou o dele. Ninguém nunca tinha capturado o seu interesse, como ele. Ela queria abraçá-lo, queria beijá-lo, queria contar a ele tudo e qualquer coisa sobre a sua vida. 

O que era uma insanidade total. Porque ela nem sabia quem era o cara por trás do capuz.

— Os poderes não duram permanentemente - ela informou. — Já as memórias e as psiques das personalidades, eu aprendi com o Professor Xavier, a trancá-las no meu subconsciente. Mas, ultimamente eu tenho as eliminado com a ajuda dele.

Flash assentiu com a cabeça, em silêncio. Caramba. Que fardo pesado, essa garota tentadora carregava nos ombros. E Rogue, era uma coisinha tão jovem. É por isso que naqueles olhos verdes lindos dela, havia uma maturidade atípica para alguém tão jovem. E ela não merecia um pingo, do que a vida tinha lhe dado. 

Seu olhar sobre ela mudou para um determinado. Ele lutaria pela única coisa que ele queria: ela. E não, a deixaria afastá-lo por causa da coisa da insegurança do toque. Se ela não acreditava que eles podiam fazer isso. Ele acreditava.

Wally balançou a cabeça decidido olhando para ela. Abrir mão dela, não era uma opção. Rogue ainda não sabia. Mas ela seria sua patroa e mãe de mini velocistas escarlates, em um futuro próximo. Sim. Ela seria, sim. Ele abriu um sorriso completamente vertiginoso, com esse pensamento. 

Em breve, seria ‘’Ele, Rogue a patroa e as crianças.’’ E o sobrenome da família, não seria Kyle, mas West. E o Júnior, o Júnior não teria aquele cabeção. Não mesmo. Era impossível o pimpolho deles, ter aquele cabeção com os genes da mãe linda, e do pai boa pinta que ele teria.

A X-men olhou o velocista, de um jeito estranho. Ela suspeitava que algo mirabolante estava se passando naquela cachola.

— Por que você está sorrindo assim? - ela soltou sua mão da dele, de forma cautelosa. 

O speedster deu de ombros, sinalizando que era coisa atoa. 

— Eu só me lembrei de um seriado.

— Sei - Rogue disse, elevando a sobrancelha. — E eu sou a rainha da Inglaterra, se não tem mais coisa aí - ela esboçou um sorriso sarcástico.

— Não. Você não é - o velocista negou, e abriu um sorriso. Um sorriso tímido sem dentes à mostra mas, ao mesmo tempo, sedutor. — E eu não sou rei. Mas você é a rainha do meu coração - ele declarou, com uma sinceridade profunda.

A garota sentiu seus ouvidos formigarem com calor com a honestidade crua, presente na voz do velocista. Ela desviou o olhar, suas bochechas queimavam, e seu coração batia como louco no peito. Ela o espiou timidamente por baixo da franja. 

— Você é bem piegas, cara - Rogue sussurrou, porém, havia um pequeno sorriso em seu rosto.

 Um sorriso que se desfez, quando ela se lembrou que nesse conto de fadas, a carruagem teria que se transformar em abóbora no fim das contas. 

Ela colocou o livro sobre a grama, e se levantou. Ela tinha plena consciência, que o olhar do speedster seguiu minuciosamente cada movimento seu. Ela se afastou um pouco, e observou bem mais a frente, os patos que nadavam em um dos lagos artificiais do jardim.

— Foi bom te ver de novo - Rogue admitiu. — Mas esse lance entre nós dois - ela balançou a cabeça tristemente. — Agora você sabe porque nada pode rolar. 

Ela perdeu o fôlego, no entanto, quando Flash pressionou a frente dele contra suas costas, as mãos enluvadas dele gentilmente agarrando seus braços.

— Eu não me importo com a sua mutação, Rogue - o herói falou suavemente, afastando algumas mechas do cabelo dela do pescoço, causando um arrepio na espinha da garota. — E eu sei que nós podemos fazer isso - ele declarou convicto.

— Por que você está tão seguro sobre isso? - Rogue perguntou baixinho, inebriada por tê-lo tão perto. — Se o meu controle… Escorregar por um segundo - ela apontou com medo da possibilidade. — Eu posso te machucar. 

Ele a pegou pelos os ombros de forma gentil, e a virou. Mas ela não se atreveu a erguer o pescoço, para olhá-lo nos olhos. Seu olhar permaneceu no símbolo do raio, que ficava no peito musculoso dele. Sua mão subiu como se tivesse vontade própria, e o tocou. Seus dedos correram por ele.

— Rogue, por favor, olhe pra mim - o velocista pediu com extrema doçura, e retirou as mãos dos ombros dela.

A X-men ergueu o pescoço, e olhou para cima. Ela engasgou de surpresa, quando Flash levou as mãos em direção ao rosto. E ela prendeu a respiração, sua mão parou sobre o símbolo. Ela assistiu completamente imovel. Porque ela tinha imaginado, como ele seria por baixo daquele troço. 

O velocista puxou o capuz, e expôs seu rosto. E Rogue abriu um sorriso. Algo que ela percebeu, que vinha fazendo com frequência, com ele por perto. 

A garota examinou cada detalhe do rosto bonito dele. O nariz reto, os olhos escuros, as sobrancelhas grossas, e perto como estava, ela podia ver até as sardas sutis das bochechas. Seu olhar subiu, e parou no cabelo curto bagunçado espalhado sobre a testa. — Ruivo? - ela comentou encantada. — Fica bem em você, Flash.

— Wally.

Os olhos de Rogue encararam os dele, confusos.

— Desculpe o que?

 — Meu nome - o speedster esclareceu, e esboçou um sorriso. — Meu nome é Wally - ele passou a mão pelo o cabelo ruivo bagunçado, e deu uma leve ajeitada. — É Wallace, na verdade - ele tagarelou. — Mas a maioria me chama de Wally. Só a minha mãe, que insiste em me chamar de Wallace - sua expressão então, se tornou paqueradora. — Mas você, você pode me chamar do que quiser - ele abriu um sorriso cheio de dentes.

Lá vêm, Rogue pensou.

— Você pode me chamar de Wally - o ruivo disparou alegre. — Ou de amor, ou de paixão, ou de docinho, ou de meu bem, e até mesmo de Buzz Lightyear.

— Buzz Lightyear? - a menina perguntou, não seguindo o raciocínio maluco, que envolvia o brinquedo da Toy Story.

— Sim, gata - Wally respondeu. — Porque eu sou capaz de levar a nossa relação ao infinito e além.

Rogue se viu incapaz de não sorrir. Um sorriso pequeno. Mas ainda sim, um sorriso. Lá estava aquele humor fofo e idiota.

— Eu vou ficar com Wally - ela disse assertiva.

— Tem certeza?

— Tenho.

Wally se aproximou ainda mais, de forma que eles estavam a milímetros de distância um do outro. A mão de Rogue continuou onde estava, no peitoral do velocista. 

Ela suspirou quando as mãos dele tocaram seu rosto, segurando sua cabeça entre os longos dedos dele. Ela podia senti-los deslizar por seu cabelo curto, e na parte de trás de seu pescoço. O toque suave em sua pele a fez estremecer.

— Wally West - ele falou, olhando para ela, de uma maneira profunda. — 22 anos, filho único, cientista forense, vigilante de Central City, um dos 7 membros fundadores da Liga da Justiça - ele deu um sorriso torto. — Um cara boa pinta, carismático, com uma personalidade arrebatadora, um charme incrível, e um sex appeal irresistível.  

Rogue balançou a cabeça com um sorriso.

— Você esqueceu de mencionar que é idiota.

— Nah - Wally deu de ombros. — Eu sou um idiota assumido quando se trata de você.

A jovem corou. Ela tinha perdido a conta de quantas vezes, ela já tinha ruborizado naquela tarde. Olhando para ele, ela percebeu que não se importaria se ele a chamasse pelo o seu nome. A maioria a chamava pelo o seu apelido, ‘’Rogue’’, e ela até preferia que fosse assim. Mas, só parecia certo, que ele a chamasse pelo o seu nome.

— Anna Marie - ela pronunciou, ganhando um olhar confuso dele. — Meu nome, é Anna Marie.


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