A Garota que Eu Conheci na Igreja escrita por Binishiusu Sensei


Capítulo 36
Mensagens




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O despertador de Sara tocou e ela no mesmo momento, por reflexo e por hábito, pulou da cama e foi até a sua mesinha para desligá-lo. Assim que o som irritante cessou, ela percebeu o golpe que o cansaço pela noite quase não dormida tinha lhe dado. Sentiu os olhos pesados, junto com a sensação de que precisava de um esforço extra para se manter funcionando. 

Passados dois segundos assim, lhe veio à mente as lembranças da noite anterior. - Já estou com saudades - pesou. -  Esqueci de olhar a hora que eu fui dormir ontem. Também esqueci de levar meu celular pra casa da Yumi. Acho que era duas da manhã quando eu fui pra lá. Se contar todo o caminho da ida, a minha conversa com ela, os beijos… É, acho que eu fiquei fora de casa por bastante tempo, por isso que eu tô um caco. 

Depois de fazer essas considerações, foi trocar de roupa, pois em pouco tempo teria que sair de casa e ir pro clube dos desbravadores, que acontecia todo domingo de manhã na sua igreja. Se vestiu e estava prestes a sair do quarto para ir tomar café da manhã, quando lembrou - a mensagem pra Yumi!

Preciso escrever algo pra ela… Bom, se ela acessar a conta ela vai deixar uma mensagem pra mim, então não é obrigatório que eu deixe uma mensagem pra ela agora. Ah, não interessa, eu quero escrever pra ela - pensou, antes de se sentar diante da sua mesinha e ligar o notebook. Em pouco tempo, ela abriu uma janela anônima no navegador e acessou a conta que tinha criado pra isso. 

Vou escrever o que? - Pensou. - Bom, ela vai estar fazendo algo meio… Ah… Clandestino, quando for abrir esse e-mail. Acho que ela vai tá nervosa e ansiosa, e com razão. Bom, precisa ser algo pra acalmar ela e servir de motivação num momento complicado. Também é bom expressar meus sentimentos por ela, isso vai ser bom também. Tá, vou escrever algo fofo - decidiu Sara, antes de se colocar para escrever uma mensagem num documento do Google Docs, chamado de Mensagens. Então, escreveu:

Sara

Oiii, se vc estiver lendo isso, quer dizer q o nosso plano tá dando certo. Tô muito feliz pq agora a gente tem uma forma pra poder conversar mesmo estando longe. Querida, vai dar td certo, prometo!!! Por favor, quando vc ler essa mensagem, escreva aqui no documento a sua resposta, eu vou conferir ele todos os dias e te escrever assim q possível. Yumi, eu amo vc, bjs ♥

Acho que assim tá bom - pensou, antes de fechar a janela anônima e ir tomar o café da manhã. Quando foi pra cozinha, viu que sua mãe já estava acordada, então disse:

— Bom dia, mãe.

— Bom dia, filha - respondeu Natália, aparentando bom humor, enquanto olhava diretamente para Sara. 

Hum, ela me deu bom dia fazendo contato visual mais uma vez e parece estar contente. Depois que eu parei de ir pra psicóloga eu acho que ela ficou desconfiada da opinião da doutora, por isso continuou sem falar comigo. Mas de uns dias pra cá ela tem começado a agir normalmente. Acho que estamos fazendo progresso, pena que ela só deve estar alegre porque pensa que eu estou ficando “normal” de novo.

***

Yumi acordou quando sentiu uma mão chacoalhando o seu ombro. Quando abriu os olhos, viu Yuzu, que logo disse - filha, acorda, a gente tem que ir logo.

— Tá bom, vou levantar - respondeu Yumi, sonolenta por quase não ter dormido na noite anterior.

— A gente vai pra São Paulo de ônibus, vamos ver a sua avó - respondeu Yuzu, enquanto Yumi saia da cama.

— Nós vamos passar as férias todas em São Paulo de novo? - Indagou Yumi, torcendo para que em algum momento das férias pudesse se encontrar com Sara de novo.

— Claro que sim! - Exclamou Yuzu, com um sorriso. 

Aaahh… Então ontem à noite realmente foi a última vez que eu vou poder ver a Sara… Agora só vamos nos reencontrar daqui muitos meses - pensou Yumi, assim que ouviu a resposta e se dirigiu até o seu armário.

— Filha, o que aconteceu? Você tá estranha - disse Yuzu, procurando analisar as expressões dela.

— Nada não… Só dormi mal - respondeu Yumi, de forma vaga e sem olhar diretamente pra mãe.

— Mesmo?

— Mesmo…

— Tá… Então se veste pra gente poder ir comer. Você não desfez a sua bagagem ontem, né? - Perguntou Yuzu, enquanto olhava ao redor do quarto, procurando pela mala que Yumi tinha trazido do internato.

— Não, você falou pra mim quando eu cheguei em casa ontem que nós iríamos pra São Paulo hoje, então eu não desfiz a mala, só não tinha entendido se iríamos ou não passar as férias todas lá - respondeu Yumi, enquanto pegava uma das roupas que estavam no armário e que ela não tinha levado pro internato.

— Ok, já deixei a mesa pronta pra comermos lá na cozinha e seu pai já lá. Vou deixar você se vestir, só não demore - disse Yuzu, que saiu alegre do quarto e fechou a porta. 

É isso, agora a única forma de conversar com a Sara vai ser com o e-mail que ela fez - pensou Yumi, enquanto se vestia. - Na casa da minha vó não tem computador, ela só assiste TV. Ela também não tem um celular com internet e eu não posso arriscar fazer isso no celular da mãe… provavelmente eu não vou conseguir mandar mensagem pra Sara enquanto eu estiver em São Paulo. Tá, vou ter que esperar voltar pro internato pra poder fazer isso… Mas também, como que eu vou poder fazer isso quando estiver lá? Difícil…

Então, Yumi tomou café, se aprontou, pegou suas coisas e foi de carona com seu pai, acompanhada de sua mãe, até o terminal Central de Araucária. De lá, foram para uma rodoviária em Curitiba, de onde embarcaram num ônibus que os levava para São Paulo, capital. A viagem foi longa e não aconteceu nada que fosse memorável para Yumi durante o caminho. Na verdade, das suas idas para São Paulo, aquela estava sendo a sua “menos favorita”. Nas cinco horas e meia que passou dentro do ônibus, ficou ansiosa, pensando em tudo que poderia acontecer ao longo daquele ano. 

Quando chegou em São Paulo, pegaram carona com o avô de Yumi e foram para a casa dele. Lá, foram recepcionados pela avó. Yuzu pareceu contente em rever sua mãe, mas Yumi não ficou muito comovida com aquele reencontro. Não tinha nada contra a sua avó, mas também não tinha intimidade com ela. Logo na primeira conversa, em que todos estavam presentes, Yumi já se sentiu deslocada. Não falou enquanto não se dirigiram diretamente pra ela, coisa que não foi frequente durante as férias.

Esse era o normal quando ia visitar seus avós. Apesar do incentivo da sua mãe para se relacionar com eles, Yumi não sentia nenhuma predisposição pra isso. Mesmo assim, o clima durante as férias não foi desagradável.  A comida que a mãe de Yuzu preparava era boa, o quarto onde ela e a mãe dormiram era confortável e São Paulo era uma cidade interessante. 

Tudo o que Yumi precisou fazer foi ficar na sua enquanto estava por lá. Porém, isso não impediu que os avós quisessem saber sobre como ela vinha passando. Quando perguntaram pra ela diretamente sobre a escola, ela disse que estava no internato de Santa Catarina, mas não disse mais do que isso. Para saciar a curiosidade dos avós, Yuzu disse que Yuji tinha achado bom mandar a Yumi fazer o ensino médio lá, por ser um ambiente cristão. Também não disse mais do que isso, pois temia a reação deles caso soubessem o restante da história… 

Quando veio o mês de fevereiro, finalmente chegou o momento de voltar para Araucária. O avô de Yumi, junto com a vó, deram carona pra ela e pra Yuzu de volta pra rodoviária, de onde se despediram e embarcaram num ônibus para Curitiba. Depois de outra viagem longa e cansativa, chegaram em Curitiba e pegaram um ônibus para Araucária. Chegaram numa sexta-feira à noite, e por causa do cansaço, não foram pra igreja no outro dia. 

O combinado era que Yuji levaria Yumi pro internato já no domingo. Por isso, quando era sábado à noite, Yumi não pode deixar de pensar - tenho mais uma chance de ver a Sara… Mas, nós decidimos em dezembro que seguiríamos um plano realista e seguro… Conseguimos fazer um plano por que a Sara arriscou tudo vindo me visitar naquela noite. Eu estava prestes a ir pra casa dela quando ela chegou aqui… Arriscamos tudo naquela noite, mas estávamos sem perspectiva de nos reencontrarmos. Aquilo foi arriscado, mas era nossa única chance. Se eu sair de casa hoje vou estar arriscando a segurança do nosso plano. Minha vontade é ir me encontrar com ela, mas isso seria um erro, não posso arriscar, vou ficar em casa. 

A decisão provocou uma sensação desagradável em Yumi, mas ela sabia racionalmente que o certo era não se entregar à vontade de agir de forma precipitada. Por isso, ela pôde dormir sabendo que escolheu corretamente o que iria fazer. No outro dia, como era combinado, Yuji levou Yumi pra Santa Catarina. No caminho, pensou - realmente, fiz certo em não tentar me encontrar com a Sara, seria uma besteira e poderia estragar tudo. Vou seguir o plano, a prioridade é encontrar um aparelho onde eu possa acessar o nosso e-mail secreto.

Assim que terminou esse pensamento, olhou com a visão periférica para o pai - espero que essa seja a última vez que ele me leve pra longe da Sara. - Então, enquanto ainda divagava em pensamentos, olhou pelo espelho de dentro do carro e viu a capa do seu piano digital, que estava no banco de trás como parte da bagagem. - Ainda bem que dessa vez ele me deixou trazer o piano. A disciplina da igreja me obrigava a ficar um ano sem tocar na igreja. Ainda falta um tempo pra dar exatamente um ano, mas o meu pai não quis implicar com isso. Mas dessa vez não preciso dele pra tocar na igreja… O vestibular de piano da Belas me obriga a tocar peças eruditas difíceis pra poder passar, então eu preciso estar mais do que em forma pra ter alguma chance.

Com exceção do silêncio sepulcral, não houve mais nada que fosse digno de nota sobre a ida deles para o internato. Chegaram lá perto do fim da tarde e nem o Yuji e nem a Yumi fizeram questão de fazer uma despedida longa. Quando já estava no seu quarto desfazendo a bagagem, a Fernanda e a Luana entraram, dando risada sobre algum fato que ela não estava sabendo. Quando a viram, Fernanda foi a primeira a falar:

— Oi Yumi, passou bem as férias? - perguntou ela, ainda parecendo eufórica.

— Hum… Ah… Passei bem sim, muito obrigada por perguntar - respondeu Yumi na sequência, enquanto precisava fazer o seu habitual esforço para poder se comunicar. 

Assim que disse isso, pensou - eu decidi que iria parar de ser tímida… Isso me atrapalha. Não que eu precise ser extrovertida ou uma pessoa muito falante, mas preciso conseguir conversar com as pessoas sem ficar sofrendo. Tá, nesse ano eu vou me esforçar, não tem necessidade de eu ser completamente fechada com as minhas colegas de quarto.

— Ah… Luana, tudo certo com você? Não tenho histórias pra contar das minhas férias, mas parecia que você acabou de contar uma boa para a Fernanda - disso Yumi, tentando interagir.

Se perguntassem pra ela qual era a história que a Luana tinha contado, definitivamente não saberia reproduzir, mas a conversa que se seguiu entre as três fez com que Yumi ficasse menos desconfortável perto delas. Logo depois chegou a Rute, que era a mais falante de todas as garotas que dividiam aquele quarto. Depois de conversarem por mais de hora, Rute conseguiu extrair uma admissão de Yumi assumindo a sua timidez. Nisso, declarou - que bom que era só isso - enquanto ria e fazia um pequeno escândalo. - No começo eu até pensei que você fosse tímida, mas com o tempo fui achando que você era só uma esnobe. Mas pode ficar tranquila, não precisa ter receio de falar com a gente.

Yumi ficou bem contente com o saldo daquela conversa. Ela sabia que não poderia se abrir completamente para nenhuma daquelas garotas, mas sentiu que tinha tido uma pequena vitória contra a sua timidez excessiva. Com isso, passou relativamente bem a primeira semana no internato. Ela realizou as várias atividades da rotina que tinha ali e acrescentou aquilo tudo um tempo para praticar o piano. Poder voltar a praticar diariamente se mostrou muito prazeroso, além de se tornar o momento mais aguardado do seu dia, pois quando fazia isso, além de fazer o que gostava, sentia que estava se preparando para executar o plano que tinha feito com Sara. 

Então, no domingo de tarde, quando fazia exatamente uma semana que estava ali, ela viu a Rute voltando pro quarto segurando um tablet. Fazia quase duas horas que a Rute tinha saído, mas por estar concentrada praticando o piano, além de estar usando fones de ouvido, não percebeu que ela estava com aquele aparelho. Porém, com a chegada da Rute, Yumi resolveu dar uma pausa no estudo e por isso reparou no tablet

— Ainda não tô conformada com o fato de você ser uma pianista e nunca ter dito uma palavra sobre isso - declarou Rute, enquanto fechava a porta do quarto.

— Desculpa… É que eu tava muito deprimida quando vim pra cá. Na época eu não queria falar sobre nada da minha vida - respondeu Yumi, cabisbaixa.

— Calma, não precisa ficar deprimida de volta e lembrando de coisas ruins - disse Rute de imediato. - Falei só pra fazer um drama, não era pra você levar a sério.

— Tudo bem… Ah, você vai ficar no quarto agora? - indagou Yumi, enquanto olhava de relance para o tablet que Rute estava segurando.

— Vou sim, já cansei de ficar lá no salão. Fora que se eu ficar lá, só vou gastar tempo em rede social… Eles liberam a gente pra mexer nessas coisas no final de semana, mas eu não quero gastar o meu domingo com isso, vou ler meus livros que eu ganho mais - respondeu Rute, enquanto se deitava na sua cama e trocava o tablet por uma cópia do Crônicas de Nárnia que estava em cima do seu armário de cabeceira.

Yumi ficou em silêncio e olhou diretamente para o tablet. - Será que eu tento agora? Bom… Não tenho nada a perder se eu simplesmente pedir pra ela… Será que ela deixa? Não, não quero pedir emprestado, não me sinto bem pedindo coisas pras pessoas. Não, eu prometi que iria parar com essas loucuras que eu tenho, vou pedir sim - pensou Yumi, antes de interromper a leitura da Rute.

— Ah… Rute, você me empresta o seu tablet um pouquinho, por favor? Eu queria usar a internet enquanto ainda podemos. Eu não usei nenhuma vez aqui no internato e eu não tinha percebido que você tinha um tablet até um minuto atrás - disse Yumi, que para a própria surpresa, não sentiu dificuldade em realizar o pedido.

— Claro que sim - respondeu Rute, enquanto entregava o tablet para Yumi, usando a mão que não estava segurando o livro.

— Obrigada, não vou demorar - respondeu Yumi, enquanto pegava o tablet.

— Tudo bem… Mas é melhor você usar ele lá no salão de baixo, é onde a internet pega bem - respondeu Rute, agora dirigindo a sua atenção de volta para o livro. 

Yumi agradeceu mais uma vez e foi para onde a Rute tinha recomendado. Se sentou num dos sofás que as outras meninas não estavam usando e foi fazer o que estava há semanas esperando para poder fazer. 

Até que enfim consegui - pensou, enquanto abria uma janela anônima no navegador. - Será que eu ainda lembro a senha e o login? Lembro sim, “piano.desenho@gmail.com” e "Yumi10/03", a Sara escolheu isso muito bem. - Na sequência, Yumi acessou a conta e abriu o Google Docs pelo navegador, onde encontrou a mensagem escrita por Sara em dezembro.

Ela escreveu isso de um jeitinho muito fofo, queria ter lido isso antes - pensou Yumi, enquanto continha um pequeno sorriso. - Tá bom, vamos responder…

Yumi

Oi minha fofa S2 Desculpa por demorar tanto pra te responder, só consegui acessar a internet agora. N tinha internet na casa da minha vó e no internato só podemos usar a internet nos finais de semana. Eu consegui emprestar um tablet pra poder falar com vc. N se preocupe, estou usando uma janela anônima, então ninguém vai ver q eu usei a nossa conta. Eu também trouxe o meu piano digital pra cá, então vou poder voltar a estudar. Prometo q vou me dedicar muito e passar no vestibular. Ainda n sei como, mas o nosso plano vai dar certo!!! A partir de agora vou tentar mandar mensagem pra vc todo final de semana. Acho q por enquanto é isso… N sei como estão as coisas aí em Araucária, mas espero q vc esteja bem. Bjs, te amo ♥   

Satisfeita com o que escreveu, Yumi fechou a janela anônima e voltou para o seu quarto. Então, devolveu o tablet pra Rute e agiu como se nada tivesse acontecido. Em seguida, se deitou na sua cama e se virou pro lado da parede. Estava contente, finalmente tinha conseguido enviar a mensagem e tinha estudado piano por bastante tempo, era um bom momento para descansar.

***

Era domingo à noite. Sara tinha acordado cedo para ir para o clube de desbravadores e estava cansada e ansiosa. O fato de ter que levantar ainda mais cedo no outro dia para ir pro estágio definitivamente não estava ajudando a relaxar, mas o que a estava deixando ansiosa era o fato de que estava no mês de fevereiro e não ouvia notícias de Yumi desde dezembro. 

Será que ela esqueceu a senha? Será que eu falei certo quando contei pra ela como acessar aquele e-mail? Será que ela pode acessar o e-mail quando está no internato? - Foram algumas das perguntas que ficaram perturbando os pensamentos de Sara. Então, antes de ir dormir, resolveu olhar mais uma vez se a Yumi não tinha escrito nada pra ela. 

Ah… Ainda bem, ela conseguiu - disse Sara para si, quando viu que a sua mensagem tinha uma resposta. Assim que terminou de ler, pensou - então é agora que o nosso plano realmente começa.

///

Oi gente, como prometido lancei o capítulo da semana. Pretendo manter as publicações semanais até a história acabar, mas se em alguma semana eu não conseguir postar, saibam q é pq eu ainda estou escrevendo, n é pq eu desisti de terminar a história kjkj. Bom, muito obg por terem lido, espero q vcs estejam gostando de acompanhar a história :) Até a próxima sexta, beijos ♥


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