A Jornada da Fênix: O Ressurgir das Cinzas escrita por FoxFlameWarrior


Capítulo 14
Gardering


Notas iniciais do capítulo

Gente, confesso que me emocionei um pouco escrevendo esse capítulo.
Espero que estejam gostando da Pata da Noite, ela é como uma Coração de Cinzas para a Fênix/Pata de Carvão.
Não vou enrolar aqui. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/804949/chapter/14

       A noite da assembleia chegara, Pata de Carvão estava pronta para ir pela primeira vez ao local onde ocorriam as reuniões, Estrela de Fogo nunca a escolhera para ir e nunca explicou o porquê.

        O grupo logo chegara para se encontrar com os outros clãs, Pata de Carvão notou os líderes do Clã do Vento e Clã das Sombras já sentados em seus lugares com seus companheiros já aconchegados sob a grama. Estrela de Leopardo se juntou a eles, deixando que seus seguidores fossem se encontrar com os outros.

        Pata de Carvão e Pata da Noite foram se encontrar com os outros aprendizes, dentre eles estava Pata de Oliva, uma aprendiz do Clã das Sombras, a gata tartarugada logo reconheceu Pata da Noite e foi cumprimentá-la.

—Pata de Oliva: Olá, Pata da Noite. (Falou se sentando ao seu lado). Quem é essa? (Falou se referindo a Pata de Carvão).

—Pata da Noite: Essa é Pata de Carvão, a mais nova aprendiz do Clã do Rio.

—Pata de Carvão: E você é?

—Pata de Oliva: Eu sou Pata de Oliva, uma aprendiz do Clã das Sombras. Mas, me diga, você é uma gatinha de gente?

—Pata de Carvão: Eu era, mas fui expulsa pelo meu Duas Pernas.

—Pata da Noite: Além de ser prisioneira do Clã do Trovão. Mas o Clã do Rio a aceitou como aprendiz. Agora ela pode ter uma vida melhor.

—Pata de Oliva: Por falar em Clã do Trovão, eles chegaram.

      Pata de Carvão rapidamente virou a cabeça e avistou seus ex-colegas de clã, logo a frente estava Estrela de Fogo, seguido por Garra de Amora Doce, Coração de Cinzas, Tempestade de Areia, Listra Cinzenta, Perna de Aranha e Poça de Folhas.

      O líder cor de fogo logo a avistou, ainda não sabia o que tinha acontecido com a gata, então correu animado em sua direção, a aprendiz pôde sentir gotas de lágrimas caindo em seu pelo, seu ex- mentor parecia aliviado e feliz por ter se reencontrado com ela.

—Estrela de Fogo: Fênix, que bom que está bem, eu estava preocupado, por que sumiu daquele jeito? (Se afastou para olhá-la nos olhos). Sei que o Clã das Estrelas pode ser complicado de entender as vezes, mas tenho certeza de que... (Interrompido).

—Pata de Carvão: Desculpe, Estrela de Fogo, mas Estrela de Leopardo não vai gostar de te ver me tratando assim. (Falou meio fria).

—Estrela de Fogo: O que? O ela tem a ver com isso? (Questionou confuso).

—Estrela de Leopardo: Pata de Carvão não é mais sua prisioneira, Estrela de Fogo. Não tem mais o direito de falar com ela como se fosse um brinquedo. (Falou se colocando entre os dois).

—Estrela de Fogo: Prisioneira? O que significa isso, Fênix? (Perguntou surpreso).

—Pata de Carvão: Estrela de Leopardo, posso dar uma palavra sozinha com Estrela de Fogo?

—Estrela de Leopardo: Certo. (Se volta ao gato de olhos verdes). Mas se tentar alguma coisa contra essa aprendiz, eu juro que não vou te perdoar.

       Pata de Carvão guiou Estrela de Fogo até um lugar mais afastado dos outros gatos, onde ninguém os ouviria. Se certificou de que ninguém os havia seguido, então começou:

—Estrela de Fogo, preciso que entenda, estou tentando ajudar nosso clã.

—Estrela de Fogo: Qual clã? O Clã do Trovão ou o Clã do Rio?

—Pata de Carvão: Eu posso explicar, sei que pareço uma traidora, mas não tive escolha. Pé de Bruma me encontrou perto da fronteira e eu tive que inventar essa história ou a patrulha dela me mataria e eu não poderia mais ajudar o Clã do Trovão.

—Estrela de Fogo: E como exatamente você está ajudando o Clã do Trovão se você se juntou a Estrela de Leopardo?

—Pata de Carvão: Eu só fiz isso pra poder espionar. Assim eu posso avisar vocês caso ela planeje outros ataques e evitar que mais gatos do Clã do Trovão tenham de sofrer por isso.

—Estrela de Fogo: Eu sei que no fundo você só quer o nosso bem, mas teria ajudado muito mais se tivesse ficado no acampamento. Eu fiquei te procurando por muito tempo, até achei que estivesse morta.

—Pata de Carvão: Por que você pensaria isso da filha de um assassino? Por que se importa?

—Estrela de Fogo: Eu tenho o direito de temer pelos meus companheiros de clã, não tenho?

—Pata de Carvão: Sim, mas deveria confiar mais neles também! (Expõe as garras). Eu sei que o que aconteceu com Estrela Tigrada no passado fez você ficar mais preocupado com os seus colegas de clã, mas vou te dizer uma coisa: se você acha que todos precisam que você sempre os salve, então está enganado! (Falou erguendo a voz).

—Estrela de Fogo: Fênix, você... (Interrompido).

—Pata de Carvão: Você não é mais meu líder, Estrela de Fogo, e meu nome é Pata de Carvão! (Afirmou com raiva). Estou com o Clã do Rio agora, e quer saber? Eles não me tratam como uma gatinha de gente fraca e inofensiva! Eles confiam em mim, me tratam como uma aprendiz de verdade e eu me senti mais amada nessa única semana do que nas luas em que fiquei com o Clã do Trovão! (Se afasta e vai em direção aos outros gatos, mas faz uma pausa e retoma a fala). Darei notícias caso hajam planos para novos ataques. (Falou com uma voz seca e volta para o lado de Pata da Noite e Pata de Oliva).

        Estrela de Fogo se sentia quebrado e triste, nunca imaginara que a aprendiz na qual ele esperava estar conseguindo despertar coisas boas acabasse por desapontá-lo dessa forma, se sentia como Estrela Azul quando foi abalada pela traição de Estrela Tigrada.

       O líder conteve suas lágrimas de tristeza, respirou fundo e trotou até os outros líderes, subiu na árvore e se sentou ao lado de Estrela Preta. A assembleia seguiu e Estrela de Fogo encarava discretamente sua ex- aprendiz, sabia que ela só queria ajudar, mas tinha medo de que sua lealdade ficasse dividida entre o Clã do Rio e o Clã do Trovão, o que provavelmente aconteceria depois da discussão que tiveram.

[...]

      A assembleia acabou, Pata de Carvão e Pata da Noite se despediram de Pata de Oliva e seguiram com seus mentores.

—Pé de Seixo: O que achou da sua primeira assembleia, Pata de Carvão?

—Pata de Carvão: Gostei de conhecer gatos dos outros clãs, eles são bem amigáveis, só foi meio difícil ficar ao lado dos gatos do Clã do Trovão.

—Pé de Seixo: Eu entendo, depois de tudo o que aconteceu com vocês, deve ser difícil encontrar com eles estando em outra posição. (Falou antes de tocar seu nariz na bochecha dela, como conforto).

        Pata de Carvão sente alguém lhe cutucar, virou a cabeça e viu Coração de Cinzas ao seu lado.

—Coração de Cinzas: Posso falar com você um segundo? (Sussurrou).

—Pata de Carvão: Claro. (Sussurrou).

         Ambas sobem discretamente em uma árvore, logo a gata azul cinza começou:

—Por que está fazendo isso?

—Pata de Carvão: Eu só quero ajudar. Eu estou... (Interrompida).

—Coração de Cinzas: Eu sei, Pelo Gris me contou.

—Pata de Carvão: Então sabe que eu preciso fazer isso.

—Coração de Cinzas: Não, você não tem! Pode nos ajudar ficando conosco no Clã do Trovão.

—Pata de Carvão: Foi Estrela de Fogo que te mandou falar comigo, não foi?

—Coração de Cinzas: Fênix, por favor, é a minha melhor amiga, não posso viver sabendo que você está correndo risco a cada segundo da sua vida.

—Pata de Carvão: Eu sei me cuidar, além disso, os gatos do Clã do Rio não suspeitam de nada. E eles são mais legais do que eu imaginava.

—Coração de Cinzas: Se é isso que você quer, então, tudo bem. Mas eu já menti por você quando escondi o que Pelo Gris me contou, não me faça mentir outra vez!

—Pata de Carvão: Está tudo bem, Coração de Cinzas. Tudo vai ficar bem.

—Coração de Cinzas: Você acha que vai voltar ao Clã do Trovão algum dia?

—Pata de Carvão: Talvez quando Estrela de Leopardo der uma trégua.

—Coração de Cinzas: Tenha cuidado. Se algo der errado... (Interrompida).

—Pata de Carvão: Por favor, só pare de se preocupar desse jeito. (Suspira). É melhor irmos, vão sentir nossa falta. (Falou saltando do galho).

        Ambas desceram e seguiram seus caminhos. Pata de Carvão alcançou seu grupo, todos voltaram ao acampamento. A jovem de coleira já ia entrar na toca dos aprendizes, mas Estrela de Leopardo a interrompeu e sinalizou com a cabeça para que a seguisse.

—Estrela de Leopardo: O que disse a Estrela de Fogo?

—Pata de Carvão: Eu expliquei que estou feliz no Clã do Rio e que ele não precisa mais se preocupar em me tratar como um brinquedo, porque agora eu tenho utilidade em um clã de verdade.

—Estrela de Leopardo: Gostei dessa resposta. (Se aproxima). Mas você tem que tirar essa coleira do pescoço. Enquanto a usar, todos vão te ver como uma gatinha de gente e o Clã do Trovão não vai te respeitar.

       Pata de Carvão concordou, logo Estrela de Leopardo agarrou a coleira pela parte de trás e puxou pra cima, fazendo-a passar pela cabeça da jovem e a tirando. Pata de Carvão saiu da toca da líder com uma nova sensação, se sentia livre.

       A jovem trotou até a toca dos aprendizes, entrou com cuidado em direção ao seu ninho para não despertar os outros aprendizes, se aconchegou em uma cama de musgos e deitou a cabeça sob as patas.

     Sua mente girava pensando sobre o que ocorrera na assembleia, Estrela de Fogo parecia desapontado o tempo todo, ela entendia o quanto seu ex- mentor sentia a sua falta e se preocupava com sua segurança, no entanto, sentia que não faria diferença para o Clã do Trovão se voltasse, pois na batalha contra o Clã do Rio, quase não conseguira sair viva enquanto seus companheiros venciam e matavam.

      Assim, se fosse para ser uma guerreira fraca, então faria isso em outro clã, porque a última coisa que Estrela de Fogo precisava era de lutadores fracos, mas sempre consideraria o Clã do Trovão como sua verdadeira família e os ajudaria mesmo estando longe deles.

     Pata de Carvão sentiu algo se enrolar a ela, dando-lhe conforto e calor, viu pelo canto do olho que Pata da Noite estava ao seu lado com a cauda felpuda enroscada sob seu corpo. Espremeu seu corpo contra o da amiga, devolvendo-lhe conforto e “abrigo” contra o frio. Logo, ambas dormiram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai mds. Eu não sei vocês, mas eu amo muito a amizade da Pata da Noite com a Pata de Carvão. Coitado do Estrela de Fogo, levou esporro da Fênix, mas ela foi sincera quando disse aquilo. (Pra quem não lembra, ele já foi mentor dela).
Agradeço DEMAIS a quem está lendo. Sério, gente, 6 são dms!!
Bjs com pluminhas!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Jornada da Fênix: O Ressurgir das Cinzas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.