Brotherhood escrita por Lorelai Gipsy Danger


Capítulo 4
Capítulo 2 Part. I


Notas iniciais do capítulo

Here we go again!
Aproveitando que eu consegui me organizar e me manter nessa pegada, reviseis os capítulos, mudei algumas coisas (bem poucas por enquanto) e agora tenho mais um capítulo pronto para ser postado.



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Humilhada, traída, enganada e magoada. 

Eram tantos sentimentos, que Rose já não sabia mais por onde começar. Havia uma familiaridade ingrata com eles, pois os sentiu a vida inteira, por isso, doía muito mais. E, naquele borbulhar de emoções, havia uma necessidade latente, mas silenciosa, que se destacava em meio à confusão, porém Rose preferia ignorá-la. 

Em sua mente tudo rodava, não só a acusação de roubo, como também os eventos da noite anterior e a prova, irrefutável, da infidelidade de Nick. Se culpava, pensava que se não tivesse trabalhado tanto, se tivesse ficado mais tempo em casa, teria tido mais tempo para se dedicar a Nick, ele não precisaria ter procurado outra. Rose atribuis a si a culpa do fracasso do relacionamento e de sua sobriedade.

Ela estava tão absorta naquele pensamento, naquele círculo vicioso de culpa e desespero, que não percebia o absurdo de se culpar pela falta de honestidade e caráter de outro. Rose tinha o hábito, problemático, de se culpar pelo comportamento dos outros em relação a ela, principalmente daqueles que considerava importante. O abandono na porta da igreja, a transferência do convento para o orfanato estadual, o relacionamento abusivo com Michael e a infelicidade de Nick, tudo era sua culpa.  Uma total ausência de sanidade e, talvez, a forma como a notícia lhe foi dada, e a recaída da noite anterior, tenham contribuindo com o delírio e os pensamentos incoerentes.

Toda a situação não contribuía nem um pouco para a saúde mental de Rose. Ficar ali, aquela sala, sentada e sozinha, entre choros e soluços, digerindo com dificuldade a realidade dura e cruel, só pioravam a confusão, sentia sua cabeça girar e a necessidade aumentar, como um monstro faminto esperando a oportunidade de atacar. Suas mãos suavam e seu peito se apertava com as batidas aceleradas do coração, causando e dificuldade de respirar, sintomas comuns de uma crise de pânico que, em sua mente fissurada, só poderia ser remediada da mesma forma da noite anterior. E ela estava disposta a fazer qualquer coisa para conseguir algo que anestesiasse mais seus sentimentos.   

Ainda com dificuldade para respirar, com a mão segurando a gola de sua camisa, que a sufocava, algo dentro de si ainda lutava para trazê-la de volta para a realidade. Percebia seu corpo enfraquecer, sua visão falhava, ela estava desmaiando.

— Não é minha culpa. — disse em voz alta. — Não posso me culpar pelo erro dos outros. — repetiu a frase mais algumas vezes, como quem recita um mantra. Concentrando em sua respiração, ela buscava calma. — Eles foram, porque quiseram, eu não tenho culpa. — Sua voz era baixa, estava assustada e não queria que os outros soubesse. — Reaja, Rose Tyler! Reaja!

Lentamente sua respiração desacelerou. Suas emoções estão, um pouco, mais controladas, o aperto do peito desaparecia e a cabeça podia pensar com um pouco mais de clareza. Rose buscava a compreensão de que não poderia se responsabilizar pelos atos de Nick, se ele estava tão infeliz, como disse, ele teria ficado insatisfeito com qualquer situação. Se ela tivesse trabalhado menos, ele teria que trabalhar mais e o desfecho seria o mesmo. Nada o faria ficar e ele a culparia Rose da mesma forma.  Porém, mesmo aceitando não ser sua culpa, nada conseguia apaziguar o coração de Rose e levar embora a dor do abandono e da ingratidão e, como isso, outros sentimentos começaram a aflorar. A Raiva e a Vergonha.

— Vão me deixar aqui para sempre? — gritou, estava inquieta, talvez fosse a fissura batendo, ou mesmo a raiva, mas estava irritada de estar naquela sala sozinha com seus pensamentos.

Aqueles novos sentimentos estavam atrapalhando seu pensamento, da mesma forma que os anteriores. Era um carrossel de emoções boas, não tão boas e ruins, que estavam levavam Rose ao seu limite e quanto mais ela ficava ali, sozinha, pensando em tudo, pior ela ficava.

Não conseguia deixar de pensar no quanto foi ingênua em acreditar em toda encenação de inimigos mortais, todas aquelas acusações de falsidade e a constante troca de insultos. Nick acusava Elisabeth de envenenar Rose contra ele, enquanto ela dizia que Rose merecia alguém melhor. Percebi o quanto tudo foi bem orquestrado com o único objetivo de manipulá-la, uma interpretação perfeita, para a audiência perfeita: a mulher apaixonada, desesperada por sentir-se amada, esquece de si, para se dedicar exclusivamente ao seu grande amor, o papel mais patético que Rose já interpretou em toda sua existência. 

A raiva e a vergonha pulsavam, pois, percebia o quanto havia facilitado o desenvolver da história, ficando nítida a manipulação sofrida por falsos sentimentos e promessas vazias. Qualquer pessoa teria constatado o que acontecia, mas ela não, ela estava cega.

— Tem alguém me ouvindo? — Exausta da espera e da solidão, com sua mente fervilhante, a conclusão à qual chegara não lhe agradava e isso gerava mais nervosismo, aumentando a inquietação, o sintoma central de qualquer quadro de dependência química. Tentando se acalmar e frear mais uma crise de pânico crescente, repousou a cabeça sobre as mãos, ainda algemadas, tentando ficar o mais confortável possível. — Finalmente, pensei que tivessem me esquecido aqui. — Levantou sua cabeça e disse rispidamente ao ver a porta se abrir e os dois agentes voltarem para sala. 

— Então irá nos dizer a verdade? — questionaram.

— Eu já disse. — Revirou os olhos e bufou. — Eu não fiz nada. — Respirou fundo, contendo as lágrimas. Não choraria na frente deles. Eles poderiam ter visto tudo pelas câmeras, e seus olhos ainda estarem vermelhos e inchados, mas não daria um show ao vivo. — Talvez seja culpada por burrice, ingenuidade, mas não por isso. — Os olhou séria. — Escuta uma coisa… — Debruçou sobre a mesa, tentando ficar mais próximas dos homens, querendo que suas palavras fossem bem ouvidas. — Tem dez anos que os únicos eletrônicos próximos a mim, são: minha TV, e ela nem é tão moderna, e a máquina de cartão da lanchonete, que é uma bosta. Não tem como eu ter roubado nada de ninguém assim.

— Você poderia. — Tim disse. — Você é inteligente ao suficiente. — Rose tinha um QI alto, algo que impressionava a todos.

— Por isso mesmo, sou esperta o bastante para não cometer duas vezes o mesmo erro. — Debochou. — Você insulta a minha inteligência quando me acusa. 

— Você pode ter ajudado quem fez isso então. — Booth sugeriu.

— Ajudado? — Riu. — Esse rapaz é novo, né, Tim? — Debochou novamente. — Entenda uma coisa: ninguém ajuda ninguém na deep web sem cobrar um bom preço por isso e, se olharem a minha conta bancária, perceberão que não tenho ajudado ninguém ultimamente, nem a mim mesma.

— Contas em paraísos fiscais. — Tim sugeriu e esperou alguma reação, mas não veio nada.

— Não sei que droga vocês estão usando, mas, como já ferrei a minha sobriedade mesmo, vou querer um pouco. — Riu sem vontade, não queria fazer graça, queria incomodar.

— Você faz muitas piadas sobre isso, mas isso não é nada engraçado. — Booth a repreendeu, ele não diria a ela, mas no passado teve problemas como álcool e apostas depois que voltou da guerra e ver Rose falar daquela forma o incomodava.

— Definitivamente não é nada engraçado, mas essa é minha vida, então, só me resta fazer piadas com a minha desgraça. — respondeu atravessada. — Vocês estão perdendo tempo.

— Se não foi você, quem foi? — Booth perguntou, devolvendo o deboche. Assim como Tim, ele também analisava a linguagem corporal de Rose.

— Qualquer pessoa que conheça de sistemas saberia o que fazer. — Subitamente um pensamento lhe ocorreu e isso a enjoou. Precisou respirar fundo algumas vezes para acalmar o estômago.

— Você está bem? — Tim perguntou, percebendo que ela empalidecera.

— Não! — respondeu com dificuldade, tentado controlar a vontade de vomitar.

— Quando comeu pela última vez? — Booth quis saber, já se colocando de pé, conhecia bem aquela parte da recaída, a fome após passar horas apenas se alimentando de álcool.

— Não sei, não me lembro. — Rose ficava cada vez mais pálida e suava frio. — Muitas horas atrás, eu acho. — Parte do seu enjoo era causado pela falta de alimentos, mas também tinha outro motivo.

— Vou pegar algo para você, precisamos que fique acordada. — Saiu, deixando Tim e Rose sozinhos.

— Há quanto tempo estava limpa? — Tim foi direto.

— Dois anos. — Tentava conter desesperadamente o enjoo de decepção em revelar seu deslize e o nervosismo por dar-se conta do que poderia ter acontecido de verdade.

— Você poderia ter morrido. — comentou novamente.

— Tanto faz! — Deu de ombros.

— Não percebe o quanto isso é sério? — Estava espantado com a leviandade com qual Rose lidava com aquilo.

— Como disse antes, e vou repetir, ninguém sentiria a minha falta. — disse como firmeza. — A única pessoa que eu pensei que se importava, na verdade, queria alguém que o sustentasse e, quando eu falhei, me traiu e depois me descartou sem o menor remorso. — Ela falava como se contasse algo óbvio. — No entanto, por pior que seja a verdade, ele não foi o primeiro a fazer isso, mas, com certeza, absoluta, será último.

— Quer dizer que ele te deixou porque não tem dinheiro? — As palavras de Rose soaram estranhas para Tim. Desde o começo, todo o caso parecia fora de encaixe, mas, até então, ele não havia conseguido entender o motivo.

— Se me lembro bem das palavras usadas, ele disse que: "Estava cansado da mesmice, da mediocridade e da pobreza”. — repetiu dolorosamente as exatas palavras. — E foi exatamente nessa ordem.

— Seria possível que ele soubesse do seu histórico? — perguntou.

— Qual parte? — Riu. — Que eu não tenho ninguém?

— Não, que já foi presa por roubo. — Não apreciava a zombaria de Rose, por isso não se deixava abalar pelo comportamento.

— Sabia partes. — respondeu sentindo a rispidez. — Eu omiti a verdadeira razão por ter sido presa da última vez. Nunca contei essa parte da história para alguém.

— Ele trabalhava em uma loja de eletrônicos, não é mesmo? — Tim catava em suas pastas alguma informação.

— Ele é especializado em sistemas. Foi a faculdade, fez T.I., mas nunca conseguiu um emprego na área. — respondeu, percebendo que Tim chegava a mesma conclusão. — Talvez ele soubesse mais do que eu imaginava sobre a minha segunda prisão.

— O ajudava de alguma forma? — A encarou sério. Tim tentava coletar todas as informações possíveis.

— Não, eu o proibi de trazer para casa qualquer eletrônico ou algo com acesso à internet. — Ela percebia o comportamento de Tim. — Eu não queria problemas, como agora, por isso dizia que ele não poderia trazer “trabalho” para casa. 

— Então nos explique como a maioria dos acessos foi feita do seu apartamento? — Mostrando a Rose um relatório extenso, com datas, horários e localização. — Nós rastreamos cada um dos acessos do seu código, desde sua condenação até agora.

— Jamais poderia ter sido eu ... — disse enquanto analisava as datas e as horas. — Essas datas não batem.

— Do que está falando? — Tim perguntou.

— Todas essas datas coincidem com horários de trabalho ou horas extras que eu fiz, bem, pelo menos no último ano. — Pegou o lápis da mão de Tim e começou a sublinhar as datas.

— Como pode ter certeza? — O agente esperava uma resposta plausível. — Como poderia se lembrar?

— Porque eu, infelizmente, tenho uma boa memória, até para coisas ruins, por isso me lembro de cada minuto a mais que passei dentro daquela lanchonete. — respondeu séria. — Esse dia foi uma folga. — Apontou com o dedo, marcando forte com o lápis em seguida. — E esse também, ambos numa segunda, meu único dia livre, quando não conseguia mais horas extras. — Fez o mesmo novamente. — Não posso provar o que fiz durante as folgas, entretanto, os demais dias é só perguntar no meu trabalho, eles vão confirmar minha presença, sem falar as filmagens e marcação do ponto provando que eu estive lá em todos esses momentos. Jamais poderia ter feito isso, estava ocupada demais trabalhando para sustentar os caprichos daquele homem.

— Está me dizendo que tem como provar que não foi você? — Tim cruzou os braços sobre o peito.

— Sim! — Rose entendia o que acontecia e a raiva lhe consumia. — Armaram para mim. — Riu de raiva. Socou a mesa e sentiu dor na mesma mão de antes.

— Uma teoria em tanto. — Tim acreditava, mas não podia deixar que ela soubesse.

— Não é uma teoria. — O olhava séria. — E você sabe que é verdade. — Respirou fundo. 

— Então seu ex fez isso? — interpelou.

— Desconfio de que sim, mas não posso provar nada. — Respondeu com raiva. — Só minha inocência.

— Se isso for realmente verdade, estamos lidando com alguém melhor do que você. — Debochou.

— Se fosse melhore, não teria sido pego... — sorriu.

— Como você foi? — a interrompeu.

— Eu não fui pega. — Sorriu mais ainda. — Eu deixei que me pegassem.

— E por quê faria isso? — Tim duvidava.

— Eu era uma órfã, desesperada por atenção. — O encarou. — Supus que seria legal a fama e traria mais dinheiro. — Para depois desviar o olhar, com vergonha. — Mas só percebi a merda depois de feita, mas ninguém poderia saber que eu me entreguei às autoridades, então fiz todo mundo pensar que vocês eram bons o bastante para me prenderem sozinhos.

— E quando eu começava a acreditar no seu sofrimento. — Tim disse, fechando as pastas a sua frente. — Mas vejo que está se divertindo com isso tudo.

— Não estou me divertindo, estou dizendo a verdade. — falou séria. — Vocês só conseguiram rastrear esses acessos graças a mim, porque projetei esse sistema, por isso, falo a verdade, quando digo que não roubei dinheiro algum. — Se exaltou. — Acha mesmo que cairia na minha própria armadilha? — Quis saber. — Tenho cara de quem está milionária? Você já viu minhas roupas? Da última vez que eu conferi, esse modelo não estava na moda. — Referia-se ao uniforme. — Milionários não trabalham em lanchonetes. 

— Você pode até estar certa, no entanto, precisamos checar os fatos e confirmar seus álibis. — Tim ficou de pé. — Até lá, ficará detida aqui. — Caminhou para a porta, mas decidiu falar mais uma coisa. — Poderia ter pedido por um advogado, por que não o fez?

— Porque agora é uma questão de honra provar que eu não tenho nada a esconder. — respondeu firme. — Não cometi crime nenhum, dessa vez.

— Espere o Agente Booth, ele já deve estar voltando com algo para você comer. — Tim disse, ficando de pé.

— Aonde vai? — Rose questionou nervosa. — Por favor, não me deixe aqui sozinha novamente. — Implorou. — Não me deixe sozinha com meus pensamentos.

— O que aconteceu como você, Rose? — Tim a olhou com pena. — Por que aceitou ficar com uma pessoa com ele. — O agente teve muita dificuldade de acreditar na vida que Rose levava assim que os primeiros relatórios começaram a chegar. — A dependência do Michael eu entendi, ele mantinha seu vício e sem ele você jamais teria condições de financiar a adicção, mas o Nick? — Esperou uma reação de Rose, mas ela se manteve calada. — Ele te explorava, te usava, era algo abusivo, você se matava naquela lanchonete, para ele passar os dias te traindo e gastando seu dinheiro suado com jogo e passeios caros com a amante. Como você não viu? 

Rose deu de ombros, as lágrimas escorriam de seus olhos. 

— Eu arrisquei minha carreira por você. — Rose o olhou com espanto. —  Ou acha mesmo que alguns anos com a tornozeleira e alguns serviços para o FBI são a punição para o seu tipo de crime? Aquilo foi um tapa na mão, no máximo. E assim que você retribuiu?

— Tim…

— Logo você, Rose, que, fora nos momentos do vício, nunca deixaria alguém como ele se dar bem, foi ajudá-lo a roubas milhares de pessoas? Como pode ser tão cega?

— Eu não o ajudei! — Disse entre lágrimas. — Sim, eu fui cega, ou não quis ver. — Admitiu. — Mas jamais o ajudei. Eu não sabia que havia me ajudado às custas de sua carreira. Entendi que alguém foi benevolente comigo, mas não que foi você. Obrigada! — Foi sincera. — Por favor, você precisa acreditar que eu não tive parte nisso. Tim, eu imploro.

— Nós vamos analisar o seu depoimento e o que disse sobre seus álibis, pode levar um tempo, talvez você fique aqui alguns dias, afinal de contas temos um ano de datas para confirmar. — Era mentira, havia um software que poderia fazer todas as análises em menos de meia hora, porém, Tim queria ver a reação que Rose teria com suas palavras.

— Leve o tempo que precisar, com tanto que saia daqui com minha inocência provada, não me importo, mas, por favor, não me deixe sozinha aqui. Eu imploro. — Tim saiu da sala, deixando Rose sozinha novamente. — Tim? Agente Booth? Por favor!

Olhando para os lados, Rose sentia as paredes se fecharam em cima dela, a crise de pânico começava a surgir eme sua mente e, talvez, daquela vez, ela não conseguisse trazer sua mente de volta para sanidade. A fissura só aumentava e se corpo tremia de necessidade, aquela situação não fazia nada pela determinação de Rose em ficar sóbria. Ela caminhava por uma estrada conhecida e, dessa vez, temia não ter mais volta.

Alguns minutos depois outro agente voltou à sala e em suas mãos tinha um sanduíche e um copo de refrigerante, e essa foi a única refeição de Rose no dia todo.

As horas pareciam se arrastar e ela ficava cada vez mais nervosa, pois não sabia o que esperar. Eles teriam acreditado nela? Estavam realmente checando seus álibis? Sem respostas em nenhum momento próximo. Antes de saber de seu destino, Rose ainda passaria muitas horas presa naquela sala.

 


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