Meu Amor é Teu escrita por Karry


Capítulo 2
2017


Notas iniciais do capítulo

Acho que é aqui que começa a história desses dois de verdade ahuaahuaha. Os surtos!
Boa leitura.



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2017

Albus decidiu que não voltaria para casa no Natal mais uma vez, para a infelicidade de Lily Luna. Iriam passar o feriado deste ano na casa dos Potter e Rose tinha a certeza de que Molly estava tentando arrumar a cozinha naquele exato momento, já que a proibiram de fazer a comida para a ceia. 

— Hora de abrir os presentes! — anunciou Ginny em alto e muito bom som.

Hugo e Lily correram em direção a árvore de Natal que decorava a sala dos Potter, o gato de Lily correndo para junto deles enquanto Hermione depositava uma das mãos sobre o ombro de Rose. 

— Um dos presentes é seu! — disse ela suavemente — Albus enviou.

— Achei — gritou Lily. 

Se tratava de um embrulho verde, com um fitilho prateado. Tinha uma etiqueta com o nome de Rose, ela o pegou com as mãos e abriu o pacote habilmente, sem rasgar o papel. 

Era um livro.

Mas não qualquer livro. 

Um Conto de Natal. 

Rose abriu o livro e se deparou com a mensagem logo na primeira página. 

 

'Feliz Natal, Weasley. 

Espero que goste do livro tanto quanto gostei, e por favor leia ou Albus vai me zoar pelo resto da vida por isso

 Do Malfoy que você não odeia mais'.

 

Rose corou tão violentamente que até Hermione parou o que estava fazendo para olhá-la. 

— Quem foi que mandou isso aí? — perguntou Hugo, alto demais, chamando a atenção de toda a família. 

— Ah… Albus mandou — mentiu — Larga de ser enxerido, moleque. 

— Rose, não chame seu irmão de moleque — pediu Hermione. 

Rose fechou o livro e sorriu para a mãe. Iria aproveitar a distração de todos com os presentes para ler seu mais novo livro.

× 

Scorpius batia os dedos impacientemente contra a mesa de centro da Sala Comunal da Sonserina. Albus estava no banho, e mesmo se não estivesse, só saberia falar sobre Alice. 

Era quase como se Scorpius sentisse falta de Rose Weasley, pelo menos com ela o assunto era diferente.  

Rose Weasley… Scorpius não queria ficar pensando no que ela estava fazendo agora. Provavelmente estava ocupada demais aproveitando o Natal com a família para sequer notar que ele havia lhe enviado um presente. 

Scorpius tentou imaginar o que ela acharia do presente quando o abrisse. Depois do jantar do ano passado, ela e Scorpius conversaram poucas vezes. Geralmente só ficavam na companhia um do outro por uma intervenção de Albus, mas nas poucas ocasiões em que ficavam sozinhos por vontade própria, Rose revelou que não havia lido 'Um Conto de Natal' e Scorpius pensou que não havia ocasião melhor para lhe fazer ler o livro senão no próximo Natal. 

É claro que ele não tinha se livrado das piadas de Albus. Ele era um pé no saco, afinal, que moral ele tinha para gozar da cara de alguém quando estava vivendo em função de uma garota que o beijou na bochecha duas vezes? 

Nessas horas Scorpius se arrependia amargamente de não ter dado ouvidos a seu avô sobre ficar longe dos Potter. 

— Que cara é essa? — perguntou Albus. 

Scorpius deu um pulo, não tinha o visto chegar. Albus estava de pijama, os cabelos encharcados e uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores na mão. 

— Que susto! 

— Eu estou aqui faz uns cinco minutos te oferecendo feijõezinhos e você não me viu.

Scorpius resmungou um palavrão qualquer que James tinha ensinado a eles dois. Albus se sentou ao lado do amigo e estendeu os feijõezinhos. 

— Aconteceu alguma coisa? 

— Não — Scorpius contorceu o rosto numa careta ao colocar um feijãozinho de cera de ouvido sobre a língua — Blergh! só estava pensando. 

— Na Rose.

— O que? 

— Ué, você mandou um livro para ela e ela não te respondeu até agora, então você está bravo por causa disso. 

Ah! A intimidade era uma verdadeira maldição! Porque é que Scorpius havia ignorado Lucius mesmo?

— Você é maluco. 

— Cara, não mente para mim não… Olha, a Rose deve estar ocupada lendo o livro agora… ou jogando ele na lareira. 

— Ah que ótimo, estou bem mais tranquilo agora, muito obrigado! — bufou.

— Há! Você estava pensando na Rose.

Scorpius jogou um punhado de feijõezinhos na direção de Albus. 

— Tá, você venceu, sim eu estava pensando na Rose e no presente que mandei para ela, satisfeito? 

Albus riu. Enchendo a boca de feijõezinhos, só de pensar na quantidade de sabores misturados que ele comeu de uma vez o estômago de Scorpius se revirou de nojo.

Scorpius olhou para a janela mais uma vez, não sabia porque continuava esperando por uma resposta de Rose quando ela claramente não viria, era melhor simplesmente aceitar a derrota, por isso foi dormir. 

×

Era bom estar de volta a Hogwarts depois do Natal. Rose queria escrever uma carta para Scorpius agradecendo, mas estava ocupada demais devorando o livro para que tivesse tempo de mandar algo para ele. 

Ela pensou que ele, antes de qualquer pessoa, entenderia sua ausência. Na verdade, Rose até preferia dizer a ele em pessoa que havia adorado o presente. 

Já havia desfeito a mala de roupas e estava indo para o desjejum quando esbarrou com Scorpius no corredor.

— Ah, é você, Weasley — sorriu.

— Oi! — Rose sorriu de volta — E me desculpe por esbarrar em você. 

— Tudo bem, estou indo para Poções agora, você vem? 

Rose o fitou, curiosa. 

— Como…? 

— Grifinória e Sonserina têm essa aula juntas, por isso perguntei. 

Ui. Rose esqueceu de conferir seu próprio horário porque estava ocupada demais lendo o presente de Scorpius? Essa era nova. 

— Ah… Eu não li meu horário ainda — confessou, envergonhada.

Scorpius riu.

— Oh céus, o que será do universo agora que Rose esqueceu de ler um papel?

Scorpius esticou o braço em direção ao corredor para que Rose o acompanhasse, ela começou a caminhar ao seu lado para a aula de Poções. 

— A propósito eu adorei o presente de Natal — comentou Rose após um período de silêncio — E Cachorro adorou o fitilho prateado, não largou nem um minuto.

— Cachorro? Você não me disse que tinha um cachorro. 

— É um gato e é de Lily — riu Rose.

— O que?

— Um gato.

— O gato é um cachorro?

— Não! O nome do gato é Cachorro — Scorpius riu, visivelmente confuso com a escolha de nomes, o que acabou arrancando um sorriso de Rose também — Enfim… Obrigada pelo livro, eu adorei.

Rose pensou que Scorpius era agradável, não se parecia em nada com o Malfoy mimadinho com quem passou uma semana escolhendo presentes para Alice no ano anterior. Quem diria que Malfoy poderia ser uma boa companhia! Até o silêncio entre ambos era confortável, não havia necessidade de preenchê-lo automaticamente com qualquer baboseira. 

— Não foi nada! Fico feliz que tenha gostado! — Scorpius assentiu, tentando esconder o sorriso. Não queria que Rose soubesse que ele passou o jantar de Natal inteiro olhando pela janela à espera de uma coruja dela — Você chegou a ler? 

— Se eu cheguei a ler?! — ela deu uma risadinha — Eu não consegui parar de ler! Eu adorei, Scorpius — Rose apertou o ombro dele com delicadeza. Scorpius foi pego de surpresa, mal teve tempo de reagir antes que Rose recolhesse sua mão novamente — Dá para acreditar em como Scrooge era um pé no saco? 

— Ele parece meu avô.

Rose gargalhou. 

— O que? Lucius Malfoy é assombrado em todo o Natal? 

— Não, mas deveria! Ele só é chato e rabugento mesmo, meu pai não consegue disfarçar que fica irritado quando ele nos visita.

Rose fitou Scorpius com um sorriso no rosto, ele não a viu observá-lo, já tinham chegado a sala de poções e agora ele estava liberando o caminho para que ela entrasse. Para Scorpius, saber que Rose tinha gostado de um presente que ele escolheu a dedo já era o suficiente.


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