O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 4
Terceiro capitulo: A proposta


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O noivo de natal, que promete arrancar muitas risadas de vocês hoje, pelo menos eu ri muito escrevendo esse capitulo.

Sem mais delongas fiquem com o capitulo de hoje.
Beijos e boa leitura.



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—Isso é muito estranho. - o primo de Sarah disse perplexo olhando Liberdade deitado perto da minha cadeira, assim que nos sentamos para tomar o café da manhã que minha amiga havia acabado de preparar.

—Porque é estranho? Só porque seu cachorro gosta mais da minha amiga do que de você?! Deixa de ser ciumento e supera esse fato, Dani. - Sarah implicou sorrindo, antes de levar a xícara até os lábios tomando um gole do seu café.

—Não sou ciumento, Sasa, só não consigo entender... Como o Liberdade conseguiu confiar tanto nessa pequena sem ao menos conhecê-la direito?! Comigo ele demorou meses, para que me permitisse chegar perto dele sem querer me atacar. -ele disse ainda confuso e revirei os olhos, antes de cortar um pedaço do bolo e voltar minha atenção para os seus olhos escuros, da mesma tonalidade que duas pedras de ônix.

—Pra sua informação, meu nome é Amanda e não pequena. E quem sabe, o Liberdade não confie nos homens, o que é bem esperto da parte dele. - disse segura comendo meu pedaço de bolo e minha amiga concordou, enquanto Daniel estreitava os olhos na minha direção.

Por favor, ele achava mesmo que podia me intimidar fazendo cara feia pra mim?!

Nem nos seus sonhos, caro delegado.

—Se acha que vai me assustar fazendo cara feia, só um aviso abominável homem das neves, cresci com dois irmãos mais velhos que faziam muita cara feia pra mim e não vai ser a sua que vai me assustar.

—Pra sua informação, meu nome é Daniel e não abominável homem das neves, se não percebeu, acabou de ofender a mim e ao Liberdade. -ele apontou sério e sorri sem humor, enquanto minha amiga nos olhava anisando para saber quem ganharia aquele pequeno jogo de implicância.

 -Me desculpe se feri o seu orgulho masculino, que deve ser tão pequeno quanto uma semente de mostrada e frágil como cristal. Há, ia me esquecendo enquanto continuar me chamando de pequena vou continuar te chamando de abominável homem das neves. - disse vitoriosa fazendo-o estreitar os olhos em minha direção, enquanto voltava a comer meu bolo sem me importar com os olhares fulminantes de Daniel.

—Você é pequena, mas é irritante, sabia?! Sarah, onde foi que arrumou essa sua pequena amiga? - Daniel questionou sério para a prima e foi a minha vez de olhá-lo de forma fulminante, me imaginando esganando-o com minhas próprias mãos. -E acho bom, não está imaginando que me mata em seus pensamentos, pequena.

—É melhor matá-lo na minha mente, onde não posso ser presa por matar um cretino arrogante. - disse furiosa me levantando da mesa para pegar mais café na cafeteira.

—Essa implicância de vocês está hilária. Se soubesse disso já teria apresentado os dois a tempos, e Dani, não fingi que não sabe quem a Amanda é. Tenho certeza que quando soube que iria dividir o apartamento com ela, fez questão de puxar a ficha criminal da minha amiga. - Sarah revelou sorrindo maldosa para o primo que olhou feio para ela, me fazendo virar automaticamente para olhar o homem sentado em nossa mesa.

—Você fez o que?! Com que direito você pesquisou meus antecedes? - questionei severa me segurando para não pular em Daniel, pondo em prática a minha fantasia de esganá-lo com minhas próprias mãos.

—Com o direito de um primo mais velho, preocupado com a segurança da sua única prima. Do jeito que Sarah é um imã ambulante para problemas, ela poderia atrair qualquer maluco para dividir o teto e não queria receber um telefonema da delegacia de homicídios, contanto que minha prima foi vítima de um psicopata qualquer. Olha só, me desculpe, não tinha o direito de invadir a sua privacidade, foi muito errado da minha parte, mas fiz isso em nome da segurança da doida da minha prima, porque só assim conseguiria dormir em paz. - Daniel se desculpou e respirei fundo, porque apesar de não concordar com a sua invasão de privacidade entendia sua justificativa, porque realmente Sarah era um imã ambulante para problemas.

—Tudo bem, se estivesse no seu lugar faria a mesma coisa, porque também amo a sua prima e sei muito bem o quanto ela atraia problemas por onde passa. - disse e ele concordou, antes de olharmos para Sarah que ficou vermelha diante da nossa análise.

—Qual é? Não sou um imã ambulante para problemas, isso é uma tremenda de uma calunia, na verdade são os problemas que me perseguem. - minha amiga se defendeu e rimos negando, enquanto ia me sentar ao lado de Daniel para terminar de tomar o meu café.

Assim que ocupei o a cadeira ao seu lado, minha amiga começou a nos observar de maneira estranha por algum tempo com um sorriso que fez um arrepio estranho percorrer minha espinha, porque sabia que ele era o indicio de que minha amiga havia acabado de ter uma ideia maluca que com certeza me levaria novamente para o pronto socorro.

—Eu conheço esse sorriso, Sarah Souza...E não gosto nem um pouquinho quando ele aparece. - disse temorosa e Daniel balançou a cabeça concordando, enquanto ela sorria doce para nós me deixando ainda mais assustada.

—Nem me fale, da última vez que ela sorriu assim pra mim, acabei no pronto socorro com o braço quebrado e três pontos no queixo porque a maluca ai achou que era a sininho e se jogou de uma árvore, pensando que iria voar como a fada do Peter Pan e como primo mais velho, me quebrei todo quando cai na grama segurando-a evitando que se machucasse. -Daniel me explicou, antes de olhar de forma séria para sua prima que estava com um sorriso demais angelical em seus lábios. -Seja lá o que estiver passando pela sua cabeça maluca e irresponsável, não conte comigo.

—Nem comigo. - assegurei e minha amiga revirou os olhos, tomando um gole do seu café sorrindo serena para nós.

—Deixem de ser medrosos, não é nada demais. Sabem, olhando assim para os dois até que vocês formam um belo casal... Combinam de certa forma. - Sarah comentou como quem não quer nada e estreitei os olhos para ela, querendo saber onde queria chegar com aquilo.

—Sarah, você bebeu por acaso? Ou está sob o efeito de alguma substância ilícita? Porque só pode ser isso pra você dizer algo assim tão sem sentido.

—Não Daniel, estou perfeitamente sã e sóbria, mas sabe aqueles favores que está me devendo, já sei como pode me pagar. - Sarah disse para o primo e a olhei sério, tentando fazê-la entender que não iria topar a ideia maluca dela.

—Nem pensar Sarah.

—Cala boca, Amanda. Disse a você que ia resolver isso, então me deixa fazer isso, mulher. - minha amiga disse séria, antes de virar com um sorriso doce nos lábios para o primo que a olhava desconfiado.

—Tá legal, como posso te pagar?

—Meu priminho querido, o que acha de ficar noivo esse natal da minha melhor amiga, Amanda, a sua adorada pequena? - Sarah questionou sorrindo animada para o primo e abri a boca para dizer algo, mas nada saia.

Ficamos em silêncio pelo que pareceram horas, enquanto olhava para o rosto de Sarah tentando saber se ela havia perdido o juízo de vez, antes do primo dela começar a rir alto como se tivéssemos acabado de lhe contar a melhor piado do mundo.

—Muito engraçado, Sasa, quase acreditei na sua piada. Devia fazer stand-up, prima, tenho certeza que ganharia uma boa grana com as suas piadas hilárias. Essa realmente foi incrível. - Daniel disse sorrindo enxugando algumas lágrimas que se acumulavam em seus olhos, devido ao excesso de riso.

—E quem disse que estou brincando?! Estou falando bem sério, Daniel Adalberto Guimarães Souza. Você está me devendo uma grana em favores, então chegou a hora de pagar. - Sarah exigiu cruzando os braços séria olhando para o primo, enquanto me acabava de rir do segundo nome dele.

—Qual é a graça nisso tudo, pequena? Porque por enquanto não vejo nada engraçado. - ele apontou sério desviando os olhos de Sarah para me ver.

—Seu nome do meio é Adalberto?! Fala sério, parece nome de um senhor de oitenta anos. -disse me acabando de rir e Sarah concordou, enquanto recebíamos um olhar zangado dele.

—Era o nome do meu avô materno, se não sabe recém-nascidos não conseguem escolher o próprio nome, senhorita engraçadinha. E quanto a você, Sarah, se estou te devendo uma grana é só me dizer o valor que faço um pix como qualquer pessoal normal nesse mundo, sem precisar sugerir que ficasse noivo da sua amiga como pagamento e além do mais, ela nem faz meu tipo.

—Hei, abominável homem das neves, não precisa me ofender, tá legal. Você também não faz meu tipo Adalberto e só para saber, não estou de acordo com a ideia maluca da sua prima.

—Olha que vai sair mais barato, você ser o noivo de mentira da minha amiga do que me pagar, priminho.- Sarah explicou suave olhando para as suas unhas, com aquele ar de vitoriosa que sempre me deixava furiosa, porque não importasse o embate quando ela sorria daquela forma era porque sabia que estava com um trufo que a impedia de perder.

—Prefiro correr o risco. - ele disse sério tirando o celular do bolso da calça jeans que estava usando, provavelmente pronto para fazer a transferência bancaria imediatamente. - Me diz o valor que te devo e ficamos quites de uma vez, assim você esquece essa ideia maluca de noivo de mentira.

—Tá legal, você está me devendo cinco mil reais, Adalberto. - Sarah disse triunfante e fiquei sem fala, enquanto Daniel piscava atordoado diante do valor dito por minha amiga. - Quer que eu repita, Adalberto?

—Você tá brincando, não é?! Só pode, Sarah, e para de me chamar de Adalberto, sabe o quanto odeio esse nome...Sem ofensas, vovô. - ele pediu olhando para o teto, antes de voltar a sua atenção para a minha amiga que balançou a cabeça negando. - Como é que chegou a esse valor exorbitante, querida prima? E se não se lembra, sou um funcionário público e não um agiota.

—Deixa de ser mão de vaca, Adalberto, você é um funcionário publico concursado do primeiro escalão, recebe bem mais que eu e a Amanda juntas, agora sobre como cheguei à conclusão desses valores...Bom, enquanto levava o Liberdade para passear fiz amizade com algumas pessoas que eram babás de cães e conversa vai, conversa vem perguntei assim como quem não quer nada sobre os valores desse oficio, fiz as contas e deu cinco mil reais. E não, querido, você sabe que não estou enganada, porque sou professora de matemática e modéstia a parte sou muito boa em contas, desde pequena ajudava o papai a fazer o imposto de renda dos clientes dele. E então, posso te dizer o meu pix?- minha amiga questionou suave para o primo que gemeu derrotado colocando o celular em cima da mesa.

—Você sabe que não tenho essa grana toda, no momento. Gastei uma pequena fortuna com aqueles ingressos vips para o show do Elton John, como presente de casamento para os meus pais, na verdade minha mãe gostou muito mais que o meu pai do presente, mas enfim... Espera, você sabia disso, porque ajudou na organização das bodas dos dois...Isso foi golpe baixo, Sarah. - Daniel disse furioso se levantando da cadeira e olhando severo para a prima. - Pode tirar o seu cavalinho da chuva, porque não vou embarcar nessa sua loucura, dessa vez você passou de todos os limites.

—Daniel. - Sarah pediu se levantando da mesa seguindo o primo que caminhava apresado em direção a saída, pegando suas coisas e do seu cachorro chamando por Liberdade no caminho. - Por favor, precisamos da sua ajuda.

—Sarah, agora já chega. Foi engraçado no começo admito, mas não podemos envolver seu primo na minha mentira, ele é da polícia e podemos acabar indo presas por falsidade ideológica ou sei lá qual seja o nome do crime para o ato de enganar as pessoas.

—Acorda, Amanda, é isso ou recorrer a um empréstimo com um agiota perigoso, só assim para podermos contratar alguém pelos classificados para ser seu noivo. Se não percebeu estamos ficando sem tempo amiga, logo a sua família vai descobrir que não existe noivo nenhum. Além do mais, é melhor você ficar noiva de mentira do Dani, porque sairá mais barato para nós do que correr o risco pagando alguém bonitão e atraente, que a faça confundir negócios com prazer. - ela disse simples e a olhei incrédula, sem conseguir acreditar que Sarah havia feito aquela proposta maluca para o seu primo.

—Não vou envolver seu primo nessa confusão, Sarah, além do mais já disse que ele não faz meu tipo. - disse séria e minha amiga sorriu alto, atraindo a atenção de Liberdade e de Daniel, que pareciam perdidos diante da nossa discussão no meio da sala.

— Tá bom, amiga. Vou fingir que acredito, nisso. Vi o jeito que ficou secando o meu primo depois que ele entrou, assim como ele também te olhou de cima a baixo quando a viu. Vai me dizer que será um grande sacrífico, fingir ser noiva do Adalberto?!- minha amiga sugeriu e abri a boca para me defender, mas fomos interrompidas por um assobio alto que me fez gemer com dor e colocar as mãos nos ouvidos, tentando abafar aquele som infernal.

Automaticamente olhamos para Daniel que tirava os dedos da boca, cruzando os braços em seguida e nos olhando de forma intimidadora.

—Até que fim pararam de gritar. Agora as duas loucas vão se sentar nesse sofá e me contar direitinho que história é essa de noivo de mentira, agiota e sei lá mais o que estão envolvidas. Se tentarem esconder algo de mim, juro por Deus que vou ligar para a minha DP e pedir uma viatura, para conduzir as duas malucas de pijamas para o interrogatório.

—Só vou falar na presença do meu advogado. - Sarah disse séria cruzando os braços fazendo Daniel estreitar ainda mais os olhos, assumindo uma posse intimidadora e assustadora que colocaria medo em qualquer bandido perigoso, pelo menos em mim estava pondo medo.

—Não testa a minha paciência Sarah Regina. Andem, comecem a falar logo porque não tenho o dia todo. - ele disse severo e olhamos uma para a outra, antes de começamos a falar tudo desde o começo.

—E essa é toda a história do noivo de mentira da Amanda. - Sarah disse por fim e Daniel, agora sentado no sofá em nossa frente, olhou para mim com aquele olhar recriminador e intimidador, algo que devia reservar para as pessoas que interrogava no seu trabalho.

—Você sabe que isso é errado, não é Amanda? Não acha que sua família iria gostar de saber a verdade, ao em vez de ser enganada? - ele questionou severo, como se fosse o dono de toda verdade o que me deixou furiosa. Afinal, mal nos conhecíamos e isso não lhe dava o direito de me julgar daquela forma, como se fosse um dos criminosos que ele prendia em seu trabalho.

—E quem é você para me recriminar?! Pelo que sei, deve ser tão falho quanto eu. Quer saber?! Você não deve entender porque menti para o meu avô, afinal deve ser egoísta demais para compreender uma mentira por amor. -disse furiosa segurando minhas lágrimas, cansada de todo aquele estresse emocional de estar mentindo e não ajudou em nada, ser interrogada como uma bandida pelo primo cretino da minha amiga.

Sem dizer mais nada corri para o meu quarto, pois não iria desabar na frente daquele cara insensível e cruel, porque ele seria bem capaz de me acusar de estar fingindo tudo aquilo para sensibilizá-lo o que não era verdade. Assim que cheguei ao meu porto seguro, me deitei na minha cama e afundei meu rosto no travesseiro tentando abafar meus soluços, porque não queria ser ouvido por ninguém só queria ficar sozinha nesse momento, mas logo ouvi uma batida na minha porta.

—Amiga, não chora, sei que não está sendo fácil essa situação toda, mas abre a porta pra gente e me deixa de te consolar, enquanto o idiota do meu primo pedi desculpas. - ouvi Sarah dizer preocupada através da porta.

—Vão embora, não quero falar com ninguém. - solucei entre lágrimas querendo ficar sozinha.

—Você ouviu, Sasa, ela não quer falar conosco, acho melhor deixarmos sua amiga em paz. - ouvi Daniel dizer do outro lado da porta e logo escutei o som de uma batida, seguido de alguém gemendo de dor. - Isso doeu sabia?! Maldita hora que fui te ensinar a dar um soco decente.

—Por Deus, você é um homem ou um rato, Daniel?! Nem parece que faz os bandidos dessa cidade tremerem, só de ouvirem que vão para a DP do delegado Souza. Você vai pedir desculpas agora para a minha melhor amiga, ou juro por Deus que vai ter que arrumar outra babá para o Liberdade e deixa de ser frouxo Adalberto que isso não doeu nada. Agora, entra nesse quarto e pedi desculpas por ter sido um baita cretino com a Amanda, ela só mentiu porque estava desesperada, o avô dela está muito doente e a minha amiga só queria lhe dar um pouco de felicidade e tranquilidade, porque o sonho dele é vê-la com alguém que cuidará da neta caçula dele e sei muito bem que se estivesse no lugar dela faria a mesma coisa, priminho.- Sarah disse severa do outro lado e senti algo molhado tocando minha mão, já sabendo de quem se tratava.

— Até o seu cachorro tem mais coragem do que você, Adalberto. Larga de ser frouxo e entra logo nesse quarto, porque só vou te deixar sair dessa casa depois que se desculpar com a minha melhor amiga.

—Não enche, Sarah. -ouvi Daniel dizer e chamei Liberdade para deitar ao meu lado, enquanto acariciava seus pelos com carinho e ele me olhava de forma preocupada.

—Vou ficar bem, garoto, não se preocupe. Apesar do seu dono ser um cretino insensível, ele tem razão. Sei que estou errada em mentir para minha família, especialmente para o meu avô doente, mas tudo que quero é que ele tenha toda a felicidade do mundo nos poucos dias que lhe restam. Por acaso é egoísta da minha parte realizar o sonho do meu avô, mesmo que seja por meio de uma mentira?!- questionei entre lágrimas para o cachorro deitado ao meu lado, como se ele pudesse realmente entender tudo o que se passava dentro de mim.

—Vendo por esse ângulo, não é errado, pequena, mas também não é a opção correta. - ouvi Daniel dizer suave e virei para vê-lo, sozinho parado na porta do meu quarto.

—Achei que havia dito que não queria falar com ninguém. - disse séria olhando em seus olhos escuros e ele concordou suave.

—Sei disso, mas em minha defesa foi o Liberdade que invadiu seu quarto e eu aproveitei uma brecha, apenas para me desculpar. Isso se você me deixar entrar, para conversarmos um pouco. - ele pediu sincero e olhei para Liberdade, que parecia implorar com o olhar para que ouvisse seu dono.

—Tudo bem, pode entrar, acho que posso te dar alguns minutos para se desculpar. - disse suave enxugando minhas lágrimas e me sentando na cama, enquanto ele se sentava ao meu lado e Liberdade se eriçava todo ficando em alerta, indicando que estava pronto para atacar a qualquer momento se fosse necessário.

—Pode ficar tranquilo, filhote, prometo que não farei mal a sua amiga. -Daniel disse suave levantando a mão direita devagar, pedindo para fazer um carinho em Liberdade que relaxou automaticamente, se deixando ser acarinhado pelo dono.

—Ele nunca reagiu desse jeito na minha presença. O Liberdade está bem? -questionei preocupada olhando para Daniel, antes de fazer carinho no dorso de Liberdade, já que seu dono acariciava o espaço entre suas orelhas.

—Está, ele só é sensível a discussões e ambientes barulhentos, o que fizemos bastante minutos atrás, a veterinária disse que poderia ser um reflexo dos maus tratos que sofreu. Meu filhote só ficou em posição de ataque, porque achava que iria te machucar e pelo jeito ele estava mais do que disposto a defende-la. Se tinha alguma duvida do amor dele por você, ele acabou de provar isso, Amanda.

—Eu jamais tive dúvidas, Daniel. E está tudo bem, Liberdade, seu dono é um idiota, mas ele seria incapaz de me machucar pode ficar tranquilo. - assegurei a ele fazendo Daniel rir concordando, enquanto acariciávamos juntos aquele cachorro que tanto amávamos.

—Me perdoe pelas coisas que disse, nunca quis te magoar, Amanda. Foi rude e insensível com a sua dor e só agora consegui perceber isso.

—Eu te perdoo, Daniel, mas preciso que saiba que não queria mentir. Só que ver meu avô definhando diante dos meus olhos, não me deixou pensar direito e disse a primeira coisa que poderia fazê-lo feliz, nem que fosse por alguns minutos, mesmo que fosse uma mentira. Se tivesse outra opção, jamais mentiria dessa forma. - confessei sincera olhando em seus olhos escuros e ele balançou a cabeça concordando.

—Confio em você, dá pra ver nos seus olhos que não está mentindo e sou bom em descobrir quando as pessoas mentem pra mim.

—Que bom. - disse dando de ombros desviando meus olhos dos seus e olhando para Liberdade, que abanava o rabo sinalizando que estava gostando dos nossos carinhos, nos fazendo rir da sua animação. - Você tem um cachorro muito especial, Daniel, dá pra ver o quanto ele te ama.

—Eu também o amo, muito. Soube que Liberdade era especial desde a primeira vez que o vi, por isso fiz de tudo pra ficar com ele e que confiasse em mim. Para que soubesse que jamais faria algo que pudesse machucá-lo, muito menos permitiria que alguém voltasse a fazê-lo sofrer de alguma forma...- Daniel disse distraído acariciando os pelos do seu cachorro que parou de balançar o rabo adormecendo em nosso meio.- Em nome de todo amor e carinho que senti e dedica pelo meu filhote, vou ajudar você.

—Do que está falando, Daniel? - questionei confusa desviando meus olhos de Liberdade para ver seu dono que respirou fundo, antes de voltar sua atenção a mim.

—Aceito ser o seu noivo de mentira, Amanda. - Daniel disse seguro e abri a boca em choque, sem saber o que falar da sua atitude inesperada.


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Notas finais do capítulo

E finalmente o nosso casal de noivos de mentira está formado, abominável homem das neves e pequena, ainda arrancaram muitas risadas de todos nós.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Espero que tenham se divertido com o capitulo de hoje e sobre o horário das postagem, elas sempre ocorreram todos os dias no período da noite até o dia 25 de dezembro, ou seja, O noivo de natal terá o total de 25 capítulos.

Desejo sinceramente que me acompanhem, até o fim dessa jornada.

Beijos e até amanhã.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



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