O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 15
Décimo quarto capitulo: Conhecendo a família Nunes part. 2


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O noivo de natal, que promete mais um pouco de risadas com a segunda parte do Daniel conhecendo a família Nunes.
Sem mais delongas, beijos e boa leitura a todos.



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—O que?! Claro que não, Dora. E não família, não estou grávida. - assegurei para todos que pareceram respirar aliviados, principalmente Daniel que voltou a respirar tranquilo quando o olhar dos meus irmão mais velhos se suavizou diante da minha afirmação.

—Isadora, pelo amor de Deus, você quer causar uma tragédia nessa casa?! Se meus irmãos sonharem que faço aquilo, eles são capazes de me deixar viúva antes do casamento, porque para os dois ainda sou uma menina inocente que não sabe nada do mundo. - sussurrei para minha cunhada que revirou os olhos antes de rir.

—Só seus irmãos mesmo pra acharem isso de você, ainda mais com um noivo desses?! O cara é um verdadeiro colírio ambulante, mas além do aspecto físico, Amanda, ele é legal com você? - Dora questionou baixo, tentando manter nossa pequena conversa entre nós.

—Ele é, Dora. Daniel é tudo que sempre desejei sem ao menos saber o que queria.

—Saber disso me deixa feliz, porque você merecia encontrar alguém que te amasse e que não se assustasse, com as confusões nas quais sempre se mete.

—Isso é verdade, acho que secretamente Daniel se diverti com as minhas confusões, desconfio que ele espera ansioso por elas. - segredei e sorrimos, antes de mamãe sugerir que fomos lavar as mãos para jantarmos.

—E o vovô, mamãe? - questionei preocupada, me aproximando da cadeira que mamãe indicou que sentasse, assim que não vi meu avô em lugar alguém.

— A viagem até aqui o deixou muito cansado, querida, por isso achamos melhor servir o jantar dele antes e leva-lo para cima, para que descansasse um pouco. -papai explicou e concordei, antes de todos ocuparem seus lugares a mesa.

—Tudo bem, quando terminarmos de jantar vou até o quarto dele ver se ainda está acordado para lhe dar um beijo. Quer ir comigo, Daniel? -questionei para o meu noivo que estava sentado ao meu lado.

—Claro, pequena, estou curioso para conhecer seu avô. Você e Sarah me falaram tanto dele, que sinto que já o conheço. - Daniel brincou fazendo todos rirem, antes de começarmos a nos servir.

—Sabe Daniel, sei que já lhe falei isso, mas ainda estou com a estranha sensação de que lhe conheço de algum lugar. - meu pai disse se servido do purê de batata que minha mãe havia lhe entregado. - Tem certeza que nunca nos vimos antes?

—Tenho Joaquim, a não ser que tenhamos nos encontrado em alguma delegacia ou fórum da vida. - Daniel disse brincando e meu pai sorriu concordando, como se Daniel tive acabado de lhe dar uma grande ideia.

—Sim, pode ter sido isso mesmo. Sabe, sou defensor público, por acaso você trabalha em algum órgão da justiça? - meu pai questionou animado em saber que provavelmente meu noivo podia ser um colega de profissão.

—Sou delegado da polícia civil, especificamente da delegacia de defraudações a oito anos. - Daniel disse e meu pai sorriu concordando, como se finalmente tivesse achado a resposta por ter a sensação de conhecer meu noivo.

—Delegado Souza...Sabia que o conhecia de algum lugar. Fui um dos defensores públicos do caso de sonegação fiscal da empresa Sodré, defendi uma das funcionárias que foi acusada injustamente de fazer parte do esquema, acho que nos vimos no julgamento. Se lembra do caso?

—Lembro, virei noites em claro na delegacia tentando provar que os administradores incriminaram a gestora financeira. Amanda, porque não me contou que seu pai era advogado? - Daniel me questionou surpreso e dei de ombros, porque estava com coisas demais na cabeça para me lembrar de detalhar tudo sobre a minha família a Daniel.

—Só achei que não era importante, assim como não contei aos meus pais que você era delegado. - expliquei olhando em seus olhos escuros, lembrando-o de que até algumas semanas atrás éramos completos estranhos e ele concordou.

—Só um momento, Daniel. Se você é delegado quer dizer, que nossa filha corre algum perigo sendo sua noiva? Afinal, tenho certeza que nem todos devem gostar de você, principalmente aqueles que prendeu. - mamãe disse preocupada e todos me olharam apreensivos, enquanto Daniel respirava fundo antes de voltar a falar.

—Toda profissão tem seus riscos, Joana. Não vou dizer que a minha é a mais segura do mundo, pois sei que no meio em que trabalho existem pessoas que não gostam de mim por inúmeros motivos, seja porque as prendi ou porque não aceitei suas propostas de suborno, mas prometo a vocês que jamais deixarei Amanda correr qualquer risco por causa da minha profissão. Se isso algum dia acontecer, prefiro me separar da minha pequena a deixa-la correr qualquer risco. - Daniel prometeu sério olhando para os meus pais que parecem mais aliviados diante da sua promessa, ao contrario de mim que não aceitou muito bem essa história, mas iria fazer questão de voltar aquele assunto quando estivéssemos a sós.

Passei o jantar todo calada, pensando no que Daniel havia falado aos meus pais, sobre me deixar se sua profissão me colocasse em perigo. Assim que terminamos de comer, convidei o delegado para irmos até o quarto do meu avô, pois queria ver se ele estava bem depois da viagem que havia feito para chegar até a chácara.

Assim que parei na porta do quarto do meu avô, pedi a Daniel que esperasse do lado de fora, pois queria fazer uma surpresa pra ele que tanto esperou pelo momento de conhecer meu noivo. Sem dizer nada meu noivo concordou e bati na porta, esperando que vovô autorizasse a minha entrada e logo obtive minha resposta.

—Será que posso entrar, vovô? Isso se não estiver cansado demais para me receber. -questionei espiando pela porta aberta, vendo meu avô deitado na cama sob a vigilância da enfermeira, contratada para ser sua acompanhante principalmente durante o período da noite.

—Pra você, nunca estou cansado, estrelinha. Entre, estava esperando para vê-la, pode nos deixar a sós Eunice. - ele pediu para a enfermeira que concordou saindo do quarto, antes de vovô indicar que me sentasse ao seu lado na cama.

—Que bom que veio estrelinha, achei que não viesse passar o natal conosco. - meu avô disse suave e o olhei confuso, pois jamais deixei de passar um natal com a minha família.

—Jamais faria isso, vovô. Porque achou que não viria? - questionei confusa e ele respirou fundo, me olhando nos olhos.

—Por causa do seu noivo...Porque sei quando está mentindo e isso aconteceu quando estava no hospital e me contou que estava noiva, porque sabia que gostaria de realizar meu sonho em ver minha neta caçula se casando.

—Vovô...- sussurrei sem saber o que dizer, porque não esperava que ele sempre soubesse que estava mentindo desde o início.

—Está tudo bem, querida. Só quero que saiba que não precisa mentir pra mim para me fazer feliz, tudo que sempre desejei nessa vida foi que meus filhos e depois meus netos fossem felizes. Não quero que invente um noivo só para me deixar feliz. Quero que fique noiva, porque achou o homem certo e não sabe mais viver sem ele. - meu avô disse suave pra mim e olhei em seus olhos escuros, sem qualquer tipo de julgamento por saber que havia mentindo pra todos esse tempo todo.

—Me desculpe, vovô, não queria mentir, mas estava desesperada e tudo que queria era lhe dá um pouco de conforto naquele momento. O senhor me perdoa?

—Claro que te perdoo, estrelinha. Não se preocupe, porque não contei nada sobre minhas desconfianças a ninguém. - ele segredou e sorri agradecida, entendo porque minha família havia recebido Daniel como o esperado, sem qualquer sombra de duvidas em relação ao nosso noivado.

—Obrigada, vovô, mas preciso lhe contar uma coisa. Se o senhor estiver cansado demais, podemos continuar nossa conversa amanhã. -sugeri segurando suas mãos nas minhas e ele negou com a cabeça.

—Claro que não, estrelinha, na minha idade o depois pode não chegar.

—Não fale assim, vovô, tenho certeza que o senhor ainda viverá muito tempo.

—É o que todos desejam, minha estrelinha, mas o que gostaria de me...- meu avô começou a dizer segurando minhas mãos nas suas, desviando seus olhos dos meus para ver o anel de noivado em minha mão, o mesmo que havia ganhado de Daniel quando me pediu em casamento.- Amanda Cristina, o que esse anel em sua mão direita significa?

E me encolhi involuntariamente ao ouvir meu avô me chamando por meu nome, algo que ele só fazia raramente quando queria me dar uma bronca por alguma travessura, me fazendo sorrir saudosa da minha infância quando aprontava todas ao lado das crianças da minha família e dos filhos dos vizinhos da chácara.

—Bom, vovô, acho que o senhor sabe muito bem o que esse anel na minha mão direita significa...Sei que menti no começo sobre estar noiva, mas no fim acabei ficando noiva de verdade e queria muito apresentar meu noivo ao senhor, assim como ele gostaria muito de conhecê-lo.- pedi sincera e meu avô me olhou desconfiado.

—Você não contratou alguém para fingir ser seu noivo, não é Amanda Cristina?

—Claro que não, vovô, jamais faria uma coisa dessas. - menti fazendo minha melhor cara de inocente, logo ouvimos uma risada baixa vinda do lado de fora.

—Pelo jeito, até o corredor dessa casa sabe que essa sua afirmação é mentirosa.

—Pode até ser, mas depois eu e o corredor dessa casa, vamos ter uma longa conversa sobre não me delatar. - disse em alto e bom som para que Daniel escutasse, porque logo não ouvimos mais nenhum som de risada.

—Pelo jeito, o corredor dessa casa conhece o seu gênio como ninguém.

—O senhor não faz ideia. - Daniel disse do corredor fazendo o meu avô rir surpreso, enquanto olhava feio para a porta.

—Esse corredor está falando demais pro meu gosto. - segredei fazendo os dois rirem, enquanto meu avô me olhava suave esperando explicações minhas e respirei fundo, acalmando meu coração para o que iria dizer a seguir. - Sei que menti no começo, vovô, porque queria deixa-lo em paz, mas acontece que a minha mentira acabou se tornando realidade.

—Realidade como, estrelinha?

—Enquanto estava preocupada em como iria dizer a todos, principalmente ao senhor, que não estava noiva de verdade acabei encontrado alguém que se dispôs a me ajudar.

—Entendo, você quer dizer que ele se ofereceu para fingir ser o seu noivo?!- meu avô sugeriu e concordei. - E quem seria essa pessoa mais louca que a minha neta caçula?!

—O primo da Sarah. - disse e meu avô balançou a cabeça concordando.

—Só sendo parente da Sarah para aceitar fazer parte de um plano desses, sem ofensas corredor. - meu avô pediu sem jeito fazendo Daniel sorrir suave do outro lado da parede.

—Não se preocupe, senhor Nunes, não estou ofendido. - Daniel assegurou alto para que meu avô pudesse ouvi-lo.

—Pois é vovô, também achei isso no começo, mas ele fez questão de me ajudar sem pedir nada em troca. Na verdade, tenho certeza que o corredor só me ajudou porque estava devendo uma grana alta pra prima dele, por cuidar do seu cachorro.

—Que calunia, pequena. Aceitei ajuda-la em nome do Liberdade sim, mas principalmente para que você e minha prima não se metesse em problemas com essa história toda. - meu noivo explicou e tive que concordar, enquanto vovô sorria.

—O corredor dessa casa parece ser mais sábio que você, estrelinha. - vovô segredou pra mim e Daniel sorriu concordando.

—Vovô, não fica elogiando o corredor, o senhor não sabe como ele é convencido. - segredei para o meu avô que sorriu, me deixando feliz por ele estar levando tudo na esportiva.

—Mas o que aconteceu, depois? - meu avô questionou curioso depois que se recuperou dos risos.

—Bom, implicamos muito um com outro, passamos por várias confusões e bem...Nos apaixonamos, vovô...E o Daniel, me pediu em casamento e eu aceitei.

—Então, o corredor se chama Daniel?

—Sim.

—E você o ama o corredor de verdade, estrelinha?

—Mas do que tudo no mundo, vovô, mesmo não tendo ideia como um sentimento tão grande cresceu em mim de forma tão rápida. - confessei sincera olhando nos olhos do meu avô que sorriu amoroso pra mim.

—Há minha estrelinha, o amor não se explica, apenas se sente querida. Agora, por Deus, mande o rapaz entrar ao em vez de ficar do lado de fora, pois quero conhecer o meu neto postiço. - meu avô pediu ansioso nos fazendo rir e concordei, chamando Daniel pelo nome e pedindo que ele entrasse.

Sob o olhar atento do meu avô, Daniel entrou no quarto e se sentou na cama ao meu lado, enquanto vovô ainda nos olhava com curiosidade.

—Olha só, o corredor realmente é uma pessoa. Achei que os remédios que estou tomando estavam me fazendo ouvir vozes. - avô segredou brincando nos fazendo rir.

—Desculpe decepcioná-lo, senhor Nunes, mas sou bem real.

—Que bom, meu rapaz. Amanda, pode nos deixar a sós?! Gostaria muito de conversar com seu noivo. - meu avô pediu e o olhei confusa, afinal, não esperava por seu pedido.

—Porque vovô?! O senhor nem conhece o Daniel direito, para já terem segredos de mim.

—E nunca teremos, se não me deixar conversar com ele.

—Olha lá vovô, não assuste meu noivo. - pedi a ele que sorriu suave sendo acompanhado por Daniel.

—Se ele não fugiu para as montanhas por casa das confusões em que se mete, acha mesmo que uma conversa com o seu velho avô irá assustá-lo, Amanda Cristina?!

—Não sei, nunca se sabe, vovô. Ainda espero o momento em que Daniel irá virar pra mim e dizer que cansou das minhas confusões, que só trouxe caos para a vida dele e por isso não quer mais nada comigo. - disse sincera e Daniel me olhou surpreso, segurando minhas mãos nas suas enquanto olhava nos meus olhos.

—Isso jamais vai acontecer, pequena, não importa o tamanho das confusões em que se meter, elas jamais irão fazer com que deixe de amá-la. -Daniel disse sincero e sorri emocionada para ele, antes dele beijar minha testa com carinho. - Pode ir tranquila, não há nada que o seu avô me diga que me afastará de você.

Resignada e sem outra alternativa, dei um beijo rápido nos lábios de Daniel, antes de beijar a testa do meu avô com carinho saindo do quarto e deixando os dois a sós, para terem a tal conversa da qual não consegui ouvir nada.

❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆

—Graças a Deus, porque demoraram tanto? - questionei preocupada me levantando do chão do corredor, assim que Daniel saiu do quarto do meu avô fechando a porta em seguida, me pedindo para falar mais baixo. - Ele está bem?

—Está, só ficou cansado com toda a nossa conversa e acabou adormecendo.

—Graças a Deus, achei que tivesse acontecendo alguma coisa. Mas e como foi? O vovô não te assustou, contando nenhuma história cabeluda minha, não é? - questionei preocupada e meu noivo sorriu surpreso.

—Depois da história do trator, pequena?! Nada mais que ouvir da sua família, me deixará surpreso. - ele assegurou e sorri maliciosa, puxando-o para mais perto pela camisa azul escura que Daniel usava, ficando na ponta dos pés para que pudesse passar meus braços ao redor do seu pescoço.

—Olha que posso te surpreender, delegado. Tenho muitos truques na manga dos quais você nem tem ideia. - segredei em seu ouvido fazendo-o gemer baixo, antes de beijar seu lábios silenciando-o.

—Por favor, não me provoque, pequena, ainda mais na casa da sua família. - Daniel implorou nos meus lábios, assim que nos separamos para respirar e sorri maliciosa.

—Tenho certeza que podemos ser bem silenciosos, abominável homem das neves -segredei para o meu noivo que gemeu baixo, segurando minha cintura com força como se estivesse em busca de um ponto de equilíbrio.

—Não quero ser silencioso, quando estiver amando você, pequena. - Daniel disse rouco e respirou fundo, como se estivesse buscando o pouco de controle que ainda havia em si. -Tenho certeza que quando o momento certo chegar, estaremos sozinhos sem ninguém para nos surpreender. Enquanto o momento não chega, podemos aproveitar para nos conhecermos melhor e namorar um pouco, o que acha?

—Você quer dizer nos provocarmos?! E isso vai durar até quando? Porque se não percebeu, durante esses dias em que estamos juntos, não sou muito paciente, Daniel...Ainda mais com algo que quero muito.

—Eu sei, mas vai me dizer que não está gostando do nosso pequeno joguinho? - Daniel questionou baixo sorrindo vitorioso por já saber a resposta, antes que pudesse dizer qualquer coisa ouvimos passos na escada e nos separamos rapidamente.

—Achei que já estivessem dormindo, afinal, foi uma longa viagem e devem estar cansados. -mamãe disse surpresa por nos encontrar no corredor do segundo andar.

—Já estávamos indo mamãe, só fomos até o quarto do vovô porque queria lhe dá um beijo e apresentar o Daniel a ele. - expliquei inocente, como se não estivesse a poucos minutos atrás agarrada ao meu noivo de forma nada educada no corredor de uma casa familiar.

—Verdade?! E como foi, Daniel? O João gostou de você? - mamãe questionou curiosa e Daniel piscou desviando seus olhos de mim, para ver minha mãe.

—Sim, nós entendemos muito bem, Joana. Ele adorou saber que sou primo da Sarah e que sei jogar xadrez, seu João me convidou para uma partida enquanto estiver por aqui.

—Sério? Você não tem cara de quem sabe jogar xadrez, Daniel.

—Sério, aprendi a jogar xadrez com meu avô materno, ele amava jogar e me ensinou quando era criança, mas não jogo a um bom tempo. Na verdade, não jogo desde que ele morreu a seis anos. - meu noivo explicou suave e entrelacei sua mão direita a minha, tentando reconfortá-lo de alguma forma.

—Sinto muito, por seu avô, meu amor, mas espero sinceramente que seja bom, porque se não vai passar vergonha, pois meu avô é muito bom no xadrez. - segredei a última parte brincando, fazendo-o rir enquanto mamãe concordava, me deixando feliz por espantar a tristeza dos olhos de Daniel.

—Isso é verdade, Daniel. João já derrotou todos dessa casa, a única que conseguia ganhar dele era sua falecida esposa, Cecilia, que sempre dizia que ele a deixava ganhar. - mamãe explicou e Daniel sorriu concordando, antes de virar para me ver com carinho.

—Consigo imaginar o porquê, Joana. - Daniel disse amoroso pra mim e sorri com carinho para ele, antes de levantar as nossas mãos unidas e beijar o dorso da sua mão.

—Vocês são tão lindos juntos, desejo que o relacionamento de vocês dure por muito tempo. - mamãe desejou amorosa e agradecemos, antes dela fazer questão de nos levar em direção ao quarto em que ocuparíamos durante nossa estadia ali.

Caminhamos pelo corredor do segundo andar em direção ao quarto de hospedes, onde geralmente havia duas camas no cômodo usado apenas pelas visitas, por isso não me preocupei quando mamãe informou que iriamos ficar lá.

 Assim que paramos em frente ao quarto onde ficaríamos, mamãe abriu a porta e fiquei sem fala, pois aquele cômodo era muito maior do que o meu quarto na chácara dos meus avôs, mas o que me deixou confusa foi o fato de ter apenas uma cama, o que não era comum naquele lugar.

Uma cama de casal grande e aparentemente confortável, para duas pessoas que se amavam loucamente e estavam a um passo de se deixarem consumir por essa paixão, mas que estavam lutando heroicamente para não sucumbir aos seus desejos.  

E como todo vilão ou fada madrinha de uma história romântica, mamãe aparecia para nos testar, para saber se seriamos dignos da sua confiança de dormimos na mesma cama sem fazer nada demais...Mas por outro lado, talvez aquilo ali seja um plano dela para que muito em breve pudesse ter outro neto chamando-a de vovó.

O que era muito a cara da minha mãe, que já deu vários indícios que desejar ter mais netos, principalmente pra mim e meu irmão do meio que ainda não tínhamos filhos.

—Mãe, hum...Cada a outra cama? - questionei olhando-a desconfiada de suas intenções com a escolha do quarto fazendo mamãe rir, como se tivesse acabado de lhe contar a piada mais engraçada do mundo.

—Por Deus, crianças, não sou uma mãe tão careta, ao ponto de achar que minha filha não dorme com o noivo dela, estamos no século vinte e um. Aproveitem o quarto, especialmente a banheira que é incrível e tentem descansar um pouco, pois amanhã acordaremos cedo para organizarmos os últimos detalhes para a renovação dos meus votos. Tenham uma boa noite. - mamãe disse maliciosa se despedindo e saindo do quarto, nos deixando totalmente confusos diante daquela situação.

Porque uma coisa era deitar, doente e sob o efeito de remédios para dor, ao lado do homem que você amava e vice-versa, outra totalmente diferente era estarmos ambos bem de saúde e conscientes do desejo que sentíamos pelo outro, estando praticamente a um passo de cair em tentação.


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Notas finais do capítulo

Agora que quero ver...Será que esses dois irão cair em tentação?

Não percam o capitulo de amanhã.
Beijos.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



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