O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 14
Décimo terceiro capitulo: Conhecendo a família Nunes part. 1


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos, a mais um capitulo de O noivo de natal.
A todos os novos leitores sejam bem vindos, espero que estejam se divertido com a história e estou curiosa para saberem o que estão achando da narrativa.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/804647/chapter/14

 

Depois do que pareceram horas dentro do carro, finalmente chegamos a tão conhecida estrada arborizada que dava acesso a chácara Cecília, na qual passei boa parte das minhas férias e festas familiares, trazendo a sensação indescritível de volta ao lar, me deixando agradecida por dividir esse momento com alguém que amava e não com um cara qualquer, escolhido por um anuncio de jornal contratado para ser meu noivo de mentira.

—Então, essa é a famosa chácara Cecília?! Tão falada por vocês. - Daniel questionou curioso, assim que parei em frente a um grande portão de alumínio fechado que ostentava em cima uma placa com as palavras “chácara Cecília”. Como estávamos parados, aproveitei para mandar uma mensagem para minha mãe avisando que estávamos no portão da frente.

—Sim, chegamos. - sussurrei nervosa deixando o celular em cima do painel do carro, tentando controlar o medo que começava a se apossar do meu corpo.

—Hei, pequena, o que foi? Porque está tão apavorada? - ele questionou preocupado se virando em seu banco para me ver e respirei fundo, tentando acalmar o caos que ameaçava se apossar de mim.

—E se eles não gostarem de você? O que vou fazer se isso acontecer? - questionei apavorada com essa possibilidade, sem saber o que fazer se ela se concretizasse.

—Bem, isso é uma possibilidade, pequena. Afinal, não podemos agradar a todos, mas prometo que farei de tudo para que gostem de mim. Agora, sobre o que irá fazer se eles não gostarem de mim?! Isso só você poderá responder, Amanda. Só quero que saiba, que independente da sua família gostar ou não de mim, vou continuar te amando da mesma forma que antes e respeitarei qualquer decisão que tomar a respeito disso. - Daniel disse sério olhando nos meus olhos e concordei agradecida, segurando suas mãos nas minhas.

—Torço muito para que eles possam conhecer e se encantarem, com o homem incrível que tive a sorte de pedir para fingir ser o meu noivo, o qual se tornou meu noivo de verdade e o amor da minha vida. E se eles não gostarem de você, bem...Sinto muito, mas não vou terminar com você por causa da minha família. - assegurei séria e Daniel balançou a cabeça negando, me deixando confusa com a sua atitude.

—Não diga isso, pequena. Não quero que brigue com a sua família por minha causa, não conseguiria viver em paz sabendo que causei a separação de vocês. - ele disse sincero olhando nos meus olhos e segurei a respiração, temendo que Daniel me deixasse se não obtivesse a aprovação da minha família. -Que tal deixarmos pra pensar nisso se acontecer? Apenas não se preocupe, minha pequena, tenho certeza que a sua família vai me adorar. Afinal, todos me adoram.

—Convencido. - segredei brincando e logo ouvi uma zoada família, soltei as mãos de Daniel e peguei meu celular em cima do painel do carro, vendo o nome do meu irmão mais velho na tela do aparelho.

Com certeza Pedro estava ligando para confirmar, se estava dentro do carro desconhecido em frente a chácara. Respirei fundo algumas vezes, tentando me acalmar antes de atender ao meu celular sob o olhar encorajador de Daniel.

—Dinha, é você que está nesse carrão preto na frente da chácara? - meu irmão questionou tentando controlar sua animação do outro lado da linha, como se não soubesse o quanto ele amava falar sobre carros e mexer neles, uma paixão que o levou a se tornar um dos engenheiros automobilístico responsáveis por uma das famosas equipe do país.

—Sou eu sim Pedro, pode abrir o portão, por favor.

—Claro, só um minuto, mas pelo designer do carro posso dizer que seu noivo tem bom gosto, Dinha. É um veículo seguro, compacto, espaçoso, pouco poluente, consome pouco combustível...- meu irmão começou a analisar o carro de Daniel a distância com certo interesse e revirei os olhos, interrompendo-o se não passaríamos a noite toda ali.

—Pedro, o portão, sim. - pedi a ele que resmungou um estraga prazeres, antes do portão em nossa frente abrir permitindo nossa entrada enquanto desligava meu celular.

—Bom, acho que agora não tem mais volta, Daniel.

—Não, Amanda.

—E então, preparado para conhecer minha família, como meu noivo? -questionei sem desviar os olhos da entrada e ele respirou fundo, tentando se acalmar para o momento que enfrentaríamos a seguir.

—Sim. - Daniel disse seguro e respirei fundo, ligando o carro e dirigindo para o interior da chácara.

 Dirigi por alguns minutos até estacionar na entrada principal da casa da chácara, me permitindo visualizar novamente a escadaria que levava ao hall de entrada, onde passei muitas tardes quando criança sentada no chão ao lado dos meus irmãos mais velhos, ouvindo as histórias envolventes que só a minha avó Cecilia sabia contar.

Fiquei dentro do carro alguns instantes, olhando para aquela escadaria me lembrando de vários momentos da infância, antes de respirar fundo e sair do carro na companhia de Daniel para apresenta-lo a minha família como meu noivo.

Tiramos as malas do carro e subimos com elas pelo hall de entrada, antes de abrir a porta da frente começando a ouvir aquela algazarra tão familiar dos Nunes, de todos falando ao mesmo tempo em algum lugar da casa querendo de alguma forma serem ouvidos, deixando quem é de fora totalmente perdido com a quantidade de conversas paralelas, mas que de certa forma se completavam.

—Agora que Amanda chegou, podemos finalmente jantar, mãe? Porque estou morrendo de fome. - meu irmão do meio Neto para minha mãe, questionou jogado no sofá, enquanto ela voltava da cozinha e Pedro recolhia os brinquedos das filhas no tapete da sala.

—Nada disso, vamos deixa-los se acomodarem primeiro antes do jantar. Agora faça alguma coisa de útil Neto, ajude sua irmã e seu cunhado com as malas, ao em vez de ficar na barra da minha saia me questionando de quinze em quinze minutos quando sairá o jantar. - mamãe disse repreendendo meu irmão, antes de virar para nos ver com um sorriso no rosto enquanto estávamos parados na porta. - Por Deus, crianças o que ainda estão fazendo parados aí na porta, por favor, entrem.

Sem cerimônia mamãe andou em nossa direção, assim que estava perto o suficiente ela me puxou para os seus braços me dando seu típico abraço de mamãe ursa, do qual sempre sentia falta e me permiti fechar os olhos absorvendo a sensação de paz e segurança, que esse gesto me transmitia.

—Senti saudades, mamãe. - sussurrei em seu cabelo e ela beijou minha bochecha esquerda com carinho, acariciando meus cachos com cuidado.

—Eu também senti, minha caçulinha, mas entendo que você não é mais minha garotinha e sim uma mulher, que está seguindo seus sonhos e conquistando o mundo lá fora...E agora está noiva. Pelo brilho que vejo em seus olhos, esse relacionamento está mesmo te fazendo bem. - mamãe sussurrou no meu ouvido e sorri concordando lhe dando um último abraço, antes de nos separarmos. - Mas olhe só pra você, filha, está muito mais bonita do que a ultima vez que nos vimos, meu amor.

—É impressão sua, mamãe. Além do mais, não faz tanto tempo assim que nos vimos. - disse lembrando-a de semanas atrás, quando almoçamos juntas antes dessa loucura toda de noivado de mentira se transformar em um de verdade.

—Não está não, filha, uma mãe sempre sabe das coisas. - mamãe segredou sorrindo e revirei os olhos, enquanto ela voltava sua atenção para o homem em pé ao meu lado. - Então, esse é o seu famoso “noivo invisível”?! Estava começando a acreditar que ele fosse fruto da imaginação, filha.

Há mamãe, se a senhora soubesse de toda a verdade, pensei comigo mesma sorrindo e Daniel me acompanhou, deixando minha mãe curiosa em descobrir qual era a nossa piada interna.

—Na verdade, sua filha vive me dizendo isso, senhora Nunes. - Daniel segredou brincando e foi impossível não me lembrar de quando disse isso a ele, antes de percebermos o que estávamos sentindo pelo outro.

Respirei fundo, tentando acalmar a ansiedade e o temor de que nada desse certo, antes de apresentar meu noivo a minha mãe.

—Mãe, esse é o meu noivo Daniel Souza. Daniel, essa é a minha mãe Joana. - disse apresentando os dois e Daniel ofereceu sua mão a minha mãe para que a apertasse, mas ela a ignorou puxando-o para seus braços lhe dando seu famoso abraço de mamãe ursa, deixando-o surpreso enquanto todos riam.

—Seja bem-vindo, querido a nossa família. Muito obrigada por fazer a minha filha feliz e não ligue para os seus cunhados, eles são dois idiotas que estão ressentidos por ter que dividir a irmã com você. - mamãe segredou brincando para Daniel fazendo todos rirem, menos meus irmãos que começaram a reclamar do comentário da minha mãe. - É um prazer finalmente conhecê-lo.

—O prazer é meu, senhora Nunes, não se preocupe pois não sou um homem que me intimida fácil. - Daniel segredou sorrindo para a minha mãe assim que os dois se separam, antes de mamãe olhá-lo atentamente.

— Por favor, me chame de Joana...Deus, você é bonito mesmo. Amanda, porque não me contou que seu noivo era tão bonito assim?! Sabe, tenho a impressão de que o conheço de algum lugar. - mamãe disse confusa olhando atentamente para Daniel deixando-o sem graça diante do seu comentário, enquanto ela tentava se lembrar de onde o conhecia, mas antes que pudéssemos revelar seu parentesco com a minha amiga ouvi a voz do meu pai, anunciando sua entrada na sala.

—Que bom que chegou, querida. Já estávamos ficando preocupados com a sua demora. - meu pai disse suave, caminhando em nossa direção e me abraçando com carinho por alguns instantes, antes de me soltar.

—Me desculpe, papai, faz um bom tempo que não dirijo e o carro do Daniel é todo automatizado, então demoramos a nos entender. - disse me lembrando de como foi no começo a dificuldade que tinha de utilizar a câmera traseira para estacionar.

—Entendo, mas você não veio correndo feito um piloto de fuga, não é Amanda Cristina? - meu pai questionou sério e fiquei ofendida por sua desconfiança.

—Com o Daniel do meu lado?!  Não tinha nem como, pai, quando acelerava um pouquinho ele acordava e me dava aquele olhar de policial rodoviário que me fazia reduzir na hora. Além do mais, não sou mais aquela adolescente imprudente, aprendi minha lição depois que bati o trator do vizinho no muro da igreja.

—Espero Amanda. - meu pai disse sério e mamãe concordou, enquanto meus irmão riam e Daniel me olhava surpreso.

—O que você fazia dirigindo um trator, pequena? - Daniel questionou sorrindo curioso pra mim.

—Foi uma aposta que perdi, então tinha que cumprir a minha parte, acabei errado meus cálculos ao fazer uma curva e derrubei o muro da igreja, mas ajudei a reconstruir fazendo várias rifas, bazares e sorteios. Paguei a minha divida com Deus por ter destruído o muro da igreja, pelo menos eu acho que paguei. - disse pensativa fazendo todos rirem.

—Porque não estou surpreso em saber disso?!- Daniel questionou me olhando com curiosidade.

—Porque você me ama, abominável homem das neves, e sabe o quanto sou criativa para me envolver em situações incomuns.

—Você não quer dizer encrencas, irmãzinha? - Neto questionou sentando no sofá e Pedro riu negando.

— Encrencas não, você quer dizer confusões das quais a Dinha é a rainha. Agora te pergunto cunhado, em quantas confusões minha irmã já o meteu desde que se conheceram? - Pedro questionou curioso para o meu noivo, parando de catar os brinquedos das filhas.

—Você quer saber em ordem alfabética, em grau de seriedade ou em ordem cronológica, cunhado? - Daniel questionou brincando e olhei feio para ele, enquanto todos riam.

—Se você passou pelas confusões da minha filha e não se assustou, é porque realmente está apaixonado por ela. - meu pai disse sério e Daniel sorriu amoroso pra mim.

—O senhor não imagina o quanto. - ele disse sincero e não consegui ficar com raiva dele, não quando Daniel me olhava daquele jeito carinhoso e apaixonado.

Tive que controlar a vontade louca de beijar o meu noivo, algo que sentia a todo momento desde que descobri meus sentimentos por ele, só que com minha família por todos os lados seria muito mais difícil agarrar meu noivo da forma que tanto queria.

Como não podia fugir dali com Daniel, afinal, se não precisasse de um noivo de mentira para apresentar a minha família nunca teríamos nos conhecido, tudo que fiz foi controlar a vontade que sentia de colocar minha ideia em prática em outro momento, do qual esperava que fosse o quanto antes.

—Pai, esse é o meu noivo Daniel Souza. Daniel, esse é o meu pai, Joaquim. - disse apresentando os dois, assim que sai das minhas reflexões internas.

—É um prazer conhecer o senhor. - Daniel disse educando apertando a mão do meu pai, que olhou atentamente para ele como se estivesse à procura de algo.

—O prazer é meu, Daniel, mas me chame de Joaquim. Agora, fiquei com a mesma sensação da minha esposa, você me parece familiar só não lembro porquê. - meu pai disse confuso e sorrimos.

—Deve ser por causa da minha prima. A nossa família sempre diz, que pareço mais com a minha prima do que com minha irmã.

—Isso é verdade, vocês têm o mesmo sorriso, o nariz e aquele olhar severo, capaz de meter medo em qualquer um, só que o seu é bem mais assustador do que o dela. Por favor, não conte para a sua prima que disse isso. - pedi para o meu noivo que sorriu concordando, enquanto todos nos olhavam a espera de uma explicação.

—De quem vocês estão falando mesmo? - Pedro questionou curioso e sorrimos, antes de Daniel voltar a falar.

—Dá Sarah. Vocês têm a impressão de que me conhecem, porque me pareço um pouco com a minha prima, Sarah, melhor amiga da Amanda. - Daniel explicou e meus pais sorriram concordando assim como meu irmão mais velho, ao contrário de Neto.

—Espera aí um momento, deixa vê se eu entendi. Você, pegou o primo da sua melhor amiga, irmãzinha?! É sério isso?! Você sabe que acabou de abrir um precedente aqui, não sabe? - Neto questionou malicioso e olhei sério para ele, porque sabia muito bem da atração que meu irmão do meio sentia por minha melhor amiga e de como ela não dava a mínima pra ele.

— João Neto, isso são modos de falar com a sua irmã e com o Daniel?! O que ele irá pensar de nós?! Que não demos educação pra você?! Me desculpe, Daniel, mas meu filho não tem filtro o que acaba lhe transformando às vezes em um idiota. - mamãe disse séria repreendendo o meu irmão e lhe dando um tapa atrás da cabeça, fazendo-o gemer de dor.

—Tudo bem, Joana, não fiquei chateado com o que Neto falou. Na realidade, nem entendi ao que ele estava se referindo mesmo. - Daniel disse sério olhando para o meu irmão, dando a entender que sabia muito bem quem era o tal “precedente” dito por Neto. -E só para esclarecer, João Neto, não estou pegando a Amanda, ela é a minha noiva e não uma paquera de final de balada.

—Oh...Toma distraído. - Pedro disse sorrindo jogando uma almofada no nosso irmão, que ficou sem graça diante das palavras severas de Daniel.

—Gostei de você de primeira, meu rapaz, mas agora eu te amo. - meu pai disse sorrindo chamando meu noivo para um abraço, do qual Daniel não recusou. -Você é o sonho de todo pai de menina.

—Que isso, Joaquim, não chego a tanto. Só faço o que espero que façam com a minha irmã ou a minha prima, quem sabe com a minha filha. - Daniel disse suave se separando do meu pai, antes de olhar sério para Neto quando citou o seu parentesco com Sarah, deixando claro que ele não iria permitir que meu irmão brincasse com a prima dele.

Revirei os olhos enquanto acompanhava a troca silenciosa de olhares entre Daniel e Neto, que pareciam querer continuar naquela guerra de olhares por um bom tempo. Já estava determinada a ficar no meio dos dois, quando Pedro deixou o cesto de brinquedos das filhas e caminhou em direção ao meu noivo, parando em sua frente e estendendo sua mão para Daniel, desviando seu foco de Neto.

—Já que minha irmã não me apresenta, faço eu mesmo. Sou Pedro, irmão mais velho da Amanda e do zé mane do Neto. - Pedro disse sorrindo oferecendo sua mão livre para Daniel que a apertou em seguida, me fazendo agradecer por meu irmão ter quebrado o contato visual entre meu noivo e Neto.

—O prazer é meu, Pedro. - Daniel disse cortês com meu irmão mais velho.

— Igualmente, Daniel. Já aquele ali sentado no sofá, que às vezes é inconveniente e fala o que não deve, é nosso irmão do meio João Neto, mas conhecido com Neto. - Pedro disse soltando a mão do meu noivo, antes de indicar o nosso irmão no sofá que revirou os olhos.

—É, já conheci ele. -Daniel disse sério olhando para meu irmão do meio.

—É, eu também, e não fui nem um pouco com a cara dele.- Neto disse implicante e meu noivo estreitou os olhos, fazendo aquele seu olhar assustador de “delegado” atrás de respostas.

—Problema é seu, quem tem que gostar sou eu e não você. - disse séria fazendo meu irmão revirar os olhos, enquanto nosso pai nos recriminava com o olhar.

—Bom, acho melhor chamar o resto da família para conhecer o seu noivo, antes que recomecem o duelo de masculinidade na minha sala. Neto e Pedro, levem a mala da sua irmã e do noivo dela para o quarto de hospedes, porque o antigo quarto da Amanda é pequeno demais para os dois. - mamãe disse e meus irmão concordaram, antes de pegarem nossas malas e subirem as escadas em direção ao segundo andar onde estavam os quartos.

—Me desculpem, se fui grosseiro ou desrespeitoso, Joana e Joaquim, jamais quis causar qualquer tipo de confusão ou atrito é só que a Sarah...- Daniel começou a se desculpar envergonhado com meus pais, depois que meus irmãos subiram com nossas malas e meu pai o interrompeu.

—Eu sei meu filho, não precisa se desculpar. Você só estava protegendo sua prima, não podemos condená-lo por isso ainda mais depois de tudo que ela passou, você a ama e quer o bem dela é natural e compreensivo, apenas fique sossegado, Daniel. Tenho certeza que meu filho gosta de verdade da sua prima, mas Sarah nunca quis dar uma chance a ele, talvez Neto pense que seja em nome da amizade que ela tem com Amanda. - meu pai explicou a Daniel e mamãe balançou a cabeça concordando.

—Sim, mas já dissemos a ele que não podemos forçar as pessoas a gostarem de nós. Na verdade, Neto está com dor de cotovelo por ter sido rejeitado várias vezes pela sua prima.

—Entendo, o filho de vocês parece ser uma pessoa legal, quem me dera minha prima tivesse se envolvido com ele do que com o bandido do Rui.

—Eu sei, meu filho, mas como dizia minha mãe, coração é terra que ninguém passeia. Não podemos escolher pelos outros quem amar ou deixar de amar. - meu pai disse sábio e concordarmos, enquanto mamãe pedia licença para chamar o restante da família que estava na sala de jantar e na cozinha, dando os toques finais na refeição que iriamos consumir em breve.

Enquanto esperávamos, papai nos pediu que sentássemos no sofá da sala e concordei entrelaçando minha mão a de Daniel, levando-o até o sofá onde sentamos lado a lado, já meu pai preferiu a antiga poltrona do meu avô, onde ele lia seu jornal todas as manhãs.

—E a cabeça, amor? Voltou a dor? - questionei baixo para Daniel olhando em seus olhos, preocupada de que estivesse sentindo alguma dor, antes de tirar uma mecha do seu cabelo escuro da sua testa.

—Estou bem, pequena, não precisa se preocupar comigo. - Daniel disse suave segurando minha mão na sua e beijando-a com carinho, sem se importar que estávamos na presença do meu pai.

—Me desculpe a intromissão, mas não pude deixar de ouvir sobre a sua cabeça...Você se machucou Daniel? - meu pai questionou preocupado e meu noivo deu de ombros.

—Foi apenas um acidente bobo, nada demais, Joaquim.

—Não foi nada demais, Daniel, você caiu do sofá e bateu a cabeça com força, ficando alguns minutos desacordado. Foi assustador, pai, por alguns minutos achei que tivesse matado meu noivo. - expliquei e meu pai nos olhou confuso, antes de olhar preocupado para meu noivo.

—Meu Deus, Daniel, que perigo. Você foi ao médico? Porque bater a cabeça dessa forma e ainda ficar desacordado, pode ser perigoso.

—Fui, Joaquim. Meu pai é neurologista, depois do ocorrido ele foi até a casa da Amanda me atender e no dia seguinte fez inúmeros exames em mim. Só acompanhei sua filha até aqui, porque meu pai assegurou que estava bem e que não houve nenhum problema mais grave comigo.

—Que bom, não consigo nem imaginar o susto que seus pais levaram ao saber disso. Mas como você caiu do sofá, Daniel?! Por acaso pegou no sono?!- papai questionou curioso e olhei para Daniel, tentando ter alguma luz do que dizer ao meu pai sobre isso. Afinal, não podia falar que empurrei meu noivo do sofá, devido ao susto de sermos surpreendido por Sarah enquanto estávamos no maior amasso.

—Bom...Sabe pai, esse é um daqueles assuntos que tenho certeza que o senhor não vai querer saber todo. - sugeri olhando para ele que concordou sem graça, enquanto Daniel corava de leve diante da compreensão do meu pai.

—Pessoal, olha só quem finalmente trouxe o noivo para conhecermos. - mamãe anunciou em alto e bom som atraindo a nossa atenção, entrando na sala com o resto da família enquanto meus irmão desciam as escadas. - Família, esse é o Daniel, noivo da Amanda. Ele também é primo da Sarah, a melhor amiga da minha filha.

—Puxa, a genética dos Souza e boa mesmo. - minha prima Carolina disse surpresa fazendo todos rirem.

—Coloca boa nisso, irmã, o cara parece aquelas geladeiras frost free inox 2 portas e duas gavetas de rico...Aquelas com água e máquina de gelo na porta. A qual todo mundo tem o sonho de ter mais nunca pode, porque só algumas privilegiadas têm acesso e você prima, dê graças a Deus por ser uma delas. - minha prima Laura, irmã mais velha de Carolina, disse fazendo todos rirem da sua analogia enquanto Daniel a olhava confuso, me fazendo gargalhar da sua reação sem saber o que fazer com o comentário da minha prima.

—É bem...Essa é a primeira vez que sou elogiado dessa forma...Pelo menos espero que tenha sido um elogio, então, obrigado. - Daniel disse sem graça, enquanto ria sem parar ao seu lado e Laura concordava.

—Claro que foi, Daniel. Não é todo mundo que chamo de geladeira frost free inox 2 portas e duas gavetas de rico.

—Laura. - Hugo, marido da minha prima Laura, disse sério e ela revirou os olhos, caminhando em sua direção e abraçando-o pela cintura.

—Só disse a verdade, querido. E não fique chateado, amor, você também é uma geladeira frost free inox 2 portas e duas gavetas de rico, só que é a minha geladeira de rico que amo muito e não a trocaria por nenhuma outra. - minha prima segredou ao marido que sorriu feliz por seu comentário, antes de receber um beijo carinhoso da minha prima.

—Bom, Daniel, você acabou de conhecer minhas primas, Carolina e Laura. Ao lado da Laura está o seu marido Hugo. - disse apresentando os três depois que me recuperei da crise de riso, diante do elogio incomum da minha prima. -Já essas são, minha tia Lourdes, irmã do meu pai e mãe da Carolina e Laura. Essa é a minha cunhada Isadora mais conhecida como Dora, mãe das minhas sobrinhas Zoe e Alice.

—É um prazer conhecê-las. - Daniel disse simpático sorrindo para todas, antes das minhas sobrinhas correm em sua direção animadas em conhecê-lo, uma reação natural delas quando chegava alguém novo em nossa casa.

—Então, você é o noivo invisível da titia? Mas achei que você não existisse, afinal, nunca aparecia nos nossos jantares em família. Como é que você está aqui agora? -Alice questionou olhando Daniel com curiosidade, com medo de que ele desaparecesse diante dos seus olhos.

—Verdade, achei que você era igual ao meu amiguinho imaginário que só eu posso ver.- Zoe disse inocente, olhando para Daniel enquanto segurava seu unicórnio de pelúcia.

Com calma, Daniel se virou para minhas sobrinhas que o olhavam com curiosidade, esperando ouvir sua explicação para sua pergunta.

—Sou bem real Alice e Zoe, só não aparecia porque meu trabalho ocupa muito o meu tempo, o que deixa a tia de vocês literalmente uma fera. Já viram a tia de vocês brava? - ele questionou curioso para minhas sobrinhas que sorriram concordando.

—Já, titia Amanda, é muito brava. E você, já viu ela brava? - Zoe questionou curiosa e Daniel sorriu concordando.

—E como. - Daniel segredou fazendo-as rir, me deixando encantada em como ele conseguia se dar tão bem com as minhas sobrinhas dessa forma. - Querem ver se sou real mesmo?

—Sim. - disseram e Daniel esticou os braços para minhas sobrinhas, para que pudessem tocar nele comprovando assim que meu noivo era real.

—Ele leva jeito com crianças. - Dora, minha cunhada, comentou ao meu lado e concordei.

—Sim, Daniel tem dois sobrinhos, o mais novo Davi, tem a mesma idade que a Zoe.

—Sabe querida cunhada, você demorou para apresentar alguém a família, mas quando apresentou foi realmente como Laura disse, uma geladeira frost free inox 2 portas e duas gavetas de rico. -Dora segredou ao meu lado enquanto víamos Daniel brincando com as minhas sobrinhas, contando as duas que havia trago vários presentes para elas, deixando-as eufóricas para abri-los.

—Também não sou de se jogar fora, Dora. - disse ofendida fazendo minha cunhada rir concordando.

—Sei disso Amanda, só que do nada você aparece noiva de um cara que nunca vimos na vida...Espera, oh meu Deus...Você está grávida?!-Dora gritou a última parte atraindo a atenção de todos que olharam de forma interrogativa pra mim, até mesmo o meu noivo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem ai concorda com a Laura?
O Daniel é ou não é uma geladeiras frost free inox 2 portas e duas gavetas de rico?!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijos e até o próximo capitulo.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O noivo de natal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.