O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 12
Décimo primeiro capitulo: Susto inesperado


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O noivo de natal.
Espero que estejam gostando do rumo da história e leitores fantasmas apareçam, estou curiosa para saberem o que estão achando da narrativa.

Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.



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Quando nossos beijos se tornaram impróprios para um ambiente familiar que era a sorveteria, convidei Daniel para sairmos dali e irmos para meu apartamento, porque não queria me separar dele agora que havia finalmente entendido tudo o que sentia, só queria aproveitar o tempo que perdemos implicando um com o outro.

Sabia que a essa hora Sarah estaria passeando com Liberdade pelo parque, aproveitando para paquerar alguns dos corredores habituais do local, fazendo o que minha amiga gostava de chamar de network das paqueras, sendo assim a deixa perfeita para aproveitar um pouco mais meu noivo.

Meu Deus, eu realmente estava noiva?!

Noiva de verdade, sem ao menos ter namorado com Daniel na vida.

Isso era muito a minha cara mesmo, mas não estava nem um pouco arrependida, porque amava o delegado com toda a força do meu coração o que de certa forma era tão surreal e magico, por poder ter a oportunidade de amar e ser amada de forma tão pura e genuína, quase como se fosse um sentimento palpável.

Senhor, se isso for um sonho, por favor, me deixe viver nele pra sempre, implorei em pensamentos, porque sabia que depois de hoje não conseguiria viver longe do meu abominável homem das neves.

Foi impossível controlar meu sorriso de felicidade, ao ouvir a resposta afirmativa de Daniel e praticamente o arrastei para sairmos da sorveteria, colocando assim minha ideia em prática fazendo-o sorrir diante minha empolgação. Tive que controlar à vontade de agarrá-lo dentro do carro, evitando assim causar um acidente, e quando estava prestes a fazer isso no elevador do meu prédio duas senhoras entraram conosco, me fazendo gemer contrariada e olhar para o teto, questionando a Deus o porquê daquilo.

Assim que entramos no meu apartamento e Daniel fechou a porta atrás de si, segurei em sua camisa puxando-o para mais perto de mim ficando na ponta dos pés para alcançar seus lábios, logo ele se inclinou em minha direção facilitando assim o meu desejo de poder beijá-lo e novamente fui levada para aquela sensação de estar flutuado como uma pluma ao vento.

Só que dessa vez consegui ouvir sons de fogos de artifícios, algo que jamais experimentei com outro homem na minha vida, enquanto meu corpo era consumido por calafrios de prazer e meu estômago se comportava com se houvesse uma revoada de borboletas neles.

Tudo tão estranho, inexplicável e único, como o amor que sentia por Daniel, porque convenhamos, éramos totalmente diferentes um do outro de forma gritante, mas o inacreditável disso tudo é que conseguíamos nos entender tão bem, como se ele fosse a cola que faltava para unir as páginas do meu livro ou as estrofes da minha música preferida.

Daniel era tudo que sempre desejei e esperei na vida, sem ao menos saber o que desejava. Ele era a calmaria para a minha confusão rotineira, a organização no meio da minha própria bagunça, meu porto seguro quando precisava fugir do mundo lá fora, meu confidente e amigo, meu parceiro para as implicâncias que sempre gostava de fazer, um final feliz que sempre desejei nos meus relacionamentos anteriores.

Com ele conseguia visualizar facilmente a cena que havia presenciado semanas atrás na rua, onde um casal passeava com sua filha pequena admirando as decorações natalinas da época, foi praticamente impossível não imaginar nos dois daqui a alguns anos passeando de mãos dadas com uma garotinha parecida com Daniel, com meus olhos e cabelos...Um verdadeiro sonho que queria muito realizar, mas sabia que devia ir com calma.

Sabia que precisávamos nos conhecer melhor, antes de darmos um passo tão grande como esse de termos um filho. Afinal, uma criança era muita responsabilidade, apesar de quere-la tinha certeza que ainda não estávamos prontos para isso, por isso iria apenas aproveitar o momento que estávamos vivendo agora, antes de planejar qualquer coisa.

—Porque você tem que ser tão alto, Daniel?!- reclamei sem folego nos lábios de Daniel voltando ao presente, esquecendo por hora minha pequena fantasia de ter uma filha dele.

E meu noivo sorriu suave da minha reclamação, segurando em minha cintura me levantando um pouco e passei minhas pernas em sua cintura, envolvendo meus braços em seu pescoço permitindo que pudesse olhar em seus olhos escuros e beijá-lo, como tanto queria fazer, sem precisar ficar na ponta dos pés.

—Assim está bom, pequena? - ele sussurrou rouco no meu ouvido mordiscando minha orelha em seguida, me fazendo gemer de prazer sem ter condições de lhe responder de forma coerente.

Com cuidado, Daniel caminhou comigo no colo até o sofá de três lugares que havia na sala me deitando nele, beijando meus lábios com carinho e se afastando de mim me deixando confusa com o seu gesto, por isso passei meus braços novamente por seu pescoço puxando-o pra mim, mas ele impediu meu desejo de tê-lo mais perto me deixando sem entender sua reação.

—Hei, amor, o que foi? Fiz algo que não gostou? - questionei preocupada olhando nos olhos de Daniel, enquanto acariciava seus cabelos escuros esperando por uma resposta, pois queria que se sentisse confortável comigo assim como me sentia com ele.

—Não, meu amor, você não fez nada que não gostei, na verdade está sendo o contrário.

—Então, porque está se afastando de mim desse jeito, Daniel?

—Porque me lembrei de uma coisa que preciso deixar em segurança, antes que esqueça dela de novo e acabe causando um acidente. - Daniel explicou e olhei séria para ele, não acreditando na sua justificativa.

—Isso não pode esperar?! A gente está meio ocupado aqui se não percebeu, abominável homem das neves. - disse séria demonstrando meu descontentamento por meu noivo, meu Deus Daniel era mesmo meu noivo, está mais preocupado com outra coisa do que me agarrar no sofá da sala.

—Infelizmente não pequena, me odiaria se a machucasse por causa do meu descuido de ter deixado a minha arma por perto, enquanto estamos juntos desse jeito. -Daniel disse sério e concordei, porque no fim ele tinha toda a razão por isso o soltei dos meus braços, logo o delegado se levantou afastando-se de mim tirando a arma da cintura, puxando algo nela que fez um som baixo e colocando-a em cima da mesinha que havia ao lado do sofá, voltando para os meus braços.- Pronto, pequena, podemos voltar de onde paramos.

—Só se for agora. - disse animada e Daniel sorriu apoiando seus braços ao lado da minha cabeça, antes de me beijar de forma apaixonada.

Estávamos tão envolvidos no outro, aproveitando as caricias que trocávamos que não prestávamos atenção em nada, só notamos que não estávamos mais sozinhos quando ouvimos um grito muito familiar que nos assustou.

—Que palhaçada é essa de vocês dois no meu sofá?!- a voz familiar gritou nos assustando fazendo com que nos separássemos atordoados, sem saber quem havia gritado ou porquê.

Assim que vi Sarah parada na porta me olhando chocada segurando a coleira de Liberdade, senti meu sangue fugir do corpo por ter sido pega pela minha amiga no maior amasso com o primo dela no nosso sofá, antes de ter tido a chance de contar que Daniel e eu estávamos juntos por algumas horas.

Por reflexo e tentando contornar a situação do flagrante, empurrei Daniel pra longe de mim que diante do susto, de ser pego pela prima e por tê-lo empurrado, acabou caindo no chão da sala de qualquer jeito batendo a cabeça no piso, me deixando apavorado por ouvi-lo gemer de dor.

Meu Deus, mal tinha ficado noiva a duas horas e já havia machucado meu noivo sem querer e lhe colocando em outra confusão?! Quando é que essas coisas iriam parar de acontecer comigo, senhor?! Me questionava internamente enquanto saia do sofá apressada, para ver se Daniel estava bem no mesmo instante que Sarah.

—Daniel? - Sarah e eu chamamos ao mesmo tempo ajoelhadas ao lado dele que estava de olhos fechados, não obtendo qualquer resposta o que nos deixou desesperadas.

—Meu Deus, matei meu primo sem querer. Eu matei primo...Amanda...- Sarah começou a gritar histérica ao meu lado e balancei a cabeça negando, porque não podia acreditar que havia perdido o homem que amava dessa forma.

—Não Sarah, ele só está brincando com a gente. Você sabe o quanto seu primo adora nos fazer de idiotas. - disse tentando soar calma enquanto minhas mãos tremiam, sem coragem de tocar em Daniel que não se mexia de jeito nenhum.

—Que brincadeira, mulher?! Olha pra ele?! Acha que alguém pode fingir ficar imóvel desse jeito?! Meu Deus, vou pra cadeia porque matei meu primo delegado...Os homens de farda irão fazer da minha vida um inferno na cadeia. - minha amiga disse apavorada começando a chorar angustiada, olhando para o primo e logo as lágrimas começaram a cair dos meus olhos.

—Não foi você que matou o Daniel, Sarah, fui eu...Eu que o empurrei...Meu Deus, matei meu noivo sem querer. -solucei culpada antes de abraçar minha amiga, enquanto ambos chorávamos pelo homem que amávamos de maneiras diferentes.

—O que aconteceu? Porque as duas estão chorando desse jeito? Deus, porque minha cabeça está doendo, como se tivesse saindo para beber com a Sarah?!- ouvimos uma voz conhecida dizer com dor, a qual julgávamos nunca mais ouvir, enquanto tentava se levantar.

—Graças a Deus. - Sarah e eu gritamos aliviadas por ver Daniel de olhos aberto, logo nos separamos e o abraçamos com força deixando-o confuso.

Assim que nos recuperamos do susto, levei Daniel com cuidado para meu quarto enquanto minha amiga ligava para seu tio neurologista, para que viesse até aqui examinar o filho, já que ele havia batido a cabeça com força e ficou desacordado por alguns minutos. Mesmo que meu noivo assegurasse que estava bem, mesmo com medo sobre o que meu sogro iria pensar quando soubesse como o filho havia batido a cabeça, apoiei a ideia da minha amiga de que seu primo precisava ser examinado, pois só ficaria tranquila depois que um médico assegurasse que o homem que amava estava bem.

—Me desculpe, não queria te machucar, amor. -sussurrei culpada sentada ao lado de Daniel na cama, enquanto ele estava deitado como seu pai havia indicado ao telefone, depois que lhe contamos o que aconteceu.

—Eu sei, minha pequena, foi apenas um acidente. -Daniel assegurou suave, tentando me tranquilizar e neguei com a cabeça.

—Eu achei que você...Achei que...Tinha...Me deixado...- solucei entre lágrimas desesperada, só de pensar nessa possibilidade.

—Está tudo bem, meu amor, vem cá. - ele pediu suave segurando minha mão direita me conduzindo para o aconchego dos seus braços, permitindo que chorasse em seu peito todos os meus temores enquanto dizia que me amava e que jamais me deixaria.

Assim que estava mais calma ouvi batidas na porta e me afastei de Daniel a contra gosto, antes de autorizar quem estivesse do outro lado a entrar.

—Meu caçulinha. - uma mulher alta com cabelos ondulados e olhos escuros iguais ao de Daniel, disse aflita entrando no meu quarto sem cerimonia e caminhando apressada em direção ao delegado que estava deitado na minha cama.

—Mãe, estou bem, não precisa ficar nervosa desse jeito foi apenas um susto. - Daniel assegurou a mulher sentada ao seu lado, antes de olhar para o pai de Sarah entrando no quarto me fazendo ficar confusa, porque pelo que sabia ele era contador e não neurologista. -Pai, pedi para o senhor não dizer a mamãe o que aconteceu, porque sabia que ela ficaria apavorada.

—Me desculpe, filho, mas você sabe que não consigo esconder nada da sua mãe, ela é perspicaz e intuitiva como sua irmã. Agora, me deixe examiná-lo, amor. - o pai de Sarah pediu se aproximando de Daniel com uma pequena maleta preta nas mãos, fazendo a mulher se afastar do filho a contra gosto, enquanto tentava entender o que estava acontecendo ali.

—Sarah, porque o Daniel está chamando o seu pai de pai? E desde quando o senhor Joel é médico? Achei que ele fosse contador. - sussurrei confusa para a minha amiga parada ao meu lado, que me olhou surpresa por minhas perguntas.

—Mas ele não é o meu pai, Amanda. Esse é o meu tio...Deus, não te contei não foi?! E pelo visto, nem o Daniel. - minha amiga disse suave e balancei a cabeça sinalizando que não. - Meu pai, Joel, e meu tio Otoniel, são irmãos gêmeos idênticos. Só que meu pai é o mais velho do que meu tio por minutos.

—Porque nunca me contou isso, Sarah?

—Acho que esqueci, amiga, me desculpe. Mas depois que nos assegurarmos de que meu primo está bem, nós três vamos ter uma conversa sobre essa história dos dois ficarem se agarrando no sofá do nosso apartamento. Sabia que no seu quarto tem porta? Se quer se divertir com o Daniel vá para lá e a tranque, porque não mereço ver vocês dois embolados no sofá mais do que novelo de lã. Afinal, ele é o meu primo e você a minha melhor amiga, e se não sabe a família não pode ultrapassar certos limites.

—Isso quer dizer que não ficou com raiva de mim? Porque beijei seu primo?

—Por Deus, não, Amanda. Só um cego pra não perceber o quanto estavam atraídos pelo outro ou melhor, só vocês que não perceberam isso. Agora se quer uma dica da sua amiga, acho melhor se cuidarem porque do jeito que estavam bem “animados” no nosso sofá, podem acabar tendo uma surpresa ou melhor duas daqui a alguns meses, já que meu primo é filho de um gêmeo idêntico. -Sarah disse brincando e a olhei surpresa, porque nunca me imaginei tendo dois filhos de uma vez.

—Amanda? -ouvi Daniel me chamar e desviei a atenção da minha amiga para ver meu noivo, antes de caminhar em sua direção olhando-o preocupada.

—Está sentindo alguma coisa, querido? - questionei preocupada segurando na mão de Daniel e olhando em seus olhos escuros.

—Nada que não posso suportar. - ele assegurou com dor e o olhei em pânico, antes de desviar meus olhos para o pai de Daniel.

—Pode ficar tranquila, Amanda, seu noivo está bem. Daniel, só precisa tomar esse remédio por uma semana, para que sua dor de cabeça passe e ele estará novinho em folha, para mais uma aventura ao seu lado. - meu sogro disse sorrindo ao lado da esposa, como se ambos soubesse de alguma piada interna, enquanto ela acariciava os cabelos escuros do filho.

—Daniel, por acaso, você contou...- disse o olhando confusa em como seu pai havia se referido a ele, mas Daniel me interrompeu.

—Se contei meus pais que iria te pedir em casamento? Sim. Na verdade, pequena, os dois me incentivaram a pedi-la o quanto antes. - Daniel explicou suave e olhei para meus sogros sem saber o que dizer.

—Mas vocês nem me conheciam...Na verdade, o filho de vocês mal me conhece, porque o incentivaram a me pedir em casamento?-questionei confusa olhando para os dois e a mãe de Daniel deu um ultimo beijo na testa do filho, se levantando e caminhando em minha direção parando me minha frente e segurando minhas mãos.

—Porque o amor, minha querida, tem seu próprio momento. Não precisamos conhecer alguém a vida toda para nos apaixonarmos, quando ele é verdadeiro acontece em minutos e dura pra vida inteira, basta apenas sabermos reconhecê-lo e aproveitá-lo. Dê preferência com segurança, porque Daniel e Amanda, quero ter mais netos então se certifiquem de que acidentes como esse não aconteçam, antes de me fazerem avó de novo.- a mãe de Daniel disse suave fazendo todos rirem, menos seu filho que estava com o rosto vermelho de vergonha diante do comentário dela. -Brincadeiras à parte, minha querida, sei que está louca para ficar a sós com o seu noivo, não se preocupe porque vou colocar todos para fora e a propósito meu nome é Helena, e é um prazer conhecê-la.

E sem cerimonia a mãe de Daniel me abraçou com carinho, me deixando totalmente surpresa com a sua reação fazendo todos rirem, pois não esperava por esse comportamento depois de quase ter matado o filho dela por acidente.

—O prazer é todo meu e obrigada. - disse agradecida a ela que sorriu carinhosa se separando de mim, antes de olhar para o filho que estava tomando o remédio dado pelo pai.

—Dani, amor, quando voltar da casa dos seus sogros leve a Amanda para almoçar conosco, vou adorar recebê-la em casa. - Helena pediu ao filho que concordou, entregando o copo de água vazio para o pai.

—Claro, mãe, isso se a minha noiva desejar. - ele disse suave para a mãe que concordou.

—Bom, meninas examinei o nosso garoto e ele está bem. Não houve nenhum dano neurológico e a dor de cabeça passará com o remédio que receitei, não deixem o Dani dormir por no mínimo três horas e durante esse período fiquem de olho nele, se meu filho sentir qualquer mal-estar atípico me liguem e o levem direto para o hospital onde trabalho. Certo? -Otoniel explicou fechando sua maleta, enquanto olhava para nós e concordamos, sinalizando que havíamos entendido.

—Pai, posso muito bem ir para casa ao em vez de ficar aqui dando trabalho para as meninas.

—Nem pensar, abominável homem das neves, você vai ficar deitado nessa cama como seu pai recomendou, nem que tenha que te amarrar pra que fique aí. - disse séria e Daniel suspirou revirando os olhos sabendo que não adiantaria discutir comigo.

— Abominável homem das neves?!- Helena questionou confusa e Daniel suspirou resignando, sabendo que não havia outra alternativa a não ser ficar deitado como recomendado.

—Longa história, mamãe.

— Amanhã de manhã vou estar de plantão no hospital, antes de viajar passe lá para fazer alguns exames para nós tranquilizar. - Otoniel pediu ao filho e se inclinou para beijar sua testa. -Te amo, Dani, e durma com os anjos.

—Não se preocupe, papai, amanhã estarei no hospital para fazer os exames e também te amo. - meu noivo disse se despedindo do pai, antes dele se afastar do filho e vir falar comigo.

—Sou Otoniel, pai do Daniel, e é um prazer conhecê-la Amanda, apesar das circunstâncias. - Otoniel disse sincero oferecendo sua mão direita a mim que a apertei com cuidado.

—O prazer é meu Otoniel. Não se preocupem, cuidarei do filho de vocês.

—Nós sabemos, Amanda. Sarah, querida, pode nos levar até a porta. - Helena pediu a minha amiga que concordou, antes deles darem um último beijo no filho deixando assim meu quarto.

Assim que estávamos a sós, caminhei em direção a minha cama me deitando ao lado do meu noivo que logo me puxou para os seus braços, me aconchegando em seu peito permitindo que pudesse sentir seu perfume que tanto amava.

—Eu te amo muito, Daniel.

—Também te amo, muito pequena. - ele disse amoroso acariciando meus cabelos com carinho. -Como é a sua família, amor?

—Porque a curiosidade agora, querido? - questionei surpresa com a sua pergunta, enquanto Daniel descia seus carinhos dos meus cabelos para minhas costas.

—Bom, vou conhecê-los amanhã, então gostaria de saber tudo que posso para não cometer nenhuma gafe que os faça não gostar de mim.

—Seria impossível que eles não gostassem de você, Daniel. Na verdade, é impossível que qualquer pessoa não goste de você.

—Não quero que todo mundo goste de mim, só preciso que minha pequena, me ame.

—Há Daniel, isso é algo que nem precisa me pedir.

❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆

—Prontinho, primo, suas malas já estão no carro e espero sinceramente que os exames apontem que esteja tudo bem com você, porque só assim pra não me sentir tão culpada. - Sarah disse entregando a chave do carro para Daniel, assim que chegou em casa depois de ter ido buscar as malas do seu primo na casa dele.- Quando vocês irão para o hospital fazer os exames?

—Obrigado, Sasa, não se preocupe já garanti que estou bem assim como meu pai, os exames são apenas para deixá-los tranquilos e iremos depois do café da manhã, porque se estiver tudo bem vamos para a chácara do avô da Amanda na parte da tarde.

—Não se preocupe, amiga, se o seu tio disser que o Daniel não tem condições de sair da cidade não vamos a lugar alguém. - assegurei séria a minha amiga colocando a jarra de suco em cima da mesa, me sentando ao lado de Daniel para tomarmos café.

—Pequena, você não pode faltar nas bodas dos seus pais por minha causa. Qualquer coisa posso ficar com a minha família, enquanto você vai para a renovação dos seus pais.

—Claro que não, Daniel. Se você não estiver bem, não vou a lugar algum e tenho certeza que meus pais irão entender. - assegurei a ele que concordou resignando, enquanto voltávamos a tomar o nosso café e ouvi minha amiga arfar em choque.

—O que foi Sarah? - questionamos preocupados e logo minha amiga começou a apontar para minha mão direita, me deixando sem entender até que segui seu olhar e vi o anel que seu primo havia me dado ontem quando me pediu em casamento.

—Há meu Deus, ele é real mesmo. Achei que fosse apenas um deliro da minha mente de criança...- Sarah disse emocionada segurando minha mão direita na sua para admirar a joia. -Deus, ele é muito mais bonito do que me lembrava...É da cor dos olhos da vovó Ana.

—Dos seus também, Sarah. Você herdou os olhos da vovó assim como a aparência física, na verdade somos mais parecidos com ela do que seus próprios filhos. - Daniel assegurou sincero e minha amiga sorriu agradecida para o primo, pois sabia que Sarah possuía poucas lembranças dos avôs paternos que morreram quando ela era muito pequena.

—Sarah, está tudo bem? - questionei preocupada vendo os olhos da minha amiga se encherem de lágrimas admirando o anel em minha mão direita.

—Estou, só que ver esse anel na sua mão...- ela sussurrou emocionada e Daniel a interrompeu.

—A fez lembrar dos nossos avôs. -ele completou e minha amiga concordou, soltando minha mão em seguida.

—Sim, era muito pequena quando os dois morreram naquele acidente de carro, mal consigo me lembrar deles, mas tenho a nítida memória de ver vovó usando esse anel e do quanto o achava lindo. Quando soube que nossa avó havia deixado seu anel de noivado pra você fiquei furiosa, mas depois minha raiva passou quando soube que tinha ganhado esse apartamento. No quesito herança, fui mais sortuda que você, priminho. - Sarah alfinetou o primo que revirou os olhos, fazendo-a rir. -Falando sério, Dani, achei que esse anel não estava mais com você, porque jamais o ouvi falando nele depois que nossos avôs morreram.

—Só pra deixar claro, para que minha noiva não pense que nossos avôs paternos foram injustos comigo e com Mariana. Nossos avôs, deixaram imóveis para os netos assim como algumas joias, então Sarah ficou com o apartamento do centro e um colar de pérolas, Mariana ficou com a casa dos nossos avôs e um par de brincos de esmeralda, já eu fiquei com o anel de noivado da vovó e a casa na praia.

—A qual ele não aproveita, porque vive preso naquela delegacia trabalhando. Não consigo entender como nossos avôs puderam deixar aquele paraíso para um neto que nem desfruta o presente deles.

— Sua ingrata, todas as vezes que me pediu para fazer seu aniversário lá, lhe dava as chaves sem hesitar. - Daniel segredou fazendo cara feia para a prima que revirou os olhos, enquanto me lembrava de alguns aniversários de Sarah, no qual ela sempre fazia em uma casa de praia linda e espaçosa no litoral.

—Espera, aquela casa de praia na qual fizemos seu último aniversário é do Daniel? Como seus avôs conseguiram ter uma casa como aquela?!-questionei surpresa, pois Sarah nunca havia me contado que seus avôs paternos eram ricos.

—Sim, herdei a casa de praia dos meus avôs, que eram representantes jurídicos de uma famosa empresa de mineração, eles ganhavam bem por isso conseguiram construir um bom patrimônio em vida. Mas como você ouviu, pequena, minha família aproveita o local muito mais do que eu.

—Porque você é um lerdo, Daniel. Só espero que agora que está noivo, aproveite melhor sua herança. -minha amiga disse maliciosa para o primo que corou sem graça, me fazendo rir por seu constrangimento.

—Não se preocupe, amiga, sei muito bem como convencer seu primo a me levar pra casa de praia dele, para que possamos aproveitar um pouco a vida. - disse malicioso fazendo Daniel ficar ainda mais sem graça, enquanto sorria ao lado de Sarah.

Assim que terminamos de tomar café, fui até o meu quarto pegar minha bolsa para irmos ao hospital para que Daniel fizesse os exames que seu pai havia lhe pedido.

—Eu dirijo, amor, pelo menos até terminar de tomar os seus remédios. - pedi a Daniel assim que paramos perto do seu carro e ele concordou, me entregando a chave antes de desativar o alarme e entramos.

Dirigi com cuidado até o hospital onde Mariana trabalhava, segundo Daniel era o mesmo em que seu pai também atuava. Assim que nos identificamos e recebemos nossos crachás, subimos em direção ao setor de neurologia onde Otoniel já nos esperava para realizar a bateria de exames no filho.

Só consegui respirar aliviada, quando meu sogro recebeu os resultados dos exames do filho e assegurou que Daniel estava perfeitamente bem, sem qualquer dano neurológico, confirmando o que havia dito ontem, tendo apenas que continuar com o remédio por mais alguns dias, recebendo assim liberação para viajarmos a tarde para a chácara do meu avô.

Só esperava que nossa estadia na Chácara Cecilia fosse livre de confusões e pensar nisso me fez rir, porque no fim eu era literalmente a rainha das confusões.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez o coitado do Daniel, entrando nas roubadas da Amanda.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

E então, estão curioso para saber o que nosso casal preferido vai aprontar na chácara?

Beijos e até amanhã.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



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