Me Dê Uma Chance escrita por Mayara Silva


Capítulo 10
Pós-Thriller


Notas iniciais do capítulo

Oooe people lindas! Mais um capítulo ♡

Pra quem quiser imergir mais com a cena musical do fim desse capítulo: Take on Me acústico pelo legítimo Morten vovô maravilhoso https://www.youtube.com/watch?v=-xKM3mGt2pE

Boa leituraaa ♡ ♡ ♡



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Condomínio The Lindbrook, Encino, Califórnia - 21:35 hrs

 

Pós-Thriller. 1982.

 

Michael destrancou a porta de seu apartamento e entrou juntamente com Ray em direção ao quarto. Ele se sentou à beira da cama e removeu apenas o casaco brilhante, estava cansado. Ela, por sua vez, subiu pela cama, o abraçou por trás e começou a massagear os seus ombros. Michael suspirou de alívio e relaxou os músculos.

 

— Tá melhor assim, não tá?

 

— Ôh… obrigado por ter vindo comigo, baby.

 

— É claro que eu iria! Eu sei como aquele lance com a Rolling Stone te deixou meio receoso. Eu vou te apoiar no que for preciso, você sabe!

 

Michael sorriu ao ouvir aquelas palavras. Ray o abraçou mais uma vez e fungou sua nuca, o que lhe deixou arrepiado.

 

— Foi legal a entrevista com a Ebony, hoje?

 

— Hurum… ah, e falando na Rolling, eles também me contataram. Eles querem marcar uma entrevista comigo.

 

Ela arqueou a sobrancelha.

 

— Você disse "não", né?

 

Michael negou.

 

— A melhor forma de ferir seu inimigo é sendo cordial com ele. Eu estou aumentando a divulgação de uma série de revistas e programas apenas com a minha aparição e não tem humilhação pior que essa para quem um dia me rejeitou. No fim, um dia, todos ficarão sabendo disso, e as pessoas saberão quem são.

 

As palavras dele eram bonitas e sua forma de ver as coisas era muito nobre e dotada de bondade, o que levemente incomodava Ray. Ela deu ombros, não concordava com aquilo, mas não mandava nas decisões do rapaz. Beijou seu pescoço mais uma vez e mordiscou sua pele, o que fez Michael morder os lábios, sentindo mais alguns arrepios bons.

 

— Só não quero que te magoem de novo…

 

— Não vão… vem cá, Ray…

 

Michael virou-se para ela e beijou seus lábios. Ray retribuiu e entrelaçou os braços em seu pescoço, lentamente inclinou o corpo para frente e o empurrou para a cama. Aninharam-se nos braços um do outro e prosseguiram com aquele carinho, que intensificava à medida que ficavam empolgados. Michael entrelaçou os braços na cintura dela e apertou carinhosamente, quase como uma massagem. Quando sentia a sua língua entrelaçar a dela, apertava sua cintura com mais força, descia e subia as mãos em movimentos involuntários, tocava em suas coxas, subia e quase alcançava os seus seios, descia.

 

Michael adorava quando beijavam até perder o fôlego. Ele adorava admirar as marcas no dia seguinte. Ray, todavia, já estava querendo avançar mais uma etapa.

 

Levou discretamente as mãos aos botões da calça do rapaz e começou a desabotoá-los. Ao sentir que sua peça íntima já estava quase visível, Michael percebeu o que ela estava fazendo e prontamente afastou suas mãos de si.

 

— O-o que tá fazendo…?

 

Ray mordeu os lábios.

 

— Estamos saindo tem um tempo, amor… Não acha que tá na hora…? Eu senti você bem empolgadinho dentro dessa calça.

 

Michael corou. Era verdade que aquelas sessões de beijos picantes o deixava bem animado, mas longe de superar sua extrema timidez com o sexo. Ele ainda não se sentia preparado.

 

Suspirou.

 

— Eu não tô pronto…

 

— Ah, por favor, Michael. Um homem não fala uma coisa dessas pra uma garota.

 

Ele negou.

 

— Se você falasse isso pra mim, eu iria te respeitar.

 

Aquilo deixou a garota sem palavras. Ela suspirou e tentou ser mais empática. Se levantou, ficando de joelhos na cama, em seguida sorriu.

 

— Tá bom, você não se sente preparado. E se isso for porque você não dá um empurrãozinho?

 

Michael arqueou a sobrancelha, mas ela prosseguiu. Levou as mãos até sua camisa e começou a desabotoar botão por botão. À medida que seu peito aparecia, o moreno tornava a suar, nervoso e tímido, sobretudo com vergonha. Nessa época, já eram perceptíveis algumas manchinhas brancas em seu corpo, manchas essas que ele escondia a todo custo. Quando Ray estava para soltar o botão próximo ao seu abdome, o cantor a impediu.

 

— E-eu não quero, Ray… por favor…

 

Ela suspirou, já um pouco frustrada.

 

— Okay…

 

Deitou e virou-se de costas. Não insistiu na ideia, mas também não estava mais empolgada para continuar o que estavam fazendo antes. Michael percebeu que ela havia aposentado a noite e só lhe restava fazer o mesmo. Ele suspirou, sentiu-se um pouco culpado.

 

— Me desculpe…

 

A beijou no topo da cabeça, como forma de suplicar pelo seu perdão, em seguida também se deitou virado de costas para ela.

 

Dormiram.

 

x ----- x

 

Era mais ou menos 9h quando Michael despertou com os raios de sol invadindo o seu quarto. Ele se espreguiçou, esfregou um pouco os olhos e, ao olhar para as paredes de seu quarto, se lembrou que Ray também estava consigo.

 

Suspirou.

 

— Ray…

 

Ainda meio atordoado e de olhos fechados, levou a mão até a dela e acariciou os seus dedos.

 

— Bom dia, baby…

 

Murmurou, em seguida se virou para beijar o seu narizinho. Quando seus lábios tocaram a pontinha do nariz dela, uma voz em resposta o fez despertar num salto.

 

— Deixa eu dormir, baby boy…

 

Michael abriu os olhos e se deparou com Morten aninhado em seus cobertores. Levou um susto tão profundo que caiu da cama, do outro lado.

 

— Ah!!

 

— Baby boy?!

 

Morten despertou ao ouvir o barulho do rapaz caindo. Levantou-se para ajudá-lo, mas Michael parecia bem e desperto.

 

— O que você tá fazendo aqui?? Cadê a Ray??

 

Morten deu ombros.

 

— Ela se arrumou e foi embora. Eu vi que tinha espaço na cama, saí do caderno e vim deitar aqui, só isso.

 

O cantor suspirou.

 

— Por que você saiu do caderno?? Oh boy, Morten, avisa quando for deitar do meu lado…

 

— E eu lá sabia que tinha que pedir permissão?! Eu saí porque tá ficando desconfortável dormir naquele troço. Eu, hein, depois que virou playboy, você tá bem chato.

 

— Ah, vai pro inferno…

 

Michael bufou e se levantou. Morten não se ofendeu, na verdade, tendeu a rir. Sabia que o rapaz detestava xingar e com certeza iria importuná-lo por aquilo.

 

— Você falou o quê?

 

— Falei o quê, o quê? Não disse nada…

 

— Disse sim, sua mãe sabe que você fala essas coisas, hein? Hein?

 

Michael suspirou, Morten era muito chato quando queria, mas aquilo, de certa forma, às vezes lhe arrancava algumas risadas. Sequer conseguiu se defender, Morten continuou.

 

— Vou falar pra sua mãe, viu? Ela vai te fazer pedir perdão pro ancião da igreja na frente de todo mundo! Se oriente…

 

— Ah, Morten, não enche!

 

Exclamou o rapaz, rindo em seguida. Pegou um travesseiro e jogou no amigo, que gargalhou junto a ele.

 

— Bom, mudando de assunto… eu ainda não tô acostumado a dormir numa cama.

 

— É, né, você passou um tempo querendo dormir no chão pra sentir a natureza ou não sei o quê…

 

Murmurou o rapaz, sentando-se na beira da cama. Michael, ainda sentado no chão, o encarou com incredulidade.

 

— Ei! Na época, você concordou!

 

— Porque foi divertido, mas depois não gostei, você não lembra das formigas?

 

— Hunf… só teve um incidente com formigas.

 

— Mas eu nunca tinha sentido aquilo antes, foi uma tortura! Às vezes ainda sinto minha pele coçar…

 

Ele imitou o gesto, em seguida riu. Michael sorriu e se levantou, precisava iniciar o seu dia o quanto antes, agora ele estava muito mais ocupado, o álbum tinha sido um sucesso e, juntamente com a fama e prestígio mundial, lhe trouxe o dobro de trabalho.

 

— Vamos fazer aquele negócio lá? Do resumo não sei do quê…

 

— Resumo diário. Sim, vamos. Desculpa não ter feito ontem, eu fiquei o dia todo com a Ray, e também teve a entrevista… enfim, foi cansativo. Mas vamos comer antes.

 

Morten assentiu sem pensar duas vezes e o seguiu. Cada um foi para um banheiro daquele apartamento, se aprontaram e desceram para comer no restaurante privativo. Lá mesmo, fariam o que chamavam de “resumo diário”. Michael havia criado essa brincadeira depois da conversa séria que teve com Morten, logo após o incidente com o caderno queimado. O seu amigo tinha reclamado por “estar mudando” e o cantor queria entender o que exatamente estava acontecendo com ele. Sempre que Morten sofria alguma alteração, Michael anotava e tentava compreender o que significava aquilo. Unindo o útil ao agradável, ele também confidenciava algumas coisas de sua vida pessoal ao rapaz, confiava em Morten de olhos fechados, afinal de contas, era sua criação, talvez sua consciência. Michael ainda não sabia o que Morten era, mas adorava conversar com ele.

 

Assim que se serviram e comeram um pouco, ele começou.

 

— Como você está hoje?

 

— Hum… estou bem. Só não estou gostando mais de ficar no papel. Às vezes sinto falta de ar.

 

— Okay… acho que já está na hora de você visitar um médico, não acha? Eu queria entender se você é de carne e osso, ou… de papel.

 

Eles riram.

 

— Você que sabe. Eu tô disposto a isso.

 

— E aquelas memórias? Não teve mais nenhuma?

 

Morten suspirou.

 

— Hum… eu sinto que eu tenho alguma história em Londres. Às vezes eu tenho lembranças de duas pessoas, mas eu não sei o nome delas e nem lembro muito dos rostos.

 

— Hum…

 

Michael tirou uma caneta do bolso, pegou um guardanapo e começou a fazer suas anotações.

 

— Morten Harket, agora com 23 anos, não é? Norueguês de inglês britânico, provavelmente mora em Londres. Você também me disse que toca violão e guitarra, e gosta de cantar. Eu te pedi pra cantar algo que gosta, e você cantou o hino da Noruega.

 

Morten riu.

 

— É que eu só lembro dessa música! Acho que também consigo cantar uns corinhos evangélicos…

 

Michael arqueou a sobrancelha.

 

— Você é cristão…?

 

— Acho que sim… pelo menos isso me é muito familiar.

 

O rapaz assentiu e fez mais uma anotação, em seguida suspirou.

 

— Sabe qual é o meu diagnóstico pra você?

 

Ele o encarou dessa vez, o que fez Morten engolir a comida e prestar toda sua atenção nele.

 

— É como se eu… é como se eu tivesse desenhado alguém que existe ou já existiu. Você é ou era esse Morten, que toca guitarra e gosta de cantar. Você está se lembrando aos poucos dessa sua vida passada. Bom… eu não sou espírita, mas foi a única coisa que me veio à mente.

 

O rapaz engoliu seco, parecia um tanto estarrecido.

 

— Isso é muito grave?

 

Michael riu baixinho.

 

— Não, não. Você está se lembrando das coisas, deixe isso fluir naturalmente… nós não podemos fazer muito contra isso. Quanto às suas mudanças físicas, já que você não gosta mais de ficar no caderno, eu vou te dar um quarto, tudo bem?

 

Ele fez uma expressão contrariada, não parecia ter gostado.

 

— Vou dormir em outro quarto?

 

— Er… sim. Não quer?

 

Fez um movimento negativo com a cabeça.

 

— Eu não posso dormir com você?

 

Aquela pergunta deixou o rapaz um pouco pensativo. Michael adorava dividir o quarto com ele, já havia o feito várias vezes, porém não sabia até quando poderia mantê-lo em seu apartamento sem levantar suspeitas dos demais à sua volta. Mídia nenhuma sabia disso, Ray acreditava que Morten já havia voltado para os pais, sua família acreditava que o rapaz era um mero funcionário, no fim das contas era um segredo dos dois.

 

— Pode, mas… vamos ter que combinar uma coisa. Quando alguma visita chegar, eu quero que se esconda no caderno ou no quarto que eu vou te dar, okay? O que você preferir…

 

— Sem problema.

 

Eles voltaram a comer. Morten tomou sua bebida e finalizou.

 

— E você? Como foi ontem?

 

— Ah… foi legal. Já deve ser a minha quinta ou sexta entrevista somente neste mês. Depois que eu saí da casa dos meus pais, tenho achado as coisas mais agitadas.

 

— Aqui é mais agitado que lá mesmo, tem muito barulho de carro… Eu realmente não sei como consigo dormir.

 

— É porque você dorme que nem uma pedra.

 

Eles riram novamente.

 

— É, baby boy, tem razão…

 

Michael sorriu, em seguida suspirou e voltou a falar.

 

— Eu teria que me mudar uma hora ou outra, mas… tive medo de morrer de solidão. Você me encorajou um pouco, porque eu sabia que não ia ficar sozinho.

 

Morten sorriu.

 

— É, você vai ter que me aturar, vê só que castigo horrível.

 

Michael riu baixinho, mas o outro prosseguiu.

 

— Ah, e aquela coisa do… sabe… sua pele…

 

Ele aquiesceu.

 

— O médico disse que é irreversível. Elas vão crescer e tomar conta do meu corpo todo.

 

Morten mordeu os lábios.

 

— Droga, Michael… eu sinto muito…

 

— Tá tudo bem, tudo bem… eu vou ficar bem. Não é mortal, sabe? Talvez só me traga dor de cabeça… eu vou ter que me proteger do sol quando as manchas crescerem.

 

Lentamente esticou um dos braços, a fim de alcançar o do amigo, que repousava na mesa. Ele sorriu muito fracamente ao repousar a palma de sua mão no pulso do rapaz. Ali, ainda um pouco tímidas, algumas pequenas manchas esbranquiçadas já se faziam presentes.

 

— Em breve não vamos mais ter contraste…

 

Brincou, se referindo ao primeiro comentário do amigo sobre suas diferenças de cor. Morten não riu, aquela situação de alguma forma tinha lhe tocado negativamente. Ele apenas afastou o seu braço do moreno, dessa vez levando sua mão à dele para que entrelaçassem os dedos. Michael corou com aquele gesto, temendo que algum funcionário seu visse aquilo, e prontamente tentou recuar, porém foi impedido pelo rapaz.

 

— Olha pra mim…

 

Michael custou a fazê-lo, mas cedeu ao pedido. Seus olhos negros fitaram os olhos azuis dele, e, dessa vez, ficaram em silêncio. Morten não parecia querer falar, realmente não estava sequer se esforçando para iniciar um assunto. Com sua mão livre, apoiou-a no queixo e ficou admirando o olhar do cantor, parecia não ter pressa alguma. Michael não entendeu aquilo a princípio, mas focar no rapaz parecia arrancar suas preocupações de alguma forma. Aos poucos seus músculos relaxaram e os funcionários à sua volta não pareciam mais ter importância.

 

Sorriu, embora muito discretamente, porém Morten reparava em cada detalhe. Fitou os seus lábios, que eram rosados e sutilmente carnudos em contraste com os próprios, que eram finos e discretos. Michael notou o olhar do rapaz  “secando” sua boca e logo ficou acanhado.

 

— Morten…

 

Tentou chamar sua atenção, e, de fato, havia conseguido. O rapaz o encarou e então ele também lhe fez um pedido.

 

— Você pode… cantar alguma música?

 

Morten aquiesceu, um pouco inseguro.

 

— Er, tá bom… mas eu não sei o que cantar. Do que você gosta? Você prefere algo mais calmo ou...

 

— Eu quero que cante pra mim… algo do seu coração.

 

Disse, o interrompendo. Morten suspirou e aquiesceu, havia sentido o peso daquele pedido. Logo ficou em silêncio, buscou alguma música especial cuja letra recordava, buscou em suas memórias mais adormecidas. O silêncio perdurou por mais um tempo, mas Michael não parecia com pressa. Acariciou os seus dedos e aquele conforto acabou por tirar um pouco do medo em seu coração.

 

Até que se lembrou de uma canção, algo dentro do seu inconsciente. Algo que ele, há muito, queria falar para Michael.

 

O fitou mais uma vez e, então, começou a cantar.

 

“Estamos jogando conversa fora…

Eu não sei o que vou dizer.

Eu direi mesmo assim…

Hoje é outro dia para te encontrar.

Me evitando...

Eu voltarei para buscar o seu amor, tá bom?

 

Me dê uma chance...

Me aceite...

Eu irei embora...

Em um ou dois dias.”

 

Parecia um pouco fantasioso, mas Michael, de fato, era um rapaz muito sensível e aquela pequena acappella havia mexido com o seu coração. Seus olhos brilharam, porém não cedeu às lágrimas, não sabia se fora a voz suave e afinada de Morten que havia o envolvido, ou se era aquela letra tão imersiva, mas sua mente havia comprado a ideia quase que imediatamente.

 

Sem pensar duas vezes, segurou sua mão com força, o olhar ainda no seu.

 

— Não vá… você me prometeu que não ia…

 

Sussurrou. Morten piscou os olhos algumas vezes, aquilo era apenas uma canção, mas sorriu discretamente, enfim entendendo que ela havia chegado em seu coração.

 


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:

[...] Michael, por um instante, se sentiu hipnotizado, mas retornou à sua consciência quando o viu inclinar-se em sua direção.

— O-o que está fazendo?!

— Shh…

Fez o rapaz, levando uma mão ao seu rosto. Seu polegar tocou o queixo do cantor, Michael começou a suar frio.

— Estou há um tempo querendo te dar uma coisa… e eu sei que você também quer isso.



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