Até o último suspiro escrita por Nara Garcia


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! :)

Esse é o penúltimo capítulo da fic. Espero muito que gostem! ❤



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Seus dedos desenhavam alguns círculos preguiçosos no abdômen dele, enquanto sua cabeça descansava em seu peito nu. Apesar de ainda sonolenta, Stella sabia que aquilo era real e não apenas sua mente tentando pregar-lhe uma peça. 

Com cuidado para não acordá-lo, ela se levantou e caminhou até o banheiro, jogando um pouco de água gelada no rosto. Ao contrário da expressão cansada que normalmente o reflexo do espelho mostrava, havia um semblante feliz no rosto de Stella. Seus olhos até mesmo brilhavam, coisa que há muito tempo ela não via. 

— Você é ainda mais linda quando acorda. - a voz rouca e meio sonolenta de Mac arrancou um sorriso da grega, que na mesma hora desviou seu olhar do espelho. 

— Mais duas noites dormindo comigo e sua opinião pode mudar. 

— Isso é um convite? - provocou-a ainda deitado, com uma sobrancelha arqueada e um sorrisinho no canto dos lábios. Stella simplesmente riu, voltando a encarar seu reflexo no espelho. 

— É, pode ser. 

— Também tenho um convite pra te fazer. - disse. - O que acha de ir à um encontro comigo? - ao terminar de falar, uma leve carranca formou-se no rosto de Mac, fazendo o sorriso bobo que antes havia ali, sumir. - As pessoas ainda dizem isso ou é brega? 

Stella ajeitou seu último cacho e voltou para o quarto, indo em direção à Mac. 

— Bom, se isso for brega então fico contente em dizer que sou a pessoa mais brega do mundo! - exclamou com um sorriso, beijando-o enquanto se deitava sobre ele. 

— Fico feliz em saber que não sou o único brega da relação. - disse aliviado, fazendo-a rir. 

— Posso saber quais são suas intenções comigo nesse encontro? 

— Eu vou te levar pra saborear o melhor salmão da sua vida, num jantar romântico a luz de velas. Depois vamos caminhar pela praia enquanto tomamos o seu vinho preferido e, por fim, deitaremos na areia pra admirar o pôr do sol. Aliás, você, porque eu já estarei ocupado te admirando. 

Stella soltou uma risadinha e desviou seu olhar, sentindo o rubor surgir em suas bochechas. 

— Você realmente pensou em tudo. 

Apesar do sorriso em seus lábios, a expressão um pouco tristonha e preocupada de Stella não passou despercebido por Mac, que logo a questionou carinhosamente. 

— Posso saber o motivo desse rostinho triste? 

Stella voltou a acariciar o peito nu de Mac distraidamente, enquanto pensava nas palavras certas para descrever o que estava sentindo. 

— Eu tô tão feliz. Sinto uma leveza e uma segurança que jamais senti na vida. Mas tem aquela voz dentro de mim que fica dizendo o tempo todo que isso não vai durar. - explicou. - Eu sei que eu tenho mania de sabotar minha felicidade, mas dessa vez é diferente. É algo que foge do meu controle.. 

— E por que acha que isso está acontecendo?

— Depois de todas aquelas emoções de ontem eu acabei me esquecendo por um momento de tudo que tenho vivido e estou prestes a viver. Me esqueci da cirurgia, da doença, dos enjoos matinais.. Tudo. Você falar sobre o nosso primeiro encontro faz tudo voltar a tona. Me faz pensar: "Será que teremos tempo?" 

As últimas palavras soaram como um sussurro, devido à sua garganta meio embargada pelas lágrimas acumuladas. Ainda assim, nenhuma ousou rolar. 

— Nós teremos todo o tempo do mundo para ir à milhares de encontros. Vamos viver tudo aquilo que quisermos da melhor forma possível. - disse, levando sua outra mão ao rosto da grega. - A única coisa que essa cirurgia fará além de te curar, é te deixar ainda mais forte. Encare essa cirurgia como o primeiro capítulo de uma nova história. A partir disso, teremos toda a vida pela frente, está bem?! 

Stella sorriu. 

— O jeito que você faz eu me sentir e essa paz que você sempre me trouxe foram um dos motivos pelo qual eu me apaixonei por você. 

— Engraçado, eu me sinto da mesma forma. - falou, arrancando um sorriso da bela detetive. - Você é minha calmaria, Bonasera. 

Enquanto Stella se inclinava para beijá-lo, o silêncio do quarto deu lugar ao som do celular vibrando sobre a mesinha ao lado. Mac olhou de relance e viu o nome de Flack no visor, suspirando logo em seguida.

— Parece que alguém aqui tem trabalho a fazer. - insinuou Stella com um tom zombeteiro. 

— Então.. O que acha de resolver esse caso comigo, hein? - perguntou Mac a olhando nos olhos. 

— Sério? - rebateu meio desconfiada. 

— Claro! Você pode me ajudar com a cena e tudo mais. Não vai precisar fazer esforço. A parte pesada eu deixo com o Flack. - disse com um sorriso. - Além do mais.. Sinto falta da minha parceira. 

Stella sentiu seus lábios contraírem-se num imenso sorriso. Aquele convite com certeza a deixou empolgada, como se estivesse longe do campo há semanas. 

— Deixar a parte pesada com o Don? Me parece um ótimo plano! - respondeu com um tom brincalhão. - Também sinto falta de trabalhar com você. Um dia presa no laboratório com assuntos burocráticos já foi o suficiente, acredite. 

Mac continuou encarando-na com um sorrisinho de canto sem respondê-la, fazendo a mesma encará-lo de volta com uma sobrancelha arqueada e uma risadinha. 

— Por que está me olhando assim? 

— Só estava pensando em uma coisa... 

— Em que?! 

— Podemos adiantar o máximo que der do caso hoje e sair um pouco mais cedo, assim aproveitamos nosso primeiro encontro. - disse enquanto passava a mão pelos seus cachos. 

— Só estamos juntos há poucas horas e já quer sair mais cedo do trabalho? Me parece que serei uma má influência para você, Taylor. - brincou. 

— Você não sabe o quanto isso me deixa feliz. - seu ar despojado e um tanto despreocupado a fez rir. 

— Acha que se atrasarmos alguns minutinhos terá algum problema? - disse Stella passando alguns dedos no rosto de Mac, fazendo-o encará-la desconfiado. 

— Depende.. O que tem em mente? 

Stella simplesmente sorriu em resposta. 

••• 

A cena do crime ficava em um posto de gasolina a apenas algumas quadras da Delegacia. Ao estacionarem seus carros na esquina, logo foi possível ver Don parado próximo ao corpo com seu bloco de notas, como de costume. 

— Olha se não é minha detetive preferida de volta ao campo. - disse Don sorridente ao vê-los se aproximando. 

— Sendo recebida assim vou ficar mal acostumada. - Stella tinha um sorriso tímido nos lábios, que logo ficou maior quando Don aproximou-se para abraça-la. 

— Fico feliz em saber que esteja bem, irmãzinha. 

Havia uma expressão diferente no rosto de Mac. Era uma mistura de alegria com um certo alívio. Ele sabia que Don se importava com Stella tanto quanto ele, e saber que ele sempre cuidaria dela era, no mínimo, reconfortante. 

— Oi pra você também, Donald. - resmungou Mac. 

— Qual é, cara, tem Flack para os dois. Quer um abraço também, quer? - Don abriu seus braços em direção a Mac, arrancando um revirar de olhos dele e uma gargalhada de Stella. 

— Vamos deixar a demonstração de afeto para depois, ok? - disse a grega com um sorriso, voltando seu foco à cena. - Quem é nossa vítima, Don? 

— De acordo com a nossa testemunha, a vítima se chama Rachel Blake. Não há nenhum documento com ela e a bolsa está vazia. 

— Assalto que deu errado? - indagou Mac agachando para examiná-la. 

— Possivelmente. 

— Quem a encontrou? - perguntou Stella. 

— A amiga, Donna. - Don apontou para a jovem que estava atrás da faixa, à alguns metros do corpo.  - Elas marcaram de se encontrar aqui para ir à um show na Times Square. Quando Donna chegou, a encontrou assim. 

Stella afastou-se do corpo e caminhou até Donna, que encarava a cena com um olhar distante. 

— Sinto muito pela sua perda. 

Donna ergueu seus olhos para Stella e esboçou um meio sorriso. 

— Obrigada. - sussurrou com a voz meio embargada. 

— Donna, meu nome é Stella. Sou uma das detetives que cuidará do caso de Rachel. - explicou. - Pode me dizer se há alguém que poderia fazer algum mal a ela? Talvez um inimigo... 

— Rachel não era a pessoa mais querida do mundo. Quando se é muito sincero você acaba criando algumas inimizades, mas nada que pudesse chegar a esse ponto. 

— Eram amigas há muito tempo? - indagou a olhando. 

— Quase cinco anos. Cursamos o último período da faculdade juntas, e desde então não nos desgrudamos. Rachel sempre foi uma amiga incrível. Nunca saiu do meu lado.. - quando uma lágrima escapou, Donna levou sua mão ao rosto e a secou rapidamente. - Por favor, encontrem quem fez isso. - pediu, pela primeira vez olhando nos olhos de Stella. 

— Nós vamos. - afirmou com um pequeno e reconfortante sorriso. 

Quando Stella estava prestes a voltar, Donna a chamou novamente com um olhar preocupado. 

— Detetive, seu nariz está sangrando. Você está bem? 

Com uma expressão confusa, Stella tocou seu nariz, encarando o sangue em seus dedos logo em seguida. 

— Oh, eu estou bem, não se preocupe. - disse com um sorriso forçado. - Se lembrar de algo, por mais irrelevante que pareça ser na hora, me ligue por favor. - com a outra mão, Stella pegou um de seus cartões no bolso da jaqueta e a entregou. 

— Tudo bem. - Donna deu uma última olhada em Rachel antes de se afastar. Com um suspiro, Stella se virou, dando de cara com Flack. 

— Credo, Don, quer me matar do coração? - o sorriso um tanto debochado nos lábios de Flack se desfez ao ver o nariz de Stella manchado de sangue. 

— O que houve com seu nariz? 

— Estava sangrando um pouco. Não foi nada demais. - respondeu tentando retirar a mancha com sua própria mão. - Tem algum lenço aí? 

Don retirou um lenço de seu bolso e entregou a Stella, que agradeceu com um sorriso. 

— Você está bem? 

— Eu estou ótima! - exclamou de forma convincente. - Deve ter sido a altitude. 

— Altitude? É sério? - rebateu de forma incrédula, fazendo-a rir. 

— Ei Flack, recebemos um chamado. Veio de algumas quadras daqui. Parece que foi uma tentativa de assalto. - disse um dos policiais aproximando-se. 

— Mac, temos que ir. - gritou Don. 

— Acha que pode ser o nosso cara? - indagou Stella. 

— Não sei, mas se tivermos sorte ele pode estar por perto. - respondeu Don. 

— O que houve? - perguntou Mac ao aproximar-se. 

— Um assalto perto daqui. Se quisermos pegá-lo temos que ir agora. - Don afastou-se juntamente com o policial, indo até seu carro. 

— Vou terminar de analisar a cena e te encontro no laboratório depois. - propôs Stella antes que Mac pudesse dizer qualquer coisa. 

Mac permaneceu em silêncio. Havia uma pequena luta sendo travada dentro de sua consciência. Ele estava completamente contrariado por ter que deixá-la, mas sabia que precisava fazer seu trabalho. 

— Ei.. Confie em mim, está tudo bem. - suas palavras somadas ao sorriso reconfortante sugeriam que a mesma parecia conseguir ler sua mente. Ainda assim, Mac continuou a se sentir mal. 

— Qualquer coisa me ligue, ok? - pediu carinhosamente. 

Após receber um sorriso de confirmação, Mac correu até seu carro e saiu da cena do crime com Flack e os os outros policiais. Já Stella respirou fundo, jogou seu lenço meio ensanguentado no lixo - após ter feito questão de escondê-lo para que Mac não o visse - e começou a analisar a cena do crime. 

•••  

Duas horas haviam se passado desde que Stella iniciara sua análise de campo. O corpo de Rachel já havia sido levado ao necrotério pelo legista responsável, e a maioria dos policiais já estavam de volta a delegacia cumprindo suas partes na investigação. 

Depois de checar a cena uma última vez e guardar as evidências, Stella despediu-se dos poucos policiais que ainda estavam ali e seguiu para o seu carro. Ela pôs a maleta no banco ao lado e checou os espelhos antes de dar partida no carro. Para sua surpresa, seu nariz havia voltado a sangrar. 

— Droga! - murmurou. 

Na intenção de parar o sangramento, Stella recostou sua cabeça no encosto de banco e passou a encarar o teto. Rapidamente ela pegou o celular e discou o número de Melissa, que no segundo toque a atendeu. 

— Espero que essa ligação esteja carregada de novidades sobre você e o sr. bonitão. 

— Sinto muito decepcioná-la, mas as novidades terão que esperar um pouco. Acho que há algo de errado comigo. 

— O que aconteceu? As dores voltaram? 

— Não, os remédios estão ajudando. É o meu nariz que não para de sangrar. 

— Quando começou? 

— Há algumas horas. Daí parou e agora começou de novo. - explicou. - Por favor, me diga que isso é normal. 

— Em outras circusntâncias até poderia ser, mas no seu caso... - suspirou. - Tem que vir ao hospital, Stell. Agora. 

Stella fechou seus olhos e afastou o celular do ouvido momentaneamente, repirando profundamente. 

— Preciso deixar umas evidências na delegacia antes. Acabei de sair da cena de um crime. 

— Stella.. 

— Será rápido, eu prometo. 

— Tudo bem. Nos vemos depois. 

Com um longo suspiro, Stella guardou seu celular e pegou um lenço que havia no porta-luvas. Enquanto sua mão pressionava o pedaço de pano contra o sangramento, seu olhar receoso encarava o retrovisor. No fundo ela sabia que aquela ida ao hospital não seria como as outras, e aquele pensamento a amedrontou. 

Enquanto continuava a estancar o sangue com uma das mãos, a grega deu partida no carro, seguindo até a delegacia. 

••• 

— Ei, Flack, o que acha de vermos o jogo no Joe's essa noite? Soube que eles vão distribuir nachos de graça. - disse Phil, um dos policiais, ao entrar na delegacia. Don, que estava sentado à mesa brincando com mais uma de suas cruzadinhas, riu. 

— Sabe que eu não recuso nachos. Pode contar comigo. 

— O convite se estende ao resto da delegacia ou é um evento fechado? - indagou Matt com deboche, aproximando-se dos demais policiais. 

— Bom, desde que pague a primeira rodada... - respondeu Phil com um sorriso de canto. 

— Achei que sua esposa tivesse te proibido de beber, Phil. - provocou Sam arrancando risada de todos, menos Phil. 

—  Muito engraçado, Sammy. - murmurou. 

— Uma reunião no meio do expediente e ninguém me chamou? Imagino que os relatórios que pedi há algumas horas já estejam prontos.. Certo? - ao ouvirem a voz de Gerrard, todos se dispersaram. - É, foi o que eu pensei. - resmungou. 

— Não esperava te ver aqui hoje. - disse Don deixando sua revistinha de lado. 

— Acredite, nem eu. - suspirou. - Marcaram uma reunião de última hora e exigiram minha presença. Ah propósito, está em algum caso? 

— Sim, mas já temos um suspeito sob custódia. Mac vai interrogá-lo assim que puder. 

— Ótimo! quando finalizá-lo, me ligue. Tenho uma tarefa para você. - sem esperar por uma resposta, Gerrard se afastou. 

— Maravilha. - sussurrou com ironia. 

Ao se levantar, Don avistou Stella entrando na delegacia e foi ao seu encontro. 

— Eu já ia te ligar. Correu tudo bem na cena? - Stella sorriu. 

— Vai demorar até eu me acostumar com toda essa preocupação excessiva de vocês. 

— Desculpe, é mais forte que eu. - disse. - Essas são as evidências? - perguntou olhando para a maleta nas mãos de Stella. 

— Sim. Preciso que as leve para o laboratório e entregue ao Danny. Eu mandei uma mensagem pra ele pedindo para que me ajudasse. 

— Tudo bem. E o que você vai fazer? 

— Hm.. - Stella hesitou por um momento, mas logo falou a verdade. - Eu vou para o hospital, só por garantia. 

— Tem a ver com o sangramento? 

— É. Sabe como é, parece que o problema não era a altitude... - provocou-o. - E meu nariz voltou a sangrar, então Melissa acha melhor dar uma olhada. 

— Mac já sabe? 

— Ainda não. Vou ligar pra ele quando chegar lá. - respondeu, entregando a maleta à Don. - Eu volto assim que der. - com um aceno e um último sorriso, Stella se virou e foi à passos largos até a saída. 

— Da próxima vez, traga um cafézinho. - gritou. - É, acho que a cruzadinha vai ter que ficar pra depois. - murmurou, logo deixando a delegacia. 

••• 

Stella estacionou em frente ao hospital pouco mais de meia hora depois de ter falado com Melissa ao telefone. Para sua surpresa, Mel a esperava do lado de fora com os braços cruzados sobre o peito. Com um longo suspiro, Stella desafivelou seu cinto e saiu do carro, indo em direção a ela. 

— Você é a pessoa mais teimosa que eu conheço! - exclamou contrariada. 

— Fico feliz em saber que eu seja única em sua vida. - disse com um sorrisinho debochada, arrancando um revirar de olhos de Melissa. 

— O que estava fazendo na cena de um crime? Pensei que ficaria no laboratório nos próximos dias. 

— O que aconteceu não tem nada a ver com o fato de eu estar em campo. Teria acontecido em qualquer lugar. 

— Como você sabe? - Stella desviou seu olhar, permanecendo em silêncio. - Precisa levar isso mais a sério. 

— Acha que não estou levando? Mel, eu estou prestes a fazer uma cirurgia que pode me matar. Acredite, estou tentando lidar com tudo isso da melhor forma possível. 

— Isso não vai acontecer. - respondeu com firmeza. 

— Não tem como você saber. - disse. 

Melissa pensou em continuar aquela conversa e dizer o quanto ela acreditava que Stella ficaria bem, mas por algum motivo nenhuma palavra fora dita. Ao invés disso ela quebrou seu contato visual e respirou fundo. 

— Vamos?! O Doutor Fields vai te atender agora. 

— Eu só vou fazer uma ligação e já te encontro. - Melissa simplesmente acenou, voltando para dentro do hospital. Stella a seguiu com seu olhar até perdê-la em meio as várias pessoas que entravam e saíam de lá. 

A detetive pegou seu celular e passou a encarar o estacionamento distraidamente, esperando que Mac a atendesse. Entretanto, pelas duas tentativas seguintes, a ligação foi direto para a caixa postal. 

— Oi, sou eu.. Acabei de chegar no hospital. Tive um sangramento no nariz e Melissa me pediu para vir, só por precaução. Mas eu estou bem, ok? Não se preocupe.. Provavelmente farei alguns exames e serei liberada antes do almoço. Te ligo quando terminar... E, ah.. Mac? Eu te amo. Eu queria ter dito isso antes e me sinto patética por não ter feito. Dizer pelo telefone não era minha intenção, acredite. - sorriu timidamente com a confissão. - Mas eu te amo, amo muito! Não se esqueça nunca, tá? Até mais tarde... 

Com um pequeno sorriso de alívio por finalmente ter dito a ele como se sente, Stella desligou seu celular e o guardou. Contudo, o sorriso logo desapareceu no momento em que deu o primeiro passo em direção ao hospital. A tontura a tomou, assim como quando estava em seu banheiro noutro dia. 

Stella apoiou-se na parede, enquanto sua visão escurecia aos poucos. A detetive mal pôde ver o rapaz que aproximou-se no intuito de ajudá-la. No momento em que ele pôs a mão em seu ombro e perguntou se estava tudo bem, ela desmaiou. 

Numa coisa Stella estava certa: Aquela ida ao hospital certamente não seria como as outras. 

Continue... 


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