Amethyst no Hana - A Flor de Ametista Reimaginada escrita por YuukiHisashi


Capítulo 2
Capítulo 1: Um novo começo




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Olhando em seu celular, procurou saber a respeito de qual direção tomaria o trem, e chegando na estação, aguardou a locomotiva chegar. Não demorou muito, e logo ele adentrou o comboio, que estava razoavelmente cheio. E após muitas estações de espera, saltou em Gendouji, já em Fujinomiya, aonde os céus, antes claros, estavam nublados. Pegou seu celular e ativando a internet, abriu o mapa e se guiou até o colégio. Sorriu, vendo que não era tão longe da estação.

Tendo adentrado o prédio, procurou saber sobre sua sala após ter trocado os sapatos. Subiu as escadas para o segundo andar, e atentamente buscou sua classe, batendo educadamente a porta que se abriu pouco depois.

 

— Ah, a diretora me informou sobre você. Por favor, entre…

 

Ele então entrou junto dela, e enquanto ela escrevia seu nome no quadro, ele encarava os alunos, com certo receio, já que não conhecia ninguém ali. Ela então o solicitou que se apresentasse, e ele assim o fez. Tão quanto ele terminou, lhe fora designado sua carteira a qual este se assentou. Como era a primeira aula do ano, não havia de se preocupar, pois era um período para os alunos poderem se conhecer e poderem se dar bem.

 

Após isso, porém, começou verdadeiramente a primeira lição, ao qual todos os alunos pegaram seus cadernos e canetas e começaram a escrever o que a professora passava no quadro.

O soar do sinal indicava que era iniciado o intervalo, e então a professora pediu, encarecidamente, que alguém lhe apresentasse a escola. Uma garota se prontificou a fazê-lo, e a Sensei imediatamente lhe agradeceu. Sua voz, que aparentava madura demais para sua jovial idade chamou a atenção de Yuuki, ao qual ao virar em sua direção, via uma moça que o chamava. Ela tinha cabelos negros, curtos à altura do pescoço, usava óculos e tinha olhos arroxeados. Seu nome era Satomi Takahashi, e ela era a representante de turma desde o ano passado. O menino então se levantou de sua cadeira e a acompanhou pelos arredores do colégio. Duas garotas o observavam enquanto ele saia de sua sala de aula

 

— Pra um aluno transferido, ele não é nada mal. Até que é bonitinho, não é, Emi–chi?

 

A outra garota, ao ouvir da outra, se surpreendeu, e corada, se defendeu.

 

— Eu não diria que ele é bonitinho… mas ele parece uma boa pessoa…

— Ah, vai. Quando ele chegar, presta atenção nele. Tenta interagir com ele, quem sabe ele goste de você, e vocês se deem bem.

— E-Eu posso tentar… não garanto, mas posso tentar…

 

Comentou, desviando o olhar. Era notável que ela tinha uma certa aversão social por conta de seu comportamento: ela raramente falava com alguém além de sua colega que sentava a a sua frente. Era uma pessoa isolada, tida como tímida e introvertida, o que era um empecilho em sua vida maior do que imaginava.

Enquanto isso, Satomi apresentou a Hisashi os arredores do colégio. Entretanto, ela se limitou ao lado de dentro, já que lá fora, uma chuva estava caindo.

 

— Hisashi, de onde você veio?

— De Kasai, na prefeitura de Showa.

— Yamanashi, não é? Você veio de bem longe…

— Bem, não conseguiram encontrar escolas de ensino médio por lá, por isso a mais próxima foi aqui…

— Entendo… e alocaram você nos dormitórios da escola?

— Sim. Não sei bem aonde é, ou como é, mas creio que vou conseguir me adaptar bem.

— Então eu ficarei encarregada de te levar lá. Tudo bem?

— Claro. Agradeço a ajuda.

— Não precisa agradecer. Sou a representante de turma, zelar pelos alunos é uma das minhas funções.

 

Pouco depois, ele retornou para a classe, e claro, as duas tiveram suas atenções tomadas por ele. Enquanto o rapaz se aproximava, uma delas desviava o olhar, enquanto a outra fazia o contrário e o seguia com os olhos.

 

— Yuuki… não é?

 

A mais velha lhe chamou, de forma assertiva e com um sorriso. Era uma garota, de pele escura e cabelos alaranjados, olhos de cor amarelada e, certamente notáveis, seios decentemente avantajados. Ela estava interessada nele, não de forma romântica, mas a fim de ajudar sua colega.

 

— Sim…

— Meu nome é Nakajima Shizue. É um prazer conhecê-lo.

— É um prazer conhece-la também, Nakajima-san.

— Oh, por favor, deixe de lado os honoríficos. Você pode me chamar de Nakajima ou de Shizue se quiser.

 

O tom levemente sedutor ao qual ela adereçou a aquela frase o fez desviar o olhar enquanto este corava. A outra menina se sentiu mal por dentro, sem saber muito bem como reagir. Estava irritadiça, brava por conta da forma que sua amiga o tratou, porém, se manteve quieta para não levantar suspeitas.

 

— Sabe, minha amiga aqui disse que queria te conhecer…

 

Ela se avermelhou por inteira, pois ficou sem jeito, e acabou-a agarrando pelo colarinho do blazer, a balançando.

 

— O que é que você tá falando, tá querendo me matar de vergonha, é?!

 

E viu que sua voz se levantou, e chamou a atenção de Hisashi. Ao por os olhos nesta, viu o quão bonita ela era: seus cabelos roxos como o céu noturno, os olhos de cor igualmente púrpuras, a delicadeza de seu porte a qual fazia parecer que era uma boneca e até mesmo sua voz. Ele corou e acabou por manter os olhos na moça, que estava focada demais em Nakajima.

 

— De vergonha eu não mato você não, mas ele pode morrer de um sangramento nasal se você continuar me chacoalhando assim, viu?

 

E imediatamente a soltou, e vendo ela que ele a encarava, desviou seu olhar e calou-se, por pura timidez.

 

— Agora que ele está interessado em você, você se fecha?

— Isso não importa, não é? Não precisa ser agora.

— Lá vai você de novo…

 

Yuuki, vendo que ela não se viraria para ele, se sentiu um pouco culpado.

 

— Me desculpe… não vou incomodar.

— Não se preocupe com ela, uma hora ela se abre com você.

 

No final dos últimos períodos, todos preparavam-se para sair, guardando cada um seus materiais em suas bolsas. No momento que estavam terminando de trocar os sapatos, a garota de cabelos roxos estava um tanto hesitante, e pouco a pouco foi se aproximando, sem ele perceber. Contudo, a representante de sala foi ao encontro do menino, o que a fez recuar e se esconder, enquanto via eles saírem juntos.

 

— Ela só vai levar ele até os dormitórios da escola. Quer tentar amanhã?

 

A jovem cerrou suas mãos, sentindo certa hesitação, medo, porém acenou positivamente, enquanto saia detrás dos armários e seguia Shizue com sua sombrinha. Instantes depois, com Yuuki e Satomi debaixo de dois guarda-chuvas, chegaram então ao dormitório, o qual aparentava ser uma casa com vários quartos, dada o número de janelas.

 

— É aqui o dormitório da escola.

— Dormitório Nozomi…

— Alguns alunos se alojam aqui mais porque é mais barato. Mas uma vez que se conclui o Ensino Médio, essas pessoas não podem mais permanecer no Nozomi, e assim, dão lugar a novos moradores.

— Entendo… espera… agora que paro para pensar… e quanto as minhas vestimentas?

— O dormitorio deve ter algo temporário até você trazer suas roupas. Então acho que por hoje você vai ficar bem.

— Tem certeza?

— Os administradores são precavidos quanto a essas questões, então, fica tranquilo.

— Se você diz… então tudo bem. Agradeço por ter me trago até aqui, representante.

— Não há de que. É meu dever zelar pelos alunos e suas condutas.

 

Assim, tendo acenado, partiu, enquanto ele adentrava aquele lugar. A aparência não era de chamar muita atenção, aliás, essa não era a intenção do local. E logo, alguém veio-o atender.

 

— E você seria?

— Ah, é um prazer. Me chamo Yuuki Hisashi, e a partir de hoje, eu estarei me hospedando no dormitório escolar Nozomi.

— Entendi… você é o aluno novo que diriam que iria se mudar… Por favor, me acompanhe.

 

Ele então seguiu a mulher andar acima até pararem em frente a uma porta, ao qual ela bateu, e alguém veio atender.

 

— Esse vai ser o quarto no qual você vai morar, junto desse garoto, que vai ser seu colega de quarto. Ele se chama Suzuki Kota. No mural do corredor tem um quadro com as tarefas do dormitório, e ao lado, as regras do mesmo. Qualquer dúvida, sinta-se à vontade para poder perguntar a mim, ok?

 

O garoto concordou, e se despedindo, a mulher saiu dali. Yuuki adentrou o quarto e conversou um tempo com o garoto, para que se conhecessem melhor. Depois de um tempo, o moreno desceu e foi até o telefone a falar com sua mãe a respeito das roupas. Ela se desculpou com ele por não poder ir por conta da chuva, mas o assegurou que no dia seguinte estaria lá. Perguntou-lhe o horário ao qual ele ficava disponível após as aulas e agendou sua visita. Jantou e em seu quarto, por um momento, contemplou a chuva a cair lá fora. Kota o perguntou por que de ele estar daquela maneira, mas ele somente disse que não era nada. Sem obter muita resposta, o loiro voltou a deitar-se para dormir. Na mente de Yuuki, enquanto observava aquele dilúvio, somente se passava uma coisa:

 

“Aonde você está...”


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