— De todas as coisas estupidas que ele fez até agora, essa é com certeza a pior delas. – Elisa cruzou os braços enquanto esperava que Penelope lhe respondesse algo. – Quero dizer, deixar ser capturado por aquele bando de assassinos?

— Sim, eu concordo. – Pen respondeu. – Aliás, â suposição que houveram mais vítimas consideradas apenas um tiroteio qualquer está correta.

— Jura? – Elisa olhou para a tela a sua frente. – Santa porcaria.

— Sim, isso é completamente alarmante. – Pen jogou os números em um gráfico na tela de seu computador. – Considerando todas as datas, tenho certeza que uma pessoa é responsável.

— Anna. – Elisa olhou para a tela grande e deu um longo suspiro. – Claro que ela estaria sendo maluca.

Enquanto isso, Callen foi forçado a se sentar em uma cadeira no meio de um galpão vazio. Ele tinha uma sacola de aniagem na cabeça e uma venda nos olhos.

Seus braços foram amarrados com fitas e com lacres de plástico, fazendo Callen desejar ter colocado a blusa de manga longa.

— Enfim, você está aqui. – Anna puxou o saco da cabeça dele. – Demorou quase seis meses para descobrirmos como faríamos para ter você. Aqui.

— Bem, não estou surpreso de você ter me sequestrado, Anna. – Callen deu um bocejo. – Estou surpreso de você ter escolhido dois bocós para fazer uma aliança.

— A quem está chamando de bocó? – Javier olhou para ele. – Pelo que eu sei, você tentou me matar da última vez e eu perdi uma mão.

— Você vai mesmo querer que eu responda? – Callen não seria uma vítima aqui. – Me diga, quem mais você tirou da morte?

— Eu. – A morena deu um passo para dentro do espaço onde Callen estava. – Pela primeira vez, o agente Callen está sem palavras.

— Hunter. – Callen olhou para ela. – Agora você está viva.

— Eu me uni a Javier muito tempo antes de ele fingir minha morte. – Lauren chegou mais perto dele. – E isso me deu liberdade.

— Então a mulher que foi explodida... – Callen apenas queria um nome para quando saísse de lá.

— Não sabia no que estava se metendo quando me achou no site de sósias. – Lauren deixou uma das janelas abertas. – E você, vai pagar por tudo o que fez a Anna e Javier.

— Eles quase mataram minha esposa e minha filha que nem era nascida. – Callen rebateu, deixando todos sem falas. – Não vou ser uma vítima nesse lugar.

— Eu queria você apenas para mim. – Anna chutou a cadeira, fazendo o agente cair no chão, com força. – E você vai pedir perdão antes que eu mate sua preciosa esposa e sua bebê.

— Toque nelas e eu vou matar você. –Callen acabou levando um choque com a Taser de Siderov.

De volta para a OPS, Sophie, Aurora e Melissa foram levadas para a sala ultra segura dentro do prédio. Lá não entrava nem um mosquito. E elas estava com uma Abby muito grávida.

— Obrigada a todos por virem assim tão rápido. – Hetty começou. – Todos estamos aqui para acabar com a ameaça imediata de Anna Kolchek, Isaak Sidorov e Marcel Janvier. Para os que não são familiarizados com esses nomes, o senhor Beale vai explicar sobre cada um deles.

A sala estava relativamente cheia. Além da NCIS de Los Angeles, as de New Orleans, de Washington, além da BAU e de Fornell estavam reunidas. Todos com um proposito. Acabar com a ameaça e salvar Callen.

— Anna Kolchek é uma agente que se uniu com a gente várias vezes. Ela tem vários contatos nos submundos e é filha de Arkady. Ela também namorou Callen antes que ele deixasse ela para ficar com a esposa dele, Elisa. – Eric começou. – Marcel Janvier e Isaak Sidorov são dois assassinos e senhores da guerra. Achávamos que Sidorov estava morto, mas obviamente ele não está.

— Desculpe atrapalhar. – Pen levantou a mão. – Mas, e quanto a Eric? O ex maluco feat doido de Elisa?

— Ele não está atualmente com eles. – Beale suspirou. – Temos informações sobre uma possível rusga entre eles. Acho que Eric está planejando algo pior.

— Consegui. – Nell gritou se referindo a localização de Eric. – Ele está na estrada próxima ao observatório.

— Penelope, acha que pode vir conosco? – Sam perguntou. – Monitorar o sinal de perto?

— Claro. – Ela pegou sua arma toda decorada e bem potente de dentro da bolsa e seu celular. – Eu volto logo.

— Luke, Reid e Rossi, vocês vão para o segundo endereço. – Sam ditou as ordens. - Elisa, se for sair, tome cuidado. Pride irá com você.

Luke viu Penelope toda pronta para uma corrida contra um assassino de dez colocando um colete a prova de balas.

— Eu volto logo. – Pen saiu com Deeks e Sam.

Eric estava com o celular ligado, sabendo que a equipe de Elisa estaria atrás dele. Ele preparou os tachões na estrada para quando eles passassem com o carro. Ele apenas queria pegar a primeira equipe.

Anna estava olhando para sua imagem no espelho quando viu que Sidorov e Janvier estavam logo atrás dela.

— O que? – Ela se virou deixando o cabelo bater na coluna. – Falem de uma vez.

— Você está perdendo o controle, Anna. – Sidorov falou primeiro. – Você precisa se controlar.

— Pelo amor de Deus, eu não preciso de nada disso. – Anna jogou mais agua na cara e suspirou. – Mas é que é que a traição daquele judas me deixou maluca.

— Correndo o risco de morte, ele não chegou a trair você. – Lauren Hunter disse a ela. – Ele só terminou com você porquê...

— Termine a frase, Hunter. – Anna se aproximou dela. – Porque ele estava fodidamente apaixonado por aquela vadia e agora eles tem uma família juntos?

— Sim. – Lauren deu um passo para trás.

Sozinho ainda caído no chão, Callen pegou a aliança de casamento. O motivo de ter escolhido uma com diamantes grandes como a de Elisa era que eles eram ótimos para cortar as coisas.

Com um pouco de dificuldade, ele conseguiu cortar os lacres de plásticos e a fita de uma das mãos.

Ele praticamente cortou os outros como um raio e logo depois os das pernas.

— Estamos chegando perto do sinal e... – Penelope não conseguiu terminar de falar quando os pneus estouraram e o carro começou a rodar.

— Todo mundo se proteja! – Sam gritou quando o carro começou a girar, capotando várias vezes antes de parar de lado.

Deeks abriu o olho, embora ele estivesse com a cabeça doendo e olhou para Sam e depois para Pen. Ambos estavam inconscientes, mas parecia apenas concussões. Puxando o telefone, ele digitou o 911 e esperou que os médicos viessem.

— Luke! – Rossi chamou o genro e olhou para ele, quase querendo desmaiar. – Aconteceu um acidente.

E isso foi o suficiente para Luke correr.

Callen se levantou, as pernas meias instáveis por causa do tempo preso e começou a sair em disparada, mas sem barulho. Ele abriu uma das portas do lugar e começou a caminhar.

Era tudo ou nada agora.