Time Reversal/Reversão do Tempo escrita por LadyIce


Capítulo 20
Capítulo 20 - O melhor dos dois Mundos




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22 de março

BARBAROSSA DO FUTURO

 

Yang de volta a bordo da Barbarossa tentou contato com Heinessen, precisava conversar com Merkatz.

— Querido espero que venha logo para Heinessen, sinto sua falta - disse Frederica.

— Eu também, mas as coisas vão começar a se desenrolar agora.

Eles conversaram sobre a situação do governo provisório e sobre as naves remanescentes em Heinessen. O Império havia autorizado a produção de mais naves junto com o acordo de paz, mas em uma quantidade limitada.

— Preciso conversar com Merkatz, ele está Heinessen ou Iserlohn?

Frederica fez uma pausa e apenas disse:

— Ele sumiu faz uma semana querido. Ninguém sabe dele nem mesmo Schneider.

Yang ficou surpreso, mas no instante seguinte parece que compreendeu o que aconteceu.  Depois de perguntar sobre Julian e sua vinda a Phezzan eles acabam se despedindo. Yang colocou as pernas em cima dos painéis e a boina sobre o rosto. Quem não conhecia a história e feitos de Yang olharia aquela figura e o acharia um desleixado e preguiçoso.

“A lealdade dele é para os Goldenbaums, Sebastian deve ter dado um jeito de contatá-lo. Sendo filho de Erwin Josef II não há como Merkatz negar um pedido dele. Não queria lutar contra você Merkatz”.

Pelas informações dadas por Elizabeth e Richard e o que eles queriam usar, ele começou a projetar em sua mente a batalha, desconhecer o inimigo era o pior. Elizabeth tinha se recuperado, ainda não totalmente, mas ela já pedira uma reunião com os almirantes de Reinhard e chamou Yang e os remanescentes.

Após o incidente com Elizabeth o Império estava em alerta máximo em relação a segurança do Kaiser e a Kaiserina e mesmo os almirantes de alta patente estavam recebendo segurança. Em Heinessen Frederica e a equipe que ficou lá e não em Iserlohn recebeu também atenção especial.

Barbarossa e Brunhild estavam camufladas e mudando de local com frequência. Richard estava trabalhando na arma especial projetada para a batalha no corredor de Iserlohn. Além disso, ele preparou algo notável para Kircheis usar no confronto, ambos conversaram longamente na projeção. 

 

31 de março

QG de Phezzan

 

Mittermeyer, Siegfried, Mecklinger, Bittenfeld, Eisenach e Kesler estavam na sala de reuniões juntamente com Reinhard. Elizabeth veio caminhando com dificuldade ao lado de Richard e Nathan. Yang estava um pouco atrás com Julian, Attenborough, Mashungo que vieram de Heinessen e Iserlohn. Por medida de segurança eles foram escoltados por naves imperiais. Na tela estavam Wahlen e Muller que permaneceram em Heinessen.

Os Almirantes ao ver a dificuldade de Elizabeth em andar e marcas no rosto dela não conseguiram ficar indiferentes, eles sabiam o acontecido. Percebendo isso Elizabeth falou a eles.

— Senhores não se preocupem com isso um guerreiro de verdade carrega cicatrizes da guerra. Irei carregar as minhas com orgulho.

Não havia dúvidas sobre sua origem. Ela conseguia ser tão carismática quanto Reinhard.

Todos se sentaram, exceto Yang. Reinhard o chamou para frente. Os dois tinham conversado um pouco antes sobre a estratégia daquela batalha baseado no planejamento de Elizabeth e Richard. De pé Yang e Reinhard lado a lado olharam todos, aquela cena parecia surreal, mas todos ali reconheciam que os dois maiores gênios do universo estavam diante deles.  Reinhard começou a falar:

— Teremos duas frentes de batalha no corredor de Iserlohn, uma força irá via Odin e a outra via Heinessen. Usaremos Iserlohn se necessário. O Almirante Yang tem poucas naves disponíveis, com a produção e o que restou chega a aproximadamente 15 mil naves. Ele ficará pelo lado de Heinessen, com as frotas de Muller, Wahlen e Siegfried.  Pelo lado de Odin ficarei eu, Mittermeyer, Bittenfeld e Eisenach. Mecklinger ficará na retaguarda na entrada do corredor. Assim como Wahlen ficará na retaguarda do outro lado.

Yang tomou a palavra e começou a descrever em detalhes a estratégia que prepararam, dava para perceber a influência dos dois ali dentro construída em duas mãos para criar uma obra de arte soberba. Não tinham como os presentes ali não ficarem fascinados com tudo aquilo.

“Obrigado Odin por ainda estar vivo e presenciar isso” - pensou Mittermeyer.

Elizabeth olhou Richard e Nathan e cochichou bem baixinho:

— Acho que fizemos as melhores escolhas. - os três tinham discutido como nos outros loopings conseguiram evitar que o caos se instaurasse naquela era com tão poucos recursos e sem se revelarem ou alterarem nada, a conclusão é que não sabiam ao certo.

Os Almirantes e mesmo os membros da ex- aliança estavam maravilhados, mas tinham um único questionamento, como iria funcionar Yang em meio a frota imperial. Certamente ele não aceitaria receber ordens de Reinhard e vice-versa. E mesmo do lado de Heinessen quem iria comandar?  Os Almirantes perguntaram isso. Elizabeth se levantou, era a vez dela.

— Senhores quando chegamos aqui, começamos nossa luta solitária e aos poucos fomos agregando pessoas e construindo uma enorme força. Salvamos os Almirantes Kircheis e Yang, pois sabíamos que os dois seriam fundamentais agora ao lado de vossa Majestade. E estávamos certos, no entanto senhores quero lembrar que a luta é nossa. Nós viemos do futuro sob nenhuma bandeira, apesar da minha herança, somos uma coisa única. Conversamos com vossa Majestade e o Almirante Yang e eles concordaram de passar o comando central de toda a operação - ela respirou fundo - para minhas mãos. Nós temos experiência com as naves do futuro e podemos fazer a conexão entre vocês.

Os Almirantes ficaram boquiabertos, nunca imaginariam que o Imperador iria ceder o comando de uma batalha para outra pessoa. Como adivinhando o pensamento deles, Reinhard respondeu:

— Não estou cedendo poder, estou apenas legitimando o óbvio. O sangue que corre nas veias dela é o mesmo meu, ela é minha sucessora no futuro. Na última reunião vocês juraram servir a dinastia Lohengramm e é exatamente o que acontecerá.

— E você Almirante Yang? Por que aceitou? - questionou Bittenfeld.

— Almirante, Elizabeth não é apenas uma Lohengramm, na minha visão ela representa não uma pessoa, mas um ideal que é o que eu defendo. Por isso aceitei ajudar e ficar sob o comando dela. 

— O melhor dos dois mundos - disse Mecklinger.

— Todavia senhores pelo lado de Odin é Vossa Majestade quem comandará e do lado de Heinessen será o Almirante Yang, o Almirante Kircheis fará a intermediação com as frotas imperiais com Muller e Wahlen. Esta movimentação apenas os que estão aqui saberão e oficiais de confiança de vossas senhorias. Isso evitará problemas com os soldados. Para todos os efeitos o Kaiser comandará a frota imperial e os ex-combantes da aliança se unirão a batalha com o único objetivo de acabar com os terroristas - disse Elizabeth. - Brunhild e Barbarossa do futuro ficarão camufladas para adentramos no campo inimigo e preparamos o portal. 

— Senhores é importante que compreendam que haverá uma forte deformação no espaço que irá afetar uma boa região, vocês precisam ficar fora deste alcance a qualquer custo senão podem sofrer sérios danos. - explicou Richard.- nossas naves aguentam um pouco mais que a de vocês, mas também temos limites, todavia ficaremos nas bordas, iremos funcionar como Iserlohns em movimento com nossos canhões ISL.- Richard explicou a parte técnica de tudo.

— E o mais importante de tudo qualquer sinal de abertura de um portal, priorizem a destruição daquela nave, acreditamos que eles tenham assim como nós uma quantidade muito pequena de naves com poder de abrir portais, mas precisamos evitar isso, pois como eles não tem o projeto completo podem criar o reboot no tempo e perderemos todo o avanço que fizemos aqui.- diz Elizabeth.

— Existe algo que preciso falar ainda - Yang e sua mania de tirar a boina quando fica mais nervoso. - Como sabem o Almirante Merkatz estava conosco em Iserlohn. Todavia a cerca de duas semanas ele desapareceu sem dizer nada. A lealdade dele sempre foi para os Goldenbaums, então certamente ele estará no campo de batalha ao lado de Sebastian von Goldenbaum.

Attenborough e Julian se olharam, era o pior cenário que eles gostariam.

— Novamente senhores como disse, esta batalha não é por glória, será para salvar o passado e para as futuras gerações. Na história será relatada outros fatos de forma que não interfira no futuro, assim esta batalha nunca será registrada como deveria. - disse Elizabeth.- Para os soldados de ambos os lados lutaremos contra terroristas e para isso juntaremos forças do império e da antiga aliança.

— Quando partiremos? - perguntou Bittenfeld.

— Temos que chegar até 14 de maio no corredor de Iserlohn - respondeu Elizabeth.

— Por que esta data? - questionou Muller pela tela

Ela sorriu.

— Senhores se tudo der certo, será quando o príncipe nascerá. Kesler deverá proteger a qualquer custo a Kaiserina e o Príncipe, se algo der errado será a última resistência. - respondeu Elizabeth- o objetivo deles é matar os dois.

— Tem uma coisa que eu não entendo, por que não tentaram matar vossa Majestade também? - perguntou Bittenfeld.

— Não posso responder esta pergunta Almirante Bittenfeld ainda, tem a ver com o futuro.

Poucos ali sabiam que Reinhard pela história morreria de uma doença incurável para a época. Não era hora de dizer nada sobre o assunto para não baixar a moral deles

.- Voltando para a data será um pouco apertado, mas as frotas precisam decolar no máximo em duas semanas. Se preparem senhores, é uma ordem.

 

 

8 de abril

 

Elizabeth um pouco melhor foi com Richard até Hilda, breve partiriam e provavelmente não se veriam mais, até o futuro. Eles conversaram sobre como deixar tudo preparado.

— Tenho outro assunto importante para deixar - Elizabeth pegou uma caixa negra e repassou a ela - isso só deve ser aberto por Emil von Selle nesta época- ela explicou tudo.

— Mas isso vai mudar bem as coisas - disse Hilda .

— Eu resolvi apostar que não. Está em suas mãos agora. E se formos bem sucedidos tenho outro pedido a fazer - ela abaixou a cabeça e se levantou em seguida - não importa o que aconteceu conosco, não tentem mudar e nem contem ao meu pai tudo.

Apesar de Hilda não estar satisfeita com aquilo, ela entendia.

— Está bem. - as duas se abraçaram e se despediram, Richard fez o mesmo.

— Nos vemos no futuro- disse Elizabeth.

No dia seguinte estavam prontos para decolarem, todos aceleraram o máximo possível para irem o mais rápido que podiam. As frotas de Siegfried iriam na frente com Barbarossa do futuro, Nathan, Lena e Yang iriam nela. Elizabeth foi até Barbarossa para ter uma última conversa com Siegfried antes da batalha.

— Sieg - ela falou - podemos conversar em particular?

— Sim venha até meu escritório - ele indicou o caminho, aquela nave tinha uma disposição diferente da outra Barbarossa, tudo parecia mais amplo e mais antigo. Eles entraram na sala.- Quer alguma coisa? Acho que sei o que vai gostar - ele foi até a mesa e abriu um vinho.

— Acertou - ele lhe serviu uma taça e vinho.

— Isso me lembra aquela noite em Kreuznach III, onde tudo começou.

— Sim quando lhe entreguei a carta sobre a batalha de Astarte. Nossa jornada está chegando ao fim. Em breve devo retornar ao futuro independente do resultado.

— Nós vamos conseguir Elizabeth. Mas o que a traz aqui? Mais alguma recomendação ou detalhe da batalha?

— Não Sieg, eu vim me despedir, no campo de batalha não terei como fazer isso da forma como gostaria. Nós alteramos a linha do tempo em alguns pontos, arriscamos muito, mas acreditamos que o que foi alterado não fará grande diferença no que já aconteceu e no que virá. Eu tenho um pedido - ela se aproximou e passou as mãos pelo rosto dele- quero que seja muito feliz me jure isso.- Siegfried olhou para ela, sentiu uma ponta de tristeza por ver que ela partiria após todo este tempo que ficaram juntos.

— Eu juro Elizabeth- respondeu ele com aqueles olhos azuis profundos.

— Sei que eu não tenho direito de sentir isso, está completamente errado, mas quero que saiba antes de eu partir ou morrer - ela o encarou - eu te amo Siegfried Kircheis, desde o primeiro momento que o vi lá no futuro em meio aos nossos arquivos de estudo e eu o amei em todos os momentos que ficamos juntos estes anos, eu... eu..-  num ímpeto ela o beijou - isso foi real....

Ela não conseguiu dizer mais nada e simplesmente saiu dali o mais rápido que pôde sem olhar para trás e segurou o cordão que carregava no peito com força. Ainda tinha dores pelo corpo, mas nada se comparava a dor que sentia agora.

Siegfried ficou espantado e parado, sem conseguir processar, se lembrou dos beijos dela. E então se recordou de outro fato.

“A festa de coroação. Eu e Annerose, foi por isso...” - ele correu atrás dela gritando pelos corredores - Elizabeth, Elizabeth...- mas era tarde, ela tinha ido embora. Bergengrun se aproximou de Siegfried:

— Excelência está tudo pronto para partirmos - ele olhou ao redor e nada, não havia mais tempo.

“Droga eu não queria que as coisas ficassem assim.” - pensou Siegfried.

— Sim, vamos embora.

Cerca de vinte minutos depois Elizabeth olhou para o céu e viu as naves partindo, em meio a elas a nave vermelha de Siegfried.

Dois dias depois era a vez das frotas restantes partirem pelo lado de Odin.

 

PHEZZAN

10 de abril

 

Elizabeth foi até Brunhild para encontrar Reinhard pela última vez pessoalmente. Richard já tinha ido antes.  Ela o encontrou sentado em sua poltrona com as pernas cruzadas, esperando os preparativos finais.

— Preciso falar com você Majestade- ela disse.

Ele se levantou e indicou a sala dentro da Brunhild. Após a porta se fechar ele disse:

— Eu imagino porque está aqui. Richard veio mais cedo.

— Sim, vim me despedir, não sei o que o destino me reserva, mas se tudo der certo voltarei para o futuro. Queria agradecer por tudo, eu aprendi muito nestes anos. Vovó tinha razão quando dizia que até nos seus erros se podia tirar algo.

— Vocês acabaram entrando na minha vida sem eu perceber e quando vi já faziam parte dela. Sentirei falta.

Ela não se aguentou e foi até ele e o abraçou tão forte que ele meio desequilibrou. Ele a abraçou de volta e beijou sua fronte.

— Você me prometeu que ficaria comigo até o fim - ele disse.

— Seu fim não será agora - ela se afastou um pouco e o olhou nos olhos - lembra quando estava a bordo da Barbarossa do futuro e íamos resgatar Yang? Naquela nossa conversa? Eu trouxe a cura do futuro, foi desenvolvida pelo Emil. Passei instruções a Hilda sobre o que deve ser feito.

Reinhard a olhou perplexo.

— Me perdoe não dizer antes, mas eu precisava ver com meus olhos sua mudança, na história sua doença é o que o faz ficar mais amadurecido, sereno e controlado. Richard fez diversas simulações com as pessoas que mudamos os destinos delas e a conclusão é que não afetarão a linha do tempo, apenas duas podem mudar isso drasticamente, uma é Yang e a outra é você. Yang como historiador e pela personalidade própria dele compreendeu que quando falamos que ele retornaria seria apenas para sua família, para o mundo ele deverá permanecer morto. Agora você, eu não tinha certeza se seria capaz de abdicar tudo para viver. - ela fez uma pausa e continuou- você lutou pelo poder para ficar ao lado de sua família, mas agora estaria disposto a entregar o poder para ficar com Hilda, seu filho, Annerose e Siegfried?  Você não sabe o quanto lutei desde que achei a caixa com a cura em Iserlohn no futuro. Foi um dilema que piorava a cada dia que eu o conhecia mais. Eu tinha que ser totalmente imparcial em prol do futuro.

Reinhard se aproximou e colocou as mãos nos ombros dela;

— Eu fiquei tão próximo da morte que passei a refletir várias coisas. Eu fiz uma promessa a você naquele dia e pretendo cumprir. Se é o momento de Reinhard von Lohengramm sair de cena para o universo, se é este o sacrifício que terei de fazer para viver e ficar com as pessoas que amo, eu o farei. Você me ensinou como fazer isso- ele lembrou da foto de família dela, agora poderia pensar em estar ali com eles.

— Eu sei agora que fará. A maior dor do meu pai foi nunca ter convivido com você, ele pediu a mim e Richard que o conhecesse e aprendesse. Agora poderão ficar juntos. Eu tenho mais um pedido, prepare tudo para nós no futuro, deixe com Hilda fazer o que será necessário e meu pai. Mas nunca, nunca diga ao meu pai o que aconteceu aqui. Se tudo o que passamos é o preço para salvarmos todos eu pago de bom grado, não tente mudar nada, eu fiz este mesmo pedido a Hilda.

— Está bem.

— Nos vemos no futuro, viva até lá - ela se aproximou e beijou a face dele - eu já disse antes e reafirmo o orgulho que tenho de ser sua neta, eu te amo meu querido avô.

— Me sinto velho assim - ele sorriu.

 

ISERLOHN

8 de maio

 

As frotas imperiais de Muller e Siegfried se juntaram e estavam estacionadas em Iserlohn, bem como a frota remanescente da ex-Aliança.

Lena desceu da Barbarossa do futuro e observou aquele cenário que ela ficou por muitos meses. Sentiria saudades do clima festivo da tripulação de Yang. Ela andou em direção a um local específico que sentiria ainda mais falta e então abriu a porta e logo viu um bando de homens que ela conhecia bem.

— Sentiram minha falta rapazes?

— Lena - eles falaram e se aproximaram, na parede o símbolo dos Rosen Ritten.

— Imagina se íamos esquecer nossa flor - disse um dos homens rindo. Nisso outra figura bem conhecida se aproximou dela.

— Walter bom ver você - ela sorriu - venha tem algo que quero falar.

— Attenborough não vai gostar muito de vê-la comigo - respondeu Schönkopf.

Ela sorriu indicando a porta.

— Soube que a diversão estava pelo lado do império - disse ele enquanto andavam lado a lado pelos corredores.

— Sim foi bem complicado, mas acabamos com os cultistas desta era, ou pelo menos quase a totalidade.

Eles chegaram a uma área reservada, lá ela relatou como seria a história sem as mudanças que eles fizeram. Walter escutou tudo calado.

— Por que mudaram a linha do tempo? Ia adorar pegar a cabeça daquele pivete loiro.

— Não era isso que Julian ia querer naquela linha temporal. Mas ainda sobre o que ocorreu... aconteceu algo naquela invasão a Brunhild.- ela fez uma pausa. - Você foi morto Walter.

Schönkopf parou pensativo.

— Será que foi um dos Almirantes que me acertou?

— Não... foi um dos soldados imperais.

— Que morte sem graça. Acho que desta vez terei a oportunidade de me redimir sobre isso. - ele riu.

— Eu estou lhe contado isso pois você ganhou uma segunda chance, e tem uma garota linda que sentiu muito.

— Muitas garotas sentirão minha morte.

— Pare Walter, você sabe a quem me refiro. Use sua segunda chance de viver e faça as coisas diferentes desta vez.

Eles conversaram mais um pouco sobre as coisas em Iserlohn e a próxima batalha.

 

11 de maio

CORREDOR DE ISERLOHN

 

Os sensores instalados por Richard começaram a emitir sinais que são retransmitidos imediatamente para as naves do futuro. Na Brunhild do futuro que se encontrava na entrada do corredor de Iserlohn, Richard avisou Elizabeth

— Alteração no espaço, chegada da frota inimiga entre Iserlohn e Amritsar estimada em 72 horas. Estava quase certo que seria aqui, minhas estimativas estavam corretas

— Abram o canal para Brunhild.- logo apareceu a imagem de Reinhard a sua frente.

— Majestade chegarão entre Amritsar e Iserlohn em 72 horas temos que organizar as frotas. - Reinhard concordou e repassou aos outros almirantes.

Elizabeth fez o mesmo com Nathan e Yang, teriam de decolar imediatamente de Iserlohn.

Lena antes de subir a bordo da Barbarossa do futuro foi até o local que está estacionada a Ulysses e procurou Dusty. Ela o viu em meio a outros oficiais.

— Almirante -ela o chamou. Dusty pediu licença aos outros e foi em sua direção.

— Vai começar a diversão não?

— Receio que sim, só queria me despedir, nos veremos no futuro. - timidamente ela pegou a mão dele. Ele a puxou para si e a abraçou. Lena o apertou sentindo aquele calor tão familiar, ela beijou sua face e ele retribuiu beijando sua fronte.

— Se cuide garota.

— Você também, não vá morrer aqui eu ainda preciso nascer - ela riu.

— Eu sou especialista em rotas de fuga - ele retornou o sorriso.

— Adeus ...Dusty.

— Adeus Lena. E acredite na sorte dos Attenborough - ele dá uma piscada de olho.

Ela se virou e partiu para a Barbarossa do futuro, sentia uma dor no peito. Enquanto caminhava ela foi parada por Schönkopf que segurava uma faca, mas ela parecia menor.

— Lena este é um presente para você, pedi para fazerem menor e com material mais leve próprio para uma dama carregar.

Lena se emocionou com aquilo.

— Obrigada Walter, se cuide - ela o beijou na face.

— Você também Lena.

Eles se despediram e ela finalmente chegou a sua nave. Aproximadamente três horas depois eles estavam deixando Iserlohn pela última vez. Lena olhou para baixo com ar de tristeza. A nave estava quase atravessando a camada de metal líquido.

“Foi uma honra fazer parte de tudo isso.”

 


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