Time Reversal/Reversão do Tempo escrita por LadyIce


Capítulo 13
Capítulo 13 - Fuga de Heinessen




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22 de julho, Ano 799 do Calendário Universal

HEINESSEN

Mesmo com o fim da guerra havia uma tensão de várias pessoas anti-império e o ápice ocorreu na zona estelar de Lesavik, região de desmantelamento das naves da Aliança, o resultado foi o Tratado de Baalat quebrado, vários oficiais desertaram e se juntaram aos combatentes da liberdade. Depois de manobras de pessoas públicas de Heinessen para ganhar favores do Império, começaram a espalhar rumores de que o mentor de tudo era Yang.  O Consul imperial Lennenkampf influenciado por Oberstein acreditou e solicitou a Aliança prender Yang.

— Hora do show - disse Lena, ela estava completamente diferente e do jeito que gostava. Vestia uma calça preta justa com uma camiseta preta, deixando a mostra suas tatuagens. E para completar usava um piercing no nariz. Na cintura e pernas carregava porta armas e carregadores. Bem como no peito, além de uma faca presa na cintura.

Schönkopf e Dusty jantavam no March Rabbit e estavam saindo de carro com Schönkopf  dirigindo. Assim que eles estavam pra sair, Lena rapidamente agiu e entrou pela porta de trás do carro.

— Eu vou com vocês.

Os dois levaram um susto e Schönkopf já estava preparando para pegar a faca escondida sem entender nada, foi quando a reconheceu.

— Quero salvar também o Almirante Yang, não sou da Rosen Ritter, mas posso provar que serei útil. Posso entrar em qualquer sistema que precisarem. Além do mais, Walter me ensinou alguma coisa.

— Hélene é você mesma? - perguntou Dusty - está tão...diferente.

— Sim da forma como gosto de ser - ela sorriu - E aí posso ir junto senhores?

Os dois olharam um para o outro e por fim Schönkopf  disse:

— Por mim tudo bem - Dusty suspirou e acabou concordando.

De repente Schönkopf viu a perseguição da polícia atrás deles, ele tirou do automático o veículo e dirigiu manualmente. Lena pegou uma arma e entregou a Dusty. Os dois começaram a atirar contra os carros. Dieter surgiu numa moto dando suporte.

— Ele está comigo - anunciou Lena aos dois. - Não esqueça de colocar isso na sua autobiografia Vice Almirante Attenbourogh.

— Como você sabe sobre isso?

— Eu o vi comentar com outra pessoa - ela se tocou que deu um fora. “Droga” pensou.

O batalhão dos Rosen Ritter chegaram e acabaram com os carros, deixando-os livres. Eles chegaram a um local seguro e rapidamente Lena pediu para ter acesso a rede.

— Walter eu posso dar uma excelente contribuição, eu consigo entrar no sistema de segurança deles e monitorar os passos seja de qualquer pessoa.  Quero ajudar.

Schönkopf a olhou surpreso e pediu para ela achar Yang, já que o rastreador dele parecia não estar funcionando, provavelmente tiraram numa revista. Lena começou a trabalhar, sabendo que o plano de raptar o premiê João Rebelo estava próximo. Rapidamente ela entrou nos sistemas de segurança, após um tempo de busca ela finalmente encontrou Yang sentado numa cela.  Todavia Lena estava apreensiva, o localizar de Yang deveria estar funcionando pela linha do tempo original.

"Outro lapso temporal?" - ela pensou e mais do que nunca ficou atenta e então avisou - Walter achei o Almirante Yang, irei colocar na tela.

— Você é realmente boa Hélene, podemos ir buscar o Almirante diretamente.

— Walter permita-me falar - Lena continuou - mantenha o plano de rapto do premiê, ele será o passaporte de saída em segurança de Heinessen. Tenho certeza de que precisarão dele para resgatar o Almirante Yang.

 Schönkopf  a encarou novamente, havia lógica no que ela dizia.

— Então já está na hora. - ele sorriu.

Algum tempo depois Schönkopf  e os Rosen Ritters conseguiram raptar com sucesso o premiê. Posteriormente de volta Schönkopf foi até Lena e pediu para ela conectar com o Almirante Rockwell, diretor do quartel general de operações conjuntas. O pedido de troca de reféns foi feito. Apesar das piadas entre  Schönkopf  e Attenborough, Lena tinha uma pontada de preocupação, ela começou a observar a movimentação de Rockwell em sua sala e o viu abrindo uma gaveta e pegando uma arma, aquilo era um sinal de algo não estava como previsto. Ela sabia, Rockweel estava indo matar Yang e antes da hora. A história novamente estava mudando de novo.  Ela se levantou subitamente e disse:

— Emergência Dieter - sem entender nada  Schönkopf  e Attenborough a olharam como que pedindo explicação - Não há tempo de explicar, o Almirante Yang será morto. Precisamos impedir e agora. Corra Walter.

Sem pedir licença ou dar maiores explicações, ela correu até uma moto, no caminho olhou para Frederica:

— Se quiser salvar o Almirante Yang venha comigo agora Tenente- ela ficou ali indecisa - agora - Lena foi enfática e desta vez Frederica a acompanhou.

As duas montaram a moto e Lena arrancou com tudo. Dieter estava logo atrás acompanhando, chegaram ao prédio onde estava preso Yang. Lena colocou um dispositivo no peito de  Frederica e apertou.

— Confie em mim Tenente, vamos salvá-lo, este aparelho é um escudo a prova de balas pessoal - ela apertou o dispositivo, um campo azul cobriu o corpo de Frederica e começou a desaparecer. Lena e Dieter fizeram o mesmo - Mas ele é limitado procure levar poucos tiros.

— Quem são vocês?

— Somos do futuro e estamos aqui para salvar o Almirante Yang. Depois conversamos corra vá salvá-lo. Não temos tempo - ela passou localização de Yang - deixe que cuidamos dos guardas. Tenente é um caminho sem volta, você irá ter que se voltar contra a Aliança, mas é o único jeito de salvá-lo.

Frederica entendeu, pegou sua arma, era a reposta que estava pronta. Lena e Dieter entraram pela porta da frente e atiraram sem parar abrindo caminho para Frederica passar. A ideia era chamarem atenção para eles e parece que deu certo, cada vez mais militares chegavam onde estavam. Lena e Dieter pegaram as armas dos soldados mortos e ficaram atrás das colunas.  Tinham muitos soldados, Lena acionou um botão em seus óculos que ela colocou e começou a ter um panorama da quantidade de inimigos e localização exata. Cada movimentação em falso deles ela atirava ou avisava por sinais Dieter que estava em outra coluna oposta a ela.

Lena estava feliz que o escudo estava funcionando, era de grande ajuda. Richard desenvolvera após o incidente com Elizabeth quase morta no atentando contra Reinhard. Frederica correu entre as escadarias acertando qualquer soldado que aparecesse na frente.

Dieter mostrou uma granada para Lena que consentiu com a cabeça. Eles jogaram, imediatamente uma enorme fumaça se fez. Lena com seus óculos especiais enxergou através da fumaça e atirou em todos os soldados. A munição acabou e ela pegou outra arma que carregava junto a perna. Era uma máquina de matar. O sangue espirrou sobre ela, não havia culpa, não havia nada, só a lembrança da explosão de Odin e sua impotência.  Os gritos ecoando em sua mente.

— Parem - ela falava para as vozes dentro de si e continuava o massacre, a fumaça já estava dispersando. Já era possível ver o cenário da carnificina. Dieter estava atacando alguns poucos soldados que ainda entravam por uma pequena porta lateral próximo a ele.

Lena ficou parada e sentiu a presença de um soldado atrás dela para pegá-la por trás. Ela retirou uma faca da sua cintura e se virou acertando-o na jugular. Com um dos pés ela o acertou no peito para jogá-lo longe. Neste momento exato, Schönkopf chegou com seus homens, ele observou o local e não acreditou no que aquela mulher fez. Mas o sangue sobre ela não mentia.

— Corram para o Almirante Yang, a tenente já foi na frente. - ela se virou e avisou Schönkopf para que parte os homens dele ajudassem Dieter, em seguida o Rosen Ritter seguiu para chegar ao Almirante.

Felizmente Frederica chegara a tempo de salvar Yang, como deveria ser. Ao descerem a situação estava sob controle dos Rosen Ritters. Yang e Frederica se aproximaram de Lena e Dieter.

— Fiquei sabendo que graças a vocês pude ser salvo. Obrigado - disse Yang.

— Excelência, fico feliz que esteja a salvo. - respondeu Lena. Quando iam saindo ela se aproximou de Frederica e a segurou. Discretamente tirou o dispositivo do corpo dela e disse de modo que só as duas entenderiam.

— Não diga nada para o Almirante e ninguém, tão logo haja um tempo irei lhe explicar tudo. - Frederica concordou, vira que Lena já tinha dado provas suficientes que estava do lado deles.

Eles assim saíram com os tanques de guerra através das ruas de Heinessenpólis. Já era madrugada do dia 23 de julho. Lena deixaria os Rosen Ritters resolverem a questão do sequestro de Lennenkampf. Apenas acompanhando quando necessário. Felizmente após um tempo eles conseguiram o objetivo e colocaram Lennenkampf em cativeiro. Infelizmente não demorou muito e ele se matou. A decisão foi usar o morto mesmo assim para fugirem do planeta.

Yang conseguiu dominar o espaço-porto militar no dia seguinte fingindo que o refém estava apenas incapacitado e utilizam os ônibus espaciais para chegar a nave Leda II com Attenborough já em órbita.

 

LEDA II

Depois de um descanso e estando tudo sob controle, Frederica chamou Lena para conversar em sua cabine. 

— Desculpe Tenente, queria estar em condições melhores para explicar tudo, o plano original não era este.

— Você disse que veio do futuro, mas como?

Lena começou a descrever todos os problemas do futuro e o que os trouxeram até ali. Ela omitiu as origens de Elizabeth e Richard e o máximo que podia sobre a dinastia Lohengramm.

— A Tenente deve ter visto nossos aparelhos não? São do futuro, não existe isso nesta época. - Frederica realmente presenciou tudo, não tinha como negar. Lena respirou fundo e continuou - o que vou dizer pode parecer que somos inimigos, mas não é verdade. Estamos dispostos a salvar o Almirante Yang não medindo esforços - ela buscou um sinal de confirmação de Frederica - você pode acreditar nisso?

Frederica soube que ela e Dieter haviam abatido aqueles vários soldados sozinhos, colocando suas próprias vidas em risco. Sem eles Yang estaria morto a esta altura.

— Sim.

— Aquela nave em Vermillion, a Barbarossa, ela é nossa, veio do futuro. A tecnologia de invisibilidade é do futuro - Frederica colocou as mãos no rosto. - Naquele momento houve uma mudança temporal drástica e tínhamos que manter a linha do tempo intacta. Naquela batalha o Almirante Yang miraria Brunhild, mas a rendição de Heinessen chegaria na hora, impedindo o disparo final. Pela história o Império tinha que ganhar aquela batalha.

— Foi você ....você derrubou os sistemas da Hyperion - Frederica levantou e ameaçou pegar a arma.

— Pode fazer o que quiser comigo Tenente, não vou resistir, mas permita me apresentar. Meu nome real- ela olhou para Frederica e disse - Lena Attenborough, sou neta de Dusty Attenborough no futuro. Pode confirmar com DNA.

Frederica soltou uma exclamação, era uma situação muito surreal.

—  Por quê?

— Reinhard von Lohengramm é o único que abrirá as portas para o que temos hoje no futuro. Mas não apenas ele, graças ao lendário Yang Wen-Li e seus fortes ideais, passados através de Julian Mintz que temos hoje uma Monarquia Constitucional, os cidadãos tem sua liberdade de expressão e escolhem seus representantes. A Monarquia apenas cuida da área militar servindo o povo. Temos paz e prosperidade, tudo o que o Almirante Yang desejava e no fundo o Imperador também. Se Reinhard morresse em batalha tudo isso não seria possível, estaríamos no abismo.

Era tudo tão difícil de digerir, mas algo dentro de Frederica queria acreditar. Queria crer que no final todo o esforço dos que apoiavam Yang e sua luta valeriam a pena.

— O Almirante Yang precisa saber disso tudo.

— Ainda não Tenente, eu disse que retornarmos para mudar algumas coisas na história, mas cuidando de manter a linha temporal principal intacta, haverá um momento em que o Almirante Yang morrerá. - Frederica ficou chocada- Ele é morto não pelo império, mas pelos terroristas. Neste momento Julian assume o posto do Almirante Yang e consegue chegar em Reinhard para construírem a coexistência. Todavia precisamos do Almirante mais do que nunca para nos ajudar a derrotar o real inimigo que está chegando. Se não unirmos império e aliança não teremos um futuro. Por isso salvaremos o Almirante.

— Mas se salvarem Yang vai mudar o desenrolar da história e pode ser que o Imperador não aceite uma conversação.

— Engano seu, o Imperador já sabe parte da história, omitimos apenas tudo referente a Aliança e que iríamos salvar Yang. O Imperador Reinhard sabe do perigo que está chegando e vai nos escutar, temos uma pessoa muito importante que irá efetuar a mediação: o almirante Siegfried Kircheis.

— Almirante Kircheis??? Mas ele morreu...

— Não, nós forjamos sua morte, ele está vivo e conosco desde então, foi o preço pago pelo Imperador e pelo Almirante Siegfried para salvá-lo e manter a linha temporal inalterada.

— O almirante Yang também deverá fazer algum sacrifício?

— Não vou mentir. Para a história e todos no universo ele deverá estar morto, mas para vocês não.  Fingiremos que o Almirante morreu para podermos deixar o tempo seguir seu curso. Haverá ainda uma grande batalha dentro do Império e após isso nossos inimigos chegarão. Neste momento, uniremos todas as forças para salvar o passado e o futuro.

— E agora neste momento?

— Não posso interferir, exceto se não seguirem o que deve ser, mas digo que o Almirante saberá o que deve ser feito.  Por favor Tenente nos ajude.  Não fale nada ao Almirante Yang ainda, juro pelo meu sangue que cumprirei minha palavra.- Ela tirou um amuleto do uniforme e mostrou a Frederica, era uma chave bem antiga - Pergunte ao Almirante Attenborough sobre o amuleto dele que ele ganhou do pai.

— Vou pensar em tudo isso Lena.

— Hélene.... não posso me revelar ainda Tenente.

— Manteremos contato então.

— Sim.

Frederica saiu da cabine completamente tonta e meio desnorteada com todas aquelas revelações. Ela chegou a sua cabine dela e de Yang, entrou e ele perguntou:

— Onde estava?

Frederica apenas o abraçou com todas as forças, não conseguia imaginar ficar sem ele. As lágrimas não pararam de escorrer.

— Ei ei, o que foi? - Yang perguntou. 

— Não quero te perder - ela o beijou num beijo urgente, Yang correspondeu. Frederica começou a tirar o uniforme dele. Yang nunca a vira naquele estado. Ele a afastou um pouco - Me diga, o que tá acontecendo?

— Nada, acho que é apenas toda esta situação que enfrentamos até agora. - ela o olhou -apenas..apenas me ame. -- ela voltou a beijá-lo.

Lena terminou o serviço de juntar todas as pontas soltas, convenceu Walter e Dusty sobre ter interceptado uma mensagem do Almirante Rockwell sobre a intenção dele de exterminar imediatamente Yang. Além disso, Lena e Dieter entraram em contato com Elizabeth para avisar sobre a mudança de planos. Não seria mais necessário a carta a Julian, eles chegariam a Yang via Frederica.

 

SISTEMA SOLAR

BEOWOLF DO FUTURO

24 de julho, Ano 799 do Calendário Universal

Zimmermann observou a movimentação em solo, havia acompanhado o dispositivo rastreador que Elizabeth colocara na jaqueta de Julian Mintz, sabiam o local exato dos cultistas da Terra.

— Chegada da frota imperial de Wahlen - anunciava um dos oficiais.

— Bem na hora, esperemos tudo terminar e iremos investigar melhor estes cultistas ou o que sobrar.

 


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