Freaking Romance escrita por MelindaClemente


Capítulo 2
Capítulo 02: Luta


Notas iniciais do capítulo

N/A: ótima atualização para uma sexta-feira 13, não é?



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E, eu tive plena certeza que, enquanto meus olhos se fechavam e aquela língua fria percorria meu pescoço, eu estava prestes a morrer.

Senti seus dentes arranharem meu pescoço, suas mãos frias sobre minha pele eram como anestesia e, quando eu abrir meus olhos, ao que parecia ser a última vez, enxerguei aquele vulto enorme a minha frente e segundos depois, meu corpo caiu ao chão.

(***)

As folhas secas foram as únicas coisas que amorteceram a minha queda assim que senti aquele impulso contra minhas costas em direção ao solo, somente tive tempo para pensar que seria alvo de alguma criatura selvagem além daquele ser inumano que segurava meu pescoço a instantes atrás.

— Jungkook! – Senti meus ouvidos zumbirem ao que mais parecia ser um rugido selvagem.

Tentei me mover o quanto podia, mesmo que boa parte do meu corpo não reagisse por conta do êxtase correndo enlouquecido em minhas veias. Mas, pude ao menos, focar meus olhos em direção ao barulho vindo da criatura desconhecida que surgira repentinamente.

O rapaz que me imobilizara a segundos atrás estava jogado na terra a mercê daquela criatura imensa que mais parecia um amontoado de pelos enfurecido. E sem a mínima condição de me afastar daquelas criaturas que pareciam travar um duelo sobre-humano, a única coisa que pude fazer foi assistir aquele confronto e torcer para ambos esquecem de minha presença tempo o suficiente para que eu pudesse fugir.

Entretanto, era praticamente inútil todas as tentativas de me afastar, já que mesmo comandando piamente ao meu cérebro para que pusesse meu corpo em movimento, ele não se movia um milímetro se quer, pois o pânico crescente – e o medo de que a qualquer momento fosse atacada por um daqueles monstros – me mantinha paralisada. Então, o mínimo que poderia fazer era amenizar minha presença enquanto aquelas coisas se mantinham ocupadas, atacando um ao outro.

A criatura consideravelmente maior atacava furiosamente no rapaz pálido caindo ao chão, se a escuridão não fosse tão grande a ponto de confundir minha visão, poderia afirmar que sem dúvidas, tinha garras enormes, porém, era obviamente grande demais para ser identificada como um lobo, mesmo que ele rugisse e se assemelhasse como tal. Sendo ele o que fosse, ainda não tinha certeza se poderia ficar aliviada por aquilo ter me livrado das mãos daquele homem hipnotizante que o monstro gritara pelo nome instantes atrás, afinal, ele parecia ser consideravelmente mais forte e muito mais perigoso que o pálido rapaz.

Mantinha minhas mãos tampando meus próprios lábios para que assim me camuflasse o máximo possível entre a escuridão daquela floresta, mas isso parecia se tornar uma missão cada vez mais difícil, tendo o fato que mal podia conter meu desespero ao ver a luta daquelas criaturas que praticamente reluziam entre as trevas, e fechar meus olhos e ficar em auxilio do acaso era um luxo que eu não poderia pagar nesse momento. Porém, não pude conter o grito abafado de terror, assim que vi o grande lobo fincar as suas presas no tronco do rapaz e arrancar uma parte considerável de carne de seu corpo, e assim que o som saiu de meus lábios notei aqueles olhos dourados repentinamente focarem em minha direção.

Ao menos por conta disto, pude fazer meu corpo se mover novamente, arrastando-o sobre as folhas secas dentre a terra alguns centímetros mais longe dali. Todavia, meu movimento acabou por distrair aquele monstro tempo o suficiente para que o rapaz pudesse – com uma agilidade sobre-humana – fugir do local. Senti todos os pelos de meu corpo se arrepiarem assim que ouvi aquele ganido ruidoso ecoar sobre meus ouvidos, enquanto aquela fera olhava por onde o outro havia escapado.

Tencionei todo o meu corpo assim que notei seu olhar sobre mim novamente, e clamei aos céus que me desse outra chance de fuga, e como se tivesse ganhado a resposta de forma instantânea, vi que o grande lobo desviou sua atenção momentaneamente para outra direção. Meu alivio fora quase imediato, porém, assim que fiz menção de me mover, os olhos alheios direcionaram para mim em forma de alerta, e então paralisei novamente.

Assisti a criatura vim em minha direção, se aproximando lentamente, seus passos eram silenciosos e se não fosse por sua própria áurea misteriosamente assustadora, se quer poderia notá-lo se aproximar. A certo ponto pude começar a ver com mais clareza suas grandes patas de aproximarem de mim, e automaticamente encolhi meu próprio corpo por mero reflexo, quanto pelo temor de que minha vida estava por um triz – mais uma vez – e quando aquela criatura ficou a minha frente, pude ter certeza que aquilo não era simplesmente um lobo selvagem. Não só pelo tamanho exorbitante, ou por ser mais agressivo do que um demônio-da-tasmânia; algo nele era sinistro, horripilante e perigoso demais...

Seus caninos estavam escondidos, mas não pude evitar em fechar meus olhos como uma tentativa – inútil – de autopreservação assim que vi aproximar sua face monstruosa do meu corpo encolhido. Foi quando senti o focinho gelado tocar em um de meus braços, e aquilo me assustou de tal forma que levantei meu rosto de imediato – quase como se não tivesse mais medo da própria morte – e me surpreendi ao ver os olhos daquele bicho igualmente arregalados em surpresa.

E como se fosse um cão policial começou a me farejar como se procurasse algo suspeito. Obviamente, me mantive imóvel durante o processo – temendo que aquele áurea maligna me amedrontasse novamente – foi quando o grande animal simplesmente se afastou e antes que eu tivesse tempo de qualquer reação pude assistir aquela criatura começar a se transformar diante dos meus olhos.

O que antes pensei ser só o grande animal esticando e contorcendo seus próprios músculos, pude notar que além disso seus grandes pelos passaram a diminuir excessivamente de tamanho; seus membros que pareciam ter somente relaxado, passara a mudar sua forma, como estava de costas para mim, não tinha ideia como tinha ficado sua feição, somente soube que em poucos e lentos segundos o grande lobo se transformara em frente aos meus olhos.

Um grito aterrorizado escapou de minha boca assim que vi aquela nova criatura enfim pôr-se de pé, os músculos dianteiros definiam suas costas e quando ele esticou – o que agora eram – os braços e se virou para mim, tive a completa noção que estava de frente para uma criatura sobrenatural.


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Notas finais do capítulo

N/A: okay, a revelação tardia meio que virou um rápido habito agora, mas isso faz parte da tensão, ou é o que eu tento me convencer, mas ao menos dessa vez, ficou bem óbvio o que eles eram, certo?



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