Before the Darkness escrita por CupcakeChoco


Capítulo 2
In The Darkness




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O turbilhão de percepções desagradáveis a desestabilizou. Não tinha certeza de quanto tempo esteve desacordada muito menos o que gerou o bombardeio, tudo que recordava vagamente em flashes fugazes eram os estrondos e uma força invisível arremeter contra si tão avassaladora e cáustica que a nocauteou. Mexeu os dedos para testar sua coordenação para identificar até que ponto o impacto a afetou e esse movimento simplório a reduziu em um casulo de múltiplas dores que emergiram de inúmeras de diversos seguimentos de seu corpo débil, mal suportava as ondas incessantes de vertigem que duplicaram seu desconforto. Sem alternativa, rolou para ficar em uma posição que facilitaria seu deslocamento pela área mergulhada em destruição. Rastejou para a porta e ganiu com a chegada abrupta do seu mentor que a auxiliou, examinando-a com extrema cautela e tratando seus ferimentos superficiais. Nunca tinha o visto tão apreensivo, raramente ele esboçava algo além de amabilidade, mas, naqueles minutos, ele só conseguia camuflar uma parcela diminuta de seus receios.

— Você consegue andar? — indagou contido.

Assentiu, sem tirar os olhos perplexos do homem que cuidou e a treinou.

— Não podemos ficar aqui, é perigoso.

Ao entrelaçar suas mãos com as dela com um aperto firme, Diva entendeu: aquilo significava que acabou. Sua vida tranquila e divertida terminou. Sua redoma se rompeu.

— Precisamos te levar a um lugar seguro.

— O que... Está acontecendo? — estranhou seu próprio tom choroso.

— Você se lembra do que te contei? — ele resfolegou, ignorando a questão da jovem.

— Sobre o lendário caçador de demônios? — balbuciou aflita.

— Isso mesmo. — sorriu, a induzindo a correr mais. — Também lembra do que eu te disse?

— Que se algo ocorresse deveria ir atrás dele... — repetiu as instruções com pavor comprimindo sua garganta. — Alexander...?

Seu coração se encolheu com o medo corroendo suas entranhas. Entretanto, nada se comparava ao que sentiu se esgueirar atrás deles. Como se a própria personificação do mal estivesse os caçando para seu prazer doentio.

Uma explosão jogou uma chuva de cacos de vidro e estilhaços residuais sobre os dois. Se não fosse a proteção de Alexander aqueles pedaços teriam feito um estrago.

Diva ousou virar a cabeça e ver o que os perseguia, se chocando com a escuridão que se agarrava as paredes como sombras vivas prontas para pegá-los.

Dante franziu o cenho com a cena, sentia o calor e a atmosfera obscura. Vislumbrava as memórias da jovem como se fizesse um papel ativo nela.

As chamas devoravam famintas tudo que alcançavam, crepitando alto como se gargalhassem contentes pela tragédia que causavam. Desenrolando-se, Dante viu Diva escoltada por um homem loiro com vestes nobres, brancas e douradas. Ele arrastou a jovem com cuidado pelos corredores, apressando-se para tirá-la naquele meio.

Em um movimento astuto e ligeiro, a capa fora repousada sobre sua cabeça, ocultando parcialmente sua identidade de expectadores curiosos — o elemento principal do disfarce. Acariciou as bochechas enrubescida da jovem como se tivesse memorizando com uma devoção melancólica cada conjunto de arranjos que constituía seu aspecto, um gesto que se traduzia em uma despedida inevitável e irremediável.

Ele se preparava para ser quem iria se interpor diante do inimigo para formar uma barreira para que Diva pudesse fugir sem temores. A coragem e o altruísmo eram orgânicos, duas forças que atuavam unidas e que integravam a natureza do patriarca da família Lockhard. Diva apertou o tecido da capa contra os dedos e chorou com o beijo na testa que recebera, torcendo para que a situação operasse de outra forma e que não precisasse abrir mão da única vida que conhecia — sua frágil redoma se estilhaçou e se desfez quando seu desejo interior não fora atendido.

Reunindo uma frieza oposta ao seu coração afetuoso e cálido, Alexander mirou a garota aturdida.

— Vá, Diva. — a voz imperativa rugiu em meio a cacofonia.

Diva balançou a cabeça fervorosamente, teimando em sair como fora mandado.

— Eu não posso deixar vocês aqui, Alexander! — murmurou em prantos. — Por favor, deve ter outro jeito!

O medo cresceu em seu peito feito uma erva daninha: teria sua independência como uma andarilha em troca de abandonar quem amava. Não achava justo ter que suportar tudo calada, mal encontrava palavras para se exprimir tampouco sua voz saia de acordo com o que tentava realizar, apenas choramingos se faziam presentes e soberanos.

Alexander se virou e a abraçou com delicadeza.

— Não há outros meios... Está por conta própria agora, Diva. — sacou a espada e se posicionou para a batalha que se avizinhava. — Tome cuidado, minha estrelinha de ouro. — com um sorriso desolado, jogou-a para dentro de um portal.

Escutou-a gritar a plenos pulmões o nome do rapaz.

Dante piscou, trazido de volta ao presente ligeiramente zonzo pela troca brusca de realidades e fazendo-o fitar Diva que ainda segurava sua mão com empenho, seu olhar distante e toldado de tristeza solitária. Ela não quis soltá-lo a princípio, algo que não incomodou o meio-demônio, na verdade, o gesto, de alguma forma, parecia muito mais acolhedor do que esperava.

— Estou sozinha. — murmurou desconsolada.

Dante arqueou uma das sobrancelhas.

— Não mais, talvez. — afirmou. — Se for contar comigo nesse trabalho.

Diva arregalou os olhos.

— Obrigada. — ajeitou o cabelo castanho um pouco desalinhado. — Perdi minha casa, tudo que eu conhecia e amava. Não sei o que fazer, não sei como vou viver de agora em diante...

— Fica tranquila. — Dante assegurou com delicadeza. — Vou garantir que esse malucos não encostem em você e te deixarei ficar. — deu um sorriso arrogantemente cativante. — Deixe tudo nas minhas mãos.

Antes que Diva pudesse agradecer pela gentileza, o estalar das dobradiças da porta ligaram um instinto animalesco na garota que, tal qual um gatinho assustado, disparou para de trás do sofá em horror. Uma reação inesperada, contudo compreensível. Os olhos da garota reluziam em um dourado pressionando as mãos contra a cabeça, tremendo.

— Ei, calma, doçura. — agachou próximo a ela e afagou-lhe o ombro solidariamente. — Está tudo bem... — se levanta e fita a nova presença. — Trish, veio dar o ar de sua graça e visitar os velhos amigos?

— Do que está falando? — a loira franziu o cenho com o comentário. — Estou quase sempre aqui, não são tantas ocasiões que saio. Ou vai dizer que teve uma súbita epifania e decidiu que sente minha falta?

— O que posso dizer? — deu de ombros, sorrindo. — Ficar sozinho tem também suas vantagens.

Trish revirou os olhos.

— E quem é a garota?

Diva ganiu e se aprumou, fitando a demônio.

— Desculpe! — se encaminhou lentamente até os dois caçadores. — Fiquei com medo de ter outra horda de demônios...

Trish alternou entre a jovem e Dante, arqueando uma das sobrancelhas bem feitas.

— Ela é uma nova cliente. — Dante deu de ombros. — Trish, essa é a Diva. E Diva, essa é a Trish.

— Prazer em te conhecer, Trish. — meneou a cabeça educadamente, o que permitiu a loira ter uma impressão de nobreza vindo da garota e... Um aroma rançoso ao redor.

— Você... — a examinou com cautela, com o cenho franzido com o que Diva deduziu ser preocupação. — Se importa?

Negou com a cabeça, autorizando o ato.

Trish despreocupadamente retirou a capa de Diva, com certo cuidado em seu manejo com o tecido há muito danificado. Ao descobri-la, ferimentos espalhados pelo corpo delgado vieram a luz, toda extensão de pele visível fora preenchida com marcas evidentes de lacerações cicatrizadas e cortes superficiais. Nenhum machucado era recentes, entretanto bastante severos para não desaparecerem por completo. Diva abraçou o propósito corpo como se tomasse consciência de estar exposta — querendo esconder a si mesma de olhares inquisidores.

Dante assistiu como Trish inspecionava a garota que arfou corada.

— Você está com cheiro de morte.

Diva corou ainda mais.

— Eu tentei me manter limpa o máximo que pude. — gaguejou constrangida.

— Não me refiro a isso... — Trish cruzou os braços e fechou os olhos, como se estivesse pensando sobre um assunto muito complexo antes de voltar sua atenção a jovem. — É como se tivesse passado pelo inferno. De qualquer forma, é bom ter falado nisso. Você precisa mesmo de um banho. — a loira comentou com uma expressão piedosa.

— Eu sei tomar banho sozinha. — balbuciou com Trish a guiando, ainda mais insegura. — Não precisa me ajudar nisso.

— Está com vergonha?

Diva ponderou. Tinha costume de tomar banho junto com os membros femininos da família, porém, ela se sentia ligeiramente intimidada com uma mulher incrivelmente sensual como Trish e que isso a fazia se envergonhar de seu atual estado. Elas mal se conheciam afinal, mas Dante parecia confiar nela e, baseado no que ele demonstrou de caráter, sentia que poderia dar uma chance a ela.

— Relaxe, vou cuidar de você. — o sorriso confiante dela a convenceu e seguiu em frente.

Dante observou as duas mulheres partirem direto para o banheiro, analisando a postura tímida da garota.

Diva cerrou as pálpebras com a água morna recaindo sobre si, apreciando o contato. Não conteve o ronronar com os dedos massageando seu couro cabeludo e desembaraçando seu cabelo. Por mais que tentasse se manter bem e limpa nos dias que vagou sem rumo, tinha certeza de que nunca conseguiu ter um banho real sem o pavor constante de que se fechasse os olhos seria uma sentença de morte.

Respirou fundo com a reconfortante sensação de familiaridade que o gesto da loira lhe imbuía. Ela possuía a firmeza suave de Lyana e uma aura de vivacidade que a aquecia igual ao sol do amanhecer.

As dores de músculos tensos, dos hematomas que manchavam sua tez e a exaustão profundamente enraizada em seu interior, aos poucos, se esvaneceu.

Saiu do banho renovada e com roupas limpas, ainda que não lhe coubessem totalmente. Se aproximando da mesa de Dante viu um porta retrato de Trish muito antigo e deduziu que ambos seriam um casal ou, pelo menos, muito próximos, quiçá íntimos.

— E como será o nosso trabalho a partir de agora? — Trish sentou no sofá, encarando Dante.

— Nosso? — o meio-demônio repetiu. — Não existe nosso, o trabalho é meu.

— Não seja egoísta, Dante.

Diva tateou o pescoço com a ausência de um artefato que sempre levava consigo — desde que lhe fora presenteado nunca o tirava por longos períodos por não querer que desaparecesse caso se descuidasse. Após a fuga e a consciência do fatídico destino que Alexander e o restante de sua família tiveram, aquele amuleto servia como um memento importante de grande valor sentimental. Seu coração fraquejou com a mera possibilidade de que o roubassem ou, pior, que o derrubara em sua peregrinação até Dante.

— Procura isso? — Dante balançou o medalhão entre os dedos. — Achei caído no chão.

Trêmula e rápida, Diva agarrou o objeto com lágrimas quase transbordando de seus olhos intensos e inocentes.

— Obrigada. — sussurrou, colocando-o como sempre fazia, porém ele deslizou e caiu no assoalho em um baque surdo.

— O fecho rompeu pelo que deu pra ver. — Dante explicou ganhando um olhar aterrorizado de Diva, então estendeu a mão. — Posso tentar concertar, claro, se quiser. Pode confiar em mim quanto a isso, cuidarei bem do seu precioso pingente. Tem a minha palavra.

A jovem o encarou fixamente em um misto conflituoso de segurança e incerteza.

— Você não precisa aceitar se não quiser.  

Diva o entregou.

— Por favor, cuide bem. É algo muito importante pra mim.

Dante assentiu com o voto de confiança.

Trish permaneceu em silêncio, ansiosa com o desfecho dessa interação.

— Como estava dizendo, por onde começamos? — a demônio interrompeu, alternando o olhar entre o parceiro e a garota.

— Podemos ir para onde ela morava. Se for pra buscar algo o mais indicado é por lá. — Dante se virou para Diva. — Você sabe a localização?

— Sei, sim.

— Dependendo da distância vamos ter que arrumar um transporte rápido. — Trish concluiu.

— Não precisa. Posso levar vocês pra lá agora mesmo se desejarem. — deu alguns passos adiante, mexendo os dedos em um exercício simples. — Como estava em treinamento, meu limite de teletransporte se limita unicamente a lugares que estive pelo menos uma vez.

Havia um sorriso encantador esculpido na faceta juvenil, apesar do aspecto frágil, resplandecia com orgulho dócil. Alterando sua compostura em vigor do pedido expresso, ela estendeu os braços pelas laterais evocando alguma energia miraculosa para si e, ao executar o breve ritual, uniu as mãos e num movimento sutil descosturou o tecido do tempo-espaço, não forte o suficiente para causar um dano permanente, porém efetivo o bastante para seu objetivo ser realizado com êxito: um portal se abriu trazendo consigo uma rajada impetuosa de ar que agitou o escritório, ressoprando papéis avulsos e caixas de pizza já vazias que jaziam descartadas pelo chão, uma surreal e caótica ventania.

Antes que tivesse a chance de detê-la, Diva atravessou o vórtice luminoso que espelhava a fachada destruída de uma residência — a de sua visão compartilhada. Em uma breve troca de olhares com a parceira, Dante foi atrás do rastro da garota para não perdê-la de vista. Não fora uma tarefa difícil achá-la, Diva estava imóvel, contemplando sua antiga moradia em um silêncio melancólico, imersa em pensamentos tão profundos que Dante certamente nunca a alcançaria.

— Poderia falar algo gentil. — Trish aconselhou e o acotovelou discretamente, indicando a garota com a cabeça. — É nessas horas que precisa demonstrar que não é um completo tapado.

Dante arqueou a sobrancelha em desdém.

— Não sou um completo tapado. — retrucou com acidez.

— Completamente não, mas tem sua dose. — a demônio sorriso petulante. Embora os dois tivessem sua estranha dinâmica baseada em uma relação de provocações ocasionais, com a loira atuando como a contraparte mais sensata, ele entendia o que ela queria dizer sem precisar se estender muito no diálogo.

A fisionomia de Diva ao ver o que sobrou de sua antiga residência relembrou seu próprio desconsolo. Seus olhos se estreitaram para conter as lágrimas e, ainda assim, não impediu que elas transbordassem indolentes a sua vontade. Não se permitindo ceder as lamúrias, a jovem esfregou a manga da camisa contra os olhos para limpar o rosto, se recompondo quase que de imediato, um manejo bem aprimorado da situação para alguém tão nova e de natureza amena.

— Esse era meu lar... — suspirou com a voz embargada. Dante tocou seu ombro em um gesto de cumplicidade, sobretudo, empatia pela situação que viveu. — Desculpe... Eu vou focar no que viemos procurar, há um compartimento secreto onde Alexander costumava dizer para não entrar, exceto em situações em especial. Talvez devêssemos iniciar por lá.

Diva se recompôs e saltou por alguns escombros.

— Deve estar por aqui... Em alguma parte... — soltou dispersa, tirando entulhos de seu caminho.

Diva estagnou, reconhecendo o que restou de pé do cômodo — seu antigo quarto. De repente, as lamentações enterradas em seu âmago vieram a luz em um choroso quieto, onde as lágrimas percorriam suas maçãs de rosto em grossas camadas enquanto caíam em solitude no chão. Por mais que doesse, libertar tudo que reprimiu durante meses lhe conferiu mais capacidade de processar as circunstâncias. Ajoelhou-se e pegou o porta retrato quebrado, removendo a fotografia que armazenava nela e a olhou, tracejando os quase imperceptíveis contornos frios e gastos da imagem. Nela estava Alexander, Lyana e seus dois irmãos adotivos Rain e Vincent.

Sua família.

Guardou a foto e respirou fundo, recobrando suas forças para não falhar com as pessoas que aceitaram protegê-la.

— O alçapão está no escritório. Não está muito longe. — falou com confiança baseando-se no mapa do casarão que memorizou.

Dante foi em seu encalço junto de Trish, observando-a vasculhar o local ermo e com atmosfera nefasta.

— Com tudo destruído fica um pouco mais complicado... — empurrou alguns escombros, auxiliada pelo caçador a maior parte de sua averiguação. Dante retirou, sem dificuldade, destroços maiores que a garota, por si só, não podia mover.

O meio-demônio franziu o cenho com a oscilação de uma das paredes que bravamente se manteve de pé e correu para perto de Diva, que alheia ao seu entorno não estranhou a reação furtiva do caçador, porém se assustou com a chuva de concreto que o golpe preciso de Dante acarretou. Aterrorizada, fitou-o e compreendeu de imediato o propósito da aproximação brusca, agradecendo com um meneio embaraçado a dedicação dele para protegê-la. Trish observou os arredores com desconfiança.

— Encontrei! — aspirou enérgica, enrolando o tapete que seria um dos poucos sobreviventes do incidente, revelando uma porta oculta. — Só preciso da chave... — Diva mal terminou o raciocínio e Dante disparou na tranca, poupando o esforço demasiado na busca e rompendo o único bloqueio, fazendo-a gritar. — Não precisava atirar.

— Você sabe onde a tal chave está? Ou sabe se elas estão em bom estado?

— Não... — a garota respondeu mecanicamente, enxergando a lógica óbvia da intenção do caçador.

— Isso nos deu mais tempo.

Não contendo a risada, Diva abriu a porta pesada de madeira com a aldraba, espalhando uma fina camada de poeira sobre si.

— Não saía correndo do nada. — Dante pediu, segurando o ombro dela com delicadeza para que ela não repetisse o imprudente ato de antes. — Preciso vigiá-la de perto para ter certeza de que está segura.

— Você sair desprotegida pode te fazer virar um alvo fácil. — Trish completou, se alinhando a jovem.

— Oh, desculpe por isso.

— Eu vou na frente, você fica atrás. — Dante sugeriu com a aprovação das duas mulheres.


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