Just The Way You Are escrita por Pinkie Bye, Buttercup


Capítulo 4
The Iconic Student


Notas iniciais do capítulo

Falaa, galerinha do Spirit! ~le Youtuber fake. Angie here! Trago mais um capítulo escrito com muito amor por mim e pela Bia. Esperamos que gostem! E a coisa vai começar a esquentar!!
Boa leitura!
Nome do capítulo: O aluno/estudante icônico.



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POV BUTTERCUP

 

Assim que o juiz apitou, anunciando o final da partida, inspirei cansada. Fui para a base e me hidratei, virando meia garrafa de uma vez. De longe, vi Butch saindo do campo e sendo abordado mais uma vez por aquela garota ruiva — irritante pra dedéu.

— Muito bom trabalho, Drake! — o treinador veio me elogiar, apertando firme minha mão. — Seu ataque foi excelente. Só precisa passar por mais alguns aperfeiçoamentos, mas sua técnica é muito boa. Vejo futuro em você.

— Valeu. — sorri, apertando com força sua mão.

Vi ele retribuir o sorriso e ir para os demais alunos novos, para dizer suas avaliações.

— Olha — ouvi Bryan conversar atrás de mim, com outro garoto, Gerald. — Acho que finalmente encontraram um concorrente à altura pro Butch.

— Só espero que ele não seja metido como aquele privilegiado — o amigo rebateu.

— Privilegiado? — me virei de repente para eles, confusa. — Como assim o Butch é privilegiado? Ele é o queridinho do treinador?

Os garotos riram e balançaram a cabeça em reprovação.

— Você realmente não sabe quem é o Butch Jojo? — indagou. — O nome dele não te remete a nada?

Pensei um pouco.

— Não. — concluí. — Deveria?

Bryan me olhou, desacreditado. Ele ameaçou dizer alguma coisa, entretanto foi interrompido com Butch chegando na base. Cheio de marcas de batom na camisa.

— Pelo visto o negócio foi bom com a peguete dele. — Gerald sorriu malicioso. Butch ficou vermelho com isso, uma veia saltou na testa.

Senti novamente aquela pontada de incômodo.

— Tampinha! — o folgado se aproximou, gritando, aquele apelido. Fechei a cara quando ele passou a mão, bagunçando meus cachos. — Arrasou hoje na quadra!

— E você continua com esse apelido idiota, pelo visto.

— Fazer o que, seu tamanho não colabora.

Pressionei a língua contra a bochecha direita, criando um ovinho, o fitando nervosa.

— O que foi? — ele riu. — Não menti.

— Primeiro dia e acha que já temos essa intimidade, trágico. — sussurrei, me levantei, peguei minhas roupas e fui para o meu (nosso) quarto.

 

x    x    x

 

A sensação de alívio me consumiu assim que retirei o binder de mim. Sorri. Olá novamente, seios! Massageie-os para ver se sumia a sensação de ardência que ficou. 

Tomei meu banho para sumir com o suor do corpo. Ajeitei meu cabelo e voltei a usar roupas largas.

Saí do banheiro e Butch ainda não tinha retornado, certeza que deveria estar com a garota dele.

Revirei os olhos.

Que vozinha estridente e irritante, além de folgado, tem mal gosto para amantes.

Fiquei a toa no celular, respondendo as mensagens de Blossom sobre como tinha sido meu primeiro dia, se tive alguns contratempos e afins… A vergonha que senti ao digitar que me perdi nos andares…

Butch entrou correndo no quarto e bateu a porta, me assustando. Ele estava ofegante, segurando a porta com certa força.

— Meu Deus, tem um serial killer no prédio? — questionei.

— Não, só uma psicopata querendo me agarrar à força!

Ri nasalado.

— Sério? — arqueei uma sobrancelha — E o que a sua namorada acha disso?

— Namorada? — respondeu rindo sem graça. — Nunca nem tive.

Ficou calado depois da declaração, enrolou o fio do foninho no celular e separou uma muda de roupa, provavelmente para se banhar.

— Não tem? Mas e a garota que atrapalhou nosso jogo? — encarei-o confusa — Vai me dizer que não tá pegando ela?

— Não, eu não tenho nada a ver com aquela maluca! Ela sempre foi obcecada por mim, mas o sentimento não é recíproco. — Meio irritado. — Será que podemos parar de falar dela?

— De boa, cara... Esquentadinho! — concluí mentalmente.

Passou por mim, irritado, encaminhando ao banheiro, trancando a porta.

— Para me apelidar temos intimidade, para perguntar da namoradinha não. — suspirou. — Garotos… Ainda bem que contei para a Bloss que eu tô sozinha, sem colega de quarto.

 

POV BUTCH

 

Eu sempre fico irritado quando dizem que a Patrícia é minha namorada. É só uma pirralha que me persegue desde moleque. Não suporto ela. Mas pelo visto o baixinho quer se intrometer na minha vida. Acabei perdendo o controle e me tranquei no banheiro. De qualquer jeito, eu já ia tomar banho mesmo.

Liguei o chuveiro na água morna e aquilo pareceu tirar todo meu estresse. Lavei meu cabelo, que estava já úmido pelo suor. Ainda fiquei meio irritado por aquela garota vir me atormentar. Mas pelo menos ia ter o baixinho pra me entreter.

— Butch, cara, o diretor tá passando de quarto em quarto! — Escutei uma voz atrás da porta seguida por uma pequena batida.

— Beleza, mas estou no meio do banho, sabia? — Foi tudo o que respondi. Estava com os olhos fechados no momento, inclusive.

— Quer dizer que não se trancou aí por causa da sua namoradinha? — O tom obviamente era de brincadeira, mas eu já estava vulnerável e caí nessa.

— Mas que… — Reprimi um palavrão, quase que escapou. — Aquela vadia não é minha namorada, caramba!

O tampinha ficou quieto e depois disse:

— Então cê tá mesmo no banho?

— Por que eu iria mentir? — Eu já estava ficando estressado. O baixinho era divertido, mas sabia me tirar do sério.

— Ainda bem que está tomando banho. — Continuou ele. — Estava tão suado e fedido que eu estava prestes a desmaiar! — Concluiu, caindo na risada.

Revirei os olhos, mas não estava mais chateado naquele momento. Pelo menos não teria que ficar falando da Patrícia.

— Vou te mostrar o fedido! — Abri a porta, apenas coberto por uma toalha verde escrito meu nome.

O baixinho estava em estado de choque ao me ver, seminu. Mas o que tem de mais? Somos ambos homens.

— V-Vá vestir alguma coisa!! — Gritou ele, parecendo agoniado.

— Mas eu tava tomando banho! Por acaso é pra tomar de roupa? — Eu abafei uma risada, me divertindo com a reação do tampinha. — E que reação foi essa, cara?

— N-Não importa! E-Eu acredito em você, tá bom?! Vou deixar você em paz! — Ele gaguejou, não olhando nos meus olhos. Marchou até a porta do nosso quarto e saiu.

E eu fiquei ali, sem entender nada.

— Nossa… O que aconteceu aqui? — Indaguei para mim mesmo. — Bom, pelo menos vou ficar sozinho e em paz, finalmente!

 

POV BUTTERCUP

 

Saí do quarto, deixando o senhor estressadinho-peladão sozinho. Pelo universo, que sem noção! Sério que os rapazes ficam seminus um de frente para o outro numa boa? No vestiário eu morria de vergonha de tirar minha blusa e ser zoada pelas outras garotas por causa da minha semi-ausência de seios.

Automaticamente, cobri meus seios com os braços com a lembrança. Distraída, nem percebi uma certa ruiva no corredor e me esbarrei com ela.

— Será que não presta atenção por onde anda, moleque! — a ruiva berrou, cheia de marra. — Meu laquê é caro, nem em 100 anos você teria condições de pagar ele. — repousou de leve as mãos nas duas bolonas formadas por seus cabelos, para protegê-las. Grunhiu.

Oh, não! A ruiva do Butch…

— Tá achando que tá falando com quem hein? — questionei sem abaixar a guarda. — E o que você tá fazendo aqui? Esse andar é só para os residentes!

— Onde eu vou não é de seu interesse. — rebateu e me lançou um olhar de repulsa. Que escrota! Parecia as patricinhas que pegavam no meu pé na minha antiga escola. — E meu bem, eu entro e saio dos lugares que eu quiser, na hora que eu quiser. — afirmou com sua voz enjoativa.

— Pff! — cruzei os olhos, a mirei desafiadora. — Até parece, tá se achando a poderosa.

— Eu não me acho, eu sou poderosa, insolente! — puxou a última sílaba e me olhou dos pés à cabeça. Me senti incomodada com o ato. — Pelos trajes deve ser um bolsista. Inacreditável como ainda persistem no erro de colocar gente desse tipo nessa escola, vocês só sabem manchar nossa reputação. 

— Olha aqui, sua riquinha... Meninas não são permitidas na escola! — Falei meio com medo, já que eu era menina e estava lá também.

— Normas não são capazes de me deter. — cutucou com força meu peito. — Pessoas que nem você obedecem, pessoas de classe, que nem eu, criam as regras e se necessário as violam também.

— Nem vou perder tempo discutindo com você. — Revirei os olhos, já enjoada daquela conversa esnobe. — Volta pro teu castelo e vê se desinfeta daqui, estrupício.

— Eu que quero que você saia do meu caminho! Idiota! — disse e chocou seu ombro com o meu. — Insolente! Não acredito que desperdicei meu precioso tempo com meu Butchzinho com ele.

Sério, essa mulher está me tirando dos eixos.

— Pra sua informação, “querida”... O “Butchzinho” me disse que não está nem aí pra você. Então se liga! — Mostrei minha língua pra megera. — Falou! — Acenei, toda irônica.

— O que você disse, ser insignificante? — puxou meu ombro brutalmente para si. Forçando sua unha contra minha pele, o que com certeza irá deixar marcas. Dava para acreditar?

— Tira suas patas de mim, sua naja! — Eu perdi o controle e me desvencilhei, ameaçando bater nela. Mas eu não podia. Eu estava disfarçado de garoto. Mas que M... Bem nessa hora, um garoto um pouco maior que eu, de olhos castanhos claros e cabelos espetados da mesma cor apareceu, vindo em nossa direção.

— O que está acontecendo aqui? Patrícia, volta para sua escola! — o rapaz bradou autoritário.

— Olha, o plebeu segurança do corredor. — a patricinha direcionou suas orbes castanhas para o garoto, a boca entreaberta. — Ama se meter no meu caminho, não é? Me diga como é a sensação de desafiar a autoridade?

— Olha só, não tô a fim de gastar saliva com você, não. Pare de perturbar o novato e volte pra sua escola. Vai perder aula de novo por causa do Butch?

— E se eu perder, é da sua conta?

— Ainda bem que não é da minha conta. — Riu, todo irônico. — Eu não tenho mais tempo a perder aqui. Bora, novato? — Virou-se para mim.

A ruiva estava prestes a explodir de raiva agora que o “plebeu” tinha vindo e dito algumas boas pra ela. Socou a parede com força e saiu de nosso campo de visão, apressada. Cara, que irritante que ela é! Onde já se viu vir a outra escola atrás de homem? Eu hein…

— Não liga pra ela, com o tempo você se acostuma. — o garoto comentou. — A propósito, me chamo Mitch, e você?

— Eu me chamo But... Quero dizer, Drake! — Disfarcei, quase me entregando. — Prazer, cara. — Apertei a mão do tal do Mitch e ele sorri pra mim, revelando um pequeno espaço entre os dentes da frente. Mas isso fazia dele mais simpático ainda.

— Seja bem-vindo. Perdoe o contratempo, tirando isso, geralmente aqui é bem tranquilo. — sorriu amarelo. — Em que série você está?

— Eu estou no segundo, e você? — indaguei. — Seu dormitório fica nesse bloco aqui?

Parece que tenho um novo amigo, além do Butch. Se é que dá pra chamar aquilo lá de “amigo”...

— Sou do terceiro ano e sim, também durmo nesse bloco. Meu quarto é o 113. Deveria estar honrado, sou o melhor rebatedor de beisebol dessa escola. E você, em qual modalidade se inscreveu?

Pelo visto o ego dele é nível Butch...

— Nossa, que demais. — Fingi estar impressionada. — Eu por enquanto só jogo futebol, mas quero aprender outras modalidades. A propósito, meu quarto é o 102. — Dei um sorriso de leve.

— Olha, já que também dorme nesse bloco, aviso desde já, eu que sou o responsável por essa parte do bloco, então qualquer coisinha eu tô disponível para ajudar, reclamações, brigas, invasões e essas coisas... Mas olhe lá, se voltar bêbado depois das 21h ou caçar confusão não terei outra escolha a não ser te levar às autoridades supremas dessa escola. Amizade, amizade, obrigações à parte.

— Tá bem, senhor monitor. — Dei risada, mas com respeito. — Eu não aguentava mais ter que ficar só atrás do Butch Jojo por não conhecer ninguém por aqui. — Forcei um suspiro. — Você me salvou, cara!

— De nada... Pera aí? Como você conhece o Butch Jojo?

— Ah, aquele maluco é meu colega de quarto. — Cocei a nuca, lembrando de ter visto ele quase peladão e senti meu rosto esquentar. — É convencido, esquentadinho, mas gente fina. Parece ser amigo da galera toda. — Dou um sorriso, mas vejo o rosto do Mitch ficar sério de repente.

— Claro que ele é amigo de todos e todos querem ser amigos dele. Ele é uma espécie de celebridade por aqui.

— Não entendo por que ele seria uma celebridade... — Cocei o queixo, confusa. De novo essa conversa sobre o Butch ser famoso. Quem ele é, afinal? Um astro de Hollywood?

— Meu filho, sério que não sabe quem ele é? — ele me olhou como se eu tivesse cometido um crime.

— Meu Deus! Fala logo! Tá me assustando! — Já estava impaciente, pra variar. — Ninguém me conta quem ele é! Eu sou novo aqui e não tenho obrigação de saber, oras!

— Ele é simplesmente a porra do bisneto do fundador da escola, Carl Jones Jojo Maverick! — ele falou alto pra caramba e fez questão de frisar o terceiro nome. — A família dele é a favoritinha por gerações das Olimpíadas! Todos querem ser como ele. Já nasceu com a vida feita para os esportes e pros holofotes.

Eu arregalei os olhos. Não acredito que eu sou colega de quarto de ninguém mais, ninguém menos, do que o descendente do fundador da Maverick! Caramba, essa história está ficando cada vez mais interessante!!!


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