Heal My Scars escrita por Julie Kress


Capítulo 25
Bodas de Pérolas - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoal!!!

Demorei, mas voltei com HMS!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

Chegamos à casa de campo onde sua família, nossa família, amigos e os demais convidados estão hospedados. Minha filha e eu já fazemos parte da família Benson, assim como a minha irmã e meu sobrinho que também foram convidados, Melanie jamais perderia a chance de ir à uma festa tão grandiosa como o aniversário de casamento dos avós de seu filho, afinal de contas, sei que no fundo minha irmã ainda sente algo pelo homem que me machucou de forma irreversível.

Tirei Alice da cadeirinha, Freddie cuidou das nossas bagagens com ajuda de um rapaz que estava ali sendo pago para aquela tarefa, havia filas e mais filas de carros, a casa de campo parecia mais uma grande hospedaria requintada.

Dois andares.

Bem rústica e bonita, típica casa antiga de campo com lareira de época e janelões com vista para a natureza, o lago era impressionante.

A parte da frente já estava toda enfeitada com balões perolados e arranjos de flores brancas, mesas redondas com toalhas de linho e cadeiras de vime por todos os lados.

Tinha uma equipe de decoradores dando os últimos retoques, tudo estava ficando lindo.

Com minha pequenina em meu colo, atravessei o caminho de pedras achatadas, Alice mexia as mãozinhas agitada e olhava para a decoração charmosa, com tons perolados, Freddie veio ao nosso encontro e tirou ela dos meus braços, enchendo a nossa princesinha de beijos nas bochechas bem redondas e rosadas.

Bodas de Pérolas, 30 anos de união dos meus sogros.

— Venha conhecer meus tios, amor. - Me deu a mão esquerda.

Eu achava fofo o fato dele ser canhoto, diferente do irmão.

Muitas coisas os diferenciavam.

A casa estava cheia, funcionários, organizadores e convidados, conversas e risadas, bebidas e petiscos já estavam sendo servidos.

Empolgado e feliz com a família toda reunida, meu noivo me apresentou os parentes e os amigos da família, conheci até os seus padrinhos.

A risada alta e familiar chamou minha atenção, me virei para olhar de onde vinha e me deparei com a Melanie segurando o Julian e sendo paparicada por algumas senhoras que babavam pelo meu sobrinho, tocando as bochechas, mãos e os pezinhos dele.

— São as irmãs do papai. - Freddie riu com a cena.

Minha irmã estava toda à vontade, como se já fizesse parte da família há anos, conversando com as tias do Freddie, diferente de mim, que me sentia tímida e deslocada, e ela estava deslumbrante usando um vestido vermelho-bordô, com os cabelos ondulados, usando batom vermelho e os olhos estavam realçados, tão azuis e brilhantes.

Quando por fim me viu, sorriu e acenou com a mão livre, e riu quando o bebê agarrou um dos seios faminto, ela se afastou das tias do Freddie e seguiu para a escadaria, indo para o quarto onde devia estar hospedada, para amamentar o filho.

— Tem alguma bebida sem álcool? - Freddie abordou um dos garçons que passava pela enorme sala enfeitada com faixas e fitas entrelaçadas.

Mensagens bonitas nas faixas decorativas.

— Aqui são os sucos, senhor. Esses são de abacaxi e laranja. - Estendeu a bandeja.

Pegamos os copos com canudos personalizados, eu peguei de abacaxi e ele de laranja.

Alice tentou alcançar o copo na mão dele, Freddie sorriu e beijou o rosto da nossa pequena.

— Vamos dar um pulo na cozinha para encher sua garrafinha de suco, boneca. - Sorriu para mim e eu apenas assenti, observando ele se afastar com ela que se agarrava ao pescoço dele.

— Ela é mesmo louca por ele. - A voz tão parecida com a minha embora fosse mais doce e melódica soou ao meu lado.

Me virei dando de cara com minha irmã gêmea.

Eu ainda não tinha visto meus sogros em parte alguma da festa que já tinha iniciado.

— Sim, ele também é louco por ela. - Confirmei feliz por saber que o homem com quem eu me casaria amava minha filha como se fosse dele e Alice era muito apegada à ele.

Julian não estava com ela.

— O bebê está dormindo? - Perguntei.

— Uhum, o pobrezinho estava cansado da viagem. Mamou e pegou no sono rápido demais. - Explicou.

— Com quem você veio? - Perguntei após tomar um gole do meu suco.

— Com o Edward. - Sua resposta me pegou de surpresa.

— E com a Victoria também? Onde eles estão? - Indaguei não vendo eles na sala cheia de convidados.

Os móveis tinham sido retirados para dar mais espaço, transformando o enorme cômodo em um verdadeiro salão de festa.

— A Victoria não pôde vir, está no hospital com a mãe que se operou ontem, problemas graves na coluna. - Respondeu.

Ela e o Edward tinham viajado sozinhos com o Julian?

Achei aquilo muito suspeito.

— Samantha. - Divagando em meus pensamentos sobre Melanie e o Benson, nem vi quando meu cunhado se aproximou.

Ele entregou um copo para ela.

— Suco de framboesa. - Explicou sobre o meu olhar desconfiado.

— Edward. - O encarei, cumprimentando com educação, já que não podia fingir que ele não existia.

— Se nos der licença, sua irmã e eu vamos lá para fora, temos que conversar e tomar um ar fresco. - Eles trocaram olhares.

— Depois nos vemos, mana. - Sorriu para mim e foi com o ex, seguindo para fora, apressados.

Minhas suspeitas apenas aumentaram.

Tomando mais um gole do meu suco, descartei o copo de vidro sobre a primeira bandeja meio vazia que surgiu em minha frente, eu saí do casarão de campo procurando eles, logo avistei Melanie por causa do vestido vermelho chamativo, sumindo de relance por trás dos arbustos, acompanhada pelo Edward.

Apressei os passos, meu vestido ia até o meio das coxas, era azul-marinho e de um ombro só, justo em cima e soltinho em baixo com a saia rodada, eu calçava sandálias anabelas confortáveis com saltos medianos.

Segui o caminho por entre os arbustos, logo vi que dava para uma passarela de pedrinhas cinzas, como já estavam indo longe, eu os segui com cautela vendo eles dobrarem perto de um gazebo e bom, andando mais rápido pude ver eles sumindo para dentro de um barracão de madeira rústico.

As luzes do barracão foram ligadas.

Como a porta estava trancada, e eu não tinha como entrar sorrateiramente, olhei ao redor procurando por frestas entre as madeiras ou alguma janela, achei o janelão de vidro, e então os vi, Melanie estava suspensa e prensionada contra a parede com o Edward entre suas pernas.

Eles estavam se beijando afoitos.

A cena me enojou demais.

Como ela era capaz de se envolver com ele de novo?

Me afastei depressa e horrorizada, só tive tempo de me curvar e vomitar no canteiro ali perto, todo o suco de abacaxi foi para fora expelido em vômito, eu sentia meu estômago revirar, e mais líquido ácido descia por minha garganta afora.

Melanie e aquele desgraçado estavam juntos, novamente, em segredo.

[...]

— Onde estava? - Freddie perguntou quando voltei para a festa de seus pais.

Marissa e Leonard recebiam os convidados super felizes, sendo parabenizados e até mesmo recebendo presentes, a Sra. Benson estava linda usando um vestido branco-perolado e joias graciosas.

— Tomando um ar fresco, aqui é muito lindo. - Coloquei meu melhor sorriso passando por ele e indo felicitar o casal.

30 anos juntos... Será que Freddie e eu chegaríamos a comemorar Bodas de Pérolas algum dia também?

— Que bom te ver, querida. - Marissa me abraçou apertado.

Conversamos um pouco, ela estava deslumbrante, até mesmo jovial e trocava olhares com o marido, Leonard era um coroa charmoso, Freddie se parecia muito com o pai.

Alice estava no colo do avô brincando com a gravata dele.

Como sempre, eram avós babões por ela e pelo Julian.

— Tudo bem mesmo, amor? - Me conhecia tão bem.

Freddie me olhava preocupado.

Eu queria dizer o que vi, mas nem isso eu conseguia... Nossos irmãos estavam se pegando dentro de um barracão.

— Tudo sim, só estou um pouco cansada. - Menti.

— Vamos sentar um pouco. Não está com fome?  - Segurou meu rosto e me deu um selinho.

Eu realmente não estava me sentindo bem do estômago.

— Estou sem fome. Vamos apenas sentar. - Deixei ele me conduzir para uma mesa desocupada.

Alice ainda estava com o vovô coruja, que não se importava de ter a gravata totalmente bagunçada pela netinha arteira.

[...]

P.O.V Da Melanie

— Quero você, agora! - Tentei abrir sua camisa social, Edward parou de beijar meu pescoço, tirou as mãos do meu corpo e se afastou me deixando cair de bunda, durante a queda, minhas costas deslizaram com força raspando pela parede de madeira.

— Não, que merda, Melanie! Porra! Só fica longe de mim, sua vadia manipuladora! - Limpou a boca na manga da camisa já amassada.

O encarei chocada com a ofensa e toda a sua rejeição.

— Achei que você quisesse... - Falei com a voz ficando embargada.

— Viemos aqui para conversar à sós... Conversar sobre o Julian! Só ele que importa, estou pouco me fodendo para você! Você se atirou em cima de mim, e mesmo que eu tenha cedido, já me arrependo. Tenho namorada e a Victoria não merece isso... Puta merda! Vou ter que falar para ela que eu acabei me deixando ser seduzido por você! - Disse todo nervoso, bagunçando o cabelo.

— Vai mesmo dizer para a sua namorada sem graça que eu me joguei em cima de você e você gostou de ser agarrado? Minutos atrás você estava com o pau duro louco para meter em mim e nós dois sabemos que essa é a sua maior vontade, você ainda é louco por mim! - Provoquei sorrindo, levantei ignorando a dor que a queda me causou.

— Talvez você possa estar certa, você ainda mexe comigo, mas não vou mais me deixar levar. Eu gosto da Victoria e isso que rolou aqui entre nós, nunca mais irá se repetir! - Não senti firmeza em seu tom.

— Edward, você nunca vai ser feliz com aquela mulher. Está se iludindo, sou a mulher que você ama e sou a...

— É a mulher que me enganou, é a mulher que me usou e me fez acreditar que eu era o pai do seu filho, você não presta, Melanie! Eu pelo menos estou tentando me redimir, e um dia eu ainda vou ter o perdão da sua irmã. Me arrependo por tudo e eu quero...

— A Sam nunca vai te perdoar! Ela te odeia, ela sente tanta repulsa, e acha que um dia ela vai mudar de ideia? Você é mesmo muito iludido. Minha irmã jamais irá te dar o perdão que você tanto almeja, diferente de mim, eu te perdôo por tudo... Eu te amo e te perdôo... Pelo que fez comigo. Eu quase morri por sua causa. Só quero que um dia também me perdoe, eu realmente queria que o Julian fosse seu filho... - Me aproximei já não conseguindo mais segurar as lágrimas. - Por mais que eu tente, por mais que eu lute e apesar de tudo, eu não consigo te esquecer. Eu te amo, Edward. - E sim, era verdade.

Aquele sentimento era mais forte que eu, inevitável.

— Pena que eu não posso dizer o mesmo. Eu não a amo... O que já senti por você um dia, hoje já não sinto mais. Você devia ficar o com o Gibson, vocês sim se merecem! - Aquilo doeu mais que tudo.

Ele foi embora batendo a porta, me deixando sozinha ali naquele barracão onde servia como depósito, havia prateleiras e caixas empilhadas.

A porta foi aberta de novo e abruptamente minutos depois, Edward entrou feito um furacão e avançou em mim me fazendo bater as costas e a cabeça contra a parede.

Não disse nada, apenas me beijou daquela maneira que me deixava louca, durante o beijo arriou a calça junto com a cueca e suspendeu meu vestido, rasgando minha calcinha no processo.

— A verdade é que eu amo você, amo tanto que me odeio por não conseguir evitar... - Me penetrou com força.

O abracei com as pernas, gritando com as fortes e rápidas estocadas, iria ficar dolorida, ele podia até me machucar, no entanto, eu não me importava.

Eu era dele. Sempre seria.

E só então percebi, o quanto éramos fodidos e tóxicos.

Por isso nos merecíamos.

Edward jamais me machucaria de propósito... E contra a parede, ele nos levou ao clímax, fazendo nossos corpos explodirem em orgasmos que quase me fizeram desmaiar em seus braços fortes.

Deixei escapar um gemido sôfrego quando ele deslizou para fora, ardor e dor se espalharam me fazendo latejar entre as pernas.

Nossos fluídos misturados escorreram.

Ele me acariciou, esfregando meu clitóris e depois levou os dedos molhados para os meus lábios, me fazendo chupá-los.

Suas pupilas estavam dilatadas.

— Me limpa, amor. - Pedi.

— Com todo o prazer, linda... - Sorriu malicioso e se abaixou colocando a cabeça entre minhas coxas suadas.

Sorri satisfeita sabendo que ele havia voltado para mim.

Logo seríamos eu, Ed e nosso filho de  novo.

Como a família perfeita que sempre desejei ter.


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Notas finais do capítulo

Coitada da Sam, ninguém merece ter a irmã que ela tem, né?

Sinceramente, a fic tá chegando na reta final e o desfecho de Mel e Ed ainda é meio incerto... E eu só tenho dois finais para eles.

Eu não quero encerrar a fic chateando vocês por causa desse casal, então, gostaria de ter uma opinião sincera.

Casamento Seddie tá garantido com certeza e não vou enrolar muito.

Mas enquanto a Melanie e o Edward?

O que vocês querem que aconteça com eles? Podem me mandar por mensagens também.

O que acharam do capítulo?

Bjs



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