Dragon Ball - A Saga de Yamoshi escrita por ericyagami


Capítulo 34
Nos Salões da Eternidade... Descanse Em Paz, Ermitão-Sama!


Notas iniciais do capítulo

A Saga de Yamoshi tem seu ciclo quebrado. Os Três Atos chegam a seu desenrolar final:

Ato 1 - A Queda (Capítulos 1 ao 18)
Ato 2 - Reino das Feras (Capítulos 19 ao 29)
Ato 3 - A Maior Batalha Que A Terra Já Viu (Capítulos 30 ao 33)

E agora lhes apresento o Ato Final, de capítulo único, chamado: A Nova Era de Heróis!

No capítulo anterior, Ultra Golden Freeza, abusando de sua imortalidade conquista pela Esfera do Dragão Única, travou uma grande batalha com Yamoshi. Ao cair perante as mãos do tirano, que tiraria sua imortalidade do corpo, ele foi salvo por Goku e Vegeta, que escaparam de sua prisão por meio de Número 17. Os três, unidos, enfrentam o ermitão, até Goku utilizar a sua carta na manga, algo que conseguiu ao manipular as Hordas do Tempo, retirando Yin de dentro de um Yamoshi paralisado por Vegeta, serpente essa, aniquilada por Freeza. Número 17, curado por Boo, então avança e empala o coração de seu antigo mestre com o tridente do Anjo Caído. Ele já não tinha mais salvação. Yamoshi volta a sanidade e se despede de seu discípulo, Lapis-kun...



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MOMENTOS ANTES...

— Assim está bom, Boo... - Número 17 se levanta, com as feridas curadas e suas vestes de guarda florestal forjadas por magia - Chegou o momento de eu intervir. - o Android revela uma espada de energia verde em sua mão direita, com ela, cortando os longos cabelos que adquirira nos meses que ficou na Sala do Tempo, reproduzindo um corte chanel igual o que mantinha outrora, seus cabelos ceifados, atirando-os ao vento - Não se preocupe, Uub. Tudo terminará bem.

— Meu mestre, Vegeta e Freeza estão caídos no chão. Yamoshi continua a se tornar cada vez mais forte! - Uub via a cena, do alto do penhasco - Acredita mesmo que pode detê-lo sozinho agora?

— E quem disse que irei fazer isso sozinho? - o Android sorri de canto, forjando então o escudo, depois seguindo para duas espadas e por fim, revelando asas fluorescentes de energia verde e tendo seus glóbulos oculares consumidos por tal - O cenário que está vendo, a forma como a história caminha, é a base para quebrarmos o ciclo deste conto épico. Freeza não estava nos planos originais, mas ele será um mão na roda, afinal... não digo que isso não me perturba...

— O que te perturba, Número 17? Você está prestes a salvar a alma do seu mestre, não está? - Uub indaga, vendo o Android engolir em seco - Não está pensando em...

— Trunks me disse algo que eu devia ter percebido desde o início. Yamoshi não tem mais volta. Estamos lidando com um Deus Primordial aqui... - o tridente de energia verde é forjado sob o punho direito do Android - Yin com certeza encontrará outra forma de possuir Yamoshi, o único com poder suficiente aqui pra continuar com seus planos. Eu irei ouvir o que Trunks me disse e fazer o que tem que ser feito. Pedi para Goku e Vegeta que fosse eu que o fizesse... como disse, Uub, tudo ficará bem...

O Anjo Caído salta do alto do penhasco, alçando voo. Nessa altura do campeonato, Vegeta já havia paralisado Yamoshi, Goku havia retirado o espírito de Yin de dentro do corpo do tirano e Freeza já havia o executado. Yamoshi ainda continuava tentado a instaurar tal império, como Trunks havia dito, algo que percebera em seu confronto com o ermitão. Chegara o momento de quebrar o ciclo, o anjo da morte descendo a portar seu tridente:

"Yamoshi-Sensei, há muitas coisas que eu gostaria de te dizer, mas no fundo eu acredito que já saiba disso tudo..." - fazendo um rasante pelo terreno, indo de encontro a um Yamoshi a tentar a se libertar da paralisia e de face tomada pelo mal, Número 17 aponta seu tridente para o coração dele - "Descanse em paz, meu mestre..."

O tridente afunda no coração de Yamoshi, quando o Gladiador do Apocalipse Azul se desfaz, dando lugar aos cabelos e olhos negros de Yamoshi, extremamente ferido. Seu olhar agora era reconfortante e ele apenas sorriu. Número 17 retirou o tridente cravado no peito de seu mestre, vendo o sangue escorrer:

— Obrigado, Lapis-kun... - Yamoshi se joga nos braços de seu pupilo, o abraçando - Seu treinamento está completo...

AGORA...

— Sim, mestre. E sou grato por isso. - o Android guia o corpo do ermitão até deitá-lo sob o solo rochoso - Chegou o momento de você descansar. Yin está morto e você está livre para ser quem você é de verdade, mesmo que pra isso tenha de morrer. Mas não irá morrer de verdade, não é, Yamoshi-Sensei? Você irá viver pra sempre nos Salões da Eternidade, não é?

— Sim, Lapis-kun... - a voz calma e acolhedora de Yamoshi ecoa, num tom grave - Eu estarei a sua espera. Vendo dessa forma... - Yamoshi aponta para a Árvore dos Mundos, gigante, sob o topo dos Picos Nevados - ...é realmente algo belo, aquele momento de paz, depois da tempestade...

A gigantesca árvore que reluzia, agora secava, suas folhas caindo e seu tronco rachando. O pilar de luz rompera e dele, um gigantesco portal brotara, com todos aqueles que se entregaram ao império, saindo de lá, a caminhar por uma estrada de piso fluorescente. Goku, Vegeta e Freeza, que já haviam retornado a forma base, admiravam aquela cena, tomados por uma paz incomum. Uub, Boo, Dodoria e Zarbon aterrissaram em campo, com o primeiro sorrindo do fundo da alma:

— Eu os estou vendo, Boo! - Uub sai correndo - Meus irmãozinhos! Ou melhor, os nossos irmãozinhos! Eles estão bem! Ei, maninhoooooos! - os três, dois meninos e uma menina, de estatura mais baixa que a de Uub, vem correndo e abraçam seu irmão - Está tudo bem com vocês?

— Sim, grande irmão! - a mais pequena sorri - Lá dentro era quente e acolhedor, mas parecia que andávamos em círculos! Bem, é bom estar de volta!

— Aposto que foi você quem nos salvou novamente, não foi? - o segundo indaga, seu moicano, idêntico ao de Uub - O dever o chama, mesmo que o papai queira que você se torne um agricultor! - Uub da uma gargalhada, seus olhos tomados por lágrimas

— Son Goku! É ele! Eu sou seu maior fã, Son Goku! - o terceiro grita, com o Saiyajin fazendo um sinal de joia para o pequeno - Ele fez joia pra mim, mano Uub! Ele fez joia pra mim! Esse é o dia mais feliz da minha vida! 

— O meu também, maninhos... - os três se abraçam em grupo, quando a figura de Boo chega e os esmaga num abraço apertado, os pequenos, tentando se soltar - Hahahaha! Esse aí é nosso novo irmão, pessoal, o Mr. Boo! - enquanto estavam ali, Dodoria e Zarbon seguiam até a gigantesca massa de pessoas, a mando de Freeza - O que será que esses dois estão fazendo? 

— Boooooooooo!! - o Majin os erguera do chão e depois os soltara, fazendo os pequenos rirem - Eu gosto de Uub e se ele gosta de vocês, vocês também são meus amigos! Depois iremos comer chocolateeeeee!!

Em torno do corpo de Yamoshi, Goku e Vegeta conversavam com Freeza, enquanto Número 17 se mantinha apático e inexpressivo. Freeza falava como poderia ajudar a levar aquela imensidão de pessoas confusas e longe de casa, até seu destino. Após dar orientações a Dodoria e Zarbon, eles executariam a tarefa, pedindo a Koji que trouxesse a nave do exército até ali. Vegeta disse que iria junto, para caso eles tentassem sequestrar os terráqueos, algo que não duvidava nem um pouco. E assim se seguia a derrocada do Império de Yin por todo o planeta, as raízes sumindo magicamente, os cogumelos se tornando fumaça e os animais retornando ao seu estado normal:

— Vejam! Os animais estão mais calmos agora! - Hiyori diz, sorridente, em plena Ilha dos Monstros - E vejam, o mar está descongelando!

— Isso só pode significar uma coisa... - Tenkou, o irmão do meio, cabisbaixo, então ergue um sorriso difícil de se ver estampado em sua face, dizendo - ...que o papai conseguiu! Ele finalmente impediu seu antigo mestre de dominar o planeta!

— Isso é realmente animador! - Sekyo diz, abraçando seus irmãos e sua mãe, enquanto a Gangue Pilaf fugia dos Cell Jrs. ao fundo - Olhem... os animais estão se reunindo na beira da praia, mas agora, não é como antes...

Naquele momento, um casal da cada espécie da Ilha dos Monstros seguiu até a beira do mar e começara seu cântico. Um louvor pela alma daquele que se ia, o ermitão guardião da natureza, Yamoshi, o homem que se casou com a Mãe Natureza, Zoraia. Rugidos, grunhidos, grasnares, piares e o quantos clamares de animais você possa imaginar, soando em conjunto, numa melodia seu igual. Na Casa do Kame, a Tartaruga parara pra admirar aquele louvor, que fora acompanhado por sua família:

— Do fundo do oceano eles entoam... a Canção da Aurora. - a Tartaruga diz, vendo os mares descongelarem e as ervas daninhas sumirem da casa de seu finado amo - Uma alma pura, que preza pela natureza, agora vaga ao Paraíso...

— Quem dera fosse eu, pra não ter que ficar trabalhando que nem um ordinário nesse lugar! - Oolong carregava tábuas, pra terminar de consertar a casa danificada pelas batalhas, enquanto Lunch dormia, estirada sob uma cadeira de praia, naquele local onde já era dia - Ei, você! Não é por que é mulher que não pode ajudar, está ouvindo? 

Nos confins do espaço, pouco além do Planeta Terra, Jaco já retomara o controle de sua nave, consertada numa manobra de mestre pelos mecânico da Patrulha Galáctica. Sua frota estava pronta para ir pra Terra, quando ele recebera uma mensagem de Taitsu, ao retomar a conexão com ela:

— O QUÊ!? Você está dizendo que Freeza foi um daqueles que salvou o Multiverso da um grande mal? Era só o que me faltava! - Jaco fica puto da vida - Capaz de eu seu preso agora, por perseguir um herói e ferrar com toda a frota!

"Seus objetivos eram nobres e não tem nada de errado desconfiar de Freeza, pelo que sabemos!" - Taitsu responde, pelo seu relógio dourado, rindo - "Trate de recuperar sua frota! De resto, caso Freeza tente algo, Goku e Vegeta dão conta do recado!"

— Está certo. Da próxima, nem atrás desse maldito eu vou! - Jaco retruca - As vezes me esqueço que existem dois mortais que são praticamente deuses nesse planeta que insiste em ser o centro do Universo!

De volta aos Picos Nevados, Freeza e seus soldados, assim como Vegeta, começavam a árdua tarefa de guiar as pessoas a seus locais de destino. Goku deu seu autógrafo ao pequeno irmão de Uub e agora se encontrava ao lado de Número 17, que não se movera desde o fim do combate, permanecendo ao lado do moribundo ermitão:

— Podem ir indo, vocês... - o Android, que trajava seu uniforme de guarda florestal, murmura - Eu não sou do tipo que precisa ser consolado, muito menos meu mestre. Yamoshi-Sensei, sábio como é, provavelmente sabia que esse momento chegaria...

— Eles estão ao seu lado, pois se importam com você, Lapis-Kun... - Yamoshi, caído em meio a poça de sangue, com o peito aberto, diz calmamente - As vezes devia exigir menos de você e confiar nos outros, mesmo que isso seja difícil. Eu só estou caído aqui, pois tanto você, como Goku e Uub, conseguiram quebrar o ciclo de meu conto épico. A Lenda do Jovem Uub, A Tragédia dos Remanescentes Saiyajins e Um Mero Mortal. Os Três Atos que se repetidos três vezes, me garantiriam a vitória... todos eles, quebrados em pedaços, pelo plot twist da Nova Era de Heróis...

— Você fala bem que é uma beleza, não é, sabichão!? - Boo se ajoelha próximo do ermitão, apontando suas mãos enluvadas para ele - Eu sinto que você é legal, assim como Satan e Uub, por isso irei curá-lo!

— Meu estado já não tem mais volta, Boo... - Yamoshi sorri de canto, vendo pureza naquele demônio rosa - O ciclo só foi quebrado por que Lapis-kun fez a escolha certa. Eu iria vencer de qualquer jeito se continuasse vivo. Acredito que o Guerreiro do Futuro não veio aqui em vão afinal, pois foi ele quem percebeu isso. Bem, acho que posso chamar o conto daquele jovem de A Rapsódia do Guerreiro do Futuro...

— Está tudo bem, Boo. - Uub coloca a mão sob o ombro do demônio - Ele não está triste em ir embora. Essa sensação de paz que acabou de nos tomar, só mostra que Yamoshi não é aquele monstro com quem lutamos. Ele só foi tomado por um força maior e lamenta por isso. Deixe-o descansar em paz... - Boo então se afasta, se colocando ao lado de Goku e Uub

— Belas palavras, jovem Uub... - o ermitão diz, já fraco, com seu corpo começando a se desfazer em partículas - Considero que as leve em consideração, Lapis-kun. Não fique triste com a minha partida, pois eu aceito o meu destino. Se eu encontrar os seus pais do outro lado, eu direi que o filho deles se tornou um grande herói de sua terra natal, assim como o restante dos heróis dessa nova era...

— Entendo. Parece que chegou a hora de dizer adeus. - Número 17 então se levanta, dando as costas para todos - Vá em paz, Yamoshi-Sensei. O que eu tirei disso tudo, é que somos duas faces da mesma moeda. Irei desempenhar meu papel de Cavaleiro da Desolação a partir de agora e fortalecer a todos aqueles que queiram me seguir. Eu consertei a Sala do Tempo e a adaptei para que todos possam usá-la, mas nessa parte, eu apenas vou dar os créditos a Dendê. De resto, a Nova Era de Heróis estará em boas mãos...

— E como estará, Lapis-kun... - Yamoshi, que tinha seu corpo forjado por magia, vê seu discípulo partir, ao passo que ele desfazia em partículas - Eles acabaram de me dizer, que assim como eu, você passará por uma provação. Assim como eu, será excomungado... e assim como eu, renascerá das cinzas para um novo amanhã. Seu fardo é grande, Lapis-kun, mas sendo quem é, confio que possa tomar as rédeas desse conto épico no final...

Frente as costas da Número 17, Yamoshi via as silhuetas fantasmagóricas de Zouki, Gojiru, Raikou, Hakuma, Inoshi, Kuroko, Umihebi, Rosai, Sarukai, Toraru e Mousake. Os Serviçais, todos ali, clamando pelo espírito acolhedor de seu amo, já unidos a teia multicor das Hordas do Tempo, a que forja tudo em magia. Eles desapareceram conforme Yamoshi sentia seu espírito subir e no lugar daquelas silhuetas, as silhuetas dos amigos de seu pupilo fulgurarem. Ele sobe aos céus, rumando aos confins do espaço, congelando no tempo. Parece que as Hordas do Tempo tinham outros planos para ele, afinal.

TRÊS DIAS DEPOIS...

Três dias se passaram após a queda do Império de Yin. A Terra já voltara ao normal, com os meios de comunicação retomando a todo vapor e tudo o que foi destruído começando a ser reparado, algo que duraria algumas semanas. Mirai Trunks ainda estava nessa linha temporal, pois o dispositivo que Takeshi preparava para sua Máquina do Tempo ainda não ficara pronto. O Guerreiro do Futuro pretendia buscá-lo, agora que o prazo havia se esgotado, depois que a festa que Taitsu preparara para os heróis da Nova Era, sendo a presença dele especialmente requisitada, terminasse. A festa rolaria no Ponto de Encontro, a Montanha Paozu, ao invés de ocorrer na Corporação Cápsula, como de costume:

— Bom, eu não tenho muito o que dizer, na verdade. - Número 17, de pé sob um palco improvisado, fala no microfone, para a plateia, que reunia todos os Guerreiros Z, desde Goku até os irmãos de Uub - A vida é complexa. Obrigado por todos aqueles que lutaram para impedir o fim do mundo. É isso...

— E essas foram as palavras de Número 17, um dos salvadores do Multiverso pela terceira vez! - Taitsu fazia o papel de apresentadora, enquanto todos batiam palmas, menos Vegeta, que estava de braços cruzados, em desdém - Ei, Vegeta! Trate de bater palmas ou você vai se ver comigo! 

— Vê se me deixa em paz, mulher! Já não bastava a Bulma, agora você, viver pegando no meu pé... - Vegeta se levanta e passa por Freeza, puto da vida - E nem me olha, antes que eu leve tudo pelos ares, chutando esse seu traseiro imundo, Freeza, seu verme maldito! É melhor eu ir treinar... - Vegeta sai voando a toda velocidade, sentindo seu coração palpitar, um sentimento estranho, enquanto a gargalhada de Freeza ecoava ao longe

— Parece que dessa vez não teremos a famosa Dança Pela Paz de Vegeta, não é mesmo? - Taitsu estava vermelha, até retomar a compostura - Pois bem, mais alguém quer falar alguma coisa?

— Eu quero! - Kuririn sobe ao palco, Marron, apática a ele, mesmo depois de tudo - Eu poderia subir aqui e implorar pra que você me perdoasse, Marron, minha filha, mas eu não o farei. Como eu queria que Número 18 estivesse aqui... isso é sinal de que falhei, não em intenção e sim em ficar mais forte. - Marron fica corada, mas vira o rosto - O que quero dizer é que agora eu percebo que aqueles que vivem no Planeta Terra, aqueles que lutam pra valer, eles possuem um fardo sob seus ombros impossível de descrever...

— Sim! Meu papai, que não está aqui hoje, também se encaixa nisso! - Pan exclama, se colocando de pé sob sua cadeira - Ele foi levado pelo advento do Novo Mundo, assim como Número 18, Sr. Piccolo, Mestre Kame, Bulma, minha vovózinha e muitos outros!

— Sim, pequena Pan. Todos eles eram importantes, sem exceção! - Kuririn usa as palavras dela pra complementar as suas - O que ocorreu com a Terra nos últimos dias, se não tivéssemos lutado até o último momento, pode ser que ninguém aqui estivesse vivo pra contar a história. Concluindo... como Goku me disse a muito tempo... Devemos lutar até o fim! E quando digo isso é, quando uma nova ameaça chegar, estaremos prontos pro que der e vier. Enquanto isso, vamos aproveitar a calmaria que vem depois da tempestade, não é, pessoal? - todos aplaudem e clamam por "SIM", Goku fazendo um sinal de joia pro monge, menos Marron, que apenas ficara em silêncio 

— Ei, Marron! - Uub chama pela garota loira, de cabelos amarrados em chiquinhas - Não fique assim. Tudo vai ficar bem no final! - ela fica extremamente vermelha e segurando a respiração - O que foi, Marron? Por acaso eu fiz algo de errado?

— Vamos lutar, Uub, moleque desgraçado! - Marron pega Uub pelo pescoço, o rodopiando pelo ar como um chicote, de olhos esbugalhados, enquanto todos assistiam aquilo como se fosse uma Luta de Exibição, algo que ia começar dali alguns minutos - Não vai fugir não, viu? No final fica tudo bem!

— Alguém me salva pelo amor de Deeeeeeeeeus... - e assim, a festa continua, todos rindo daquela Luta de Exibição um tanto controversa, até que chegara a hora de o Guerreiro do Futuro dizer adeus...

Montado em seu moto de último tipo, preta e em neon azul, ele vaga pela cidade em reconstrução, seguindo seu destino. Com boas memórias em sua cabeça, advindas da festa organizada por sua tia, seu coração se via aquecido, mesmo depois de tudo o que passara. O que lhe restava a fazer era seguir até Takeshi, ligar sua nave e voltar para sua linha temporal, que a essa altura já havia voltado ao normal. Ele segue então por um estrada deserta, até chegar ao famoso estabelecimento, o Potara Bar, onde combinara de se encontrar com Takeshi, parando sua moto ao lado da dele:

— Então você veio mesmo... - de óculos escuros, cabelos pretos e corpanzil enfiado num sobretudo, ele fumava, como de costume - Vamos tomar uma bebida antes de você partir. Você merece, depois de praticamente ter salvo esse planeta de destruição...

— Quem me dera! Eu só fiz parte do serviço... - Mirai Trunks atravessa as mesas e segue até lá, se sentando num dos bancos e se apoiando no balcão - Não fossem meus amigos, eu tava ferrado! 

— Um tanto modesto você... - Takeshi apaga a bituca de cigarro no cinzeiro lotado de bitucas e acende outro - As peças para sua nave estão em nosso local de trabalho. Eu não as trouxe até aqui pra as manter em segurança. Assim que sairmos daqui, bem, você pega elas e volta pra sua linha temporal. Mas eu digo, só irei entregá-las se beber uma cerveja comigo!

— Você sabe que eu não gosto de cerveja e... - Mirai Trunks reluta e vê Nish, o balconista e dono daquele local, se aproximar, de cabelos e bigodes brancos, ajeitando os óculos e trazendo uma grande caneca de cerveja - Ta brincando... eu bem que preferia um suco de laranja! Mas se você insiste... - Mirai Trunks toma um gole da cerveja e soluça - É, acho que bebi demais... - Nish e Takeshi riem

— É só brincadeira. Nish trouxe ela pra mim... - Takeshi pega a caneca e devolve a vazia pra ele - Você vai tomar suco de laranja, rapaz! A essa altura você já sabe quem é a figura por trás desse velho, não é? - Takeshi indaga, quando Nish seguiu para os fundos do local, pegar o suco de Trunks, que confirmara com a cabeça - Novamente sou tomado por questões incomuns. Um Deus que vive entre os mortais. Isso é no mínimo um sinal, não acha?

— Depois de tudo o que já vivi, eu só sei que os deuses e os mortais tem muito o que aprender uns com os outros. Shin é uma joia rara no meio dele, assim como meus amigos também podem ser considerados para os mortais. Se chegará um dia em que as guerras santas cessarão, é algo que teremos de esperar pra ver... - Mirai Trunks vê Nish chegar com seu suco, tomando uma golada e agradecendo - Falta muito, Shin, pra você voltar o normal?

— Eu voltarei, quando a hora certa chegar. - o velho dono do bar responde - Enquanto isso, sou apenas um balconista e tanto! Boa sorte em seu futuro, Trunks... pode ser que precisemos de sua ajuda novamente algum dia, então não me arrisco a dizer... até a próxima! - Shin segue para seus afazeres logo depois que Trunks e Takeshi saíram do Potara Bar, sabendo que no fundo, ainda lutariam mais uma vez, lado a lado

As motos são ligadas e seguem rumo a oculta Corporação Cápsula. Começa a chover naquela estrada e por eles passa uma moto na direção contrário, nela, um jovem de cabelos brancos, vestindo jaqueta verde e calças pretas, a toda velocidade. Takeshi engole em seco e isso não passa despercebido por Trunks, mas ele prefere não perguntar nada. Chegando ao pavilhão da Corporação, eles são recebidos por Ritsuko, Mashima, Zero e Yuki:

— Meu irmão, ele está bem... - o pequeno Yuki abraça a perna de Takeshi, que faz um cafuné no pequeno - Ele parece mudado e...

— Bem, acho que o último esporro que dei nele serviu de alguma coisa... - Zero diz, cabisbaixo, mal todos sabendo que ele escondia algo - Draugon deve seguir livre, por enquanto, de acordo com Mashima-Sama. - o anfitrião acena com a cabeça, convicto - Mas quem sabe no futuro não sejamos uma única família, não é...? Aqui estão as peças das quais precisa, Guerreiro do Futuro...

— Ah, obrigado, Zero-San! - Mirai Trunks pega a caixa e da uma verificada - É, acho que é isso, não é? É melhor eu ir andando! Obrigado por tudo, Takeshi-San. Ritsuko-San. Mashima-Sama. Yuki-kun... - ele acenava com a cabeça, conforme agradecia e seus ouvintes assentiam, sorrindo - Eu irei voltar para o meu futuro e bem, espero que as coisas estejam bem por um longo tempo!

— Dê um abraço na sua mãe por mim! - Ritsuko, a donzela de cabelos vermelhos, acena para um Trunks a alçar voo, seguindo em direção a sua nave - Por mais que a rivalidade existisse ente nós, eu considerava ela uma grande mulher!

— Pode deixar, Ritsuko-San... - Trunks chega até sua Máquina do Tempo e a conserta com as peças que Takeshi desenvolvera, a ativando e colocando as coordenadas - A minha mãe ficará feliz em ouvir isso, assim como todas as outras coisas pelo que passei ao lado de guerreiros tão formidáveis. É... até a próxima, pessoal... - assim, o Guerreiro do Futuro se vai

No Palácio Divino, Tenshinhan e Broly ficam sabendo por meio de Daishinkan, o único que tinha acesso ao Poço dos Mundos agora, que tudo terminara bem. O Sacerdote disse que de certa forma, sabia disso antes que se concluísse, mas não podia dizer, pois era contra o Código. Eles seguiam com suas tarefas, naquele local sagrado, enquanto Zeno continuava na presença Daquele Que Está Acima de Todos:

— Vai demorar muito pro Zeno-Sama sair daquele lugar? - Tenshin pergunta, despretensiosamente para Daishinkan, que seguia até a sala onde os adormecidos Goten e Trunks estavam - Já estou até com saudades de servir de cavalinho pra ele, se quer saber...

— Isso ainda levará tempo. O que está ocorrendo é um grande embate e bem, pode terminar bem ou não. O que eles estão discutindo não é para nossos ouvidos, acredito. - Daishinkan acena para Tenshin, dizendo que ele poderia ir, que ele cuidaria de Goten e Trunks naquele dia - Só esteja preparado, pois uma nova guerra pode ocorrer e bem, talvez nessa guerra, até mesmo os deuses tenham de lutar...

Distante dali, atravessando o véu e voltando para a Terra, nos Picos Nevados, afundando na crosta e seguindo para os subterrâneos invioláveis, aqueles que passaram despercebidos até agora, Dr. Gero e a Nova Força Red Ribbon, continuavam seus trabalhos. Na Sala de Comando, o cientista, ladeado por Android 21, sua esposa e Comandante Red, o líder de seu exército, gritara "Eureka" mais uma vez:

— É como eu pensava. O Império de Yin se foi, mas o rastro estabelecido por ele deixou marcas. O que temos de fazer é seguir o mesmo padrão e poderemos desencadear o Reinado Cibernético por todos os Planetas Centrais do Multiverso e assim, aos poucos, criar o mundo perfeito, onde a raça superior, os Androids, governem! - Dr. Gero, de cabelos brancos soltos, tinha um olhar de triunfo, vendo sua face refletida no monitor, que agora se apagara - Continue a desenvolver seus clones, Android 21, pois eles serão fundamentais...

— Como queira, Gero-Sama... - a bela donzela assente, olhando para ele, ocultando suas emoções, devota e fria, como devia ser - Já estão promissores, todos eles...

— E eu continuarei a treinar os novos Androids, Gero-Sama... - o Comandante Red, agora sob o nome de Android 9, alto e de corpo parcialmente cibernético, segue para seu destino - Agora é a vez daquele trio de ouro aprimorar suas habilidades... - e assim, ele se vai

— É, estão todos muito animados. - uma voz monstruosa e imponente ecoa - Mas por enquanto, não há nem sinal daquele portal estar pronto!

— Ah, Ragnar-Sama! Então você estava aí o tempo todo? - Dr. Gero vê a figura alta e de longos cabelos vermelhos oculta num canto escuro da sala - Você sabe que eu nem estaria aqui para obter minha vingança se não fosse você, então é claro que eu jamais trairia sua confiança. O portal será completo. Irá demorar um pouco, mas você chegará ao Palácio Divino e enquanto isso, irei instaurar o Reinado Cibernético por todo o cosmo!

— Só lembre-se do que disse, Dr. Gero... - Ragnar, o antigo Líder dos Magos Eternos, alerta - Akira-Sama é ardiloso e provavelmente está te usando esse tempo todo. Se o Reinado Cibernético realmente for insaturado, saiba que é vontade d'Ele e só d'Ele. - o silêncio toma conta do local, quando Ragnar termina - Se não se importa de abrir caminho para minha vingança, bem, está aí a prova de que realmente é leal a mim, mesmo que isso coloque em jogo seus planos... leve o tempo que levar, mas termine o serviço, Dr. Gero... eu esperei eras...

                                                        ...posso esperar um pouco mais!

De volta a superfície, na Ilha dos Monstros, Número 17 admirava tudo lá do alto. A paz voltara a reinar naquele local de preservação. Seus filhos treinavam na área livre da ilha, sua mulher cozinhava o almoço e os pequenos Cell Jrs. faziam sua ronda. Tudo havia voltado a paz comum. Ele admirava os raios do sol, a figura magnânima que agraciava a todos.

"Yamoshi-Sensei, estive pensado naquilo que me disse antes de partir. Que eu seria tentado... que eu sofreria provações. De certa forma, a minha vida foi assim desde o começo." - o Android enviava seus pensamentos ao universo, esperando que onde quer que seu mestre estivesse, ele o ouvisse - "Me pergunto: que desafios mais o destino me reserva? Por que sou parte desse grande conto épico chamado realidade? Por que os deuses dependem dos mortais para darem a suas existências um significado e ainda se vangloriam por isso? Por que existe algo ao invés do nada?"

Ele aterrissa sob a areia da praia, sendo jogado ao chão pelas abraços de seus filhos. 

"Essas são perguntas sem resposta correta, não é? Vai ver temos de lidar com isso como lidamos com nosso laços. Eles simplesmente existem..." - Número 17 sai correndo dos pequenos, com um sorriso tímido - "...não precisam ser explicados, apenas vividos..."

Nos confins do espaço, o ermitão cristalizado pelo tempo, aguarda a chegada de seu pupilo. Enquanto isso, eles apenas sorri!

                                                             FIM


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Notas finais do capítulo

Bom, essas notas finais serão mais breves do que nas outras vezes, pois eu finalmente admito: Estou esgotado! Sim, eu me sinto como um daqueles mangakás que ficam anos escrevendo algo e no final terminam tudo brevemente pra recuperar as forças. Foram longos anos escrevendo sete arcos, que segundo as contas, superam o tamanho da Saga Harry Potter, fazendo uma comparação. Acho que já deixei minha contribuição para o Universo de Dragon Ball. Segue abaixo a ordem cronológica de minha obra, a qual pode ser encontrada no meu perfil:

Dragon Ball Sem Limites (64 capítulos)
Dragon Ball - A Saga de Yamoshi (34 capítulos)
Dragon Ball NEXT (73 capítulos)
Dragon Ball SHINKA (71 capítulos)
Dragon Ball Assemble (113 capítulos)
Dragon Ball Unforgiven (27 capítulos)
Dragon Ball Reloaded (63 capítulos)

Totalizando o total de 445 capítulos de muitas emoções e reviravoltas, eu finalmente posso dizer: EU TERMINEI! É claro que eu poderia criar inúmeras novas sagas, mas tudo tem que ter um final. Eu tenho vários arcos que planejei, mas que não verão a luz do dia, pois sinceramente: iria ser só encheção de linguiça. A Saga de Yamoshi ocorreu por causa de meu leitor mais fiel, Fagner L. Santos, e de sua curiosidade a respeito dela. E vendo o resultado final, bem, era realmente necessária e a última lacuna a ser fechada, onde pude trabalhar vários coisas que não consegui anteriormente. Sinto que fechei o ciclo em definitivo dessa vez.

Citando uns projetos que não verão a luz do dia, tenho:

Dragon Ball Crônicas

[Seriam contos diversos sobre os guerreiros de todos os universos, os quais criei com carinho em NEXT, mas que muitos deles não foram explorados]

Dragon Ball Forgiven

[Os fatos narrados no capítulo Last Mission de Reloaded, que na real seria um arco espelho de Unforgiven, onde tudo seria detalhado, mas que optei por resumir, pois isso me custaria um tempo que não seria exatamente recompensado, pois a audiência estava aos frangalhos, então resolvi fazer um bom resumo e bem, está tudo lá, bem explicado para quem ler atentamente]

Dragon Ball X-Treme

[Mostraria o Torneio Interplanetário citado no final de Reloaded, o torneio completo. Tenho todas as chaves definidas e muitas ideias, mas bem, só digo que o final dele já está em Reloaded. É citado que Paradas vence, em sua luta final contra Vegeta.]

Dragon Ball TRILOGY

[Essa seria a forma de melhorar a escrita e estrutura das três primeiras sagas. Fiz isso com a saga Sem Limites e o resultado foi bom, mas não planeja fazer com o restante. Renomearei TRILOGY como Dragon Ball Sem Limites (Remaster), pra ficar mais claro minha decisão.]

Dragon Ball Last Stand

[Talvez o projeto mais ambicioso. Ele iria unir dois universos: o meu Dragon Universe e o do Fagner L Santos, o famoso Dragon Ball GT Kai. A trama giraria em torno da colisão de mundos devido a um feitiço de Demigra, que queria desestabilizar a tudo para violar o Pilar de Ambos os Mundos e conseguir as Esferas do Dragão Celestes, para assim, instaurar seu império. Os personagens de meus arcos, através da Patrulha Galáctica, liderada por Sealas, iriam se unir ao personagens do universo de Dragon Ball GT KAI para lutar contra os Makaioshins e instaurar o equilíbrio. Essa saga nasceu como um meme em minha cabeça, mas acabei levando a sério. Bem, saiba que no final, os heróis conseguiriam e os dois jovens Uub's é quem acabariam com Demigra. Me desculpe, Fagner, no mais... rolarão memes sobre isso no messenger com nossos personagens vez ou outra, acredito. Ah, e valeu pelos render incríveis que você criou! Deveria trabalhar com isso, pois tem talento!]

Link de GT Kai, história imperdível do Fagner - https://fanfiction.com.br/historia/758070/Dragon_Ball_GT_Kai/

Dragon Ball NEXT - EXTRAS

[Tinham alguns pontos de NEXT que seriam explorados em contos nos extras da Saga de Yamoshi, mas bem, não irão ocorrer. Acho que já pincelei as principais lacuna e trabalhei bem na própria Saga de Yamoshi, então aquilo seria só complemento mesmo.]

Estando certo disso, minha obra completa está no meu perfil e o que deixei para trás, esses projetos, que fiquem na imaginação de todos vocês [os dois ou três que ainda ficaram, hehe, vocês são guerreiros!]! Agradeço a todos que me acompanhar, a Akira Toriyama, a Toei Animation, a Shonen Jump e a Bandai Namco. Cito aí também Draugon Kouji, Zaikoliodas, Sun Uub, Tales de Cinos, Estefanio Viana, Johnny Flávio, Metheus DBS e todos aqueles que comentaram o leram minhas fanfics. Enfim, chega de se estender, senão eu não largo o osso!

Adeus, pessoal!

Atenciosamente, Eric Yagami... também conhecido como Miroku, o Deus Pássaro, guardião dos relatos da Antiga e da Nova Era de Heróis!



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