Dragon Ball - A Saga de Yamoshi escrita por ericyagami


Capítulo 11
Um Escudo Inquebrável! Papai, Você é Meu Herói!


Notas iniciais do capítulo

Número 17, ferido de sua batalha contra seu mestre Yamoshi, tem de enfrentar Inoshi, do Espectro de Javali, um Serviçal criado por Yamoshi especificamente para matá-lo. Utilizando da Corrosão de Plasma, Inoshi deteriorava as células de Número 17, inutilizando seu corpo aos poucos. O Android recorre aos Atos do Gladiador para fazer frente a tal ameaça, reproduzindo os ensinamento de seu mestre, que era muito parecido com ele, mas do que ele sabia. O Quarto Ato se revela e o Anjo Caído surge, com suas asas de energia, a portar seu tridente.

Número 17 parte o corpo de Inoshi ao meio e acredita que vencera, retornando a Corporação Cápsula, quando para sua surpresa, Inoshi retorna completamente regenerado e o ataca pelas costas. Se a última partícula do corpo de Inoshi não for destruída, ele pode se regenerar. Para enfrentar tal ameaça, 17 contará com a ajuda de seu filho, Tenkou, que voltara para trás para ajudá-lo, após ter um mau pressentimento!



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Tenkou chegara ao campo de batalha, que na ocasião era nada mais, nada menos, que os arredores da Corporação Cápsula. Vindo ao auxílio de seu pai, que estava ferido da luta passada contra Yamoshi e que agora enfrentava Inoshi, o Serviçal criado especificamente para matá-lo, o híbrido-Android lutaria ao lado de seu pai, fortalecendo o escudo que ele projetava. Inoshi, que retornara das cinzas, mais uma vez dispara seu canhão de plasma, mas agora, o escudo que unia os laços entre pai e filho, fora mais poderoso:

— Não se preocupe, papai! Seu escudo não irá mais se partir agora! - Tenkou, de cabelos negros curtos e espetados, tinha olhos azuis, com os quais agora olhava de soslaio para seu pai. De estatura baixa pra idade, ele trajava camiseta azul e bermuda preta, assim como botas marrons. - Está ouvindo, Servo de Yamoshi? Ninguém irá nos deter agora!

— Sheshesheshesheh... não estaria tão confiante se soubesse o que o seu pai sabe! Mas irei torná-lo ciente logo de cara, para você não contar com uma vitória impossível... - Inoshi sorri, por detrás de seus cabelos caramelados, semelhantes a cor da malha levemente rasgada que cobria seu corpo, onde anteriormente havia uma armadura, seu símbolo de orgulho, destruída por Número 17 na batalha prévia. Seus olhos cor de bronze então fitam o pequeno Tenkou. - Se sobrar ao menos uma partícula sequer de meu corpo, eu posso voltar a vida, com meu corpo regenerado, porém, com a mesma carga de dano que possuía antes do golpe mortal que recebi em batalha. Nem tudo é perfeito, porém, pra guerreiros como vocês, é mais do que o suficiente!

Inoshi envolve novamente seu corpo em energia dourada, que tremeluzia num plasma disforme. Num voo de alta velocidade, ele passa por cima do escudo recém gerado dos dois e dispara tiros de energia pelas costas de ambos. Tenkou se vira no último momento e dispara um canhão de energia dourada, obliterando os tiros de Inoshi. Eis que um último tiro vem telecinésicamente de baixo, atingindo Tenkou e o arremessando para o alto. Número 17 então se volta com o Fóton Strike preparado, quando três tiros de energia rompem da parede lonsangular. Inoshi é atingido de raspão no ombro esquerdo, enquanto Tenkou despencava numa investida contra ele:

— Toma essa!! - o soco de alta potência do pequeno, fez o pescoço de Inoshi estralar, ao passo que terminara afundado num cratera próxima a entrada da Corporação Cápsula - Vish, Taitsu-San não vai gostar nada disso! - Tenkou se refere a ter acabado com a pavimentação da estrada em frente a casa dela - Mas ela vai ter que entender, não é? - Tenkou vê seu pai já despertar o Primeiro Ato do Gladiador novamente, se colocando ao seu lado - Isso com certeza é uma grande afronta ao inimigo! Utilizar os poderes que aprendeu com o líder deles, hehe, você é um velho radical, papai!

— Velho é a vovózinha, moleque! - Número 17 sorri, mesmo que a dor que sentia em sua ferida no peito, agora nu, o deixasse desconfortável. Os dois marcham rumo a Inoshi, que já se encontrava de pé. - Eu ataco e você defende, acredito que é o mais prático a se fazer agora, ok? - Tenkou assente, ao passo que duas esferas de plasma dourado vem de direções contrárias, com o pequeno guiando os braços para ambos os lados e gerando dois escudo semicirculares de pequeno porte, impedindo que as esferas atingissem a ele e seu pai - Muito bem, moleque... - o Android desce num corte de alta potência, rasgando o peito de Inoshi de cima abaixo, fazendo o sangue espirrar

— Explosão de Plasma... - Inoshi debocha, com sangue espirrando de seu corpo e manchando o asfalto avariado, ao passo que num súbito iluminar do espectro de javali, ele se explode. Número 17 só tem tempo de ver o escudo se formar e ser partido em pedaços. Tenkou o protegera no último segundo, impedindo que ele levasse o impacto da explosão toda, só que o pequeno fora atingido ao seu escudo ser partido. - Shesheshehsheh... eu disse garoto, que podia me regenerar! Se fosse esperto, não teria arriscado sua vida e teria recuado pra salvar a própria pele!

— Eu jamais deixaria meu pai morrer nas mãos de alguém como você! - Tenkou, com parte do tronco esquerdo a se deteriorar, se levanta com dificuldade - Você me dá nojo, sabia? Pessoas assim não duram muito tempo no meu caminho!! - Tenkou ergue seu braço direito, conjurando dezenas de esferas de energia dourada que vieram dos céus, a bombardear o corpo de Inoshi numa sequência insana de golpes - Você está bem, papai? 

— Estou bem, graças a você, Tenkou... - ele se segurava para não nocautear seu filho e levá-lo até Taitsu, para deixá-lo fora de perigo, mas na situação em que se encontrava, com a plasma de Inoshi consumindo suas células a cada momento, ele não podia se dar a esse luxo - Eu só fui tolo o bastante para criar uma estratégia de batalha onde você seria prejudicado. Agora, você só irá gerar escudo quando eu também o fizer, tá legal? Só conseguimos gerar um escudo inquebrável, quando o geramos juntos, como naquela vez...

— Isso mesmo, papai! Nossos laços são mais fortes do que qualquer coisa, mesmo que você tenha demorado a desenvolver esse lado, segundo a mamãe. Eu entendo perfeitamente... - Tenkou assente com a cabeça - Já não é mais segredo pra nós que você era um dos Androids de Dr. Gero, que foi submetido a um experimento maléfico contra a vontade e usado como uma máquina de matar, assim como a tia. Pra alguém que sofreu tanto, você é um verdadeiro herói! Para eu, Sekyo e Hiyori, você sempre foi!

— Obrigado pelas palavras, moleque... - Número 17 engole em seco, tentando não ceder a emoção, pois tinha que focar na batalha - Então era sobre isso que falava quando disse saber os segredos de meu passado? - Tenkou assente com a cabeça - Já imaginava... - o Android sorri de canto, tranquilizado por seu filho não ter descoberto o segredo que ele realmente não queria que ele descobrisse. Ter sido um servo de Gero no passado não chegava nem perto do segredo que ele ainda mantinha, daquele fatídico dia, onde tudo mudou. Inoshi se regenerava mais uma vez, agora carregando ambos os braços numa espiral de plasma, determinado a acabar com seus oponentes. - Vamos lá, mais uma vez, até acabar com esse desgraçado!

NOVE ANOS ATRÁS....

"Você realmente está empolgado, não é, Sekyo?" - Makoto, a esposa de Número 17, de cabelos loiros, a trajar vestido preto e sapatos verdes, caminhava a segurar a mão de seu filho mais velho, enquanto segurava a pequena Hiyori de apenas três meses, no colo, envolta em um cobertor - "Lembre-se que Takeshi é apenas um parceiro de negócios de seu pai e não um amigo!"

"Takeshi-San é um cara legal! Ele sempre dá peças novas pro meu computador quanto vamos lá, então, não vejo o por que ele não seria um amigo!" - Sekyo sorri, basicamente um mini-17, trajando camisa e bermuda verde, sua cor favorita - "Ei, velhote, onde você conheceu Takeshi-San mesmo?" 

"É um longa história, mas digamos que foi na época que eu e sua tia vagávamos por aí, sem destino! Fomos até ele pra conseguir uma peças para um moto, ou coisa assim..." - Número 17, que carregava Tenkou, de apenas três anos, acima de seu pescoço, a brincar de cavalinho, responde, distante - "Só não conte pra ninguém que viemos aqui. Como já disse nas outras vezes, Takeshi e seus sócios não querem ser perturbados, pois agem nas sombras já a muitos anos..."

"Olá, Número 17... então está de volta...?" - Zero, um dos sócios de Takeshi, de cabelos loiros e face jovial, trajava camisa branca e calça preta - "Vejo que trouxe sua família novamente! Estamos tendo alguns problemas com o Projeto Draugon..." - Zero faz um silêncio perturbador, suspirando, quando sorri e se volta para os visitantes - "...bem, ele saiu fora de si novamente, mas já foi neutralizado mais uma vez, parcialmente para não causar danos sérios. Então acredito que não haverá problema se entrarem..."

"Se for necessário, esperamos aqui fora, sem problemas!" - Makoto diz, vendo que os bosques em torno do grande pavilhão escondido, seriam uma boa pedida para Sekyo e Tenkou se divertirem - "Tem certeza de que é seguro, Lapis-San?" 

"Vocês estão comigo, não há nada mais seguro!" - Número 17 responde - "Meu escudo os protegerá, não importa o que aconteça." - assim, Makoto e Sekyo se entreolham, sorrindo de felicidade, por ter alguém tão especial, que se importava com eles - "Com licença, Zero..." - o Android passara por ele, como se tivesse um pressentimento estranho, mas deixara pra lá e seguira em frente - "Estamos indo encontrar Takeshi..."

"Ele me disse que viriam!" - Zero olha para trás, acenando com a cabeça, com um sorriso sem jeito - "Bom, aproveitem a viagem! E tomem cuidado por onde andam, tá legal? É um local traiçoeiro, se querem saber..." - e assim, a família de 17 adentra ao grande pavilhão negro, que ficava distante da civilização - "Muito traiçoeiro..."

"Então está de volta, Lapis..." - Takeshi, sempre de óculos-escuros e cabelos negros bagunçados, tinha quase dois metros de altura, trajando seu sobretudo cinza por cima do peito nu e calça caramelo, assim como sapatos pretos. Um cinturão se encontrava acoplado a sua cintura, com várias granadas, assim como uma pistola a laser. - "Como veio com seus filhos, acredito que não irá lutar, não é?" - ele sorri, se referindo a um passado distante - "Eu já tenho as peças que você queria para sua nave, estão logo ali..." - movendo a mão pelo local repleto de estantes, mesas, aparatos tecnológicos a cabos de alta tensão, ele mostra a caixa já embalada - "Se sua nave está quebrada, vocês vieram para cá como?"

"Pegamos um ônibus até onde deu e depois viemos caminhando. É bom passar um tempo com a família, de vez em quando!" - Número 17 sorri, vendo que Takeshi ficara contente por ele ter se reintegrado a sociedade - "Bom, acho melhor irmos indo, não é? Não queremos atrapalhar seus experimentos!"

"Nada disso, Lapis-San!" - a voz de Ritsuko ecoa, feminina e imponente, quando a donzela de cabelos vermelhos e curvas fartas, se revela de camisa branca e saia preta - "A caminhada foi longa, então o mínimo que devemos fazer é lhes conceder um café! Se pudéssemos utilizar os métodos tradicionais de envio pelo correio, tudo seria mais fácil, mas como rompemos com aquele velhote do Briefs, bem, temos de agir nas sombras agora!"

"Vão lá, meninos!" - Takeshi faz um aceno de cabeça para Sekyo e Tenkou, que ainda estava de cavalinho sob os ombros de seu pai - "Não terão o mesmo luxo que na casa dos Briefs, mas acredito que será tão saboroso quanto! Considerando que já vieram aqui, bem, acho que já sabem que Masashi, além de ser nosso anfitrião, é um ótimo cozinheiro!"

"Obrigado, Takeshi-San!" - Sekyo sorri, fazendo um sinal de joia pra ele - "Pra ficar melhor, só se você tiver uma peças novas pro meu PC Gamer!"

"Já estão ali, junto com a peças pra nave de seu pai!" - Takeshi limpa o suor da testa com um pano e começa a mexer no motor que estava construindo - "Não iria me esquecer do meu amigo Sekyo, não é mesmo?" - e assim, a família 17 segue até a cantina, comendo do café regado a bolos, pães e geleia, os quais Masashi havia preparado

"Olha só, mas que bebezinho lindo!" - Makoto se aproximara de um cesto próximo do armário da cozinha, onde um bebê de cabelos brancos dormia, enrola em uma coberta - "Como ele chama?"

"Yuki. Bem, não queremos falar sobre isso por pelo menos alguns dias, pois foi realmente uma tragédia..." - Masashi manca até a mesa, denotando que algo dera errado - "Yuki é filho de um dos fundadores de nosso projeto, Corporação Cápsula, mas nem tudo ocorreu como planejado. O Projeto Draugon se provou imperfeito e bem... vamos falar de algo bom, por que de tragédias o mundo tá cheio! Aliás, é uma linda menina!" - Masashi passa a mão na pequena Hiyori, que desperta e abre os olhos, no colo de Makoto, abrindo um berreiro - "Ora, você está entre amigos, não precisa chorar..." - Yuki acorda com o choro de Hiyori e também desata a chorar, com Masashi o consolando - "Acho que ele não vai parar..."

"Deixe isso comigo, Masashi-Sama!" - Ritsuko pega Yuki no colo e ele para de chorar no mesmo momento - "Viu? Precisa de um toque feminino na coisa toda!" - Ritsuko sorri e Makoto sorri de volta, com ambas se afastando para um canto, a conversar, enquanto acalmavam os bebês - "Vocês fizeram bem em adotá-los, pois eles tem uma família unida agora!" 

"Lapis diz que não, mas ele sabe como é viver num orfanato e no que isso implica, então creio que ele quis adotá-los para compensar algo em seu passado. Óbvio que eu adorei a ideia e Tenkou e Hiyori são realmente adoráveis!" - Hiyori desata a chorar novamente, assim como Yuki - "Esses bebês estão agitados hoje... calma, calma... ta tudo bem..." - Makoto murmurava, quando o som de uma explosão ecoara, balançando as estruturas do pavilhão - "O que foi isso?" - Yuki agora se encontrava aos berros no colo de Ritsuko, quando Número 17 saltara e já posicionara seu escudo 

"Todos atrás de mim!" - a parede de energia verde surge, ao passo que todos se colocam ali, contemplando as estruturas da cozinhas serem feitas em pedaços e a fera que reluzia em chamas azuis vir para matá-los - "Você não vai machucá-los, está ouvindo?" - Número 17 tancava as chamas azuis com seu escudo

"Andem, vamos sair pela porta dos fundos!" - Masashi menciona, se dirigindo para tal, até que toca na maçaneta e sente sua mão queimar - "As chamas já consumiram o local! Teremos de sair daqui voando!" - Masashi aperta comandos em seu relógio, que refletia sua face idosa, de olhos azuis cobertos por um óculos e bigode branco, comando esse que ativara seu mecha, que viria até ali para salvá-los - "Dentro de poucos segundos nós estaremos sãos e sal..." - a explosão fora maior do que na outra vez, rompendo o escudo de Número 17 e colocando tudo abaixo 

"Hiyori! Tenkou! Sekyo! Cadê vocês?" - Número 17 levantava do meio da poeira, vendo a figura alada em chamas azuis partir em direção aos céus - "Droga, cadê vocês..." - o Android jogava os destroços para os lados, quanto encontrou Sekyo com a cabeça debaixo de uma estrutura de madeira - "Sekyo, por favor, resista!" - Número 17 o reanimava com pulsares de energia, enquanto Masashi se revelava com um grande braço de metal acima de seu ombro, que surgira de uma das engrenagem as suas costas, com o qual evitara a morte de Ritsuko e os outros - "Vocês estão bem?" - o mecha que ele ativara anteriormente surgira segundos depois, portátil e num negro cromado

"Se não fosse Masashi estaríamos mortos, mas creio que todos estão bem!" - Ritsuko diz, com um filete de sangue escorrendo da testa, tossindo devido a poeira - "Estamos bem, não é mesmo?" - Ritsuko tinha Yuki em seu colo e ficara feliz por vê-lo bem, mas quando olhara para trás, ficava estupefata, pois destroços metálicos haviam se prendido aos corpos de Tenkou e Hiyori no momento da explosão e ambos sofriam de hemorragia - "Não pode ser... vamos logo, temos de salvá-los!"

"Puxa vida, eu lamento muito..." - lágrimas escorriam por baixo dos óculos de Masashi, que não conseguira impedir outra tragédia - "Chamem logo o Takeshi! Ele já lutou em guerras e sabe fazer esses procedimentos como ninguém! Takeshi, chame logo Takeshi!" - naquele momento, Takeshi adentrara o local por conta própria, sem precisar ser chamado, retirando Hiyori do colo de uma Makoto em choque e a colocando sob uma tábua. Sempre preparado, ele já trouxera um Kit de primeiros socorros junto dele, aplicando uma anestesia e retirando os destroços com uma pinça

"Ela precisa de sangue, pois já perdeu muito! Qual é o tipo sanguíneo deles?" - Takeshi indaga, mantendo a calma, mesmo num momento como aquele, vendo que Número 17 já conseguira reanimar Sekyo. Estando ciente que era O-, ele só tinha uma alternativa, encontrar alguém ali como esse mesmo tipo sanguíneo - "Alguém possuí esse tipo? O- só pode receber de O-!"

"É o mesmo que o meu, mas depois dos experimentos de Gero, bem, eu não sei se seria correto usar meu sangue..." - Número 17 se aproxima de Takeshi, enquanto Makoto consolava um atordoado Sekyo, que não entendia o que estava acontecendo - "Você acredita ser seguro?"

"Podem haver efeitos colaterais, mas é a única maneira!" - Tekeshi espeta a agulha no braço de Número 17 e a liga por uma mangueira, espetando a outra ponta no braço de Hiyori, que recebia o sangue direto do corpo do pai adotivo - "Já fiz muito disso na Guerra do Norte, não se preocupe..." - Takeshi então se direciona a Tenkou, lhe aplicando a anestesia e removendo os destroços no tronco, espetando o outro braço de 17 e fazendo o mesmo procedimento, com o Android agora liberando seu sangue para ambas as crianças - "Não se preocupem, eles irão sobreviver..." - Takeshi então costurava as feridas, enquanto o  sangue de 17 os matinha vivos - "E agora, Sekyo, meu amigo, me desculpe a demora..." - Takeshi lhe aplicara uma injeção para dor e o levara para fora da sala - "Disseram que você bateu a cabeça. Vamos tirar um Raio X pra ver se está tudo bem..."

"Zero deixou uma mensagem..." - Ritsuko diz, olhando para a tela do celular - "Ele já foi atrás de Draugon com seu mecha e irá trazê-lo de volta e dessa vez, irá prendê-lo "como se deve prender". Ele diz que foi um erro ter compaixão de uma criação imperfeita. Ele diz que sabe disso melhor do que nós..."

"Pois bem, que ele o faça e que ninguém mais saia ferido. Draugon não poderá mais ficar aqui. Vamos neutralizar totalmente seu corpo, mesmo que isso seja algo antiético e depois, ele terá que procurar o seu caminho. Já houveram tragédias demais por causa dele..." - Masashi se afasta, passando pelos destroços, de lágrimas nos olhos - "Me desculpem... Ritsuko, fique com Lapis e sua esposa até que Takeshi volte com Sekyo. Eu vou ver se não tem mais nada pegando fogo..." - e assim, Masashi se afasta, a passos lentos - "E cuide bem de Yuki, ele não tem culpa de nada..."

"Vai ficar tudo bem, Lapis-San..." - Makoto se colocara de joelhos próxima do marido, sustentando sua cabeça em seu colo - "Nossos filhos irão ficar bem..." - Tekeshi retorna sozinho, dizendo que deixou Sekyo repousando sob uma maca e que ele tivera danos cerebrais com a pancada que recebeu na cabeça e pode ser que ele tivesse dificuldade de se lembrar de certas coisas, mas que no geral, ele ficaria bem - "Obrigada por tudo, Takeshi-San... se não fosse você, não sei o que seria dos nosso filhos..."

"É o mínimo que poderia fazer. Não ter inutilizado o corpo do Projeto Draugon após o que ele fez, bem, isso foi uma grande erro nosso..." - Takeshi murmura - "Algo que não irá se repetir, eu prometo! Zero já encontrou ele e já está o trazendo de volta, agora, completamente selado. Não se preocupem, Projeto Draugon não irá permanecer aqui. Será levado para outro posto nosso, ao Norte, uma zona de guerra, onde lutei a muito tempo..."

DE VOLTA AO PRESENTE...

Número 17 segurava agora duas espadas de lâminas longas, entalhadas em vincos verdes, enquanto se contorcia, devido a dor em seu peito. Mesmo assim, ele continuava a lutar, com seus músculos se degenerando pouco a pouco devido a técnica de Inoshi. Ele sentia uma dor latejante, mas nada disso importava, pois seu segredo estava guardado. O segredo de que seus filhos eram adotados e que sofreram uma mutação genética por terem recebido de seu sangue adulterado, em uma tragédia anos atrás. Que ele só possuíam poderes de um Android não por serem filhos de sangue e sim por quase terem morrido. Não sabiam que Sekyo perdeu parte de suas memórias naquele dia e que não desconfiava de nada, tendo plena certeza que seus irmãos eram irmãos de sangue.

Esse segredo, Número 17 queria manter oculto, para todo o sempre... ele não queria que seus filhos soubessem de um acontecimento tão traumático e que duvidassem de si mesmos. Por isso, ele e Makoto acharam melhor os tratar como filhos da sangue e isso explicaria as mutações de Hiyori e Tenkou, ao invés de saberem de um evento como aquele, que mudaria tudo para os três, pois Sekyo perdera parte de suas memórias e Tenkou e Hiyori mudaram totalmente seus corpos naquele dia. Tenkou que era novo demais e tinha memórias confusas a respeito, não suspeitando de nada as claras, pois se viessem a tona seriam tratadas como frutos da imaginação, algo que nunca ocorreu, pois ele realmente acreditava que era filho de sangue de seus pais. Em outras palavras, os pequenos não poderiam saber.

Número 17 ainda falou sobre isso com Son Goku, a sós, pois sentiu que podia confiar nele. Disse que eram adotados. Ele não iria simplesmente contar para os outros algo tão pessoal. Somente ele, sua mulher e os membros da oculta Corporação Cápsula é que sabiam a real dimensão do que ocorrera naquele dia e de como isso tornara Tenkou e Hiyori o que eram hoje. Tenkou, que agora lutava ao lado de seu pai, agia como filho que era, disposto a lutar até o fim se fosse preciso:

— Corrosão de Plasma!! - Inoshi conjurara, quando o corpo de Tenkou começara a se contorcer no interior da prisão de plasma dourado disforme, até o pequeno rompê-la com um domo-escudo verde - Você é realmente bom, garoto, mas está fadado ao fracasso por seguir os caminhos de seu pai! Seu pai está destinado a morrer aqui a agora, pois um servo de Yamoshi nunca desobedece a uma ordem de seu mestre! - o canhão de energia passa rente ao pescoço de Tenkou e atinge Número 17 no tronco, o arremessando contra um poste, que se partira em pedaços e fizera a fiação local sofrer um curto 

— Seu maldito, eu vou acabar com você!! - Tenkou envolve o punho em energia verde, prestes a deferir o soco no rosto de Inoshi, quando Número 17 aparece ao seu lado, a sangrar de sua ferida e direcionando também o seu punho - Você foi mesmo rápido, papai... - o soco duplo esmaga a cabeça de Inoshi, que cai de costas, ao passo que Número 17 enterra o tridente de energia no peito do mesmo, ao revelar asas de energia verde as costas - Vamos com tudo, papai...

Naquele momento, Tenkou e Número 17 liberaram o máximo de energia que conseguiram num súbito despertar de poder. Um pilar gigantesco se erguera aos céus, em energia verde, contendo as energias de pai e filho, desintegrando o corpo de Inoshi até a última partícula. Quando tudo acabou, a polícia já se encontrava a ratear, vendo a devastação que ocorrera na cidade, enquanto Número 17 caía de costas, sentindo seu peito arder. Tenkou caiu sentado ao seu lado:

— Eu fui tão rápido, Tenkou, pois se continuássemos mais um pouco, você acabaria morrendo. Eu jamais deixaria meu companheiro mais leal terminar dessa maneira e acredito que você pensa o mesmo. Por isso agimos tão rápido, por isso conseguimos liberar tanta energia num período tão curto de tempo, pois nossos laços se provaram mais fortes do que qualquer coisa, até mesmo do que a regeneração de Inoshi... - Número 17 desmaia nos braços do filho, que derrubava suas lágrimas sob o corpo do pai 

Taitsu viera rapidamente junto com as enfermeiras e levara o desacordado 17 para dentro. Tenkou conseguia se mover e ajudou, ao passo que Yajirobe conversava com a polícia, tentando apaziguar a situação, sem jeito. Era o mínimo que podia fazer depois de ser um inútil e covarde, ao não ajudar na luta e nem levar as Sementes dos Deuses para os feridos, covardia essa que retornara a seu âmago, por estar anos longe do Novo Mundo, local que o tornara um valente guerreiro. Ver Número 17 naquele estado novamente o fizera engolir em seco. Ver o olhar de Tenkou o fizera cair no abismo. Yajirobe falhara aquele dia e tentaria compensar por isso, num futuro próximo. 

Na Montanha Poazu, Uub, ajoelhado em frente a poça de sangue de Gojiru há tempos, recebera a visita de um guerreiro familiar. Mr. Boo viera ao seu encontro, aterrissando suavemente em frente ao irmão de alma, colocando a mão sob sua cabeça:

— Eu queria ter vindo antes, Uub... - Boo cura suas feridas - Eu só fui perceber que estava em perigo quando deixei Satan na casa dele, então vim o mais rápido pra cá, mas parece que não cheguei a tempo. Não se lamente por ele, Uub... - Boo se referia a poça de sangue a sua frente - Já não há mais nada que possamos fazer por ele agora.

— Boo, obrigado... Obrigado, Boo... - Uub se atarraca a perna dele e desata a chorar - Obrigado por vir, eu, eu não consegui fazer nada. Eu me sinto um inútil... Eu tenho que ficar mais forte, pois Yamoshi... sinto que mais cedo ou mais tarde eu vou ter que matá-lo! - Uub cerra os punhos

— Não se deixe levar pela ira, Uub... - Mr. Boo pega o garoto e o coloca em suas costas - Por hora, temos que ir salvar os outros. Yamcha, Chaos e Kuririn podem não estar muito bem, não é? Tendo em vista que até você saiu ferido... o futuro terráqueo mais poderoso!! - Boo alça voo, levando Uub montado em suas costas - É, acho que é pra lá! Yamcha e Pual precisam ser curados! Satan disse quando parti que eu devia usar meus poderes de cura, caso precisasse! Foi uma boa ideia, não é? - Uub apenas sorri, se segurando nos ombros de Boo e encostando seu rosto cansado sob a cabeça do Majin, sentindo sua conexão mais forte do que nunca

Distante dali, na Casa do Kame, Chaos se aproximara do local, com o braço quebrado apoiado em seu gi surrado. Ele se encontrava inerte, com seu espírito fraco e cansado, quando seus olhos se arregalaram ao avistar algo que pensou ser uma miragem:

"Não pode ser. Eu estou alucinando?" - ele via a figura do assassino o esperando sob a areia da praia, com as mãos atrás das costas - "O que ele está fazendo aqui? Haviam rumores de que ele havia morrido... droga! Drogaaaaaaa!!" - Chaos pensava consigo mesmo, englindo em seco e sentindo o suro frio escorrer pela testa - "Tenho que manter o controle da situação, não importa o que aconteça, pois no estado em que estou, seria uma presa fácil para um assassino como ele..."

— Estou feliz em vê-lo novamente, Chaos... - o lendário assassino Tao Pai Pai, em sua forma ciborgue, o cumprimenta, com um sorriso tímido no rosto - E mais feliz ainda que não fugiu igual a um gato assustado! - ele vê Chaos aterrissar a poucos metros dele, na areia da praia - Eu tenho assuntos a tratar com você, então, se quiser que seu amiguinho ali sobreviva... - ele aponta seu dedo para o amordaçado Oolong próximo a casa de Kame - ...sugiro que me ouça com bastante atenção, a proposta que tenho pra fazer a você!

Um inimigo do passado retorna! O ferido Chaos se encontra frente a frente com Ciborgue Tao, o lendário assassino Tao Pai Pai! Qual será a proposta que ele tem a fazer ao pequeno irmão de batalha de Tenshin? Como se desenrolará esse macabro reencontro?


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Notas finais do capítulo

Não percam, o próximo capítulo de Dragon Ball Sem Limites - A Saga de Yamoshi, será:

Batalha de Assassinos! Chaos VS Cyborg Tao!



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