Dragon Ball - A Saga de Yamoshi escrita por ericyagami


Capítulo 1
Convocação! Um Chamado Inesperado!




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AGE 788 

Ao Sul da Terra, nos confins do mar, havia uma ilha. Essa ilha era conhecida como Ilha dos Monstros, uma reserva ecológica onde criaturas raras eram preservadas e protegidas. Lá, três jovens guerreiros agora saltavam por entre as árvores, numa corrida para as instalações do vigia. A menor dos três, de madeixas loiras amarradas em um rabo de cavalo, vestia camisa branca e bermuda preta:

— Vocês estão ficando cada dia mais lerdos, Tenkou... Sekyo... - Hiyori, a mais nova, de oito anos, provoca - Desse jeito, dentro de alguns meses irei superá-los! - ela faz um contorno entre três árvores num piscar de olhos e depois se volta para trás, com os dois pés levados em direção as cabeças dos irmãos 

— Nem pensar, irmãzinha... - Sekyo barra o pé esquerdo e Tenkou o direito, com o lançamento de Hiyori sendo freado, mas não contavam que o chute dela era potente o bastante para arremessar ambos aos arbustos, comicamente - É, parece que calculamos mal, Tenkou! Essa baixinha está realmente poderosa! - Sekyo levanta, ajeitando os cabelos pretos chanel, a trajar camisa verde e bermuda preta, o mais alto dos três, agora com quinze anos de idade 

— Só espero que o papai não veja o estado que isso aqui ficou... - Tenkou olha para as folhas espalhadas pelo cenário rodeado de árvores, quando três macacos de seis braços passam pulando pelos galhos - Será que eram espiões do papai? - Tenkou era o irmão do meio, de cabelos negros curtos e estatura baixa para seus 12 anos, ele trajava camiseta azul e bermuda preta

— Hum... parece que os últimos treinamentos não os deixaram tão afiados assim, hein? - uma voz esganiçada ecoa, quando os três híbridos-Android são puxados pelas pernas e afundam no solo de terra macia, até os pescoços - Seu pai nos encarregou de espioná-los por hora, pois vocês três sempre acabam aprontando das suas e fazendo desse local um campo de batalha!

Sob os olhos azuis dos três irmãos, a figura de três Cell Jrs. de carapaça azulada repleta de manchas, se revelam. Os três exibiam o mesmo sorriso, que outrora seria uma expressão de maldade, agora adestrada pelo guardião da ilha, ao encarar os filhos do mesmo. Hiyori cerra os olhos, quando eclode num domo de energia dourada, rompendo a terra úmida e se elevando de braços abertos:

— Mesmo que sejamos levados, isso não os da o direito de nos enterrar como ervas daninhas nesse local, suas baratas tontas! - Hiyori parte para a ação, levando o soco de alta potência rumo ao rosto do primeiro Cell Jr., logo em seguida com Tenkou e Sekyo seguindo rumo aos outros dois - Ei, vocês sabem que dou conta dos três sozinhos, não sabem?

— Da última vez não foi isso o que aconteceu! - Tenkou passa por ela, levando o segundo Cell Jr. em direção aos céus, ao atravessar as árvores, o que Sekyo o fez contra o seu oponente logo depois, com Hiyori os seguindo - É, é melhor seguirmos as ordens do papai e lutar na zona livre da ilha! Não queremos acabar atingindo algum animal ou árvore por engano, não é?

— É o que deviam ter pensado desde o início! - o Cell Jr. se agarra ao corpo de Tenkou, se arremessando ao lado leste da ilha, sob as praias, onde um figura os esperava - Como nos pediu, manda-chuva... suas crias estão aqui! - após Sekyo, Tenkou e Hiyori se revelarem sob a areia da praia, Número 17 faz um sinal com a cabeça e os três Cell Jrs. partem para junto dos outros, que ali esperavam 

— A minha ideia era que vocês me ajudassem a vigiar essa ilha, para que os animais ficassem ainda mais seguros, mas vocês sempre arrumam um motivo para saírem lutando e sabem que isso pode ser perigoso para os animais, não sabem? - de cabelos chanel pretos, Número 17 trajava uma camiseta de manga longa verde, com as iniciais MIR gravadas ao peito, assim como calça jeans, sapatos e luvas pretas. Uma braçadeira laranja se encontrava amarrada ao seu braço esquerdo, com o dizer Ranger a fulgurar. Seu braço direito, agora de metal cibernético, fabricado pela Corporação Cápsula, movera suas engrenagens. - Prometem que não irá se repetir? Esse local não pode ser maculado...

— Até parece que você e a tia não eram uns baita de uns loucos no passado, não é? - Sekyo indaga, tirando uma com seu pai - Mas se é tão importante pra você, pai... - Sekyo curva seu corpo, levando as mãos sob as cabeças dos irmãos e os fazendo se curvar junto dele - Nos desculpe, mais uma vez! 

— Tudo bem, dessa vez o estrago não foi tão grande! - Número 17 sorri de canto, quando eles erguem seus rostos - Mas se querem tanto assim lutar, acho que posso ajudar... - ele assobia e a horda de 7 Cell Jrs. vem voando e aterrissa sob a área de treino - Pequenos guardiões, só saiam daqui quanto eles forem capazes de segurá-los, sem apanharem miseravelmente! 

Número 17 sorri, ao ouvir Hiyori praguejar. O confronto se inicia, com ela e Tenkou enfrentando dois Cell Jrs. ao mesmo tempo, enquanto Sekyo enfrentava três deles. Sekyo saca seu Soco-Inglês, os ajustando entre os dedos, desferindo cortes de Ki verde, os quais fazem os Cell Jrs. se espalharem. Tenkou desvia da sequência de socos e chutes e depois revela seu escudo de energia verde para sobrepujar as esferas de energia dourada dos pequenos que o enfrentavam. Hiyori atingira um chute de alta potência em um dos Cell Jrs., recebendo um canhão de energia do outro, mas escapando apenas com leves arranhões.

O vigia se encontrava lá no alto, observando seus filhos treinarem, ao mesmo tempo que observava os pássaros voarem por cima das árvores, os macacos saltarem pelos galhos, as onças tomarem água e os minotauros vagarem próximo aos arbustos destruídos pelos filhos dele, cheirando o local para ver se não se tratava de uma ameaça. As coisas seguiam perfeitamente bem agora, sem sinal de caçadores ou algo que colocasse em risco os animais ali preservados. Mas um arrepio na espinha percorre Número 17:

"Essa voz, não pode ser..." - ele tinha uma sensação estranha, que não sentira mais desde o Novo Mundo, onde rompera o selo de seu mestre e despertara suas memórias do passado e seus reais poderes - "Será que estou tendo alucinações?" - a figura coberta pelas sombras se revela em sua mente, o deixando com medo, algo que raramente sentia 

— O que você quer de mim? - Número 17 fala, ao mover seus olhos pelos céus acima da Ilha dos Monstros, procurando seu inimigo - Quem quer que esteja me enfeitiçando, se revele! Se eu descobrir por mim mesmo irei fazê-lo em picadinho, já estou avisando!

"Não tem ninguém te enfeitiçando, Lapis-Kun..." - a voz grave e calma murmura, fazendo os olhos de 17 saltarem das órbitas - "Sou apenas eu... estou de volta, meu discípulo. Estou no mesmo lugar em que você me encontrou daquela vez, que era apenas uma criança..."

"Eu pensei que você tivesse se unido a caverna, ao seu universo..." - Número 17 estava confuso - "Por que resolveu quebrar o selo e voltar ao mundo físico, Sensei?" - o Android começara a jogar o jogo, sabendo que algo ali não fazia sentido

"Estou aqui em uma missão especial, Lapis-kun. Queria que fosse o primeiro a saber, pois não quero ver meu pupilo ser pego de surpresa pelo que estou prestes a fazer..." - o guerreiro ocultos nas sombras, se revela - "Preciso falar com você pessoalmente. Se for de seu interesse, venha até mim, aqui, nos Picos Nevados, o lugar onde tudo começou..." 

Número 17 sente o peso sob seu corpo se dissipar e a influência do guerreiro que invadira sua mente sumir. Ele acorda de seu transe, quando ouve uma explosão. Seus filhos continuavam a treinar, treino esse que seria interrompido. Número 17 desce a flutuar, vendo que Sekyo, Tenkou e Hiyori estavam dando conta de se defender e diz:

— Por hoje é só, crianças... - o Android faz um aceno de cabeça e os Cell Jrs. obedecem seu comando, partindo dali para os confins da ilha observar se estava tudo certo - Já está tarde e sua mãe quer que todos vamos jantar! - o pôr-do-sol se revelava, banhando aquela ilha com um laranja intenso 

— Mas já? Geralmente você não se importa tanto assim com as implicâncias da mamãe! - Tenkou exclama - Tem certeza de que está tudo bem, papai? 

— Sim, Tenkou. Tenho assuntos a resolver com a Corporação Cápsula mais tarde sobre o sistema de radares que eles estão desenvolvendo para a Ilha Monstro, então temos que voltar logo. Mesmo que sejam beneficiados da genética Android, é melhor se alimentarem, como sua mãe diz! Irão fazer o turno da noite, enquanto estou fora. Tudo bem pra vocês?

— Olha só! Quem diria que o velhote iria confiar na gente, assim, sem mais, nem menos? - Sekyo provoca, encarando a face de seu pai, como se olhasse para um espelho - Tá, já sei... "Caso comecem a aprontar, os Cell Jrs. irão colocá-los em seus lugares e blá-blá-blá..."! Nos poupe de seu sermão, pai! Já somos crescidos pra isso, não acha?

— É tão crescido que se sente incomodado com palavras... - Número 17 sorri de canto, virando as costas para os três e fazendo um aceno de mão - Vamos, crianças. Sua mãe está esperando... - voando para a praia a oeste da ilha, eles seguem até o chalé de teto de palha entrelaçada e sustentado por pilares de madeira, onde Makoto, sua esposa, terminara de cozinha o jantar no fogão-a-lenha improvisado 

— Mamãe, o papai nos fez lutar contra os Cell Jrs. novamente! - Hiyori corre contar para sua mãe, essa que também tinha cabelos loiros, porém, olhos negros ao invés de azuis - Anda, da uma frigideirada na cabeça dele como daquela vez!

— Nem pense em fazer isso, Makoto... - Número 17 sorri, sem jeito - Esses três estavam fazendo arruaça onde não podiam. O mínimo que podia fazer era lhes punir com um treinamento árduo! 

— Você e sua obsessão pelas lutas! Depois do Torneio do Poder nunca mais foi o mesmo, sabia? - Makoto, que trajava vestido preto, coberto parcialmente por um avental branco, indaga - E quanto a vocês três, vocês sabem que só podem lutar na área de treino! Não provoquem seu pai, pois sabem que ele nem sempre está em seu melhor humor...

— Eu acho que na verdade a gente acaba fazendo isso só meio que pra chamar atenção mesmo... - Tenkou murmura - Você é obcecado por essa Ilha, papai. Isso consome muito do seu tempo e meio que estamos em segundo plano a algum tempo, saca? 

— Bom, se é importante para vocês, irei passar mais tempo com vocês daqui pra frente, combinado? - o Android sorri de canto e se senta de pernas cruzados, com seus filhos também o fazendo - Makoto, tenho que resolver algumas coisas na Corporação Cápsula hoje, então eles irão ficar protegendo a ilha enquanto isso. Tudo bem pra você?

— Sim, mas essa reunião não era só daqui alguns dias? - Makoto serve água do jarro para todos e destampa a panela, para que todos pegassem arroz, que comeriam com peixe e algas - Tem certeza de que precisa ir?

— Eles mudaram o dia da reunião. Infelizmente tenho de ir... - Número 17 permanece em silêncio, até que murmura - Itadakimasu... - e os filhos fazem o mesmo - A propósito... parabéns, Hiyori. Está se tornando muito forte para sua idade... - ela fica corada, ao sorrir

— Aproveita que vai para a Corporação e pede pra Taitsu se ela não envia aquele trio de loucos pra cuidar da ilha por uns dias. Eles deram conta da outra vez, então acredito que não teria problema chamar eles de novo. - Makoto diz, servindo-se de uma lasca de peixe - Precisamos de férias. Passar uns dias em nossa casa na cidade e fazer umas compras...

— Que grande ironia. A maioria das pessoas tiram férias para irem a praia ou fazer cruzeiros e nós tiramos férias para ir pra casa na cidade! - Número 17 exclama, dando um riso curto - Somos um bando de anormais mesmo! De que valeu termos um navio pra viajar pelo mar, se tudo o que você quer agora é ir fazer compras? - Sekyo, Tenkou e Hiyori caem na gargalhada, com Makoto logo em seguida também o fazendo, mesmo que tivesse vontade de pegar a frigideira para fins malignos

Após o jantar, Makoto e seus filhos já se encontravam fora do chalé, se despedindo de Número 17. O céu já se encontrava estrelado e o som dos grilhos e sapos começara a ecoar. O Android flutua, parando de costas para seus filhos:

— Cuidem de tudo por mim, como disse. Vocês são espertos, só precisam dominar melhor suas emoções... - Número 17 faz um sinal de joia - Obrigado pelo jantar, Makoto... estava realmente bom! - e assim, Número 17 alça voo e parte num rasante, espalhando a água do oceano para ambos os lados

— Ele parece um tanto distante... - Makoto murmura - Mas vindo de seu pai, bem, é típico... vocês três, parece que tem uma visitinha os esperando... - ela aponta para o horizonte, onde os sete Cell Jrs. esperavam, um deles batendo o pé esquerdo, enquanto se mantinha de braços cruzados - Tomem cuidado, meninos!

— Pode deixar, mamãe! - Sekyo, que já era da altura de sua mãe, a beija na testa, dando um abraço nela ao levar o braço por trás do pescoço da mesma - Irei cuidar desses dois pirralhos, não se preocupe! - Hiyori já saltara num gancho de direita rumo a Sekyo, que desviara, a recuar - Você viu, né? E ela quem começa! Hahahaha... - e assim, os três seguem atrás dos Cell Jrs., se esbarrando pelo ar 

— Aiai... esses três não tem jeito mesmo... - Makoto sorri, voltando para seus afazeres

Após algumas horas de voo moderado, próximo da meia-noite, Número 17 chegara aos Picos Nevados. Como esperado, o frio ali imperava, entre rochas e cadeias de montanhas. Ele segue até o local de encontro, a entrada de uma caverna, uma caverna que a muito tempo mudara sua vida de uma vez por todas:

— Sensei? - Número 17 indaga, tentando perceber através de sua visão e audição, alguma presença no local - Está aí, Yamoshi-Sensei? - o silêncio permanece, até que o vento ecoa, fazendo o Android sentir agora um pouco de frio, o que para pessoas comuns já seria o bastante para fazerem cair tremendo ao chão - Yamoshi-Sensei...

— Lapis-Kun... - a familiar voz ecoa - Faz bastante tempo, da última vez... - a figura do ermitão se revelara sob um rochedo coberto de neve, até que saltara em direção ao piso de neve onde 17 se encontrava - Fico feliz que tenha atendido o meu pedido, Lapis-Kun, pois tenho algo muito importante para lhe dizer... - de estatura alta, ele possuía cabelos negros que iam abaixo dos ombros, com um chapéu de bambu na cabeça, trajando uma armadura negra velha, assim como pele de animal amarrada a cintura. - Você está disposto a ouvir? - Yamoshi olha por debaixo do chapéu de bambu, com seus olhos dourados

— Se não estivesse, não estaria aqui... - Número 17 fita os olhos de Yamoshi, o Deus Renegado dos Saiyajins, seu antigo mestre - O que você quer? Sem rodeios, pois não tenho muito tempo...

— Bom, vamos lá. Eu saí da caverna, vim aqui no mundo físico da Terra, para realizar uma missão. Uma serpente veio falar comigo e ela disse que isso é essencial que eu cumpra essa missão. Essa serpente também é conhecida como Yin, o Deus Escuro. Após Trunks, o Guerreiro da Profecia, partir o Verdadeiro Mundo, ele eliminou a influência de Yin. - Yamoshi percebe que Número 17 já não o olhava como a poucos segundos atrás, ele agora dava sinais claros de afastamento - Yin quer utilizar a Terra, um planeta com criaturas humanas de alto potencial de servidão, para criar um novo império. Ele acredita que isso será fundamental para o equilíbrio do Multiverso!

— Entendo. E você me chamou aqui por que quer que eu faça parte disso, não é? - Número 17 indaga, quando Yamoshi acena de cabeça - Eu ter salvo os Universos não me torna um Deus. Você acha que eu serei seu porta-voz e que todos irão simplesmente confiar em mim? Isso simplesmente não tem sentido. Eu não tenho utilidade para sua missão, pois não concordo com o mundo de ilusão que Yin tem em mente, no qual vivi por um mês antes de Trunks o fazer em pedaços. Simplesmente não funciona. E você me fala em criar algo como aquilo aqui na Terra? Nem pensar...

— Entendo que você aprendeu a amar esse planeta, Lapis-Kun. Mas o observando, vejo que tem algo que você ama ainda mais... - Yamoshi sorri levemente - Seus filhos... - o vento ecoa, agitando os cabelos se ambos - Se quer a segurança de seus filhos, é melhor estar ao meu lado. Yin jamais faria mal a aqueles de minha confiança!

— Aqueles de sua confiança? - Número 17 fica boquiaberto - Então você não está sozinho? O que quer que você queira fazer, fique longe de meus filhos, Yamoshi-Sensei... - ele cerra os punhos, sentindo uma inquietação interior - ...ou você acabará se dando muito mal...

— É, imagino que isso por si só seja a sua resposta. Seu decisão... - o ermitão afasta ligeiramente suas pernas e move seus braços, com o Android espelhando seus movimentos - Sim, vejo que até hoje carrega aquilo que ensinei consigo...

— E usarei aquilo que aprendi com você para acabar com sua raça... - Número 17 gera uma espada de energia verde em sua mão direita, cibernética, com os veios de energia percorrendo o metal e se estirando numa corrente de energia - ...pois você não é o Yamoshi-Sensei que eu conheço! Ele jamais se renderia aos caprichos de um alguém dessa maneira!

— Para tudo se tem uma primeira vez, Lapis-Kun... - Yamoshi gera uma espada de energia verde em sua mão direita também - Você não sabe quase nada sobre o meu passado, Lapis-Kun. Te poupei disso para que não sofresse junto comigo, mas agora que se volta contra mim... - Yamoshi e Número 17 colidem espadas, fazendo a neve ao redor sumir ao ser arremessada em poeira para longe, revelando o piso rochoso que se encontravam - ...irá saber de tudo! A pergunta é: será forte o bastante para ver a verdade? 

Avançando através das vidraças entre os Universos, as figuras de dois Saiyajins se revelavam sob o solo do Planeta Jarda, terra natal de Giriko - O Terrível e também o Planeta Central do Universo 14. Em mais uma de suas missões a cargo das Hordas do Tempo, Goku e Vegeta enfrentaram a poderosa Fera de Aeon, que queria destruir o planeta, comandada por um feiticeiro chamado Furux. Com a fera abatida pelos poderes do Instinto Demoníaco de Goku e Vegeta, Furux entrara num combate direto com os Saiyajins. Ficou a cargo de Giriko, o Rei de Jarda, finalizar o feiticeiro com sua Clava da Eternidade:

— Você sabe que eu voltarei, não é, Giriko? - Furux, de pele vermelha e com chifres na cabeça, tinha estatura baixa, com seu corpo agora dilacerado pelo último ataque de Goku e Vegeta - A Fera de Aeon era o antigo guardião deste planeta antes de seus malditos antepassados virem e tomar o poder! Você renegou ao verdadeiro Rei governar tudo por seu orgulho desmedido! Isso não acabará aqui, acredite... - Furux não conseguia mais se mover, devido ao estado de seu corpo 

— Se queria uma acordo de paz, deveria ter vindo em paz! - Griko dispara, ao portar sua clava - Esperava que meu povo simplesmente se entregasse? - a Clava da Eternidade se envolve em chamas e atravessa seu alvo - Buryaaaaaaaaaah!! - a vida de Furux é ceifada - Até parece... - Hotaru, o braço direito de Giriko, vem a seu auxílio a o segura por cima de seu ombro, pois Giriko havia gasto muita energia

— É isso ai, papai! - Denku corre e abraça a perna de Giriko, com quem era muito parecido. Ambos pareciam reptilianos de pele alaranjada. Eram um tanto escamosos e tinham uma pele resistente, assim como músculos definidos, usando um manto de pele de animal amarrado a cintura - Ele partiu, por hora! Se o que ele diz realmente é verdade, que ele voltará, então tenho de treinar para ficar mais forte e derrotá-lo da próxima vez! Não podemos ficar pedindo para os Serviçais das Hordas do Tempo salvar nossas pelas toda vez, não é?

— É, querendo ou não, se não fossem eles não teríamos derrotado a Fera de Aeon... - Giriko se volta para Goku - Son Goku-San... obrigado por toda a ajuda! Você também, Vegeta... como agradecimento, os convido a se juntar a minha família nos Salões do Lagarto, para um grande banquete!

— Você disse comida? - Son Goku, que trajava um gi azul, lambe os beiços - Ah, mas não precisa pedir duas vezes! - a barriga do Saiyajin ronca - Ainda temos tempo, Vegeta?

— Por que não verifica você mesmo, Kakarotto, seu grande imbecil... - Vegeta, que trajava malha colante preta, bestema, envolvendo sua mão direita em energia multicor, analisando sua oscilação - É, acho que sim. Mas não podemos demorar muito, por isso... vamos comer o máximo que deeeeeeeer!! - Vegeta ergue os braços, comicamente, fazendo Hotaru cair na gargalhada - O que foi, lagartixa gorda?

— Hoahoahoahoahoa!! Você é todo sério e puto da vida, que vê-lo se animar com algo soa até engraçado! - Hotaru faz um aceno de mão - Vamos lá, Vegeta! Assim como naquele vez no Templo Imperial, você serão recebidos como heróis!

"Pipipi... pipipi... pipipi..." - o alerta soa, com Vegeta novamente envolvendo sua mão em energia multicor e agora gerando uma esferas de energia 

— Parece que mais um evento de grande importância assola o Multiverso, Kakarotto. Infelizmente, não poderemos ficar, pois a oscilação considera que é algo crítico... - Vegeta olha para Goku, que parara comicamente, com baba a escorrer da boca - Não ouviu, ser verme miserável? Temos de ir!

— Não podemos  nem comer um mísero pedaço de carne? Só um pedacinho, vai? - Goku implorava, unindo as palmas das mãos e fazendo um reverência - Por favor!!! - Vegeta bestema, quando Goku sorri - To só brincando, Vegeta! Você sabe que estou cagando pra sua opinião sobre o que quer que seja, não é? - Goku dispara em direção aos Salões do Lagarto, mas logo seu corpo é tragado pela energia multicor, que o envolve - Não faça isso, vá você e depois eu te sigo... drogaaaaaaaa!! 

— Nos desculpem, mas voltaremos outra hora para esse tal banquete! - Vegeta sorri, com um certo tom diabólico - Por hora, temos que espancar mais uns caras por aí! - a energia multicor também envolve o corpo de Vegeta e junto de Goku, ele adentra a Warp, uma teia mágica de energia que os guia através do espaço-tempo, abrindo um caminho até o próximo foco de catástrofe - Ah, cale a boca, Kakarotto! Quando acabarmos a missão você vai na minha casa e a Bulma te entope de comida, tá legal?

— Se você está dizendo, bom, posso esperar mais um pouco então... - Goku foca sua visão no rastro multicor da Warp das Hordas do Tempo - Para onde será que seremos guiados dessa vez? É sempre uma surpresa, não é? 

— Isso que dá termos nos intrometido naquela guerra no Templo Imperial aquela vez. O Universo nos recompensou só com mais trabalho! Serviçais, pff... eu ainda não engulo isso, mas se não temos escolha... - Vegeta atravessa o portal, junto de Goku, caindo sob um cenário tomado pela neve - Hmm... tenho impressão que conheço esse planeta...

— Eu também, me lembro de ter passado por aqui quando era criança... - Goku olha ao redor, quando o portal se fecha - Só não sei por que as Hordas do Tempo nos convocaram para uma missão aqui, sendo que não vejo ameaça alguma... 

Kaboom! A explosão catastrófica ocorre, abalando as estruturas dos Picos Nevados. Goku e Vegeta alçam voo, partindo em direção ao local da explosão. Goku fica boquiaberto ao ver a figura de Número 17 caído ao chão, manchando a neve de seu próprio sangue. De pé, próximo dele, um Saiyajin troncado e robusto se revelava, portando um tridente de energia verde:

— Número 17! O que você fez com ele, maldito? - Son Goku brada, com seu Ki a tremeluzir - Quem é você? 

— Sou Yamoshi, o Deus dos Saiyajins... - o ermitão retira o chapéu de bambu, revelando melhor sua face marcada por traços viris - Estava a espera de vocês, meus filhos... 

Yamoshi retorna! O Deus dos Saiyajins, que fora renegado por seu próprio povo e encontrara asilo na Terra, que treinara Número 17 na infância e que selara tais poderes dentro dele por tanto tempo, se revelara sob o mundo físico novamente, porém, agora a serviço de Yin, o Deus Escuro! Passado e presente se chocam, nessa trama macabra que desfaz seu véu pouco a pouco! 

Goku e Vegeta, os Serviçais das Hordas do Tempo, em mais uma missão especial, agora terão de lidar com o ermitão, que ainda não está lutando com tudo o que tem! Número 17 irá sobreviver aos ferimentos causados pelo seu velho mestre? Os dois Saiyajins darão conta de enfrentar seu Criador? 


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Notas finais do capítulo

Não percam, o próximo capítulo de Dragon Ball Sem Limites - A Saga de Yamoshi, será:

Yamoshi, o Deus dos Saiyajins!



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