Jenny subiu as escadas da NCIS com pressa. Ela estava de quase nove meses e estava nervosa. Na noite anterior, a equipe pegou mais um dos casos de traição, envolvendo a NCIS.

— Jenny, o que você faz aqui? – Gibbs entrou na sala da esposa, notando os papeis. – Você está aqui há quanto tempo?

— Eu só precisava consultar os suspeitos antes de entregar o comando para eles. – Jenny finalmente resolveu levantar. – E também, eu acho que minha bolsa estourou.

— AÍ! – Ziva gritou quando sentiu uma forte contração e logo depois agua no chão. – Ops.

— Caralho! – Abby caiu quando a bolsa se rompeu. – Oh, merda.

— Abby! – Tim correu para o lado da esposa. – Ah, meu Deus!

— Eu sei, o bebê resolveu dar o ar da graça. – Abby suspirou. – Ah! Essa foi forte.

— Vamos, eu vou levar você para o hospital. – Tim viu Tony trazendo Ziva e Gibbs trazendo Jenny. – Bem, vai ser uma ótima experiência.

As meninas entraram nos carros e os maridos aceleraram até o hospital, prontos para finalmente segurarem suas filhas. Seriam três meninas.

— Abby, você precisa respirar. – Tim pediu a ela. – Por favor, querida.

— Respira você com um negócio saindo do meio das suas pernas. – Abby gritou, sentindo que a filha iria nascer a qualquer segundo. – Tim, pare esse carro e me ajude aqui.

Ele parou o carro, vendo Gibbs e Jenny e Tony e Ziva seguirem. Ele suspirou um pouco e colocou o carro em movimento, correndo e com as sirenes acesas. Tony e Gibbs fizeram o mesmo. Eles precisavam chegar no hospital.

Logo que estacionaram, cada um deu a volta e pegou sua respectiva esposa, passando pela porta e ocupando as cadeiras de rodas.

Abby foi para a sala um, Jenny para a sala 2 e Ziva para a sala 3. Elas estavam com uma equipe médica e seus companheiros.

— Senhora McGee, eu preciso ver o quanto está dilatada. – A médica colocou a mão em Abby e viu que ela estava totalmente pronta para dar à luz. – Certo, eu preciso que você empurre.

— AHHHHHHH! – Abby segurou a mão de Tim, a esmagando no processo.

— AHHHHHHHHHH! – Tim gritou, sentindo a mão sendo esmagada. – Meu Deus!

— Tim, você está bem? – Abby ficou preocupada com o marido. – AHHHHHHHH!

— Sim. – Ele apenas sorriu, sentindo a mão latejar novamente. – É apoio moral.

Abby deu mais dois empurrões certeiros e logo o ar se encheu de um choro de bebê. A filha dos Sciuto-McGee havia finalmente nascido.

Tim tirou um pouco do cabelo de Abby e segurou a filha pela primeira vez nos braços.

— Ela é tão linda, Abby. – Tim sorriu ao entregar a criança para Abby. – E toda nossa.

— Sim. – Abby sorriu, ouvindo Ziva e Jenny gritarem durante seus partos.

Enquanto isso, no quarto dois, Jenny estava sentindo seu corpo completamente esmagado por um bebê. Não que ela reclamasse.

— Eu nunca mais vou deixar você fazer isso comigo, Leroy. – Jenny gemeu alto enquanto empurrava a filha. – AAHHHHHHH!

— Tudo bem, Baby. – Ele deu um beijo na bochecha dela e sentiu a frequência cardíaca dela aumentar. – Mais uma vez.

— AHHHHHHHHHHHHH! – Jenny literalmente gritou e sentiu seu corpo deixar qualquer dor que sentisse. – Meu Deus!

A sala se encheu com um choro de bebê e logo Jenny soube que sua filha estava aqui. Olhando para o pacote nos braços de Gibbs, ela soube que era mãe.

— Ela é linda, Jen. – Gibbs deu o bebê para Jenny que estava deitada. – E é a sua cara.

— Eu também achei, querido. – Jenny suspirou. – Ela é perfeita mesmo.

— Acho que agora a mãe precisa descansar. – Gibbs sorriu para ela.

Ziva estava deitada, tentando não matar Tony enquanto tinha contrações, mas algo estava errado. Por mais força que ela fizesse, nada dava certo.

— Senhora DiNozzo, precisamos levar você para uma cesariana. – A médica fez sinal para os colegas e juntos levaram Ziva para a sala de cesariana.

Tony correu atrás da maca da esposa e ficou com ela quando eles a conectaram a vários fios e eletrodos.

Jenny e Abby estavam descansando confortáveis enquanto Gibbs e McGee estavam em silencio. Tony contou a eles sobre o que estava acontecendo antes de entrarem na sala de cirurgias.

— Ela vai ficar bem. – Tim apenas falou para Gibbs. – Ziva é lutadora.

— Sim, ela é. – Gibbs suspirou.

Tony olhou para cima e viu a barriga da esposa já aberta. Haviam lenços e toalhas por todos os lugares.

— Como parece? – Ziva viu Tony olhar para ela se perguntando. – Minha barriga?

— Parece uma explosão de molho de tomate. – Ele sorriu para ela. – Mas ao invés de tomate, é sangue.

— Acho que a partir de agora nunca mais vou comer ketchup. – Ziva brincou. – Quero dizer, é terrível sangue se parecer com...

Ela estremeceu um pouco quando sentiu um puxão em seu corpo. Era como se ela fosse cortada, mas parecia meio indolor.

— Tudo está bem. – O médico sorriu para ela. – Apenas estamos tirando sua filha.

Ziva respirou fundo e foi quando ela ouviu pela primeira vez. Sua filha chorou, mostrando que ela era a garotinha da mamãe mesmo.

— Aqui está sua pequena. – O médico sorriu quando viu Ziva tocar a minúscula boquinha de sua filha. – Alguns bebês são mais resistentes a sair de um bom lugar.

— Eu sei. – Ziva parecia bem cansada então devolveu a filha.

— Eu vou só... – Tony deu um passo para frente antes de desmaiar.

— Tony! – Ziva ficou alerta de repente. – O que ele tem?

— Ele foi pai. – A enfermeira sorriu enquanto pegava um pequeno leque. – Acontece mais do que você pensaria.

Ziva sorriu. Tony não desmaiou ao ver o sangue sobre sua barriga, mas desmaiou ao ver sua filha recém-nascida sendo levada para os exames do nascimento. Ele já estava totalmente domado por ela.

A próxima vez que Ziva acordou foi no quarto junto com Jenny e Abby. Todas sorriram para ela e umas para as outras.

— Eu realmente estou grata por termos nossas filhas no mesmo dia. – Ziva comentou. – Embora Tony tenha desmaiado.

— Eu quebrei os dedos de Tim. – Abby deu uma risada. – E você?

— Acho que osso ter torcido o pulso de Gibbs. – Jenny entrou na risada. – Acho que são nossas filhas.

Três enfermeiras se apresentaram levando cada uma das meninas até suas mães.

— Ei, Anna. – Jenny sorriu ao ver Gibbs ao seu lado. – Anna é perfeita.

— É sim. – Ele segurou a filha, que se aconchegou nele. – É totalmente perfeita como a mãe.

— O que você acha de Tali? – Ziva perguntou a Tony. – É um nome que eu sempre quis.

— Eu acho perfeito, assim como vocês duas. – Ele a beijou.

— Eu acho que vou chamar ela de Penelope Grace. – Abby disse. – Amo a junção desses nomes.

— Com certeza. – Tim sorriu, sabendo que agora ele teria a própria filha para mimar. – Minhas duas meninas.

Todos se reuniram mais tarde para uma foto em equipe, junto com suas respectivas filhas.