As memórias secretas de Elliot Thompson escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 4
3 Capitulo: Presente memorável


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindo ao terceiro capitulo de As memórias secretas de Elliot Thompson.
Fico extremamente feliz em saber que estão gostando e se emocionado com essa shortfic, obrigada por me acompanharem em mais essa jornada amados leitores.
Sem mais delongas, beijos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803562/chapter/4

Quatro de janeiro amanheceu de forma preguiçosa esse ano, demonstrando que seria um dia chuvoso e frio, um clima tipicamente normal na Inglaterra. Como em todas as manhãs abri os olhos e sorri, assim que vi a minha esposa me olhando de forma apaixonada e devotada como sempre. Sem dizer uma palavra, Leah se inclinou para mais perto de mim e distribuiu beijos por todo o meu rosto, antes de beijar meus lábios de forma doce e amorosa.

—Feliz aniversário, amor. - ela sussurrou amorosa olhando em meus olhos, assim que nos separamos para respirar.

—Obrigado, amor. - disse amoroso olhando em seus olhos escuros que tanto amava e Leah me deu um beijo rápido, se separando de mim e caminhando descalça em direção ao closet que ficava em nosso quarto, voltando em seguida com uma pequena caixa azul escuro nas mãos.

—Achei que os presentes, haviam acabado alguns dias atrás com o natal. - disse confuso me sentando na cama e ela revirou os olhos, enquanto caminhava em minha direção.

—Você é uma das pessoas sortudas desse mundo que nasceram perto de datas comemorativas, podendo assim ganhar mais presentes e ainda reclama, querido? -Leah questionou confusa se sentando ao meu lado na cama e dei de ombros.

—Você sabe que não gosto de dar trabalho, amor. -expliquei suave e ela respirou fundo virando para me ver, colocando o presente em seu colo.

—Eu sei, meu amor, mas comemorar o seu aniversário não será trabalho algum, pode ficar tranquilo. Agora seja um bom menino, pegue o seu presente, agradeça e abra logo, porque quero ver se gosta. - minha esposa disse brincando e sorri concordando, aceitando a caixa de presente das suas mãos.

Com cuidado desfiz o laço que fechava a caixa, levantando em seguida a sua tampa, antes de retirar de lá uma pequena caixa de veludo preto. Confuso, desviei os olhos para a minha esposa que me incentivou a abrir a caixa, respirei fundo abrindo-a vendo um lindo relógio de bolso antigo em seu interior.

Curioso, abri a tampa que ocultava os mostradores do relógio e percebi que havia uma gravação em seu interior que logo tratei de ler: “Para que possa acompanhar cada minuto da eternidade que passaremos juntos, meu amado imprinting.”

—Então? - Leah questionei ansiosa e desviei os olhos do relógio de bolso para vê-la.

—Eu amei o presente, meu amor, muito obrigado. - disse sincero e ela sorriu feliz, antes de me encher de beijos me fazendo rir da sua empolgação enquanto caímos deitados na cama.

—Eu sabia que iria gostar. Desde a primeira vez que vi esse relógio, na vitrine do antiquário perto do hospital, lembrei automaticamente de você. Modéstia à parte, conheço muito bem os gostos do meu marido. -minha esposa segredou sorrindo, apoiando os braços na cama ao redor da minha cabeça, para que não sentisse seu peso.

—Não sei se concordo com essa afirmativa. - disse brincando e Leah estreitou os olhos em desafio, diante da minha afirmação.

—Isso é um desafio, doutor Marshall? - ela questionou entrando na brincadeira e concordei sorrindo, antes de ser beijado de forma urgente pela minha esposa.

Só descemos para tomar café, depois que havíamos saciado por hora o desejo de estar com o outro. Assim que apareci na sala, fui abraçado por todos que me desejaram felicitações, as quais agradeci emocionado com o carinho de todos.

Assim que recebi os cumprimentos de todos olhei para a minha primogênita, sentada confortavelmente no sofá da sala com as pernas em cima da mesa de centro, usando um vestido de flanela vermelho com um laço preto embaixo do busto, destacando sua barriga de nove meses enquanto olhava seu filho mais velho, Charlie, no alto dos seus seis anos, brincar no tapete da sala em companhia dos meu filhos mais novos.

—Pai, eu adoraria levantar e abraça-lo, mas como pode ver estou sem condições, mal consigo enxergar meus próprios pés quem dirá me levantar. - Ária se desculpou suave acariciando sua barriga de nove meses e revirei os olhos, me sentando ao seu lado e recebendo um abraço desajeitado da minha filha, por causa da barriga que abrigava meu segundo neto.

Sorri carinhoso e agradecido para a minha filha, diante das suas felicitações antes de nos separarmos e a olhar com cuidado, vendo o quanto seus pés estavam inchados me deixando preocupado. Afinal, ela deveria estar em casa descansando e não no meio de uma comemoração familiar.

—Obrigado, meu bem, mas você deveria estar em casa deitada com as pernas pra cima e não nessa agitação toda. - disse preocupado olhando para a minha filha, pois ela poderia dar à luz a qualquer momento.

—Disse isso a ela, Elliot, mas você melhor do que ninguém conhece o gênio da sua filha. -Henry disse caminhando em direção a Ária com um copo de suco nas mãos, entregando em seguida a ela que revirou os olhos diante do comentário do marido.

—Continuo repetindo a vocês, estou grávida e não doente, para ficar enclausurada no meu quarto. Além do mais, não é a minha primeira gravidez e estou muito mais segura na casa dos dois melhores médicos da cidade do que na minha própria casa. -Ária disse séria antes de tomar o seu suco e dei de ombros, porque ela estava certa.

Afinal, ficaria muito mais tranquilo, tendo minha filha grávida diante dos meus olhos do que longe de mim, impedindo que minha cabeça pensasse em inúmeras coisas que me deixariam extremante preocupado, com o bem estar dela na reta final da gravidez.

Deixamos Ária na sala em companhia dos meus tios, antes de seguirmos em direção a sala de jantar para tomarmos o café da manhã em família, já que a minha filha e o meu neto haviam tomado café primeiro, uma sugestão da minha sogra da qual concordei.

Assim que terminamos a refeição, minha esposa junto com minhas tias começaram a verificar os últimos detalhes do meu jantar de aniversário, enquanto brincava de colorir no tapete da sala com meu neto, Charlie, e Ária subia para o seu antigo quarto na companhia do marido para descansar um pouco.

Desde cedo meu neto, já demonstrava interesse por desenhos e pintura, por isso sempre lhe dávamos presentes relacionados a essa temática e esse ano não havia sido diferente, havia lhe dado nesse natal um conjunto completo de aquarela amador o qual ele amou, fazendo questão de usá-lo todos os dias para brincar desde que o ganhou.

Apesar de novo, Charlie desenhava incrivelmente bem, melhor do que qualquer um da nossa família, provavelmente ele havia herdado o talento e o amor pelo desenho do pai, um renomado arquiteto de Londres.

—Vovô? - Charlie me chamou desviando sua atenção do desenho que fazia, para me ver com seus límpidos olhos azuis claros, enquanto estávamos sentados no chão da sala em cima de uma espécie de plástico, evitando que sujássemos o piso secular da mansão.

—Sim, querido. - disse amoroso deixando meu desenho de lado, para dar atenção ao meu neto.

—O senhor acha que serei um bom irmão mais velho? - Charlie questionou preocupado e sorri amoroso para ele.

—Não tenho dúvidas disso, meu amor. Arthur será um garotinho de sorte, por ter um irmão mais velho tão incrível como você. - assegurei e ele me olhou meio desconfiado, como se não acreditasse nas minhas palavras.

—O senhor só diz isso porque é o meu avô. - ele justificou e sorri negando.

—Claro que não, meu amor. Além do mais, por ser seu avô, o conheço melhor do que qualquer um e sei o quanto seu coração é bondoso e maior do que pensa, meu neto querido. - segredei amoroso para ele e beijei sua testa com carinho.

—Obrigado pelo conselho, vovô. Eu te amo, muito. - Charlie disse amoroso para mim, antes de me abraçar com força e beijei seus cabelos, sentindo seu cheiro de criança pequena me fazendo tanto lembrar da minha própria filha, sua mãe, nessa fase.

Brinquei com Charlie até a hora do almoço, no qual fizemos novamente a refeição em família, subindo em seguida para descansarmos um pouco para o jantar de hoje no qual minha casa estaria repleta de convidados, que viriam partilhar desse dia tão importante para mim e para todos que me amavam.

Por volta das seis e meia já devidamente arrumado, desci as escadas de braços dados com a minha esposa para que pudéssemos recepcionar nossos convidados que estavam prestes a chegar, assim que entramos na sala de estar fiquei sem palavras diante da decoração e iluminação que ainda trazia algumas referências ao clima de final de ano, deixando o ambiente ainda mais familiar e aconchegante.

—E então, o que achou da decoração, meu amor? - Leah questionou no meu ouvido, sorrindo do meu choque diante da arrumação da sala.

—Ficou incrível, meu bem. Muito obrigado a você e a todos que se empenharam, em me dar um aniversário incrível. - disse grato virando para ver a minha esposa que sorriu amorosa para mim, antes de se inclinar para me beijar com carinho.

—Mamãe, esse com certeza é o melhor aniversário que o papai já teve. - Ária disse convicta vindo da cozinha de mãos dadas com o filho, trazendo alguns doces em um guardanapo em sua outra mão.

—Não, meu amor. Apesar de tudo, existe um aniversário em especial que mesmo simples, jamais esquecerei e acho que será difícil superá-lo.- disse suave olhando em seus olhos castanhos e minha filha me olhou confusa, enquanto me recordava desse aniversário em particular.

Flashback on:

Sai do plantão exausto, desejando desesperadamente chegar em casa tomar um bom banho e deitar na cama, levantando apenas no dia seguinte, mas não podia fazer isso por mais que quisesse. Tinha uma filha de sete anos que havia perdido a mãe meses atrás, necessitando assim de toda a minha atenção e cuidado, por mais esgotado que estivesse sempre que entrava em casa era como se minhas forças se renovassem, me fazendo ter animo para acompanhar o ritmo elétrico da minha pequena.

—Papai. - Ária gritou feliz assim que entrei em casa fechando a porta atrás de mim, antes dela correr em minha direção pulando em seguida nos meus braços.

Assim que ouvi a voz da minha garotinha, deixei minha maleta e o jaleco no chão, antes de segurá-la nos meus braços no instante em que pulou no meu colo, enchendo-a de beijos fazendo-a rir com os meus carinhos. Deixando meu coração mais feliz com os seus sorrisos, me dando a certeza de que todo cansaço de trabalhar sem parar, dobrando plantões para lhe dar o melhor, valia a pena.

—Isso tudo é só saudades do seu pai, meu anjo? -questionei sorrindo com a minha filha no colo e ela concordou suave, envolvendo meu pescoço com seus braços.

—Você demorou, papai, estava lhe esperando para me contar uma história como toda noite. - Ária reclamou e concordei beijando seus cabelos escuros.

—Eu sei, meu amor, mas houve um problema no hospital e o papai teve que ficar um pouco mais.- expliquei amoroso a ela e vi Glória, a babá da minha filha, descer as escadas com um cesto de roupas vazio, provavelmente ela já tinha lavado e guardado todo a roupa que estava na lavanderia.- Você perdoa o papai, por ter demorado tanto?

—Tudo bem, papai, sei que o senhor só demora pra chegar em casa quando está tentando ajudar alguém doente. - minha filha disse compreensiva e sorri amoroso para ela concordando, beijando seus cabelos com carinho, antes de voltar a minha atenção para Glória que havia ido na lavanderia deixar o cesto, voltando em seguida para a sala e pegando a sua bolsa.

—Me desculpe a demora, Glória, teve uma emergência no hospital e meu substituto ainda não havia chegado, mas não se preocupe que lhe pagarei hora extra no final do mês. - expliquei envergonhado por meu atraso de uma hora, pois Glória também possuía uma família e filhos que estavam lhe esperando.

—Não precisa se explicar, Elliot, eu entendo. Afinal, quando se jura salvar vidas não podemos negar socorro a ninguém, ainda mais se está ao nosso alcance ajudar. - ela disse compreensiva e agradeci, antes dela se despedir de nós e sair.

—E então, minha princesa? Você já tomou banho e jantou? - questionei olhando em seus olhos castanhos escuros e ela sorriu concordando.

—Sim, papai. A Glória fez panquecas para o jantar e ainda me deixou usar meu pijama das princesas, aquele que a dinda me deu no meu último aniversário, que vem com o perfume da Pocahontas. - Ária disse empolgada e sorri amoroso para a minha filha, ouvindo pacientemente em seguida ela relatar como havia sido o seu dia, principalmente o passeio a tarde pelo parque com Glória e como a havia ajudado a preparar o nosso jantar.

—Pelo jeito, não fui o único com o dia cheio, a senhorita fez muita coisa hoje.

—Fiz sim, papai. - ela disse sorrindo orgulhosa dos seus feitos e lhe dei um beijo carinho na testa, fazendo-a sorrir mais.

—Eu fico feliz meu amor, que seu dia tenha sido tão incrível, mas o papai pode tomar um banho rápido e trocar de roupa, antes de voltarmos a conversar sobre o seu dia? Prometo que será rápido. - prometi olhando em seus olhos castanhos e ela concordou amorosa, dizendo que iria assistir ao seu desenho enquanto me esperava e concordei.

Beijei sua testa com carinho e a coloquei no chão, pegando em seguida minha maleta e meu jaleco com uma mão, antes de segurar a mão da minha filha levando-a para o sofá onde a mesma se deitou de forma confortável, prestando atenção ao desenho que passava na televisão enquanto subia para o meu quarto, tomando um banho rápido e trocando de roupa descendo em seguida para jantar na companhia de Ária, que continuava a me falar de forma animada e detalhada sobre tudo que havia feito.

Assim que havia terminado de jantar, me levantei da mesa e coloquei a pouca louça que havia usado na lava-louças convidando a minha filha para irmos para a sala, continuando assim a ver o seu desenho algo que ela recusou me deixando confuso, mas Ária explicou que tinha uma surpresa pra mim.

—Feche os olhos assim, papai. - ela pediu ansiosa colocando as mãos sobre os próprios olhos para que pudesse imitar o seu gesto.

—Tudo bem. - disse confuso colocando as mãos sobre meus olhos e logo escutei minha filha descer da cadeira em que estava sentada e começar a procurar algo pela cozinha, me deixando preocupado de que pudesse se machucar com algum utensílio cortante.- Carolina, é só dizer o que deseja que o papai pega pra você, não quero que se machuque com algo cortante.

—Não precisa se preocupar, papai, já achei o que queria, agora abra os olhos. - ela pediu empolgada e tirei minhas mãos de cima dos meus olhos, logo Ária apontou para a mesa onde havia um cupcake com a cobertura azul, confeite de estrelas e uma vela apagada em cima dele me deixando confuso.

—Me desculpe, amor, mas pra que o cupcake? - questionei confuso tentando me lembrar se havia esquecido alguma data importante e ela revirou os olhos, me fazendo sorrir diante de sua impaciência, mesmo tão novo.

—Não acredito que esqueceu seu aniversário, papai. Se bem que hoje ainda não é o seu aniversário, mas a dinda disse que se começa a comemorar aniversários a partir da meia noite, só que sou pequena demais para ficar acordada até essa hora, por isso resolvi que lhe daria um bolo antes. Já que meus padrinhos, disseram que passaremos o dia fora para comemorar o seuaniversário, mesmo que não queira, papai.- minha filha disse suave e sorri comovido com o seu cuidado, me fazendo puxá-la para o meu colo, enchendo-a de beijos enquanto lhe agradecia por ter lembrado do meu aniversário, uma data que nem eu mesmo me recordava devido a vida atarefada que levava.

—Agora, só falta o senhor ascender a velinha, porque o senhor vive dizendo que criança não brinca com fogo. - Ária explicou e concordei me levantando da cadeira para pegar o acendedor, ascendendo assim a vela colorida em cima do cupcake.

Depois que ascendi a velinha, Ária começou a cantar o conhecido parabéns para você e a acompanhei, em seguida ela me pediu animada para que apagasse a vela e obedeci aos seus pedidos sem reclamar, logo fui abraçado por minha pequena que me parabenizou e desejou muitas felicidades e doces para mim, me fazendo rir antes de enchê-la de beijos.

E agradeci a Deus por mais um aniversário que passava ao lado da minha filha, mesmo não sendo a festa dos sonhos para algumas pessoas, aquele simples gesto de Ária havia sido tão cheio de amor e cuidado, que se tornou o melhor presente que poderia ter ganhando.

 

Flashback off:

 

—Não me lembro desse aniversário. - minha filha disse me fazendo voltar ao presente, depois que lhe contei sobre a festa de aniversário que ela havia feito para mim quando tinha sete anos.

—Você era muito pequena, Ária, com certeza não irá se lembrar de algo que aconteceu a muito tempo atrás.

—Entendo, mas saber disso não irá deixa-la chateada, mamãe? Afinal, você se dedicou tanto para fazer essa festa incrível para o papai. - minha filha disse olhando com preocupação para a mãe que sorriu negando.

—Claro que não, filha. Jamais organizei nenhum dos aniversários do seu pai, seu e muito menos dos seus irmãos, pensando em substituir alguma memória de vocês. Saber que uma festa ou algo que faço, o faz lembrar de algum momento feliz do seu passado, me deixa emocionada e grata por saber que não faço só o Elliot feliz no presente, que mesmo não existindo antes na vida de vocês, consigo através de pequenos gestos resgatar momentos felizes seus e isso, minha filha, não tem preço.- Leah disse amável para a nossa filha que sorriu amorosa para a mãe, antes de gemer de dor e um liquido escorrer por suas pernas nos deixando atordoados.

Assim que nos recuperamos do choque, fui para o lado da minha filha amparando-a em meio a dor enquanto Leah subia as escadas gritando por Henry e todos da casa, para que pegassem a bolsa do bebê e de Ária, pois o nosso neto estava nascendo.

Rapidamente Henry desceu as escadas ao lado de Benjamin, ambos carregando as coisas do bebê e da minha filha, enquanto Ethan tirava o carro da garagem deixando-o na entrada da nossa casa.

 Com cuidado, amparei minha filha segurando sua mão ajudando-a a caminhar em direção ao carro onde Ethan estava nos esperando, enquanto Leah pedia a Benjamin que ficasse em casa com o afilhado, antes de sairmos em direção ao hospital.

Esperar na recepção da maternidade do hospital, por noticias da minha filha me deixava angustiado, me fazendo andar de um lado para o outro tentando controlar a vontade que sentia de entrar na sala de parto e ficar ao lado dela.

—Elliot, querido é melhor se sentar antes que abra um buraco no chão do hospital. - minha esposa disse suave sentada em uma das cadeiras da recepção e gemi angustiado, parando de andar e me sentando ao seu lado.

—Não consigo me acalmar, querida. Porque a nossa filha não me deixou entrar com ela?! É a segunda vez que Ária faz isso. Será que ela não sabe o estado de nervos que me deixa, com essa atitude?!- desabafei angustiado a minha esposa que me olhou compreensiva, antes de acariciar minhas costas tentando me acalmar de alguma forma.

—Elliot, você sabe muito bem que não se controlaria em apenas assistir a nossa filha sentir dor, assim como não suporta saber que um dos nosso filhos está doente, porque quando se trata da nossa família deixamos de ser apenas médicos, para sermos familiares e parentes, o que não nos permite pensar corretamente, por isso apenas respire fundo confie em Deus e no obstetra da nossa filha.- Leah pediu e suspirei resignado tentando fazer o que minha esposa pedia.

Duas horas depois, Ethan, que havia entrado para assistir o parto da irmã sendo também escolhido para ser o padrinho do filho caçula dela, apareceu na recepção com um sorriso radiante e os olhos emocionados caminhando em nossa direção e nos levantamos, ansiosos por notícias.

—E então, Ethan, como está a sua irmã e o bebê? - questionei preocupado e meu filho caçula sorriu feliz para nós, antes de começar a falar.

—Os dois estão bem, papai e mamãe, não precisam se preocupar. O Arthur é lindo e a cara da minha irmã, ele herdou os olhos dela. - Ethan explicou e respirei aliviado fazendo os dois rirem, antes do meu filho indicar que o seguíssemos para conhecer o meu mais novo neto.

Entrei no quarto com o coração acelerado e tentando controlar a emoção que estava sentindo, me aproximando da minha filha devagar com medo de assustar o meu neto que estava em seu colo.

—Gostaria de conhecer o seu mais novo neto, papai? - Ária questionou entre lágrimas desviando os olhos do filho e concordei com carinho, me sentando ao seu lado na cama e logo ela me deu Arthur no colo.

—Pai, esse é o seu neto caçula, Arthur Elliot Thompson Collins. Arthur, esse é o seu avô, Elliot. -Ária disse emocionada nos apresentando e a olhei emocionado, ao saber que ela e o marido haviam dado meu nome ao seu filho.

Sorri feito um avô coruja que era, assim que meu neto recém-nascido sorriu para mim sem dentes, acariciei seu cabelo preto com carinho comprovando que meu filho realmente tinha razão, Arthur era muito parecido com a minha filha ao contrario de Charlie, que se parecia muito com o pai.

—Me desculpe por estragar seu aniversário, papai. - Ária disse de repente, interrompendo meu momento com meu neto caçula e desviei os olhos dele para vê-la.

—Porque está dizendo isso, filha? Ária, você não estragou meu aniversário. Meu amor, você me deu outro neto maravilhoso que vou amar mais do que tudo no mundo, querida. Obrigado pelo melhor presente que poderia ganhar nessa vida, filha. - disse emocionado e ela sorriu feliz para mim, antes de me inclinar para beijar sua testa com carinho.

Naquele momento, agradeci a Deus por mais um ano de vida, no qual agora iria dividir com o meu neto caçula, que logo estava no colo da sua avó que sorria tão encantada e feliz quanto todos nós com a chegada de Arthur.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo de hoje.
E ao leitores fantasmas, apareçam adoraria conhecê-los.
Beijos e até o próximo capitulo.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As memórias secretas de Elliot Thompson" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.