TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 67
Capítulo 67 — Todos os Movimentos Certos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803380/chapter/67

 

07 de Agosto de 1978, Casa dos Potter.


James estava sentado no balanço que havia no jardim atrás de sua casa. Já era noite, uma noite cheia de estrelas e uma lua linda iluminando cada canto possível. James estava ali, com sua mente cheia de pensamentos e preocupações, medos e intuições sobre o que estava para vir. 

Mas acima de todos esses pensamentos, o de sua filha estava em primeiro lugar, tomando espaço de tudo. Sophie, sua bebê que ainda não havia nascido mas que iria naquele mês. Por mais que ele já amasse ela completamente, existia uma parte dele que desejava que sua filha não nascesse em meio aquela guerra. Como ele poderia garantir a segurança dela com tantas mortes já acontecendo?

Olhando para o céu, ele se sentiu calmo ao observar a estrela que sempre estave ali para ele. Quando criança, quando adolescente e agora, quando um homem, prestes a ser um pai. Aquela estrela brilhava tanto, quase tão quanto a própria lua. Seu pai havia chamado ela de Estrela do Amanhã, mas James não tinha certeza se ele havia inventado o nome ou era de fato o nome da estrela. Mas também não era de grande importância qual nome ela tinha. O que importava para James era que ela sempre estava ali para ele, sempre lhe dando força, sempre lhe dando segurança. 

— O que eu faço? – ele perguntou baixinho para a estrela. – Como eu posso proteger meus amigos? Como eu posso proteger a minha filha?

E a estrela brilhou um pouco mais como resposta e James suspirou cansado, abaixando a cabeça.

— Eu to morrendo de medo – sussurrou James tornando a olhar para a estrela. – O pessoal acha que eu não tenho, acha que eu sou o leão mais corajoso – ele bufou bem humorado. – Só não fugi ainda porque sei que Lily não viria comigo. Ela é corajosa, a mulher mais corajosa que eu conheço. Agora eu? Covarde dos grandes, aquele que correu e correu até ser parado.

James sorriu de lado ao observar a estrela brilhar mais uma vez. Aos poucos ele começava a se acalmar, como sempre acontecia enquanto conversava com aquela estrela. E ele teria continuado a conversar com ela se não fosse...

— Te peguei! – exclamou Peter empurrando o balanço de James e quase derrubando o Potter enquanto o balanço ia e vinha.

— Peter! – gritou James se segurando firme no balanço, atrás dele o amigo ria alto. – Na moral, vai se fu...

— Oooh! Tia Euphemia disse que é feio falar palavras feias – retrucou Peter não deixando o Potter terminar. E então ele se sentou no balanço que tinha ao lado. – Tá fazendo o que aqui fora?

— Fugindo de você, não é óbvio? – retrucou James ainda irritado pelo susto. – Cara, você não pode ficar assustando idosos, coração fraco.

Peter revirou os olhos bem humorado.

— Se orienta cabeçudo, você tem dezoito. – disse Peter.

James sorriu leve e abaixou a cabeça.

— Dezoito e prestes a ser pai – sussurrou ele para o amigo. – Que idiota, não?

— Do que você tá falando? – perguntou Peter franzindo a testa. – Acontece cara, olha o Brian e o Richard aí... E nem vou começar a falar sobre os Lungbarrow.

James riu e olhou para o amigo que o olhava em uma mistura de preocupação e carinho. O Potter não pode deixar de sentir amor por aquele homem em sua frente, desde o início ele via Peter como um irmãozinho, alguém que ele manteria os olhos e ajudaria sempre que necessário. E vê-lo ali ao lado dele, um homem incrível, apaixonado e lutando aquela luta com eles, era impossível não se sentir como um irmão mais velho orgulhoso.

— O que você tem, James? – perguntou Peter. – E não me venha com o papo de que não tem nada e tá de boas. Você ta com algo e não tá de boas.

James sorriu ao ouvir o tom de Peter imitando sua voz e suspirou. Uma parte dele queria se manter firme, se manter forte como sempre fez na frente de seus amigos, mas outra parte dele estava querendo falar sobre o que sentia naquele momento. Ele olhou para a estrela e ela brilhou, como resposta ao que fazer.

— Sophie vai nascer em meio à uma guerra. – disse James por fim. – Eu sabia que iríamos passar ao sair da escola, todos sabiam e ainda sim, fui irresponsável suficiente em colocar um bebê na barriga de Lily.

— Essa foi uma forma bem nojenta de falar sobre a minha sobrinha na barriga da Lily – comentou Peter fazendo cara de nojo.

James riu baixo.

— Está com medo? – perguntou Peter calmo.

Por mais que ele quisesse admitir que sim, estava. Ele não o faria.

— Não é medo, Petey – disse ele. – Preocupação.

Peter bufou e revirou os olhos mostrando que não acreditou naquilo em nenhum momento.

— Certo, então você está preocupado— começou Peter dando uma rápida olhada para James. – Isso é normal.

— Peter...

— James você estaria nesse estado mesmo se não estivéssemos em guerra, mesmo que você e Lily fossem mais velhos – continuou Peter calmo. – Claro, estarmos em guerra é um grande problema, assim como a idade bem jovem de vocês, mas isso não significa que foi um erro. Que a minha sobrinha foi um erro.
“Em questão de tempo, Logan e Marion tinham dezessete quando tiveram o David. Nem mesmo terminaram os ensinos. E olha eles agora, grandes pais de um rapaz que você adora.”

James sorriu de lado se lembrando do seu pequeno homem, David.

— Em questão da guerra, bem, está fora do seu controle. Então não toma isso na sua cabeça. Não agora que Sophie está tão perto de chegar.

— Mas ai é que tá, Petey – retrucou James. – Eu sabia que estávamos saindo da escola para entrar em uma guerra. E ainda sim...

— Já parou para pensar que Sophie chegar em meio à essa guerra, é necessário? – perguntou Peter olhando para James. – Eu gosto de pensar que não foi um acidente, algo do acaso. Destino, talvez. Veja como para Brian, o pequeno Charles é a esperança, e para Richard, o Erik é a força. Para os Lungbarrow, David é... Bem, eu não sei o que o David é, não sou muito próximo dos Lungbarrow.

— Um ponto de união – sussurrou James sorrindo. – O pequeno homem tem uma visão de que as criaturas mágicas são tão importantes quanto nós, se não, até mais. Acho que no futuro ele vai ser uma grande ponte entre os bruxos e as criaturas.

Peter cantarolou baixinho em pensamento.

— O ponto central de tudo então – disse o Pettigrew. – De qualquer forma, vê, essas crianças que nasceram e vivem neste mesmo tempo que a gente, tem grandes significados para todos nós, são nossos guias. – James franziu a testa olhando para as próprias mãos, e Peter continuou. – Resta agora de você, James, dizer o que a Sophie é, tanto para você, quanto para o resto de nós.

O Potter olhou para o amigo que o olhava com carinho. Então ele olhou para o céu novamente e observou a estrela que tanto esteve com ele, que iluminou seu caminho, seus pensamentos tantas vezes, e até o manteve seguro de si mesmo. E ela brilhou tão forte e tão linda, e então estava claro para ele o que sua filha era.

— Ela estar nesse momento de nossas vidas talvez seja o que precisamos para nos iluminar nesse caminho. – sussurrou James ainda olhando para a estrela e um sorriso crescendo em seu rosto. – Minha luz, minha estrela do amanhã.

Peter também abriu um largo sorriso e se levantando, ele foi para atrás de James, o abraçando pelos ombros e bagunçando mais o cabelo do amigo no processo enquanto também olhava para as estrelas.

— Eu não vejo a hora de ter minha sobrinha iluminando esse mundo – comentou Peter.

James segurou os braços do amigo com força e concordou, ele também estava ansioso para esse dia. Sem mais medo, sem mais pensamentos contrários. Deixe que ela venha e deixe que ela seja fantástica.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


25 de Março de 1994, Hogwarts.

Harry não contou para ninguém sobre o incidente com Snape, e Remus o livrando de um belo castigo que colocaria a taça de quadribol a ser perdida para a Grifinória. E também o evento foi esquecido, pois não muito tempo depois, sexta feira havia chegado, do dia vinte e cinco havia chegado.

Era o dia do julgamento contra o Bicuço. Ninguém do grupo estava com vontade de comer o café da manhã ou mesmo almoçar enquanto esperavam por notícias. Mione, Sam e Charles estavam faltando, ninguém havia visto os três durante toda a manhã e o começo da tarde.

— Talvez tenham ido esperar pelo Hagrid na cabana – comentou Rony quando Harry comentou a falta dos três.

— Ou até mesmo tenham ido com ele. – sugeriu Fred.

— Dumbledore teria me avisado se alunos pudessem acompanhar – respondeu Sophie negando com a cabeça.

Mesmo Aslan e Baguera pareciam tristes. O leão havia ficado deitado na sala comunal da Grifinória durante todo o dia, sem brincar com ninguém, e Baguera não saiu de cima dele. Nem mesmo balançava o rabo.

— Hagrid me disse uma vez que os animais ficam tristes quando sentem que algo ruim vai acontecer... – sussurrou Sophie para Harry, Dean e Erik. – Eu realmente não sei o que fazer ou dizer.

Dean puxou Sophie para um abraço apertado colocando o queixo em cima da cabeça da ruiva.

— Vamos passar por isso, leoa – disse o Winchester olhando para todos os amigos juntos. – Daremos um jeito.

Foi quando deu oito da noite, Harry, Rony e Gabriel estavam juntos andando para a salão principal quando viraram a esquina do corredor em que estavam, ambos viram Hermione e Sam indo até eles, a garotava estava segurando uma carta e com os lábios tremendo, enquanto Sam estava com o rosto de cachorrinho chutado que ele fazia quando muito triste. Os três se apressaram na direção deles.

— E então? – perguntou Rony direto para Mione, aparentemente se esquecendo de toda a raiva que estava da garota. – Vencemos? Por favor, me diz que vencemos!

Nenhum dos dois responderam, ambos olhavam para o chão, Hermione apenas esticou o braço e entregou a carta para Gabriel que pegou rapidamente e leu:

“Hermione, Samuel, Charles, e Cia,

Perdemos. Tive permissão de trazer Bicuço de volta a Hogwarts. A data de execução vai ser marcada. Bicucinho gostou de Londres.

Não vou esquecer toda a ajuda que vocês nos deu. Principalmente de vocês três. Obrigado.

Hagrid.”

— Não... eles não podem fazer isso! – exclamou Harry em choque. – Bicuço não é perigoso! A culpa foi do Malfoy!

— O pai do Malfoy deve ter intimidado a Comissão, para fazerem isso. – comentou Samuel enquanto Hermione enxugava as lágrimas. – Vocês sabem como ele é. Os outros são um bando de velhos caducos e bobos e ficaram com medo.

— Isso tá errado! – rosnou Rony com raiva. – Vocês e Charles fizeram tanto para nada! Eu não posso acreditar nisso! É injusto!

— Ah, Rony!

Hermione atirou os braços ao pescoço de Rony e desabou completamente. Rony, com cara de terror, acariciou muito sem jeito o topo da cabeça da garota. Finalmente, ela se afastou.

— Rony, eu realmente sinto muito, muito mesmo, pelo Perebas... – soluçou ela.

— Ah... Bem... Tá tudo bem, ele está bem no final de tudo... – disse Rony, parecendo muitíssimo aliviado por Hermione o ter soltado.

— Os outros já sabem? – perguntou Gabriel passando a mão nas costas da amiga para acalmá-la mais.

— Charles foi contar para eles. Disse para encontrar eles na cabana do Hagrid – respondeu Sam.

— Então vamos! – exclamou Rony.

— Como? A segurança está totalmente redobrada desde que Sirius Black te atacou. – retrucou Hermione chateada.

— Harry tem a capa e o Mapa. Vai ser fácil. – respondeu Rony olhando para Harry.

— Eu só tenho a capa. O Mapa eu emprestei para o Remus. – disse Harry. – Mas a gente consegue apenas com a capa, já fizemos isso uma vez e a Sophie também.

— Então vamos... mas com cuidado! – avisou Mione.

Assim, os cinco pegaram a capa e saíram do castelo com bastante cuidado e sem deixar que os monitores e professores vissem eles passando. Quando chegaram na cabana, bateram na porta e quem abriu foi Patrick que franziu a testa quando não viu ninguém, mas logo percebeu que estavam embaixo da capa e deu passagem para eles entrarem. Assim que a porta foi fechada novamente, Harry tirou a capa e olhou para todos que estavam ali.

Hagrid estava sentado na habitual poltrona com Charles e Castiel em ambos os lados dele acariciando seus braços enquanto o acalmava. Sophie estava sentada com Teresa ao seu lado, e Dean no outro no pequeno sofá que tinha ali, e na mesa estavam os gêmeos, Harriet e Erik. Patrick passou pelos maia jovens e se sentou no colo de Teresa.

Aslan estava deitado ao lado de Bicuço e Baguera estava em cima do animal alado ao invés de seu habitual de ser o Aslan.

— Obrigado por estarem aqui... – murmurou Hagrid tristemente passando a mão no rosto, secando algumas lágrimas. – Significa muito.

— Sinto muito, Hagrid... – lamentou Gabriel indo até o meio-gigante e o abraçando.

— Eles não podem fazer isso. Bicuço é bom, a culpa foi do Malfoy. – disse Harry olhando para Sophie que apenas suspirou.

— O medo torna as pessoas tolas e cegas, Harry. Muito pode ser feito usando o medo – disse Sophie calma. –  E foi exatamente o que aconteceu lá. Malfoy com certeza colocou medo em todos para chegar nesse resultado.

— Mas um não se entregou ao medo! Não, Newt Scamander! – bradou Hagrid olhando para todos ali. – Mesmo em seus quase cem anos ele lutou pela causa de Bicuço!, e ele teria conseguido se Malfoy não tivesse colocado medo nos outros. Newt é um bom homem e grande amigo de Dumbledore.
“Ele me disse que havia chamado um amigo para ajudá-lo no caso para salvar meu Bicucinho, mas infelizmente a coruja não o encontrou.”

— Entendo o sentimento – murmurou Sophie pensando em David.

— O que vai acontecer agora, Hagrid? – perguntou Harriet tristemente. – Não tem como fazermos nada? Um testemunho...

— Não, minha querida. Eles já tomaram a decisão... logo irão me mandar a data do... dia. – sussurrou Hagrid. – O que me resta agora a passar esses dias com o meu Bicucinho.

Então Hagrid voltou a chorar. Ninguém ali sabia o que fazer, todos estavam tristes e com o coração pesado. Então Aslan se levantou e se aproximou de Hagrid, sem aviso prévio o leão começou a lamber o rosto do meio-gigante que abraçou o corpo do felino gentilmente, chorando sob a juba.

— Bom garoto, Aslan. – ussurrou Hagrid. – Você é um bom garoto.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


Na terça-feira, a aula de Trato das Criaturas Mágicas havia sido bem melancólica, Hagrid dava a aula nem um pouco animado, a mente dele parecia estar longe dali e quando acabou ele entrou na Cabana sem dizer uma só palavra para se despedir.

Harry já estava pensando em ir atrás do amigo quando a voz de Goyle foi ouvida:

— Olhem só ele! Todo triste por causa daquela besta, vocês já viram uma coisa mais patética do que essa? – perguntou Goyle para Malfoy e Crebbe. – E dizem que ele é nosso professor! Seu pai acabou com ele, Draco!

Harry, Gabriel e Rony se viraram cheios de fúria para os três. Eles estavam prontos para atacarem, não só Goyle, como Malfoy e Crebbe também – mesmo Malfoy não tendo falado nada a aula inteira –, mas Hermione havia sido mais rápida.

Foi o soco que os quatro garotos nunca iriam esquecer. A menina acertou bem no nariz de Goyle que cambaleou e caiu no chão com as mãos no nariz. Todos em volta, alunos da Sonserina e Grifinória estavam totalmente em silêncio, surpresos pela atitude da Hermione.

— Não se atreva a chamar o Hagrid de patético, seu lixo! – exclamou Hermione para Goyle ainda caído no chão e então se virou para Malfoy que ainda estava em silêncio. – Sua barata nojenta, abominável, asquerosa! – então ela puxou a varinha e apontou para Draco que arregalou os olhos com medo.

Todos exclamaram surpresa mas foi Rose Green quem falou:

— Hermione, não! – disse a garota de cabelos verdes e olhos diferentes. – Eu também não gosto dele e também acho horrível o que aconteceu, mas não vale a pena você ser expulsa por isso.

Hermione continuou apontando a varinha para Malfoy mas logo foi abaixando e se acalmando. O loiro continuou parado e só saiu correndo quando Crebbe e Goyle puxaram ele.

— Essa foi boa... – comentou Gabriel sorrindo e surpreso para a amiga.

— Boa não, brilhante! – exclamou Rony também sorrindo.

Hermione sorriu e então se voltou para Rose que já estava se afastando com seu próprio grupo.

— Obrigada, Rose – agradeceu ela. – Por ter me parado.

Rose sorriu e acenou para eles antes de continuar o caminho para longe. Hermione então se virou para Harry.

— Harry, acho bom você dar uma surra nele na final de quadribol! – disse a garota apontando o dedo na cara do Potter. – Acho bom dar, porque não vou suportar ver Sonserina vencer!

— Será um prazer – respondeu Harry sorrindo. – Vamos, a aula de Feitiços é a próxima.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— Foi uma ótima aula pessoal! – parabenizou Remus batendo as mãos. – Vocês foram incríveis! Não irei passar nenhuma lição de casa hoje mas tratem de continuar estudando tudo, os N.O.M.S estão chegando e garanto que as provas não serão nada fáceis.

Todos na sala suspiraram cansados. Era aula dos alunos da Grifinória com a Lufa-Lufa, Sophie estava sentada com Castiel, enquanto Jorge, Patrick e Fred haviam conseguido se sentarem juntos.

— Podem ir, até a próxima aula – disse Remus sorrindo. – Ah, Sophie, pode ficar um pouco?

— Claro – respondeu Sophie sorrindo. – Vejo vocês depois. – disse para os amigos.

Assim que a sala estava vazia, Sophie foi até o padrinho.

— Pode dizer professor Lupin – disse ela alegre para o padrinho que também sorriu.

— Eu realmente gosto desse título – comentou Remus sorrindo. – Como você sabe, eu estou com mapa, e tenho visto que o Peter tem andado bastante pelo castelo e até fora dele.

Sophie concordou.

— Naquela noite em que o Sirius atacou eu acabei perdendo ele, fico feliz em saber que Bichento não o pegou – comentou Sophie suspirando. – O que ele tem feito?

— Ele tem andando muito pelos corredores durante a noite, quando chega o dia ele se esconde na cozinha e fica roubando comida. – respondeu Remus e então bufou. – Esse último comportamento é típico dele desde sempre.

Sophie sorriu.

— Como eu disse, as vezes ele saí para o lado de fora do castelo mas é por pouco tempo, quase nada. – comentou Remus. – Mas isso não é importante, o importante é o que vem a seguir.

— E o que vem a seguir é um mistério. Essa é a beleza da vida! – disse Sophie piscando para o padrinho que revirou os olhos. – É melhor eu ir, a aula de Aritmancia vai começar logo. Erik já deve estar me esperando e depois ainda tem treino... Ó Universo, eu não tenho sossego nessa vida!

— Você pode desistir do quadribol e terá tempo para sossegar... – comentou Remus como quem não quer nada.

— E você ia adorar isso, não é? – retrucou Sophie rindo. – Isso não vai acontecer, pai. – e então ela beijou a bochecha do homem mais velho antes de se afastar. – Vou deixar o Aslan e o Baguera com você, tchau.

Remus se virou para Aslan e Baguera, ambos os animais estavam olhando para ele.

— Sabem, eu gostaria de um minuto de silêncio. Por toda a sanidade que estou perdendo nessa história toda.   

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— Como está sendo os treinos? – pergunto Erik ao lado de Sophie na aula de Aritmancia.

— Uma dor de cabeça. Wood é um querido mas o Universo sabe o quão insuportável ele está esses últimos dias por causa do jogo – disse Sophie revirando os olhos. – Não o culpo, claro. Último ano dele, última chance de conseguir a taça.

Erik sorriu e concordou.

— E você? Como você está? – perguntou ele novamente.

— Estou seguindo as palavras de um sábio – disse Sophie sorrindo para o irmão de alma. – Tem me ajudado muito, sabe. O cara é gente boa, meio rabugento, mas tem bom coração.

— Deve ter mesmo para ter que aguentar você e o resto do grupo – retrucou Erik fingindo estar mal humorado e Sophie riu. Ele então ficou sério e continuou: – Sophie...

— Sim?

— Se Voldemort voltar... – começou ele bem baixo apenas para Sophie ouvir. – Você acha que vai haver uma guerra? Uma... segunda guerra bruxa?

Sophie parou de escrever e pensou nas palavras do amigo. Ela desconfiava que isso poderia acontecer, todas as vezes que ela pensava no futuro, ela via uma guerra acontecendo, não via o lado perdedor e o lado vencedor, apenas via a guerra, e Voldemort e Harry no meio dela.

No primeiro ano dela, Dumbledore havia lhe dito que só queria que ela o ajudasse a cuidar do Harry, e que depois pediria ajuda dela para talvez algo maior. Dumbledore sabe que Voldemort vai voltar e vai saber o que fazer quando isso acontecer. E Sophie sentia que seria aí, que as coisas iriam mudar.

— Sim. Vai haver. – respondeu Sophie após alguns minutos de silêncio. – Talvez uma nova Ordem da Fênix também aconteça, muitas coisas podem acontecer Erik, para ser sincera.  Estamos todos destinados a fazer parte disso. Para o bem e para o mal.

Erik cantarolou.

— Você me lembrou o Dumbledore falando – comentou ele sorrindo leva para a ruiva.

— E eu vou considerar isso um elogio – cantarolou Sophie sorrindo de lado. – Vamos aproveitar, Erik. Vamos aproveitar enquanto ainda podemos.

E Erik concordou.

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•

— Isto é uma baita perda de tempo – sibilou Hermione. – Eu podia estar praticando alguma coisa útil. Podia estar recuperando a matéria de feitiços para animar...

Os cinco estavam juntos na aula de Adivinhações. As aulas de “Quiromancia” haviam acabado – Harry havia ficado muito feliz com isso pois já estava cansado de ver Trelawney fazer careta de aflição toda vez que examinava a mão dele – e agora eles estavam aprendendo sobre as bolas de cristal.

— A vidência com a bola de cristal é uma arte particularmente requintada. – disse Trelawney em tom sonhador. – Por isso não espero que vocês vejam alguma coisa ao procurarem examinar pela primeira vez as profundezas infinitas do orbe. Vamos começar praticando o relaxamento da mente consciente e da visão exterior – Rony e Gabriel começaram a soltar risadinhas irrefreáveis e precisou meter o punho na boca para abafar o som. –, para vocês poderem limpar a visão interior e a supra-consciência. Talvez, se tivermos sorte, alguns de vocês consigam ver alguma coisa antes do fim da aula.

Minutos se passaram, e Harry e Sam por sua vez estavam se sentindo incrivelmente tremendos idiotas olhando para aquela bola que só mostrava fumaça. Harmione já nem fazia questão de tentar, Rony estava quase pegando no sono enquanto olhava a bola. Gabriel estava dormindo no ombro do Weasley.

A Profª Sibila passou farfalhando.

— Alguém gostaria que eu ajudasse a interpretar os portentos obscuros que aparecem em seu orbe? – murmurou sobrepondo a voz ao tilintar dos seus badulaques.

— Eu não preciso de ajuda – sussurrou Rony. – É óbvio o que isto significa. Vai haver um nevoeiro daqueles hoje à noite.

Harry, Sam e Hermione explodiram em risadas e Gabriel soltou um ronco enorme.

— Ora, francamente! – exclamou a Profª Trelawney quando todas as cabeças dos alunos se viraram em sua direção.

Parvati e Lilá fizeram caras escandalizadas.

— Vocês estão perturbando as vibrações da vidente!

A professora se aproximou da mesa dos garotos e espiou as bolas de cristal dos três. Harry sentiu um grande desânimo. Tinha certeza de que sabia o que viria a seguir...

— Vejo algo aqui! – sussurrou a professora, aproximando o rosto da bola, de modo que esta se refletiu duas vezes em seus enormes óculos. – Alguma coisa que se move... mas o que é isso?

Harry estava preparado para apostar tudo que tinha, inclusive a Firebolt, que, seja o que fosse, não seria uma boa notícia e que provavelmente tinha haver com o Sinistro. E não deu outra...

— Meu querido... – sussurrou a professora, erguendo os olhos para ele. – Está aqui, mais claro que antes... meu querido, aproximando-se de você, cada vez mais perto... o Sin...

— Ah, pelo amor de Deus! – exclamou Hermione em voz alta. – Não é aquele ridículo do Sinistro outra vez! É festa de Sinistro, por um acaso? A única coisa que a senhora vê na vida do Harry é um Sinistro? Tem como você ver alguma outra coisa que talvez seja um pouco melhor?!

Harry sentiu uma onda de carinho pela amiga e também uma enorme vontade de abraçá-la.

A Profª Sibila ergueu os enormes olhos para a garota. Parvati cochichou alguma coisa com Lilá, e as duas olharam feio para Hermione também. A professora se ergueu, fitando Hermione com inconfundível raiva.

— Sinto dizer que do instante em que você entrou nesta sala, minha querida, ficou evidente que não tinha o talento que a nobre arte da Adivinhação exige. Na verdade, eu não me lembro de jamais ter encontrado uma aluna cuja mente fosse tão irreparavelmente terrena.

Seguiu-se um momento de silêncio. Então...

— Ótimo! – exclamou Hermione, de repente, levantando-se e enfiando o exemplar de Esclarecendo o futuro na mochila. – Ótimo! – repetiu, atirando a mochila sobre o ombro e quase derrubando Rony e Gabriel da cadeira. – Eu desisto! Vou-me embora.

E para assombro da turma, Hermione se dirigiu ao alçapão, abriu-o com um pontapé e desceu a escada, desaparecendo de vista.

Levou alguns minutos para todos se aquietarem outra vez. A professora parecia ter se esquecido completamente do Sinistro. Deu as costas, bruscamente, à mesa de Harry, Sam, Gabriel e Rony, respirando forte e ajeitando o diáfano xale mais perto do corpo.

— Ooooo! – exclamou Lilá de repente, assustando todo mundo. – Oooooo, Professora Sibila, acabei de me lembrar! A senhora viu a Hermione nos deixando, não foi? Não foi, professora? Na altura da Páscoa, alguém aqui vai deixar o nosso convívio para sempre! A senhora disse isso há um tempão, professora!

Sibila sorriu suavemente e os quatro amigos se olharam com tédio.

— É verdade, minha querida, eu sabia que a Srta. Granger iria nos deixar. Esperemos, no entanto, que tenhamos nos enganado com os sinais... A visão interior pode ser um fardo, sabem...

Lilá e Parvati pareceram profundamente interessadas e trocaram de lugar para que a professora pudesse parar à mesa delas.

— Dessa vez a Mione mandou muito bem. – comentou Sam para os amigos.

— Verdade. Sophie e os outros vão ficar bem felizes quando descobrirem o que aconteceu hoje – respondeu Harry sorrindo.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


As férias da Páscoa não foram exatamente relaxantes. Os alunos do terceiro ano nunca tinham recebido tantos deveres para casa. Neville Longbottom parecia às vésperas de um colapso nervoso, e não era o único.

— Chamam a isso de férias! – bradou Simas Finnigan certa tarde na sala comunal. – Ainda faltam séculos para os exames, qual é a deles!

Harry realmente não reclamava pois sabia que os alunos do quinto ano estavam em piores situações. Harry quase não via a irmã mais, pois ela estava lotada de lição para fazer, assim como o restante do grupo. Mione também estava no mesmo estado e Harry desejava que a amiga desistisse de mais aulas pois participar de tantas estava acabando com ela.

Ele, Sophie, Fred e Jorge – e Dean por parte dos treinos da Sonserina –, tiveram que encaixar os deveres entre os treinos diários de quadribol, para não falar das intermináveis discussões de táticas com Olívio. A partida Grifinória-Sonserina fora marcada para o primeiro sábado depois das férias da Páscoa. Grifinória estava na frente com 200 pontos e a Sonserina estava com 120 pontos atrás, eles não podem ultrapassar os pontos da Grifinória – apesar de ser bem complicado eles ultrapassarem –, Harry tinha que pegar o pomo o mais rápido que conseguia. Mas ele tinha certeza que esse jogo seria o jogo mais sujo que iria presenciar. E isso preocupava ele por conta de Sophie, mesmo a irmã tendo a LöwinFire, ele sabia como os jogadores da Sonserina eram violentos e que principalmente o capitão da Sonserina nutria muito ódio da irmã.

— Relaxa, Harry – disse Dean quando Harry comentou a preocupação com ele. – Apenas Flint faria algo de ruim contra a Sophie, o restante vai mais no calor da emoção contra qualquer um do time adversário. E se o Clint ousar chegar na ruiva, bem, você vai ver.

Toda a Grifinória estava obcecada com a próxima partida. A casa não ganhava a Taça de Quadribol desde que o lendário Carlinhos Weasley (o segundo irmão mais velho de Rony) jogara como apanhador. Mas Harry duvidava se alguém no mundo, mesmo Olívio, queria essa vitória tanto quanto ele. A inimizade entre Harry e Malfoy atingira o auge.

Harry, por sua vez, estava num nivel enorme de raiva por conta do caso do Bicuço, era o que o deixava ainda mais decidido a vencer Malfoy diante da escola inteira.

Nunca, na lembrança de ninguém, uma partida se aproximara com uma atmosfera tão carregada. Quando as férias terminaram, a tensão entre os dois times e suas casas estava a ponto de explodir. Pequenas brigas irrompiam nos corredores, que culminaram em um incidente perverso, no qual um quartanista da Grifinória e um sextanista da Sonserina acabaram na ala hospitalar, com alhos-porós brotando dos ouvidos.

— Não estou surpresa com a atitude do Alex. – comentou Teresa sobre o aluno da Grifinória que estava na Ala-Hospitalar. – Ele adora arrumar briga.

Além disso havia tido os alunos da Lufa-Lufa contra os Corvinos, assim como as outras duas casas, aqueles arrumavam brigas o tempo inteiro. A tensão estava no nível em que todas as casas estavam lutando. Lufa-Lufa e Grifinória contra Sonserina e Corvinal.

Harry, pessoalmente, estava passando um mau pedaço. Não podia ir e vir sem que os alunos da Sonserina esticassem as pernas tentando fazê-lo tropeçar; Crabbe e Goyle não paravam de aparecer onde quer que ele estivesse e se afastar desapontados quando o viam cercado de colegas. Olívio dera instruções para que Harry estivesse sempre acompanhado em todo lugar, para a eventualidade de algum aluno da Sonserina querer inutilizá-lo para o jogo. Toda a Grifinória assumiu o desafio com entusiasmo, tornando impossível Harry chegar às aulas na hora certa, porque andava rodeado por uma aglomeração de colegas barulhentos. Mas o garoto se preocupava mais com a segurança da Firebolt do que com a própria. Quando não estava voando, ele trancava a vassoura no malão e muitas vezes dava uma corrida à Torre da Grifinória, nos intervalos das aulas, para verificar se ela continuava lá.

Sua irmã só não sofria igual por conta de... Bem, ninguém realmente tem coragem de mexer com a garota que tem um leão ao lado.

Todas as atividades normais na sala comunal foram abandonadas na véspera do jogo. Até Hermione pusera os livros de lado.

— Não consigo estudar, não consigo me concentrar. – comentou ela, nervosa.

Havia uma grande algazarra. Fred e Jorge enfrentavam a pressão agindo com mais barulho e exuberância que nunca. Olívio estava a um canto debruçado sobre a maquete de um campo de quadribol, empurrando bonequinhos com a varinha e resmungando. Sophie estava ao lado dele acariciando seu cabelo e fazendo coisas nojentas de namorados, Angelina, Teresa e Kátia estavam rindo de piadas que os gêmeos faziam.

Harry por sua vez estava sentado com Rony e Hermione afastado do centro das atividades, procurando não pensar no dia seguinte, porque toda vez que o fazia, tinha a terrível sensação de que alguma coisa enorme estava tentando voltar do seu estômago.

— Você vai se sair bem – disse Hermione a ele, embora parecesse decididamente aterrorizada.

— Você tem uma Firebolt! – animou-o Rony.

— É... – respondeu Harry, o estômago se revirando.

Foi um alívio quando Wood se levantou e gritou:

— Time! Cama!

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•

Harry dormiu mal. Primeiro, sonhou que perdera a hora e que Olívio gritava: “Onde é que você se meteu? Tivemos que chamar Neville para substituí-lo!” Depois sonhou que Malfoy e o resto do time da Sonserina chegavam para a partida montados em dragões. Harry voava a uma velocidade vertiginosa, tentando evitar o jorro de chamas que saía da boca da montaria de Malfoy, quando percebeu que esquecera sua vassoura. Começou, então, a cair pelo ar e acordou assustado.

Levou alguns segundos para se lembrar que a partida ainda não se realizara, que estava seguro em sua cama, e que, decididamente, o time da Sonserina não teria permissão para jogar montado em dragões. Sentiu uma sede enorme. O mais silenciosamente que pôde, levantou-se da cama de colunas e foi se servir de água de uma jarra de prata sob a janela.

Não havia movimento nem som nos jardins. Nenhum sopro de vento perturbava as copas das árvores na Floresta Proibida; o Salgueiro Lutador estava imóvel e transpirava inocência. Parecia que as condições para a partida seriam perfeitas.

Harry pousou o copo e já ia voltar para a cama quando alguma coisa prendeu sua atenção. Havia um animal rondando o gramado prateado.

Harry correu à sua mesa de cabeceira, apanhou os óculos, colocou-os, e voltou depressa à janela. Não podia ser o Sinistro – não agora – não na véspera da partida...

Ele tornou a espiar os jardins e, depois de uma busca ansiosa, localizou-o. O animal ia contornando a orla da floresta agora... Não era o Sinistro... era um gato... Harry agarrou o peitoril da janela aliviado ao reconhecer aquele rabo de escovinha. Era só o Bichento...

Ou seria só o Bichento? Harry apurou a vista, esborrachando o nariz contra a vidraça. Bichento parecia ter parado. O menino teve certeza de que estava vendo outra coisa andando sob a sombra das árvores, também.

E naquele momento, ele apareceu – um cão gigantesco, peludo e negro, que se movia sorrateiramente pelos gramados. Bichento caminhava ao seu lado. Harry arregalou os olhos. Que significaria isso? Se Bichento também via o cão, como é que ele podia ser um agouro da morte de Harry?

— Rony! – sibilou Harry. – Rony! Acorda!

— Hum?

— Preciso que você me diga se vê uma coisa!

— Volta a dormir, maluco. Tá tudo escuro – murmurou o amigo com a voz empastada. – Do que é que você está falando?

— Ali embaixo... – Harry espiou depressa pela janela.

Bichento e o cão haviam desaparecido. Ele subiu, então, no peitoril para ver lá embaixo, nas sombras do castelo, mas os bichos não estavam mais lá. Aonde teriam ido?

Um forte ronco lhe informou que Rony tornara a cair no sono.

 

•°•°•°°•TDWTS•°°•°•°•


— É hoje meninas – disse Sophie para Kátia e Angelina que estavam animadas.

As três já estavam vestidas, já tomadas banho e bem acordadas – Teresa ainda estava terminando o banho –, o grande dia, emfim, havia chegado.

— Hoje nós temos que... – Sophie cortada por um juramento alto vindo do lado de fora do quarto.

Ao abrirem a porta, a escada havia se tornado um escorregador e na hora elas souberam que havia sido Wood tentando entrar no quarto delas. Elas riram, Sophie pegou a Löwin e junto com as amigas, desceram de encontro com o Capitão do time.

— Vou sentir saudades de você, Olive Realmente vou – disse Sophie beijando a bochecha de Wood. – Você foi o melhor capitão que esse time já teve. – dito isso ela saiu.

Angelina e Kátia deram beijos na bochecha do goleiro e seguiram a ruiva.

Quando todo o time estava reunido, eles foram juntos para o Grande Salão e lá, foram recebido por vários aplausos, não só da mesa da Grifinória, mas da Lufa-Lufa também enquanto as mesas da Sonserina e Corvinal os vaiava.

Harry se sentia melhor com aqueles aplausos, se sentia mais confiante. Principalmente com Sophie ao lado dele segurando a Löwin, assim como ele também segurava.

Olívio passou o café da manhã inteiro insistindo para que o time comesse, sem, contudo, se servir de nada. Depois apressou-os a se dirigirem ao campo antes que os outros tivessem terminado, para terem uma ideia das condições de jogo. Quando saíram do Salão Principal, receberam novos aplausos.

— Boa sorte – gritaram as mesas da Lufa-Lufa, Grifinória, Corvinal e Sonserina pois os jogadores da Sonserina também estavam saindo.

— OK... não tem vento... o sol está meio forte, o que pode prejudicar a visão, tomem cuidado... o chão está bem firme, bom, isso vai nos dar um bom impulso inicial...

Olívio andou pelo campo examinando tudo, com o time atrás. Finalmente, eles viram as portas do castelo se abrirem ao longe e o restante da escola se espalhar pelos gramados.

— Vestiário – disse Olívio tenso.

Ninguém falou enquanto se despiam e vestiam os uniformes vermelhos. Harry ficou imaginando se todos estariam se sentindo como ele: como se tivesse comido alguma coisa que se mexia demais dentro da barriga.

Quando já estava pronto, Sophie puxou o braço dele e o levou para um canto.

— Eu sei que não tem necessidade de eu dizer isso mas... toma cuidado hoje. Você tem a Firebolt e ela é bem rápida mas... só toma cuidado. Você viu como o time da Sonserina é e você sabe que eles vão fazer de tudo para ganhar o jogo hoje. – disse ela baixo. – Mesmo Dean não vai poder impedir grandes ataques hoje.

Harry concordou.

— Eu sei. – respondeu Harry sem saber o que dizer. –Você também... toma cuidado.

— Esta com a varinha? – perguntou Sophie séria.

— Sim. Você?

— Também.

Eles ficaram em silêncio por um tempo até Harry tomar a iniciativa e abraçar Sophie apertado.

— Vamos mostrar o que os Potter são realmente capazes de fazer com suas vassouras incríveis! – disse Harry ferozmente.

— Isso ai – concordou Sophie sorrindo.

— OK, pessoal, vamos... – Olívio disse de repente.

Sophie piscou para Harry e foi até Olívio. Sem dizerem nada, os dois se beijaram apaixonadamente. O time todo aplaudiu e gritaram animados. Quando se separaram, Olívio tinha uma expressão confiante e feliz assim como Sophie.

— Vamos acabar com eles! – gritou o capitão para todos.

Com um grito de guerra, todos saíram para os gramados. O time entrou em campo sob uma onda gigantesca de aplausos. Dois quartos da torcida usavam rosetas vermelhas, agitavam bandeiras vermelhas com o leão da Grifinória ou faixas com palavras de ordem: “PRA FRENTE GRIFINÓRIA!” e “A COPA É DOS LEÕES!”. Atrás das balizas da Sonserina, porém, dois quartos de torcedores se cobriam de verde; a serpente prateada da casa refulgia em suas bandeiras e o Prof. Snape estava sentado na primeira fila, vestindo verde como os demais, exibindo um sorriso muito sinistro.

— Odeio ver ele sorrir – comentou Harry para Sophie.

— Então vamos tirar esse sorriso idiota do rosto dele, meu querido irmão – respondeu Sophie marotamente.

Na arquibancada dos alunos da Grifinória, Harry e Sophie viram que Remus estava em pé na primeira fila, vestido de vermelho e bastante animado. Aslan, Rony, Mione, Teresa, Patrick e Castiel estavam lá também enquanto Charles, Erik, Harriet, Sam e Gabriel estavam no time da Sonserina.

“E aí vem o time da Grifinória!”— bradou Lino Jordan, que, como sempre, fazia a irradiação. “Potter, Potter, Bell, Johnson, Weasley, Weasley e Wood. Considerado por todos o melhor time que Hogwarts já viu em muitos anos...”

Os comentários de Lino foram abafados por uma onda de vaias da torcida da Sonserina e Corvinal.

“E aí vem o time da Sonserina, liderado pelo capitão Flint. Malfoy, Winchester, Montague, Bole, Derrick, Warrington, Flint. Aparentemente o capitão fez algumas alterações no esquema tático e parece ter preferido o peso à qualidade...”

Mais vaias da torcida da Sonserina. Harry, porém, achou que Lino tinha razão. Malfoy era, sem discussão, o menor jogador do time; todos os outros eram enormes. O único que havia estado nos outros jogos desde que Harry entrou para a Grifinória era Dean.

— Capitães, apertem-se as mãos! – disse Madame Hooch.

Flint e Wood se aproximaram e se apertaram as mãos com força; davam a impressão de que estavam querendo quebrar os dedos um do outro.

— Montem nas vassouras! – disse Madame Hooch. – Três... dois... um...

Harry e Sophie deram impulso e seguidos por Fred e Jorge, voaram para a arquibancada da Grifinória. Remus esticou a mão com um enorme sorriso no rosto, Rony, Mione, Patrick, Castiel e Teresa fizeram o mesmo. Harry e Sophie passaram por eles batendo em suas mãos assim como Fred e Jorge.

Harry e Sophie deram um loop e então se afastaram um do outro. Sophie indo para perto de Angelina e Harry voando mais alto em busca do pomo.

“E Grifinória com a posse da bola, Kátia Bell da Grifinória com a goles, voando direto para as balizas da Sonserina, em boa forma, Kátia! Arre, não – a goles foi interceptada por Warrington, Warrington da Sonserina partindo em velocidade pelo campo – PAM! – uma boa rebatida de um balaço por Jorge Weasley, Warrington deixa cair a goles, que é apanhada por... Sophie Potter, Grifinória com a posse da bola outra vez, aí Sophie! Acaba com eles – bom desvio de Montague – se abaixa Sophie, aí vem um balaço! – ELA MARCA! DEZ A ZERO PARA GRIFINÓRIA!”

Sophie sorriu e levantou o punho e deu um soco para o alto em vitória enquanto sobrevoava o campo. O mar vermelho gritava de felicidade.

— SOPHIE! SOPHIE! SOPHIE! SOPHIE!

Um enorme rugido foi ouvido assustando todos. Aparentemente Aslan também estava comemorando.

Sophie já voava em direção ao jogador da Sonserina que estava com a goles quando Marcus Flint foi com tudo para cima dela, mas como se estivesse sentindo, Löwin deu uma guinada para cima escapando sem perigo da trombada de Flint que acabou batendo com tudo contra a parede de uma das arquibancadas.

Jorge que havia visto o quase ataque que provavelmente teria derrubado Sophie da vassoura se Flint tivesse acertado, em um momento de raiva, Jorge atacou o bastão com tudo contra a cabeça do capitão da Sonserina que ainda se recuperando na batida na parede.

— Jorge! – ralhou Sophie.

— Chega! - Gritou Madame Hooch, mergulhando entre os dois. – Pênalti contra Grifinória pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra Sonserina por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversário!

— Ah, nem vem! – berrou Jorgr, mas Madame Hooch apitou e Sophie se adiantou para cobrar o pênalti.

 

“Vai, Sophie!”, gritou Lino no silêncio que se abatera sobre as arquibancadas. “SIM, SENHORIES! ELA FUROU O GOLEIRO! VINTE A ZERO PARA GRIFINÓRIA! ESSA É A NOSSA LEOA!!!”


Harry deu uma guinada na Firebolt para ver Flint, ainda sangrando à beça, voar para cobrar o pênalti contra Sonserina. Olívio sobrevoava as balizas da Grifinória, os maxilares contraídos.

“É claro que Wood é um esplêndido goleiro!”, comentou Lino Jordan para os ouvintes enquanto Flint aguardava o apito de Madame Hooch. “Esplêndido! Difícil de vazar – muito difícil mesmo, eu confio nele, sempre acreditei... – SIM SENHORES! EU NÃO ACREDITO! ELE REALMENTR AGARROU A BOLA!”

Harry gritou de alegria e deu três loops. Se sentindo mais aliviado, Harry voou velozmente pelo campo atrás de algo muito rápido e dourado mas sem perder uma palavra do Lino.

“Grifinória com a posse, não, Sonserina com a posse – não! – Grifinória retoma a posse e é Angelina Johnson, Angelina Johnson da Grifinória com a goles, a jogadora corta o campo – FOI INTENCIONAL!”

Montague, um artilheiro da Sonserina, cortou a frente de Angelina e em vez de agarrar a goles, agarrou a cabeça da jogadora. Angelina deu uma cambalhota no ar, conseguiu continuar montada, mas deixou cair a goles.

— TÁ LEGAL, ANGIE? – perguntou Sophie próximo a amiga.

— Tô.. só um pouco tonta... mas vou ficar bem!

O apito de Madame Hooch soou mais uma vez ao sobrevoar Montague e começar a gritar com ele. Um minuto depois, Angelina tinha marcado mais um pênalti contra a defesa da Sonserina.

“TRINTA A ZERO! TOMA, SEU SUJO, SEU COVARDE...”

— Jordan, se você não consegue irradiar imparcialmente...

— Estou irradiando o que acontece, professora! E o que acontece é que esse sujo, cocô de troll tomou o que merece!

Harry então percebeu que Malfoy estava atrás dele, do mesmo modo que Cho no último jogo. Sorriu para isso, Malfoy iria aprender a não seguir um Potter, filho do maior maroto que já existiu.

Fingindo uma expressão de súbita concentração, Harry deu meia-volta na Firebolt e correu em direção ao campo da Sonserina – a manobra funcionou. Malfoy saiu a toda velocidade atrás dele, pensando evidentemente que Harry vira o pomo lá...

CHISPA.

Um dos balaços passou voando pela orelha direita de Harry, arremessado pelo gigantesco batedor da Sonserina, Derrick. Então, novamente...

CHISPA.

O segundo balaço roçou pelo cotovelo de Harry. O outro batedor, Bole, vinha se aproximando. Harry teve um vislumbre fugaz de Bole e Derrick voando em sua direção, com os bastões erguidos...

Virou a Firebolt para o alto no último segundo e os dois batedores colidiram com um baque de provocar náuseas.

— Desculpe rapazes, eu não vi dois trolls me seguindo!! – gritou Harry voando para longe.

“Ha, haaa!”, bradou Jordan quando os batedores da Sonserina se separaram, levando as mãos à cabeça. “Mau jeito, rapazes! Vão ter que acordar mais cedo para vencer uma Firebolt! E Grifinória fica com a posse da bola mais uma vez, quando Angelina toma a goles – Flint emparelhado com ela – mete o dedo no olho dele, Angelina! – foi só uma brincadeira, professora, só uma brincadeira – ah não – Flint toma a bola, Flint voa para as balizas da Grifinória, agora é com você Wood, agarra...!”

Mas Flint marcou; houve uma erupção de vivas do lado da Sonserina e Lino xingou tanto que a Profª Minerva McGonagall tentou arrancar o megafone mágico das mãos dele.

— Desculpe, professora, desculpe! Não vai acontecer de novo!

“Então, Grifinória está à frente, trinta a dez, e Grifinória tem a posse... VAI SOPHIE! ACABA COM ESSES BOSTAS! Desculpa, professora.”

O jogo estava deteriorando no mais sujo de que Harry já participara. Enraivecidos porque Grifinória tomara a dianteira desde o início, os adversários estavam rapidamente recorrendo a todos os meios para roubar a goles. Bole atingiu Kátia com o bastão e tentou alegar que pensara que era um balaço. Jorge foi à forra dando uma cotovelada na cara de Bole. Madame Hooch puniu os dois times e Wood fez mais uma defesa espetacular, e Sophie um ótimo gol, elevando o placar para quarenta a dez para Grifinória.

Sophie agora estava com a goles, deu uma cambalhota por Warrington e passou por Flint dando um belo mergulho. Por fim, Sophie Potter havia marcado.

“MAIS UM PONTO!!! Grifinória na frente por 50 à 10! Vai Sophie! VAI!!!”

Fred e Jorge mergulharam cercando a ruiva, os bastões erguidos, caso os jogadores da Sonserina pensassem em se vingar. Bole e Derrick aproveitaram a ausência de Fred e Jorge para arremessar os dois balaços em Wood; eles o atingiram no estômago, um após o outro, e o goleiro virou de cabeça para baixo no ar, agarrando-se à vassoura, completamente sem ar.

Madame Hooch ficou fora de si.

— Não se ataca o goleiro a não ser que a goles esteja na área do gol! – Gritou ela para Bole e Derrick. – Pênalti a favor da Grifinória!

E Kátia marcou. Sessenta a dez. Instantes depois Fred arremessou um balaço contra Warrington, derrubando a goles de suas mãos; Sophie apanhou mas ela não viu Dean passando por ela e partindo rapidamente marcando mais um ponto para a Sonserina. – sessenta à vinte.

Harry observou como Dean havia percebido que seria o único a liderar o time para uma possível vitória pois depois daquela gol, o Winchester lidou com a goles sozinho enquanto o restante do time da Sonserina só pensava em ferir o adversário. E nisso, Dean havia conseguido chegar a quarenta pontos para a Sonserina sozinho.

As torcidas estavam roucas e tanto gritar e agora mais do que nunca Harry podia sentir todos os olhos nele. Ele precisava achar o pomo!

Então Harry o viu. O pomo estava brilhando seis metros acima dele.

O garoto imprimiu maior velocidade à vassoura; o vento rugiu em seus ouvidos; ele estendeu a mão, mas, de repente, a Firebolt começou a desacelerar... Horrorizado, ele olhou para os lados. Malfoy se atirara para a frente, agarrara a cauda da Firebolt e procurava atrasá-la.

— Ora seu...

Harry se enfureceu o suficiente para bater em Malfoy, mas não conseguiu alcançá-lo. Malfoy ofegava com o esforço de segurar a Firebolt e com isso, havia conseguido o seu intento – o pomo havia desaparecido.

— Pênalti! Pênalti a favor da Grifinória! Nunca vi uma tática igual! – Madame Hooch guinchava, enquanto velozmente se dirigia até o ponto em que Malfoy deslizava de volta à sua Nimbus 2001.

“SEU SAFADO NOJENTO!”, urrava Lino Jordan no megafone, saltando fora do alcance da Prof a McGonagall. “SEU SAFADO NOJENTO, FILHO...”

A professora nem se deu o trabalho de ralhar com Lino. Na verdade ela sacudia o dedo na direção de Malfoy, seu chapéu caíra da cabeça, e ela também berrava furiosamente.

Kátia cobrou o pênalti para Grifinória, mas estava tão zangada que errou por mais de meio metro. O time da Grifinória começou a perder a concentração e os jogadores da Sonserina, encantados com a falta de Malfoy em cima de Harry, se sentiam estimulados a tentar voos mais altos.

“Sonserina com a posse, Sonserina corre para o gol... Montague marca...”, gemeu Lino. “Sessenta à cinquenta.”

Harry agora estava marcando Malfoy tão de perto que os joelhos dos dois se batiam o tempo todo. Harry não ia deixar Malfoy sequer se aproximar do pomo...

— Sai da frente, Potter! – gritou Malfoy, frustrado, ao tentar se virar e deparar com Harry no bloqueio.

“Sophie Potter pega a goles para Grifinória, meus Deus, vai Sophie, VAI, VAI!”

 O tom desesperado de Jordan fez Harry olhar na direção da irmã. Seu coração acelerou. Todos os jogadores da Sonserina, à exceção de Malfoy e Dean, estavam correndo pelo campo em direção a Sophie, inclusive o goleiro do time – todos iam bloqueá-la...

Sem nem pensar duas vezes, Harry deu meia-volta na Firebolt, curvou-se até deitar o corpo sobre seu cabo, e impeliu-a para a frente. Como uma bala, ele se precipitou em alta velocidade contra os jogadores da Sonserina.

AAAAAAARRRRRRRE!

Os jogadores se dispersaram quando viram a Firebolt vindo; o caminho de Sophie ficou desimpedido.

“ELA MARCOU! ELA MARCOU! Grifinória lidera por setenta à cinquenta! Muito bem Harry!”

E então ele viu uma coisa que fez o seu coração parar. Malfoy estava mergulhando, uma expressão de triunfo no rosto – lá, a menos de um metro acima do gramado, lá embaixo, havia um minúsculo reflexo dourado.

Harry apontou a Firebolt para baixo, mas Malfoy estava quilômetros à sua frente.

— Vai! Vai! Vai! – Harry dizia à vassoura.

A distância que o separava de Malfoy foi diminuindo. Harry deitou-se no cabo da vassoura quando viu Bole arremessar um balaço contra ele, já encostara nos calcanhares de Malfoy, emparelhou...

Harry se atirou à frente, tirou as mãos da vassoura. Afastou o braço de Malfoy do caminho com um empurrão e...

“PEGOU! ELE PEGOU O POMO! HARRY POTTER PEGOU O POMO! GRIFINÓRIA VENCEU A TAÇA!”

Tirou, então, a vassoura do mergulho, a mão no ar, e o estádio explodiu. Harry sobrevoou as arquibancadas, um zumbido estranho nos ouvidos. A bolinha de ouro estava bem segura em sua mão, batendo inutilmente as asinhas contra seus dedos.

No momento seguinte, Wood veio voando ao seu encontro, quase cego pelas lágrimas; agarrou Harry pelo pescoço e soluçou sem se conter no ombro do garoto. Harry sentiu dois grandes trancos quando Fred e Jorge colidiram com eles; depois as vozes de Angelina e Kátia:

— Ganhamos a Taça! Ganhamos a Taça!

Wood se afastou um pouco, assim como os outros e Sophie entrou dentro do abraço, puxando Harry e o abraçando com força. Todos voltaram a se abraçar.

— Mandou bem, Potter. – sussurrou Sophie com a voz embargada.

— Você também mandou bem, Potter. – sussurrou Harry de volta.

Embolados num abraço de muitos braços, o time da Grifinória foi descendo, berrando roucamente, de volta ao chão.

Onda sobre onda de torcedores vermelhos saltou as barreiras do campo. Choveram mãos nas costas dos jogadores. Harry teve uma impressão confusa de ruído e corpos que o empurravam. Então ele e o resto do time foram erguidos nos ombros dos torcedores. Empurrado para a luz, ele viu Hagrid, emplastrado de rosetas vermelhas...

— Você os derrotou, Harry, você os derrotou! Espere até eu contar a Bicuço!

De longe Sophie e ele viram Remus batendo palmas, Erik estava ao lado sorrindo.

A Profª Minerva soluçava mais até que Wood, enxugando os olhos com uma enorme bandeira da Grifinória; e lá, lutando para chegar a Harry, Sophie, Fred e Jorge, vinham Rony, Hermione, Teresa, Patrick e Castiel, todos eles pulavam e tinham largos sorrisos. Mesmo Dean, Charles, Harriet, Sam e Gabriel estavam radiantes. Alunos da Corvinal batiam palmas e mesmo os Sonserinos haviam entendido que a culpa fora do próprio capitão sobre a derrota, e com isso também aceitavam a derrota.

O time da Grifinória foram carregados para a arquibancada onde Dumbledore aguardava de pé com a enorme Taça de Quadribol e Aslan ao lado dele.

Se ao menos tivesse havido um dementador por ali... Quando um Wood, soluçante, passou a Taça a Harry e este a ergueu no ar, o garoto sentiu que seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo.

E claro, não é preciso dizer que o sorriso de Snape realmente havia sumido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.