Katsuki se contém pra não jogar o console do video game no chão ao ler a acusatória mensagem de “YOU LOSE!” piscar na tela. Ele bufa e coloca o console no carpete, apoiando os braços nos joelhos e encarando a tela com irritação.

—  Só não vou comemorar que ganhei de novo porque isso tá bem estranho. —  o Kirishima comenta cautelosamente, com certeza sentindo a raiva irradiar do loiro explosivo —  Você tá bem, cara?

—  Tô.

—  Tem certeza? Acho que nunca te vi perder três vezes seguidas em jogo nenhum, quer dizer, nunca te vi perder três vezes seguidas em nada. Ou melhor, nunca te vi-

—  É, é, já entendi. —   ele se ergue do chão e se prepara pra deixar o quarto do Cabelo de Ouriço pra poder ir pro seu próprio.

—  Ok… vai querer revanche? A gente pode jogar no sábado.

—  Sábado não dá.

—  Ah, beleza.

—  Eu tenho uma coisa pra fazer.

—  Ah é? Beleza. Então fica pra outro dia, de boa. —  o Kirishima dá de ombros, e Katsuki começa a se sentir inquieto. 

Não é possível que o Pikachu não tenha falado nada do tal encontro que terá com a Orelhuda, ele ficou três meses num mimimi fodido de se declarar pra ela e, agora que conseguiu, vai ficar pianinho? O idiota nem conseguiria ficar quieto mesmo se quisesse, não tem como o Kirishima não estar sabendo do encontro, e do fato de que é um encontro duplo, além disso. Então por que caralhos ele não perguntou nada ainda? O Cabelo de Ouriço deve ter uma porrada de perguntas, mas desde a hora em que Katsuki entrou no quarto dele depois de ter sido convidado pra jogar video game, foi só isso mesmo que eles fizeram, não tem como ele não estar nem um pouco curioso sobre o tal encontro duplo, e de porque ele vai sair com a Uraraka.

Mas o loiro não vai puxar assunto sobre essa merda por vontade própria, não tem o que falar, não tem nem porque pensar nisso! Katsuki só tá cobrindo a cagada que a Uraraka fez e não conseguiu consertar e porque achou um puta de um absurdo a Orelhuda achando que o Pikachu é bom demais pra ela ou que seria capaz de armar um encontro só pra rir da cara dela. O Pikachu não tem neurônios o bastante pra pensar numa maldade assim tão elaborada e, porra, esse encontro tá no caminho pra ser um desastre com essa menina bitolada desse jeito! 

—  O Pikachu… é muito burro. —  ele diz, parado à porta com a mão sobre a maçaneta.

— Ah é? O que ele fez agora?

—  Tsk, e você não sabe? —  o outro idiota fica olhando pra ele com aquela cara de besta —  Ele se declarou pra Orelhuda.

—  Pô, verdade! Finalmente, né?

—  É… —  Katsuki segura a maçaneta —  Eles vão sair no sábado.

—  Pois é, mano. Bom pra ele!

—  Hum. —  ele não vai mesmo falar nada? A essa hora, era pro idiota estar querendo saber todo detalhe que levou ao absurdo fato de que Katsuki vai num encontro com a Uraraka. Por que ele não tá perguntando nada? Tsk, que seja! Se o Kirishima não quer saber, ele também não vai falar nada! O loiro gira a maçaneta e abre a porta, mas antes de sair, Katsuki resmunga —  Eu vou junto nesse encontro. Eu e a Uraraka. —  PORRA!!!

O Kirishima solta o console na cama com tudo e vem na direção dele de repente.

—  MANO, SIM! Que história é essa? —  ele arregala os olhos e põe as mãos nos quadris.

—  Q-quê? Você sabia?

—  Lógico que sabia! O Kaminari tava perdidaço quando a Jirou falou pra ele que ia ser um encontro duplo com você e a Uraraka!

—  Tsk, se você sabia, então por que não falou nada, caralho?

—  Eu queria ouvir de você, ué. —  ele diz como se fosse óbvio, e então abre um sorriso de quem se acha muito esperto —  Como é que isso aconteceu, hein?

— Como você acha? Eu chamei ela. —  ele responde sem pensar muito, o que só faz o Kirishima abrir um sorriso ainda maior —  A Orelhuda… ela tava entrando em pânico por causa de bobeira, e a Uraraka… puta merda, ao invés de ajudar, ela só queria deixar tudo pior, aí eu tive que pôr ordem na bagaça!

—  Ahhhh entendi. E ela topou assim na hora?

—  Só faltava ela não topar depois de… —  Katsuki dobra a língua, sabendo que não pode explicar a história toda. A cagada foi da Uraraka, e ele se fodeu um monte por causa disso, mas dedurar a Cara de Lua é escroto pra caralho também —  Ela seria idiota de não topar.

— Olha só, que confiança, cara! Mó másculo! Com essa atitude, a Ura vai ficar gamadinha antes do encontro acabar, isso aê!

—  Cala boca, Kirishima! —  ele sente o rosto esquentar diante dessa idiotice.

—  Haha, não precisa ficar com vergonha, ô! E então… já sabe como vai fazer pra “se perder” do Kami e da Jirou?

—  Quê?

—  O Kami parecia bem aliviado que não vai ter que ficar sozinho com a Jirou… eu entendo, ela meio que dá medo às vezes, sei lá. Mas você e a Ura bem que podiam deixar os dois um pouquinho a sós, né? Pra ver se o negócio deslancha.

—  E você acha que deslancha?

—  Eu acho que sim, cara. O Kami é bem a fim dela e isso aí fez ele mudar bastante, né? Ele tá mais seguro, mais másculo, tem tudo pra dar bom!

Katsuki não concorda totalmente, mas consegue entender o que o Kirishima quer dizer. O Pikachu ainda é bem trouxa, mas bem menos do que costumava ser lá no primeiro ano quando andava com o Cabeça de Uva. Naquela época, ele não teria a mínima chance com a Orelhuda nem com qualquer menina com o mínimo de sanidade, mas agora… a menina tá realmente a fim de ir no tal encontro, então já é alguma coisa.

—  Eu achava que a Orelhuda era um pouco mais esperta, mas parece que ela é tão besta quanto ele, é um par perfeito mesmo.

—  Hahaha, pois então! Tenta dar um espaço pra eles. É bom pra você aproveitar com a Uraraka também, né?

—  Não tem nada pra aproveitar com aquela doida. —  ele desvia o olhar —  Vai ser um inferno! 

—  Hum… você com a Uraraka… não sei nada de inferno, mas tem tudo pra ser quente, hein?

—  Voc- cala boca, Kirishima! Tá parecendo a Rosinha! —  ele se arrepende imediatamente, e só se sente pior porque o idiota não o manda à merda pelo comentário impensado e estúpido, só dá um sorriso sem graça e coça a cabeça —  Foi mal.

—  Nah, tá de boa. —  ele sorri —  O Kami tá feliz, e a Uraraka é mó legal, vocês sempre se deram bem também, né? Vai dar tudo certo, cara.

—  É melhor que dê mesmo. —  isso faz o Kirishima sorrir ainda mais. ARGH! Ele deve estar achando que Katsuki tá falando dele mesmo com a Uraraka, que porra! —  Tsk, vou dormir.

—  Falou! Boa noite, bro!

—  E o que eu falei da… da Rosinha-

— Tá tudo bem, Bakugou, tudo mesmo! Não é como se eu nem pudesse ouvir o nome dela, a gente estuda junto e tem os mesmos amigos, faz parte.

—  Mas vocês ainda não tão se falando.

— Ah é, mas… isso aí é problema nosso, você e os outros não precisam ficar com medo do que falam pra mim. Você ainda mais, mano, desde quando você tem medo de me falar alguma coisa? —  ele dá risada quando Katsuki fecha a cara —  Não esquenta com isso, não. 

—  Tá. —  ele resmunga e dá as costas, indo rumo ao seu quarto.

Katsuki se joga na cama depois de escovar os dentes e fica encarando o teto enquanto espera o sono tomar conta de seu corpo. Não foi um dia mais agitado que o normal, mas foi estressante pra porra, e ele ainda tá sentindo os efeitos disso. 

O loiro explosivo sabia que o Pikachu ia ficar aliviado por ter mais gente no tal encontro, ele tenta se passar por espertão e pegador, mas é um completo idiota perto de meninas, e mesmo sendo a Orelhuda, que é uma com quem ele deve ter mais intimidade, ainda deve ser esquisito sair num encontro só os dois. Bom pra ele, bom pra ela, e bom pra Uraraka, que pode esconder a besteira que fez e passar impune.

O único que não tá ganhando nada com isso acaba sendo o próprio Katsuki, mas porra, o que mais ele podia fazer? Só deixar esse bando de idiotas batendo cabeça e fazendo besteira? Ele deveria mesmo, mas só de imaginar o chororô que isso daria já lhe deixa puto.

Melhor mandar mensagem pro Pikachu e ver pra onde o tonto tá pensando em ir, porque Katsuki já tolerou demais dessa história, mas ir pra um lugar merda tá fora de questão! 

Ele também precisa falar com a Uraraka, essa conversa com o Kirishima acabou sendo útil e o garoto percebeu que talvez eles nem precisem ficar até o fim, podendo muito bem “se perderem” pra deixar os outros dois sozinhos.

Mas pra poderem fazer isso, o rolê do Pikachu com a Orelhuda tem que dar certo. Katsuki precisa que dê certo, e é melhor a Cara de Lua estar pronta pra ajudar.

***

— Consegui! — Ochako anuncia triunfantemente, afastando-se levemente do caderno, como se o ato de se mover de qualquer forma fizesse a conta que acabou de resolver voltar a ser um monte de números embaralhados.

—  Vejamos… —   o Iida inclina em direção ao caderno dela e ajusta os óculos enquanto analisa o que ela fez —  Muito bem, Uraraka-kun! Está correto!

—  Ahh, que alívio… —  ela quase derrete na cadeira em satisfação.

— Sim, continue fazendo os exercícios dessa página e acredito que você será capaz de assimilar o conteúdo sem maiores dificuldades. Eu estou tutorando mais alguns de nossos colegas, se quiser se juntar a nós em nossa próxima sessão de estudos, nos reuniremos aqui no sábado.

—  Ah, legal! Venho sim! Obrigada, Iida-kun! —  ela sorri.

—  Mas, Ochako-chan. —  a Tsu ergue a cabeça —  E o seu encontro com o Bakugou-kun? Não é no sábado, ribbit?

—  Ai droga, é verdade! —  Ochako leva a mão à testa e se repreende mentalmente pelo lapso, e é só quando tira a mão e abre os olhos que percebe que não só o Iida, como também o Deku e o Todoroki a encaram atentamente. De novo… ai, droga! Ela não está escondendo o tal encontro, até porque todo mundo já ia ficar sabendo de qualquer forma, mas não planejava sair falando sobre isso por iniciativa própria também, Ochako só contou pra Tsu porque a amiga a viu conversando com o Bakugou antes e mentir lhe pareceu absurdo. Tão absurdo quanto o próprio fato de que ela vai num encontro com o Bakugou.

—  Um encontro… com o Bakugou-kun? —  o Iida pergunta, claramente tentando disfarçar a surpresa e não conseguindo.

—  É, mais ou menos… —  ela responde timidamente —  Eu… a Kyouka-chan e o Kaminari-kun é que vão no encontro, eu e o Bakugou-kun só… vamos junto.

—  Como numa missão? —  o Todoroki pergunta —  O Kaminari e a Jirou estão correndo algum tipo de perigo?

—  Não, Todoroki-kun… —  Ochako tenta não fazer careta para a conclusão a que somente ele poderia chegar —  É só… um encontro duplo, mas… eu e o Bakugou só… vamos estar lá no mesmo lugar e na mesma hora fazendo a mesma coisa, mas… não vamos estar no encontro, por assim dizer.

—  Você está falando a mesma coisa que me disse antes e eu ainda sigo sem entender, Ochako-chan, perdão. —  a Tsu aponta.

E ela quer muito contar pra eles, muito mesmo. A culpa que lhe consome pela enorme confusão que criou rola como uma bola dentro de seu estômago, contar para seus amigos não faria a sensação sumir, mas pelo menos ela colocaria isso pra fora. E Ochako sabe que nenhum deles sairia contando sobre isso por aí —  o Todoroki poderia, mas com certeza não seria por maldade, ele só não tem muita noção às vezes —  mas ainda assim… ela não sabe se é uma boa ideia contar pra eles.

—  É só… uma ajudinha que eu e o Bakugou-kun estamos dando pros dois, é um pouco… eu não posso falar porque são questões entre eles dois, mas… eles precisam de ajuda pra fazer esse encontro acontecer, e… eu e o Bakugou-kun fomos os escolhidos… por assim dizer.

—  Mas por que logo o Bakugou-kun? —  o Iida soa como se estivesse querendo pensar consigo mesmo, mas acaba falando em voz alta.

—  Ah, o Kacchan é alguém bastante confiável, a Uraraka-san também, então faz bastante sentido! —  o Deku, sempre tão gentil e propenso a enxergar as melhores qualidades nela e no Bakugou, faz essa observação que a faria se encher de orgulho em outra ocasião, mas nessa em específico, só deixa sua consciência mais pesada —  É muito legal da sua parte ter topado e convencido o Kacchan, Uraraka-san!

—  Bom, na verdade, foi ele que topou de primeira e eu que acabei concordando. —  ela explica para não dar a impressão de que persuadiu o Bakugou de alguma forma. Ochako pode sim ter feito uma grande besteira, mas estava pronta para a negativa do Bakugou diante dessa ideia maluca da Kyouka e não tentaria, de forma nenhuma, obrigá-lo a participar disso se ele realmente não queria se envolver. 

—  Oh… entendi… —  o Deku arregala os olhos por um segundo, mas logo sorri serenamente.

—  Isso faz bem mais sentido. —  o Todoroki comenta, mas olha para o Deku, como se estivesse complementando para ele. O Deku acena com a cabeça, aparentemente concordando?

—  O que… faz sentido? —  ela inclina a cabeça e pergunta com um leve sorrisinho confuso.

— O Bakugou te chamar pra um encontro. —  o híbrido responde, voltando sua atenção para seu caderno de exercícios —  Ou pra um “não-encontro”, como você disse que é.

Na dúvida, Ochako acaba por dar uma risadinha, os outros fazem isso também, provavelmente entrando no consenso silencioso de que o Todoroki tá fazendo uma piada em seu costumeiro humor seco e, por vezes, difícil de identificar.

—  Enfim… desculpa, Iida-kun. Não vou poder participar da sua sessão de estudos esse sábado. —  ela conclui, querendo desesperadamente encerrar esse assunto.

—  Sem problemas, haverá outras oportunidades. —  ele dá um sorriso afável.

—  Mesmo que seja só pra ajudar o Kaminari-kun e a Jirou-san, tenho certeza que vocês vão se divertir, Uraraka-san! —   o Deku sorri e só faz a bola da culpa rolar mais forte.

Um pensamento fugaz e bobo lhe corre pela cabeça, e Ochako se questiona como teria sido se o garoto que tivesse surgido na cozinha naquela noite tivesse sido o Deku. Ele com certeza não teria tido a mesma frieza do Bakugou de só ficar parado em silêncio enquanto a confissão se desenrolava alguns metros abaixo deles. E por mais prestativo e gentil que seu melhor amigo seja, Ochako não acha que ele só se jogaria na ideia de participar do encontro para garantir que a Kyouka não se sentiria desconfortável. Muito pelo contrário, o Deku provavelmente acharia que não seria de ajuda nenhuma para tornar esse encontro mais agradável e só iria deixar tudo ainda mais estranho.

Já faz um bom tempo que ela não pensa no amigo dessa forma, eles foram sim em um encontro no final do segundo ano e foi super legal, só… não pareceu um encontro romântico… o que só consolidou a ideia que ela vinha tendo já há algum tempo de que não estava mais apaixonada por ele. Então sim, se tivesse sido o Deku naquela noite, a ideia de sair num encontro duplo com ele lhe parece muito divertida, mas… esse encontro sequer aconteceria, também porque ele estaria se sentindo tão culpado quanto ela por ter ouvido o que não devia e assumiria isso no mesmo segundo. Ochako não sabe se isso seria melhor ou não.

Seu celular vibra no bolso, e ela puxa o aparelho, franzindo o cenho ao se dar conta de que o remetente é alguém de quem ela nunca recebeu uma mensagem privada em três anos.

Bakugou: vai ser numa pista de patinação

Ela encara a mensagem como se estivesse tentando encontrar algum código escondido nas palavras e até no espaçamento que ele usou, mas não tem nada. Pelo visto, é só ele informando sobre o lugar do infame encontro. E por mais que ela ainda esteja estranhando um pouco isso tudo, Ochako quer dar seu melhor para ser amistosa com seu, hã…  parceiro de encontro?

—: Boa noite, Bakugou-kun! Ok, obrigada por me avisar :)

Bakugou: que seja

Bakugou: se tudo der certo, a gente nem vai ter que ficar até o fim

Ela pausa, não sabendo o que isso quer dizer.

—: Como assim?

Bakugou: o que a gente tem que fazer é ter certeza que os dois idiotas vão ficar tão ocupados um com o outro e vão esquecer da gente, aí a gente pode ir embora que eles nem vão ligar

Oh… Ochako não tinha pensado nessa possibilidade! Ela estava tão preocupada com a ideia de ter que ficar por perto com o Bakugou, ainda por cima, mas nem cogitou que o Kaminari e a Kyouka poderiam se divertir tanto que logo se esqueceriam dos dois ali. Há grandes chances disso acontecer de verdade, afinal, o loiro elétrico e sua amiga sempre se deram bem, assim que eles superarem o estranhismo de estarem num encontro, tudo vai acontecer de maneira natural… assim como foi pra ela e pro Deku daquela longínqua vez.

Com a diferença de que o Kaminari e a Kyouka têm mais chances como um casal, claro.

—: Entendido! Vamos fazer o possível para os dois se divertirem, então! Conto com você! :)

Bakugou: por que você escreve como se fosse um soldado ou alguma porra assim??

—: Quê? Qual o problema com o jeito que eu escrevo?

Bakugou: é esquisito

Bakugou: enfim, já vai se organizando. Você tem que colocar na cabeça da Orelhuda que essa merda vai ser legal e que passar a tarde com o Pikachu vai ser a melhor coisa da vida dela

—: Sim, senhor!

Bakugou: PARA DE ESCREVER ASSIM, CARALHO!

—: Sim, senhor! Desculpe, senhor!

—: Brincadeirinha :p

Ela ri, gostando da ideia de poder tirar sarro dele livremente pelo celular já que ele não está aqui em corpo presente pra berrar e fazer escândalo. O garoto é tão divertido de irritar quanto é chato, e Ochako sente que é, se ela tem que fazer isso pra se redimir do que fez, seu parceiro de missão não poderia ser ninguém além do Bakugou.