Ele acordou antes dela e sorriu a observando dormir, ela se aconchegava nos cobertores, abraçada ao travesseiro, a madeixa espalhada sobre ele, dormia tão tranquila , apesar de não querer ele saiu da cama e do quarto sem fazer barulho e fechou a porta.

Era um tanto quanto estranho, geralmente ela ficava de pé antes dele, talvez porque eles tivessem feito repetidamente um trabalho exaustivo na noite anterior, o que deve tê-la feito se cansar muito, suas bochechas ficaram extremamente vermelhas quando as lembranças invadiram a sua mente, e foi muito bom e divertido, ele deu um sorrisinho de lado e agarrou seu caderno e foi para sala tentar colocar ali aquela nova musica que estava pulsando em sua mente, sabia que não tiraria esses pensamentos da cabeça, não até finalmente colocá-los no papel.

Ela o inspirava de um jeito único, e ele achava que ela até gostava de saber que foi sua musa inspiradora, uma risada suave escapou dos seus lábios enquanto ele terminava de juntar seu material e se dirigia para a mesa na sala.

Largando as coisas sobre a mesa e ele mesmo em uma cadeira, ele se viu perdido em lembranças da noite anterior, ele achou que iria ser fácil, mas a cada cinco minutos a sua mente vagava para aquela ruiva na cama, ele sacudiu a cabeça para tentar espantar as lembranças novamente e recomeçou a trabalhar.

Cerca de quarenta minutos depois, ele ouviu seus passos e a porta do quarto se abriu fazendo com que ele erguesse os olhos do que estava escrevendo olhando para cima, quando o fez, seus olhos se arregalaram. Lá estava ela, encostada no batente da porta vestida em sua camisa, seu olhar mudou de sua camisa para o rosto dela, onde ela sorriu levemente. Ele perguntou a ela, apesar de ser obvio:

"Você está vestindo minha camisa?" - ela disse rindo:

"Sim, é obvio que estou.” – ele ergueu uma sobrancelha e ela riu, passando a mão pela madeixa ruiva disse:

“Veja é confortável e tem seu delicioso perfume nela.” – ele ficou num tom vermelho, mas sorriu e ela perguntou baixinho com vergonha:

"Você vai voltar para a cama?" - e seus olhos se iluminaram quando ele deu um pulo da cadeira, acenou com a cabeça e lhe deu um sorriso safado, ela riu e correu para o quarto, mas não antes que ele conseguisse agarrá-la pela cintura e a erguer em seus braços por cima do ombro, fazendo-a gargalhar quando eles entraram no quarto e fecharam a porta. Eles não seriam vistos até muito mais tarde, mas ouvidos com certeza.